~ Harry e Hermione
- Adivinha quem é? – em um tom divertido cobri-lhe os olhos.
- Será que tento opinar? Estou com um tremendo medo de errar. Vai que não é a princesa mais encantada que existe... Pegaria mal se visse que era apenas uma garota comum.
- Harry! Eu sei que você tem total consciência que fico muito encabulada com elogios repentinos!
- É por isso que adoro te elogiar – virando-se para mim – Tenho a mesmíssima consciência que isso faz você corar e ficar ainda mais linda, se é que é possível tal coisa – colando seu corpo junto ao meu.
- Onde você esteve todo esse tempo em que eu andava sozinha? – sussurrei enquanto me aninhava em seus braços.
- Você nunca esteve sozinha – Ele retribuiu a fala beijando o topo da minha cabeça e me abraçando mais calorosamente.
- Vamos? – cortei o silêncio, ainda envergonhada.
Saímos do vento cortante do cais para uma estrada de pedra que demonstrava não ser mais quente. Abraços, seguimos juntos para o colégio, como um casal de namorados que já se conhece a muito tempo. Às vezes demoro a compreender e relembrar que ele sempre esteve comigo. Mas isso parece tão mágico que é como se eu estivesse num conto de fadas, esperando o famoso: felizes para sempre; a felicidade que sempre estaria em meu coração, mas ainda existia o sempre, e estava certa sobre os nossos destinos... Era cruel, isso todos podem afirmar, mas era o nosso destino. E eu evitava ao máximo possível pensar em algo triste e de cortar o coração, algo que estava para chegar quer eu quisesse ou não.
- Chegamos! – após alguns minutos, o que mais me pareceram centésimos, estávamos já em frente ao meu colégio. Aquele que tanto me trazia lembranças boas em meio a tantas ruins. – É incrível como o tempo passa tão rápido quando estamos com quem gostamos, não acha Harry?!
- Você tem razão. Parece que de lá até aqui foi em um pulo, e olha que eu nem precisei usar a minha magia! – sorriu marotamente.
- Ora, ora, ora... Se não é a Granger pobretona! – Nossa, eu devia ganhar o troféu paciência, porque agüentar a Lilá desde manhã é duro – E esse? – ela pareceu um tanto interessada no porte físico e nos olhos verdes de Harry – Seu namorado querida? – dando ênfase na ultima palavra – O que ele viu em você... Incrível.
- Quem é você? – ele se pôs a falar antes de mim – A nova colunista da revista: eu queria ser ela?
- Como ousa, seu... Seu...
- Lilá! – Rony correu em nossa direção e apertou o braço dela rudemente – Não se meta com eles – sua voz tremeu quando nos encarou.
- Ai, seu bruto! Não percebe que está me machucando?! – e juntos nos deixaram com uma, praticamente invencível, crise de risos.
- O que você fez a ele, Harry?! – meu tom era curioso e um tanto desconfiado.
- Nada – ele respondeu dando de ombros – Posso não ser tão bom em luta corporal, mas admito saber colocar medo quando quero.
- Às vezes você me dá medo, e olha que só nos conhecemos faz uns dois dias – ele sorriu sem jeito.
Soube por informações que o local das apresentações seria aonde ocorriam as peças de teatro, apesar de eu deduzir que seria por lá mesmo.
Era um lugar amplo com inúmeras cadeiras, todas enfileiradas corretamente. O palco era espaçoso, porém simples. Mas nessa ocasião parecia muito modernizado: vários homens trabalhavam no que parecia ser uma iluminação desejável; havia um piano um pouco atrás e vários tipos de balões, presos no teto por uma rede que percorria todo o salão.
Seguimos para trás do palco, onde várias pessoas conversavam e ensaiavam nervosas. Confesso que aquilo me assustou um pouco, pois não imaginava que haveria tantos competidores disputando um prêmio desconhecido. Porém, estava decidida a levar a música de minha mãe a diante e mostrar todo o meu talento a quem quisesse ouvir.
- Por favor, Harry, diga que não se esqueceu da letra que iria providenciar para mim! – falei numa voz lacrimosa, suplicando com os olhos. Ele fez cara de preocupado.
- Está aqui – entregando-me um papel de borrão, escrito numa letra corrida e inclinada.
- Quase me matou do coração, sabia?!
- Exagerada! – ele sorriu
- Eu sei... – retribuí o sorriso – Você acha que me deixariam cantar outra música?
- Por quê? – ele realmente estava preocupado agora – Não gostou da letra que compus?
- Não seja bobo, Harry. Eu ainda nem li para saber – ri da expressão que ele ficou – Mas é óbvio que irei adorar – acrescentei – A questão é que... Meu pai me entregou uma música composta por minha mãe e pensei se, pudesse cantar as duas.
- Bem... Apenas poderá cantar outra se vencer – ele me olhou pensativo – Se quiser apresentar a da sua mãe, tudo bem! Eu concordo com você.
- Não – senti pena dele naquele momento – Vai ser a sua. Ainda terei muito tempo para cantar essa outra aqui – sorri o encorajando a aceitar minha proposta.
- Se prefere assim.
Balancei a cabeça afirmando o meu desejo e nesse mesmo momento um homem saiu por trás de uma porta e declarou:
- Faltam duas horas!
- Céus! Vamos começar. – e a sala pareceu se agitar demasiada do que antes estava.
Ensaiamos o tempo inteiro e Harry me encorajou a treinar a outra musica também. Ele me acompanharia no violão. Sim, ele sabia tocar e muito bem por sinal! Se não me concentro devidamente na letra, era capaz de ficar dias e dias observando-o manusear o objeto com tanta facilidade. Ele era perfeito, tanto quanto a musica que havia feito.
- É linda! – meus olhos marejaram.
- Fiz para você na primeira vez que te encontrei. Tudo o que diz nela é a mais pura verdade.
- Quem dera eu poder mudar o rumo de nossas vidas... – abaixei minha cabeça sem encará-lo. Parecia impossível acreditar que nunca mais iria vê-lo e sentir sua presença. Meu coração sangrava.
- Ei princesa – Harry ergueu meu queixo delicadamente e eu pude ver a tristeza transparecer seus olhos – Não pense nisso agora, está bem? Eu estou aqui contigo – após me beijar gentilmente me abraçou. E eu senti a dor ir embora com aquele gesto simples, porém único.
- Faltam dez minutos! – o mesmo homem anunciou e o ambiente começou a ficar tenso.
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Vai demorar um pokinhu pra postah a outra parte,
talvez seja o final, sabe! e tem q ficar perfeito :DD
Beeijos!
;*
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