Pela Primeira Vez



CAPÍTULO QUATRO – PELA PRIMEIRA VEZ

Always said I would know where to find love,
Eu sempre disse que saberia aonde encontrar o amor,
Always thought I'd be ready and strong enough,
Sempre pensei que eu estaria pronto e forte o suficiente,
But some times I just felt I could give up.
Mas às vezes eu apenas senti que poderia desistir.
But you came and changed my whole world now,
Mas agora você veio e mudou meu mundo inteiro,
I'm somewhere I've never been before.
Eu estou em algum lugar em que nunca estive antes,
Now I see, what love means
Agora eu vejo o que significa o amor.
(Craig David – Unbelievable)


07 de Fevereiro




Fui correndo até Miguel com o bilhete em mãos, entreguei-o e sentei ao seu lado enquanto ele lia.

“Lilly, é a nossa última chance. Encontre-me nas estufas, às 23h.”.
J.P.


- Eu fiz um juízo totalmente errado dele. – expliquei. Os cabelos loiros e encaracolados do meu amigo balançavam ao vento. Ele era a única pessoa capaz de me entender nesse momento. – Construí em minha cabeça uma imagem distorcida, tentando me convencer que James era assim e não de outra maneira. – me ajoelhei, deitando minha cabeça no ombro dele, com meu coração batendo ligeiramente apertado, ligeiramente machucado.

Parece que o amor bateu de frente comigo, agora mudou tudo de vez. E eu fico assim sem saber como agir ou para onde fugir.

- Nada é completamente errado no mundo. – começou Miguel, fazendo uma pausa e afagando meus cabelos. – Mesmo um relógio parado, consegue estar certo, duas vezes por dia. – disse como um exemplo da realidade. Porque era assim que eu entendia; E ele me conhecia o suficiente para me fazer entender as minhas dúvidas de maneira simples. – Você agiu de acordo com o seu tempo; E se ele gosta realmente de você, como vem mostrando, entenderá e aceitará. – completou, afastando-me delicadamente, segurando em meus ombros e olhando nos meus olhos; Fazendo-me sorrir encabulada. – É assim que quero te ver. – disse, passando os dedos por meu rosto e limpando minhas lágrimas. – Agora, vá encontrá-lo! Ele está te esperando, ruivinha! – disse entusiasmado e empurrando por fim.

Mas antes de ir ao encontro de James, voltei até ele, pulando em seu pescoço e lhe beijando a bochecha.

- Você é o melhor amigo que tenho no mundo! – bradei feliz, certa de que nunca mais encontraria alguém como ele. Dei as costas, indo à direção das estufas, que eram próximas ao jardim mais belo que já havia visto.

Depois de algum tempo, cheguei a um caminho de pedra, andando silenciosamente. Entrei nas estufas de Herbologia, passeando pelas bancadas. Vi James parado próximo a uma abóbada. Eu sabia que ele observava os jardins, pois eu já havia estado ali, naquela mesma posição.

Andei vagarosamente até lá, com o coração querendo saltar pela boca e minhas mãos suando friamente.

- James? – o chamei, quando estava próxima. Ele não se virou. Eu andei até postar-me ao lado dele. Então, remexeu-se inquieto, como se estivesse criando coragem para dirigir-me a palavra.

- Lilly. – disse. Sua voz mostrava tristeza, seriedade, um misto de preocupação, que fez fraquejarem as minhas pernas.

- Acho eu... – comecei incerta. – Que minha ficha finalmente caiu, quando percebi que o ano estava acabando e que não veria nunca mais, algumas pessoas. – postei-me a sua frente. - E apenas uma pessoa, me fez enxergar que nada depois teria sentido sem ela. Que nada, valeria de nada e que minha vida, não teria qualquer propósito. Nenhum perigo seria aterrorizante e nenhum sonho valeria ser sonhado ou idealizado. Nenhum sol iluminaria e nenhum caminho valeria a pena ser percorrido sem essa pessoa. – respirei profundamente, encarando seus olhos surpresos. – E esta pessoa é você, James. – terminei, admirando a luz da lua que iluminava seu rosto.

Ele suspirou.

- Sabe Lilly... – disse fazendo uma pausa. – Por muitas vezes, você deixou meu coração dilacerado. Por muitas vezes, eu achei que meu mundo iria desmoronar. Por muitas e muitas vezes, eu pensei em desistir. – disse, enquanto meus olhos marejavam; eu deveria saber.

- E como você continuou tendo esperanças? Depois dessas tantas e tantas vezes? – perguntei, arrependendo-me.

- Porque o que sinto por você é amor! Mesmo que não haja retribuição imediata, o amor só consegue sobreviver quando existe esperança; Por mais distante que seja de conseguirmos conquistar a pessoa amada. – explicou-me, olhando para os seus sapatos. – Eu sempre dizia à Sirius brincando, é claro, que a esperança era a ultima que corria, mas no fundo, eu sempre acreditei nisso. – nunca chegarei, a saber, se era ali que ele terminava de falar, porque me vi no direito de dizer a ele o que se passava em meu coração.

Fiquei de costas para ele, a fim de fitar e admirar o jardim.

- Eu só quero ser um lindo sonho para seu coração, fazer da sua vida poesia e paixão. Quero estar em seu caminho como um raio de sol, entre seus passos mais distantes, eu quero te guiar como um farol. – respirei profundamente antes de continuar. – Porque eu te encontro na luz das estrelas, te vejo refletido nas águas do lago! Porque para mim, James, agora e a partir de agora, minha vida é te amar. Se em algum momento, alguma nuvem encobrir teu céu, eu prometo pintar um arco-íris com aquarela e pincel. Esse foi meu jeito de dizer te amo, e você é o que eu mais quero! – terminei, suspirando e me virando.

Nossos olhos se encontraram, e então, nos aproximamos. Senti sua respiração cada vez mais perto, antes de nossos lábios se encontrarem pela primeira vez; Deixando-me então descobrir, que um sonho assim, não deveria ter fim.

Não estou certa do que ele sentiu, mas eu sei que me envolvi em uma nuvem de felicidade, onde o início era um beijo e o término era a eternidade. Onde estaríamos conscientes apenas um do outro.

~


por mαriα izαbel :~ : Deeeesculpa a demora, querida! Capitulo postado, espero que goste!

Beijinhos /o/ comentem!

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