Maldito Peter...é Percy



Bom dia! – Gina saudou alegremente. Além do igualmente animado “Bom dia” da mãe, sua única resposta foi um silêncio mortal e um olhar sinistro dos irmãos. Os gêmeos e Rony não estavam sendo muito calorosos desde que ela assumira seu namoro. O pai tinha ido trabalhar antes do Sol nascer nos últimos dias, ele estava muito atordoado. “Eles vão se acostumar”, ela pensava tentando se convencer. Mas a verdade era que ela estava triste com o comportamento dos irmãos. Estava também muito preocupada com seu pai. Achou que talvez o tivesse decepcionado mais do que ele poderia suportar. Embora Molly garantisse que as coisas iam se acertar, Gina achava difícil manter o pensamento positivo quando ninguém falava direito com ela. E estar sem notícias de Draco (mesmo que por uma semana apenas) completava o quadro desanimador. Uma chuva de cartas chegou para distraí-la naquela manhã. Gina ficou satisfeita que nenhuma fosse um berrador de seus outros irmãos. “Gina, Como vai? Finalmente você resolveu assumir esse seu caso com o Malfoy! Achou que eu não sabia, não é? Francamente! Ainda bem que eu não me ofendo fácil... Mas não quero brigar com você (seus irmãos já devem estar fazendo isso o suficiente). Você sabia que eu vou passar uns dias na sua casa? Espero não estar aí no mesmo dia que o Malfoy. Isso se ele der as caras, né? (o Rony me contou que você não tem noticias dele) Me conte todas as novidades e saiba que eu acho isso positivamente uma loucura! Abraços, Hermione Granger” Mesmo sendo a mais inteligente, a mais responsável, a mais séria, Hermione ainda era uma menina comum que queria desesperadamente saber “as novidades”. Gina sorriu. Contaria tudo a amiga, certamente. “Princesinha, Namorando?! Quem afinal é essa “lesma rastejante oxigenada” que você esta namorando? A carta do Ronald e dos gêmeos me deixaram meio preocupado. Você está namorando uma “doninha oxigenada”, uma “lesma derretida” ou um “globin que sofreu uma operação de cérebro”? Espero sinceramente que isso seja só implicância dos garotos. Agora falando sério: o filho de Lúcio Malfoy? Tem certeza que sabe onde está se metendo irmãzinha? Bem, saiba que se ele não for um goblin e não tiver nenhum problema com a justiça eu apoio seu namoro! Porque eu confio na sua maturidade. Um beijo, Guilherme. PS: A Fleur manda um beijo e diz que você tem bom gosto.” “A minha cunhada sim entende de garotos!”, ela riu alto sem ligar para o olhar censurador de Rony. As coisas podiam melhorar! Se um de seus irmãos estava do seu lado, ainda por cima dizendo “confio em sua maturidade”, então ela podia ter esperança. “Neném! Talvez seja hora de mudar esse apelido, não acha? Que tal: garota-crescida-que-arruma-namorados-polêmicos? Brincadeirinha, Gina, brincadeirinha... Da onde você tirou essa? Um Malfoy! Eu não conheço a figura, mas aposto que é loiro, estúpido e metido. Acertei? Nossa, os meninos estão mesmo muito bravos. Até o cubo de gelo do Percy está revoltado! Eu não levaria o garoto aí enquanto o Rony não tivesse mais calmo. Quer que eu leve sedativos de dragão na minha próxima visita? Eu não vou aprovar nem desaprovar até ver do que se trata. Mas por enquanto boa sorte. Amor, Carlos” Ela quase bateu palmas. Não era uma aprovação, mas ele faria uma tentativa! Ah! Porque os outros não podiam ser assim também? “Porque eles não estudaram com o Draco”, ela mesma respondeu. “VIRGINIA MARIE WEASLEY! Como você pôde fazer isso comigo? Estou muito chateada! Me esconder um namoro por UM ANO?! Nossa! Essa é a consideração que você tem por mim? Humf! O que você achou que eu ia fazer? Contar pro Colin? Ah, tudo bem... Provavelmente eu ia mesmo. Pronto, já briguei com você, agora vamos ao que interessa! Como estão as coisas aí na sua casa? E o Malfoy? (nossa, eu nunca vou me acostumar! Um Malfoy! E pior de tudo: ele é gatinho! Er... com todo o respeito). Você já pensou se vocês casarem? AHHHH! Sra. Malfoy! Que coisa, hein? Me escreva LOGO! Eu tenho UM ANO de fofocas pra atualizar. Beijocas, Leny” Lenina conseguia ser espalhafatosa até mesmo nas cartas. Impressionante. Mas a indignação dela não era sem motivo. Afinal, ela se sentiu excluída por não ter sido informada sobre o namoro secreto. Mas ela mesma admitira que não teria agüentado guardar um segredo como aquele. Havia ainda uma última carta. Os irmãos espicharam os olhos discretamente, desconfiando, mas nenhum conseguiu ver de quem era. Gina também não teve certeza até abrir o envelope. “Virgínia, Como foram as coisas aí na sua casa? Pelo jeito do seu irmão não muito bem, eu imagino. Eu estou tendo uns probleminhas aqui no Ministério, mas não se preocupe logo tudo estará bem. Lamento não ter escrito antes. Draco Malfoy” Gina leu a carta três vezes em menos de cinco minutos. Ela sentia cheiro de algo errado. “Probleminhas no Ministério”, ela repetiu mentalmente imitando a voz anasalada de Draco. Gina achou que ele estivesse em uma enrascada e talvez não quisesse contar. “Porque ele não me contaria?”, ela pensou ingenuamente, mas logo uma voz sagaz lhe respondeu, “Porque ele é tão orgulhoso e auto suficiente quanto se pode ser”. A voz tinha razão. Draco, confinado ao seu “quarto” no Ministério, tinha escrito sete tipos diferentes de carta: a primeira falava a verdade e pedia que ela fosse até lá o mais rápido possível, ajuda-lo a resolver o problema. Era urgente e desesperada. As outras iam gradativamente diminuindo a intensidade do problema e necessidade de ajuda até culminar na que ele mandou. - Percy... – ela começou, mas quando ergueu os olhos da carta viu que só a mãe e Rony estavam lá. – Cadê o Percy?! - Já saiu. – o irmão disse de boca cheia. De qualquer modo, ela refletiu, não ia adiantar falar com Percy, ele não se esforçaria em ajudar. Tinha que descobrir sozinha o que estava havendo. 

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