Capítulo 2
N/A: Meu conhecimento sobre artríte é praticamente nulo, admiro muito as pessoas que lutam contra a doença, muita força de vontade é demonstrada.
Enjoy the chapter!
CAPÍTULO II
Harry Potter nunca fazia concessões. Sempre jogava pra ganhar. Levava a vida a todo vapor. Portanto, surpreendeu-se ao perceber, enquanto girava um copo de uísque com gelo e ouvia o burburinho da festa, que sem querer comprometia o prazer daquela noite.
Chegara à suntuosa mansão nos Jardins com o firme propósito de se divertir como de costume. Entretanto, a depressão continuava a perturbá-lo, impedindo-o de aproveitar a festa como pretendia. Como uma ressaca de bebida de segunda categoria, o desânimo não se dissipava.
— Puxa vida! Olhe para esta casa! — Ron comentou, percorrendo o olhar pelo ambiente sofisticado. — Faz Hogwarts parecer um cortiço.
— Definitivamente nada humilde — Harry concordou, tomando um gole do uísque.
O salão em que se realizava a festa era ornamentado por antiguidades, e o dourado combinando com o branco constituía o padrão predominante de cor. Os lustres de cristal inundavam o ambiente de luz, fazendo reluzir ainda mais o assoalho. Um piano de cauda ocupava um lugar de destaque, embora naquela noite estivesse silencioso. A música suave ficava por conta de um conjunto num canto do amplo recinto. Vários casais dançavam.
Por uma razão inexplicável, a canção romântica e a visão dos pares dançantes emocionavam Harry. "Céus, o que há comigo?", ele imaginou com aflição.
— Onde está Malfoy? — perguntou, determinado a afastar sensações indesejáveis.
— Tentando se desvencilhar da morena — Ron respondeu, virando-se na direção da lareira.
Harry reconheceu a mulher atraente de braço dado com Draco. Era a mesma que lhe havia pedido um autógrafo mal tinha chegado na festa e de quem custara a se livrar. O companheiro de equipe parecia sofrer o mesmo problema.
— Acha que já está na hora de entrarmos em cena e avisa-lo que a esposa acaba de ter trigêmeos? — Harry sugeriu. Tratava-se da tática que os três solteirões inveterados adotavam para salvar um companheiro em apuros com fãs ardorosas demais. A notícias de que "acabaram de ligar do consultório de seu médico com o resultado de seus exames" também costumava funcionar.
— Vamos dar a ele mais dez segundos e então entraremos em cena — Ron respondeu. — Quero ver o quanto nosso amigo é bom de drible.
Em seguida a essas palavras, Malfoy se desvencilhou da morena fatal e, olhando ao redor como que em busca de um porto seguro num mar tempestuoso, aproximou-se dos dois amigos.
— Onde diabos vocês se meteram? — ele indagou, tirando o copo de uísque da mão de Harry. — Quase caí numa rede e vocês aqui, vendo tudo sem fazer nada para me salvar.
Harry e Ron tentavam, sem muito sucesso, reprimir o riso.
— Podem rir. — O tom de Draco era indignado.
— Você estava se saindo bem — Weasley argumentou.
— Sim, de todos os oito tentáculos — Malfoy acrescentou com sarcasmo. ---Até me propus a apresenta-la ao irresistível Maroto.
— Obrigado companheiro — Harry retrucou. — De fato, eu e ela já travamos alguns rounds.
O loiro balbuciou um palavrão.
— Sabia que eu era a segunda opção. — Então, um largo sorriso iluminou seu rosto enquanto olhava para Ron, embora falasse com Potter. — Considerando que já sofremos uma investida, eu diria que agora é a vez do Weasley. O que acha, companheiro?
--- Parece razoável — Harry concordou.
— Para o inferno, vocês! — Ron protestou. — Sinto muito, mas acabaram de ligar do consultório de meu médico com o resultado dos exames de sangue.
Os três caíram na risada e Malfoy mudou de assunto.
— Ouçam, rapazes, Finnigan está coletando apostas para o jogo de domingo. Querem participar?
— Quanto é? — Ron se interessou.
— Cinqüenta galeões e é melhor decidirem rápido porque...
Harry não prestava mais atenção na conversa, o olhar perdido pelo salão.
À esquerda, ainda próximo da lareira, a morena voltava a atacar. Desta vez, a vítima era Finnigan, o jogador irlandês. Ao lado dos dois, reconheceu o relações públicas da Federação Nacional de Quadribol. Qual era mesmo o nome do sujeito? Badman? Não, Bagman, Ludo Bagman. A atenção de Potter se voltando naturalmente para a moça que conversava com ele.
Tratava-se de uma morena bastante atraente, embora morenas não fizessem seu gênero. Ia desviar o olhar quando a viu sorri. Algo no sorriso o cativou.
— Potter?
Quem era ela? Não parecia namorada de Bagman. Estaria acompanhada?
Ei, Potter!
O chamado insistente atraiu a atenção de Harry. Os dois amigos o encaravam com curiosidade.
— Vai participar ou não? — Draco indagou.
Harry notou o dinheiro na mão do companheiro e se lembrou da questão da aposta.
— Vou — respondeu distraído, voltando a olhar para a moça.
Ela não mais sorria, falava. Harry procurou observa-la com os olhos críticos. Não era linda como Cho, com seus traços perfeitos, mas a combinação da pele clara com os cabelos castanhos lhe davam um ar etéreo.
A moça sorriu de novo, afetando-o do mesmo jeito que da primeira vez. Ele nunca havia sentido uma atração tão imediata por uma mulher, e a sensação o confundia. Achava-a sexy, porém existia algo mais. Não conseguia definir o que, só sabia que ao fitá-la vinha-lhe a idéia de predestinação. Tinha a estranha impressão de que já a conhecia
O sorriso se alargou em despedida a Ludo Bagman. Pela primeira vez, Harry percebeu um toque de melancolia na fisionomia da moça. Existia uma disparidade entre o sorriso nos lábios e a expressão no olhar. Uma misteriosa disparidade. Essa constatação apenas aguçou-lhe o interesse.
Ele ouviu ao longe o conjunto começar a tocar uma canção romântica, um sucesso das Esquisitonas. Ainda mais remotamente, escutou chamarem seu nome.
— Potter? Ei Potter?
Então se virou para os companheiros que o encaravam com preocupação.
— Ei, você está bem? — Ron perguntou.
— Não tenho a menor idéia — Harry respondeu e, sem dar explicações, dirigiu-se ao alvo de seu interesse.
O encontro com Ludo Bagman havia correspondido às expectativas de Hermione. Tinha conseguido o que desejava: a confirmação da presença de alguns jogadores de quadribol em sua agência na segunda-feira de manhã. Só faltava convocar a imprensa.
Uma vez cumprida a missão, Hermione sentiu o cansaço domina-la. A dor na perna persistia, e ela considerou a possibilidade de dar à noite por encerrada. Onde estava Luna?
Olhando ao redor, localizou a amiga servindo-se do pródigo bufê. Hermione sorriu. Devia ter adivinhado que Luna estaria perto da comida. Invejava-a por viver comendo e não engordar, pois lhe bastava sentir cheiro de comida para ganhar peso. Sabia que isso se relacionava com falta de atividade física normal, entretanto, essa consciência não ajudava a saciar seu estômago sempre.
Nesse instante, Luna se virou para ela e, com um gesto, ofereceu-se a trazer algo para comer. Hermione assentiu com a cabeça. "Dane-se", pensou. Para variar, satisfaria o apetite em detrimento das calorias a mais.
Enquanto esperava a comida, acomodou-se melhor no sofá e deixou o olhar passear pelo salão. Uma parte dos convidados se dividia em grupos e conversava animadamente, enquanto a outra dançava de rosto colado. Então notou um homem alto, de ombros largos e porte atlético que atravessava o ambiente. As feições lhe pareceram familiares, embora não fizesse a menor idéia de onde poderia conhece-lo. Provavelmente era apenas impressão.
Logo percebeu, porém, que o homem vinha em sua direção. Embaraçada por encara-lo de modo tão direto, baixou o olhar. Só voltou a ergue-lo ao notar que alguém parava à sua frente. Para sua surpresa, era o moreno atraente.
Quando seus olhares se cruzaram, dois pensamentos ocorreram simultaneamente:
****Há definitivamente algo familiar nesse olhar brincalhão****
****Ela é mais bonita do que imaginei. É capaz de levar um homem às raias da loucura****
Foi exatamente onde Harry imaginou estar — nas raias da loucura — ao se ouvir propor:
— Gostaria de dançar ou prefere dispensar às formalidades e fugir comigo?
Apesar do brilho maroto no olhar, ele se conscientizou de que no fundo falava sério. Naquele exato momento, cedendo a um incontrolável gesto de loucura, fugiria com aquela mulher para onde ela quisesse ir. — Uma ilha deserta, o topo de uma montanha, o paraíso ou até o inferno. De repente, uma sensação totalmente inusitada de vulnerabilidade o tomou de assalto.
Hermione, por sua vez, o fitava atônita. Aquelas palavras mais a desconcertavam do que surpreendiam, pois sabia que situação embaraçosa criaria ao revelar por que não podia aceitar o convite. Ela engoliu em seco, desejando sumir como num passe de mágica.
— Eu... eu agradeço, infelizmente não posso fazer nem uma coisa nem outra.
--- Não há problema, posso ensina-la... — Harry respondeu interpretando mal a recusa... — a fazer as duas coisas.
O embaraço de Hermione se intensificou, trazendo um rubor às suas faces.
— Realmente sinto muito, mas...
— A primeira — ele a interrompeu — é apenas uma questão de se mover com a música; a segunda...— O que acha de uma praia deserta no Caribe?
— Parece interessante, mas...
— Ou um acampamento no topo de uma montanha?
— Por favor, eu...
— Você escolhe.
A tentação era quase irresistível. Hermione teve de se agarrar à realidade de sua condição para reprimir o impulso de aceitar a proposta. A realidade de uma doença complexa da qual com toda probabilidade jamais se livraria. Além disso havia o fato de que, quando aquele homem descobrisse sua deficiência, ela seria a última mulher no salão com quem ele flertaria.
— Seu convite é lisonjeiro — ela sorria, tentando esconder a frustração, — mas...
— Não! — a exclamação interrompeu a conversa entre os dois. — Não! —Luna repetiu. — Não acredito, não pode ser. Ou sim? É você mesmo? Oh, não acredito!— Ela estava com olhar cravado em Harry. — Mas é verdade! Sou uma grande fã sua. E meu pai, então, prefiria morrer a perder um jogo do Puddlemere.
— Obrigado. — Harry riu. — E agradeça seu pai por mim.
— Ouça, sei que as pessoas lhe pedem isso o tempo todo, mas poderia me dar um autógrafo? Isto é, para o meu pai.
— Claro...só que não trouxe caneta.
— Arrumarei num instante. — Luna deixou os pratos numa mesa e começou a vasculhar a bolsa.
Hermione apenas observava o desenrolar de cena, tentando descobrir quem era o homem. Agora sentia confirmar-se a impressão de que já o tinha visto, porém, onde?
Uma caneta e um guardanapo foram prontamente providenciados por Harry.
— Aqui está — ele disse, ao devolver a caneta e o papel devidamente autografado a Luna.
Enquanto isso, Hermione começava a associar os fatos. Jogadores de quadribol, Puddlemere, o olhar brincalhão...
— Muito obrigada. — A amiga de desmanchava em sorrisos. — A propósito sou Luna Lovegood.
Harry apertou-lhe a mão e então olhou para Hermione, para forçar uma apresentação. Luna entendeu a deixa.
— E esta é minha amiga Hermione Granger. Hermione, este é Harry...
— ...Potter — ela concluiu pela outra.
Os três ficaram apenas a se olhar. Hermione e Harry, um para o outro, enquanto Luna para a amiga que, embora não se interessasse nem um pouco por quadribol, sabia o nome do apanhador do Puddlemere United.
— Agora que nos conhecemos... — o olhar de Harry revelava esperança.
— Sinto muito, mas a resposta ainda é não — Hermione interrompeu com firmeza, embora o coração batesse forte. Apesar de habituada a situações patéticas de falta de tato e covardia. — Na verdade, já estávamos de saída.
Luna arregalou os olhos.
— O quê? — ela protestou, olhando para os pratos intactos de comida.
Hermione o ignorou e tentou se levantar. Uma dor forte percorreu sua perna, provocando um gemido involuntário. Apoiando-se com mais força nas mãos, fez nova tentativa, mas também em vão. O sofá era baixo demais. Precisava de ajuda e olhou para Luna, que entendeu a mensagem silenciosa e a amparou pelo braço. Então lhe passou a bengala recostada ao lado do móvel.
— Obrigada pelo convite... — disse ofegante, devido ao esforço, e sem encara-lo, consciente do tipo de reação que veria na fisionomia dele. Primeiro haveria surpresa, depois um lampejo de culpa. A isso se seguiria um silêncio desconcertante que nenhum dos dois saberia como romper. Como desejava estar à mil quilômetros dali! — Boa noite, sr. Potter — ela se despediu, agora mais do que nunca ansiando pelo refúgio do seu lar.
Atônito, Harry não disse nada. Seguiu-a com o olhar, enquanto o ruído da bengala ecoava pelo assoalho e por sua mente. De repente, num impulso, correu em seu encalço e a segurou pelo braço. Desta vez seus olhares se cruzaram.
— Ouça, eu ...eu sinto muito. Não fazia idéia... quero dizer, se soubesse, certamente não teria... — ele hesitou e suspirou. — Sinto muito.
— Não há necessidade de se desculpar — Hermione argumentou, sentindo embaraço pelos dois. Por algum motivo inexplicável, queria aliviar o dele mais do que o próprio. Enfim, acrescentou com voz e olhar brandos: — Boa noite outra vez. — Então forçou uma postura empertigada e se afastou mancando. Luna a seguiu em silêncio.
Harry continuou a acompanha-la com o olhar, lutando contra a vontade de ir atrás dela de novo...e fazer o quê? Desculpar-se novamente e piorar a situação? Aquele dia infeliz teve o final apropriado, pensou com ironia.
Está disposta a falar? — Luna perguntou, em meio ao ruído da água borbulhante.
Hermione voltou o olhar indolente para a amiga. A água morna da hidromassagem relaxaria pouco a pouco seu corpo dolorido.
— Falar sobre o quê?
— Sabe muito bem sobre o que...ou talvez seja mais apropriado dizer sobre quem. — Luna também estava imersa na banheira. — Respeitei seu silêncio durante todo caminho de volta pra casa, mas agora quero algumas respostas.
— Que Respostas? — apesar do tom indiferente, a pulsação de Hermione acelerava.
— Respostas a perguntas como "o que aconteceu esta noite?" ou "porque tivemos de ir embora com tanta pressa?"
— Olhe só quem fala em pressa — Hermione ironizou.
— Não mude de assunto. O que aconteceu lá na festa?
— Você pediu e ganhou um autógrafo de Harry Potter.
— Acho que aconteceu muito mais do que isso. E pode começar me contando como sabia que aquele homem era Harry Potter.
— Elementar, minha cara Lovegood, Eu o vi na televisão hoje. Ele e os companheiros do trio Infernal.
— Infernal? Ora, ora, estou impressionada com esse seu conhecimento de um assunto que pensei que não lhe interessava. Mas não tente me distrair. Vamos, conte. O que você e Harry Potter estavam conversando?
— O que dois convidados numa festa normalmente conversam.
— Hermione!
As duas se encararam, uma mais teimosa que a outra. Foi Hermione quem finalmente cedeu:
— Muito bem, você venceu. Ele me convidou para dançar — ela limitou-se a dizer, omitindo a outra proposta. De repente imaginou a quantas mulheres o convite tinha sido feito. E quantas haviam aceito.
— E o que respondeu?
— O que acha? — o tom soou mais ríspido do que ela pretendia. — Desculpe-me.
Luna suspirou.
— Hermione, por que foge de todo homem que demonstra interesse por você?
— Já lhe disse isso mil vezes. Fujo deles ante que fujam de mim.
— Não está sendo justa com você mesma nem com eles. Aposto que, se tivesse contado a Harry Potter que não podia dançar, ele teria se contentado em conversar apenas.
— Talvez sim, talvez não. — Lembranças que jamais partilhara com ninguém. Nem mesmo com a melhor amiga.
— Mas...
— Por favor, Luna, vamos esquecer o assunto?
Luna hesitou, entretanto acabou cedendo, afundando mais na água tépida e espumante
— Como vai sua sobrinha? — Hermione perguntou para aliviar o clima tenso?
— Absolutamente linda. Está com três semanas e tem o rosto mais bochechudo que já vi, sem falar nos cabelos loiros. É uma graça!
— Você adoraria ter um bebê, não?
— Se gostaria! O problema é arrumar um homem que queira ser o pai. E eu não tenho mais muito tempo para esperar. Estou com trinta anos, amiga.
Embora seu caso fosse diferente, há muito Hermione se conformara em não ter filhos. Mesmo que estivesse casada, sua saúde representaria um fator de complicação. Talvez por isso dedicava-se com tanto carinho a crianças artríticas.
De repente, Luna soltou uma gargalhada.
— Que dupla formamos! Eu procuro um homem enquanto você os rejeita.
— Eu não diria exatamente isso. —A imagem de um par de olhos verdes encantadores lhe vieram inadvertidamente à lembrança. — Por que os três são chamados de Infernais?
— Os repórteres esportivos que começaram com isso. Os três se entendem bem em campo e são super rápidos. — Luna se interrompeu, rindo. — Pelo seu súbito interesse por quadribol, devo concluir que vai assistir à final do campeonato no domingo.
— Dificilmente. E se eu não sair logo desta banheira vou encolher.
Embora o calor tivesse abrandado a dor, a perna de Hermione continuava rígida, dificultando a saída da banheira. A amiga a ajudou.
— Prometa — Luna pediu — que não tentará usar a hidromassagem sozinha enquanto estiver com problemas na perna. — Antes que Hermione objetasse, acrescentou: — Sei que ofendo seu senso de independência, mas me dê esse prazer. Está bem?
— Luna, posso perfeitamente...
— Prometa.
— Não é...
— Passarei aqui todos os dias, no final da tarde, para ajuda-la, está bem?
— Está bem — Hermione aquiesceu, embora sem esconder que o fazia a contragosto.
— Prometa.
— Certo, certo, eu prometo!
— Ótimo. Agora me passe a toalha e me deixe ir para casa.
Quinze minutos depois, Hermione foi se deitar. Cansada como estava esperava adormecer logo. Contudo, por mais que tentasse, não conseguia conciliar o sono, revendo na mente os acontecimentos daquela noite.
N/A: Comentem, quero saber a opnião de vcs! Devo continuar?
E quem se arriscar um pouquinho no inglês de uma olhadinha nessa fic:
http://www.fanfiction.net/s/3642286/1/Misappropriated
Uma das coisas mais fofas que eu já li.
Bjs, Jéssica Malfoy
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