Borboleta Vermelha



O dia amanheceu chuvoso, as pequenas gotículas de chuva escorriam graciosamente entre as paredes de Hogwarts. Os pássaros animados com a chuva desabaram a cantar. As cortinas dos quartos ainda estavam fechadas, também era madrugada ainda. Um garoto se debatia nos lençóis... Sirius estava inquieto, estivera tendo pesadelos à noite toda... Ofegante levantou.
-O que foi, Sirius? –perguntou Thiago com os olhos semi-serrados.
-Nada... pesadelos só isso. –disse ele sentando na cama.
-Sua mãe...? –mas antes que Thiago terminasse a frase Sirius se levantou apanhou seu chinelo e seu sobretudo e saiu. –É ... era a mãe dele...
Sirius andava sem rumo pelos corredores, rever a imagem de sua mãe berrando consigo, era sua pior lembrança.
Sua mãe sempre achava que ele não devia se misturar com sangue-ruim, que ele era puro e superior. Sirius nunca ligou para essas coisas para ele o que importa é o que diz o coração...
Os corredores de Hogwarts que, costumeiros, estavam cheios de vida, agora estavam vazios e mal iluminados. Sirius caminhava com as mãos nos bolsos, passava os dedos entre sua varinha de grande porte, feita pelo melhor, comprada PARA o melhor.
-Hunf! –resmungou – Que idiotice. Daria tudo para conseguir alguém... algum motivo para usa-la...
Sirius ouvio estranhos ruídos de objetos cristalinos partindo-se e um barulho tremendo de coisas caindo. Ele olhou para o final do corredor e avistou uma sala cuja porta havia sido arrancada. Havia pequenos rastros de sangue pelo chão. Uma bela borboleta vermelha pousara em seu ombro.
O garoto ficou hipnotizado por instantes pela borboleta até um grito romper o ar.
Sirius correu em direção a sala, (a borboleta voou janela a fora) e parou abruptamente. Seu professor de Poções estava estirado no chão, aos seus pés e.. uma coisa... uma espécie de criatura lançou-lhe um olha pouco antes de desaparecer janela a fora. A sala estava totalmente destruída, a parede arranhada e ensangüentada, como se aquela coisa tivesse arrastada a vitima através das paredes.
Sirius arregalou os olhos, seu peito se encheu de medo, sua garganta ficou seca... estava horrorizado. Quem ou o que teria feito aquilo!? E o que era aquela Coisa!?
Mais do que depressa se recuperou e foi acudir o homem. Ele segurou sua mão e ergueu um pouco sua cabeça.
O Homem pouco consciente virou-se devagar e disse num tom de sussurro;
-Encontre a Butterfly... na sede dos mistérios... o anjo é um demônio e o demônio um anjo... a profecia ira se cumprir e a morte chegara a todos... acorde a Butterfly... maldita Butterfly... –dito isso seus olhos se fecharam para nunca mais abrirem...
Sirius ficou chocado sem saber o que dizer... Butterfly? Anjo? Demônio? Mistério? Profecia? Por deus o homem delirava – pensou.
Thiago entrou correndo pela porta. E ficou paralisado...
-Si.... ri.... us... –disse horrorizado.
-Ele... morreu – Sirius sentou no chão e com as mãos ensangüentadas passou nos cabelos.
Dumbledore rompeu a porta, e parou perto dos dois.
-O que houve aqui!? –perguntou com um tom mais sério do que o normal.
Sirius estava chocado, sem palavras.
-O QUE HOUVE AQUI!? –perguntou novamente agora num tom mais alto.
-Eu o encontrei assim... só que pouco antes de morrer... –disse Sirius sem olhar para Dumbledore.
-Você o encontrou vivo. Então ele disse algo antes de morrer? Viu quem fez isso? –perguntou Dumbledore tentando manter a calma.
-Uma coisa estava aqui...
-Coisa? Que coisa?
-Não consegui ver... parecia um animal quadrúpede de grande porte, mais se mexia estranho... parecia... morto... –e calou-se chocado.
-Mas ele disse algo? –perguntou Dumbledore retomando a postura.
-Alguma coisa sobre Borboleta... Profecia... anjo... mistério não entendi direito...
-Ele falou alguma coisa sobre a Butterfly? –perguntou Dumbledore tentando entender.
-É... Butterfly Maldita...
Dumbledore respirou fundo ajeitou suas belas vestes verde-esmeralda, olhou os dois através de seus óclinhos meia-lua.
-Voltem para suas casas e não saiam... terei de chamar o restante dos professores. –dito isso ergueu a mão direita para impedir qualquer comentário.
Thiago e Sirius voltaram para a Grifinória e acordaram Lupin.
Sirius lhe contou a história, Lupin apanhou uma pena, suas vestes e olhou fundo nos olhos dos amigos...
-Vamos para a biblioteca temos muito pra pesquisar.

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