Vigiados...
A tarde caia e dava lugar à noite, Hogwarts brilhava devido às pequenas gotinhas que caíram da chuva. Os alunos estavam todos recolhidos em suas casas até segunda ordem. Havia apenas três jovens que estavam às escondidas na biblioteca.
Thiago, Sirius e Lupin apenas conseguiram entrar devido ao que aprenderam fazendo traquinagem.
Um enorme cão negro trazia a chave entre os dentes, um servo gracioso recolhia o maior número possível de livros a respeito de lendas, mitos e criaturas mágicas.
Mais a noite já estava na metade e sem informação alguma da Butterfly;
Thiago, largado numa poltrona, brincava com o pomo-de-ouro roubado do jogo anterior de Quadribool. Sirius estava com a cabeça encostada nos braços, entediado, rolando um tinteiro vazio para cima e para baixo. Lupin estava com a cara enfiada nos livros.
-Desiste vai. –exclamou Thiago impaciente.
Lupin não respondeu.
Sirius corria os olhos entediado através da biblioteca quando seu olhar encontrou algo que não deveria estar ali.
A sombra de um animal quadrúpede, os observava através da janela. Sirius levantou da cadeira num pulo, Thiago e Lupin olharam assustado para o amigo. Sirius correu em direção a janela com a varinha em mãos, mas a criatura fugiu.
-Sirius? O que está fazendo? –perguntou Lupin surpreso com a estranha reação do amigo.
-O-o-o que atacou o professor estava ali!!! –exclamou ele apontando para fora. Ele apontou a varinha em direção a janela e a abriu em um leve movimento. Não havia nada.
-Sirius você deve estar com sono. –disse Thiago sentando-se novamente.
-Mas EU VI! –exclamou Sirius relembrando a cena. – Era ele!!!
Lupin deu de ombro e tornou a mergulhar nos livros.
Sirius voltou a mesa estupefado, mas quando foi sentar-se notou que a bela borboleta que vira no momento da morte do professor estava polsada em uma estante empoeirada num livro corroído pelas traças.
Sirius correu e tentou apanhar a borboleta, essa se desfez em pequenas luzes. O livro caiu aberto no chão.
-Sirius! –exclamou Lupin - que está fazendo!? O que deu em você!?
-A BORBOLETA! –exclamou ele nervoso –A BORBOLETA ESTAVA AQUI!!!
Enquanto Sirius e Lupin discutiam Thiago pegou o livro. Seu queixo caiu...
-QUIETOS!!! –exclamou ele olhando de Sirius para Lupin e de Lupin para Sirius –OLHEM!!!
O livro havia aberto no seguinte capitulo;
“Butterfly –Aquela que serve”.
Eles se entreolharam, Lupin apanhou o livro das mãos de Thiago e começou a ler o seguinte trecho.
“Uma criança nascida sob a Lua azul (segunda Lua Cheia do mês), cuja seu corpo seria marcado com a marca da morte – a borboleta vermelha – Seria a representante dos mortos em nosso mundo. Essa foi escolhida através de séculos pelas criaturas mágicas habitantes desse mundo. Porém sua vinda foi rejeitada, desde o momento de seu nascimento, antigos bruxos criaram inúmeros feitiços para tentar anular a criança, com medo de seus poderes. Mas foi inútil. A criança crescia cada vez mais e seus poderes a acompanhavam. Não tendo outra escolha, juntaram suas forças e criaram uma cúpula e a aprisionaram... ninguém sabe ao certo se ela realmente existe, sua história foi destorcida pelo tempo.”
Os três se entreolharam.
-Então... –começou Lupin fechando o livro -...é ela que o Professor quer que encontre.
-Mas onde? –perguntou Thiago.
-Onde se encontra a sede dos mistérios... –disse Sirius mais para si do que para os colegas.
-Sede dos mistérios... –resmungou Thiago.
-Mi...nis... –pensou Lupin.
-MINISTÉRIO DA MAGIA! –exclamaram os três.
Eles se entreolharam. Apanharam suas varinhas e saíram corredor a fora
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