Seifadores



Já era muito tarde da noite, todos os ocupantes da bela Hogwarts estavam dormindo. A Lua estava no topo do céu límpido e perfeito.
Sirius apanhou as vassouras que estavam cuidadosamente guardadas.
Thiago, que agora era um cervo que galopava entre os corredores procurando algum sinal do estranho animal visto por Sirius anteriormente.
Lupin checava o Mapa dos Marotos, um mapa feito por eles para ser útil nessas situações.
Sirius chegou com as vassouras e Thiago estava logo atrás. Cada um apanhou sua vassoura e prepararam-se para partir.
-Tudo certo? –perguntou Sirius a Lupin olhando atentamente para os lados.
-Não acredito que vou fazer isso. –exclamou Lupin.
-Ah! Você não vai desistir agora, vai!? –perguntou Thiago impaciente.
-Não. Vamos lá então –disse Lupin determinado dando um impulso para trás e mergulhando noite a dentre.
Sirius e Thiago o seguiram. Em pouco tempo os três já estavam saindo de Hogwarts, que brilhava a luz do Luar.
Tempos depois, avistaram o Ministério da Magia que estava estranhamente sombrio essa noite.
Sirius pousou primeiro, já que sua vassoura caríssima era mais veloz, Thiago e Lupin estavam na sua cola.
-Vou primeiro. –disse Sirius. A Lua o iluminava de um jeito sombrio, seu sobretudo esvoaçava com o vento.
Sirius entrou em uma pequena cabine vermelha de telefone, apanhou o telefone. A voz suave de uma moça perguntou seu nome.
-Sirius Black.
-Objetivo?
-Salão de Mistérios.
Um cartão de visitas sai de onde as fichas saem. Sirius o apanhou e o guardou no bolso. Os outros o seguiram.
Eles caminharam lentamente pelos corredores sinistros do Ministério. A luz do luar banhava-os de vez em vez. Mas algo os seguia.
Sirius virou-se umas duas vezes para checar.
-O que foi? –perguntou Lupin observando Sirius de lado.
-Tem alguma coisa errada aqui. –sussurrou Sirius.
Algo brilhava estranhamente na frente dos garotos.
Os três apanharam as varinhas. Sirius fez sinal para os amigos esperarem. O objeto cintilava cada vez mais com a aproximação de Sirius.
Sirius chegou bem próximo até que finalmente conseguiu enxergar. Uma vela pairava sóbria no ar, seu fogo era estranhamente azul e sem vida.
Sirius nunca havia visto nada igual. O fogo não possuía calor... era frio. Sirius trocou a varinha de mão e a estendeu a fim de tocar o fogo.
Esses estranho fogo paira sem tocar a vela, mas no instante que a mão de Sirius entrou em contato com ele, esse ardeu fervorosamente. Acendendo todas as velas ao redor. No exato momento que as velas foram acessas, Sirius emudeceu. Seu coração disparou e a varinha tremia em suas mãos.
O estranho animal que ele vira pela manhã estava bem na sua frente e a medida que as velas iam acendendo-se mais desses animais apareciam.
Thiago e Lupin estavam em choque. Sirius podia ver claramente o formato dos monstros. Sua postura era semelhante à de uma pantera, porém não tinham pelos, seus corpos eram enrugados e seus pescoços alongados. Sua cabeça era semelhante a de Anúbis – Deus Egípcio representante da morte. Seus olhos redondos eram vermelho-sangue, Seus dentes, que estavam totalmente a mostra numa espécie de rosnado, eram grandes e pontiagudos.
Thiago apontou sua varinha a um deles e gritou – EXPELIARMUS!!!
Um jato de magia atingiu o animal mais próximo de Sirius esse cambaleou. Os outros animais voltaram-se para Thiago e em uníssono uivaram.
Sirius ergueu sua varinha, mas antes que pudesse fazer algo, um enorme animal o derrubou.
-São muitos!!! –exclamou Lupin derrubando dois deles.
Sirius se levantou, apanhou sua varinha e acertou em cheio o animal que o atacara.
-O que são essas coisas!? –perguntou ele ao se juntar com seus amigos.
-Seifadores. –exclamou Lupin pondo-se a correr.
Sirius e Thiago o seguiram, mais e mais seifadores apareciam a suas costas. Thiago parou de correr e conseguiu acertar três. Mas ao acertarem três, mais três apareciam.
-Droga e agora!? –exclamou ele a Lupin.
-Corraa!!!
Eles entraram em uma grande sala circular e fecharam a porta as suas costas. Eles podiam ouvir os animais se debaterem lá atrás.
-Isso não vai segura muito eles!!! –exclamou Lupin.
Uma pequena névoa começou a se formar embaixo da porta e essa começou a tomar forma.
-Vamos nos separar! –disse Thiago.
Os outros concordaram, cada um escolheu uma porta.
Sirius se deparou com um corredor mal iluminado e úmido, um corredor sem fim. Ele começou a correr, atrás de si um nevoa saia da porta e começava a tomar forma.
Ele corria o máximo que suas pernas lhe permitiam. Quando um doce som invadiu-lhe os ouvidos, o som de um piano. Ele olhou para os lados e não viu nada exceto um grupo de doze animais correndo atrás dele. Levaria poucos segundos até que eles o alcançassem daí... seria o fim...
A luz da Lua passava pelas frestas das paredes iluminando pouco a cena que se passava. Os passos de Sirius ecoavam pelos corredores imundos do corredor. Seifadores o seguiam de tão perto que Sirius podia sentir o calor de sua respiração. Uma bela borboleta pousou-lhe no ombro.
Uma voz doce de mulher lhe invadiu os ouvidos.
-O que você mais deseja nesse momento!? –perguntou-lhe.
-Butterfly! –Sussurrou Sirius exausto.
No exato instante o chão desapareceu e Sirius foi transportado para um lugar escuro, apenas seu corpo emitia uma estranha luz branca.
Ele olhou a sua volta e viu uma borboleta pousada no vazio, a borboleta brilhava em vermelho, uma luz surreal.
Ela bateu as asas e nesse instante varias outras apareceram ao redor dela, como se indicasse o caminho.
Sirius as seguiu. Mas ele podia ouvir algo ofegante as suas costas. Ele virou-se, nesse exato momento um Seifador ergueu sua pata grotesca e atingiu-lhe no peito.
Sirius cambaleou, mas mantevesse em pé. O sangue escorria entre seus dedos até tocar o chão. Com isso as borboletas juntaram-se dando lugar a uma cúpula. Uma bolha d’água, em seu interior estava uma garota de longos cabelos negros. Ela tinha uma enorme borboleta desenhada em suas costas.
Sirius a olhou encantada... como uma garota iria salva-lo... –Estou morrendo.... –pensou.
Ele encostou-se na cúpula da garota e sussurrou...
-Me ajude... –desmaiou.
No instante que Sirius desmaiou, a garota abriu os olhos e os Seifadores foram atingidos por um jato de poder...

Sirius acordou no hospital St. Brutus, Thiago estava sentado em uma cadeira ao seu lado. Ao ver o amigo acordando respirou aliviado.
-O que ouve!? –perguntou Sirius um pouco atordoado.
-Você se feriu, encontramos você todo molhado e encharcado de sangue... – começou Thiago mais Sirius interrompeu.
-Molhado!? Mas quando eu cai o lugar estava seco!!! E...e a butterfly eu a vi!!!
Thiago ficou em silencio.
-Ela... –e apontou com a cabeça para a cama ao lado. -Não estava...preparada pra voltar. Ela não sobreviveu...

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