Dia dos Namorados



CAPÍTULO CINCO – DIA DOS NAMORADOS

I do swear that I’ll always be there
Juro que sempre estarei ao seu lado.
I’d give anything and everything and I will always care
Eu daria tudo, qualquer coisa e sempre cuidarei.
Through weakness and strength, happiness and sorrow, for better for worse,
Através da fraqueza e fortaleza, alegria e tristeza, pelo melhor ou pior,
I will love you with every beat of my heart
Te amarei com a força de cada batida do meu coração
(Shania Twain - From This Moment on)


14 de Fevereiro


O sol resolveu brilhar mais forte naquela manhã, como há muito não fazia. Eu olhava encantadamente a paisagem. Tudo parecia ter ficado mais belo, até mesmo a neve que derretia, deixando as cores voltarem ao lugar.

Senti sua mão soltar-se da minha, deixando-a gelar-se e um vazio preencher onde, antes, estava aquecida. Parei de andar, o vi se abaixar e pegar uma flor, a única que se encontrava ao redor.

Ele levantou-se e segurou meu rosto, colocando aquele lírio rosa atrás de minha orelha, sorrindo. Tornou a segurar minha mão, e voltamos a andar na direção do vilarejo.

Parece que aquele dia, todos arranjaram companheiras. Até mesmo Remus e Petter.

- Aonde nós vamos? – perguntei a James, enquanto passávamos entre alguns alunos do quarto ano.

- Ah, tem um lugar bem legal, logo ali... Você já ouviu falar do Madame Puddifoot? - perguntou animadamente. Levando-me para uma rua ao lado, onde existia uma pequena casa de chá. Passei minhas mãos pelo cabelo.

- Na verdade, já. – James olhou-me com a sobrancelha erguida. – Eu vim com Miguel... – respondi, enrubescendo.

- Como? – perguntou, parando e franzindo o cenho.

- Bem... – comecei incerta. – Sabe, eu e a Lene estávamos morrendo de curiosidade, então pedimos ao Miguel para nos acompanhar... Mas claro que ele veio uma vez com uma e depois com outra... Nós não tínhamos namorados... Então o convencemos de nos trazer... – me virei para ele, que começou a rir. Comecei a ficar cada vez mais vermelha e estreitei os olhos. – E não foi nada fácil... – sussurrei.

- Certo... – disse, recuperando-se e limpando as lágrimas que escorriam por seu rosto. Soltei-me da mão dele e cruzei os braços. – Eu nunca fui lá... – ele confessou agarrando meu braço, e segurando em minha mão.

- Como? – indaguei, torcendo o nariz. – Parem o mundo! James Potter nunca foi à Madame Puddifoot?! – ele fechou a cara instantaneamente.

- Eu só ganhei a fama. Mas quem realmente faz jus a ela, é Sirius. OK?! – olhei-o estranhamente. – É sério, meu lírio! – abri a boca duas vezes, mas sem imitir som algum, dando de ombros, voltamos a andar.

- O cheiro lá dentro é extremamente doce... – comentei, enquanto parávamos em frente ao recinto.

- Se você quiser ir a outro lugar... – eu o interrompi.

- Hey! Olha a Lene e o Sirius ali! – disse, apontando para um casal dentro do lugar. Puxei James e entramos.

Era um lugarzinho cheio e esfumaçado, decorado inteiramente com babadinhos e rendas.

- Olha! Eles fizeram uma decoração para o Dia dos Namorados. – disse James, indicando alguns coraçõezinhos que sobrevoavam cada uma das pequenas mesas circulares e que, ocasionalmente, soltavam confete rosa sobre seus ocupantes. Sirius e Lene abanaram as mãos para que nos juntássemos a eles.

- Olá! Não querem se sentar aqui? – perguntou Sirius, animado. James puxou uma cadeira para mim, sentando-se ao lado.

- Faz tempo que estão aqui? – perguntei, olhando ao redor.

- Algum tempo já... – disse Lene torcendo o nariz, enquanto um punhado de confetes caía em cima de sua cabeça. Eu, James e Sirius gargalhamos.

- O que vocês vão querer, meus queridos? - perguntou Madame Puddifoot, uma mulher bem corpulenta carregando um bolinho preto e espremendo-se entre nossa mesa e uma outra.

- Dois cafés, por favor. – disse James, olhando para a janela esfumaçada. – Sirius, você não vai...? – eu dei um chute na perna de James, interrompendo sua frase de “você não vai acreditar no que a Lily me contou...” . Ele arregalou os olhos, entendendo a mensagem. Sirius continuava olhando curioso, assim como Lene. – Você não vai querer ir lá fora... Está lotado! – e é claro que Sirius não acreditou naquela balela. Mas ele não ousaria perguntar nada sobre o assunto.

- Já sabem da novidade? – perguntou Sirius, fazendo Lene corar furiosamente.

- Que novidade? – perguntei, sorrindo travessa. James ajeitou-se na cadeira, enquanto Lene remexeu-se inquieta.

- Aqui está! – disse a mulher, entregando nossos cafés. Lene foi salva pelo gongo, mas não por muito tempo. Eu e James levávamos o café à boca, esperando Sirius falar.

- Nós estamos namorando! – bradou feliz, roubando um beijo de Lene. James quase engasgou com o café.

- Como? – perguntei estupefata. – Lene? – chamei por ela, que parecia ter achado algo muito interessante no teto.

- É... É verdade... – resmungou. Comecei a rir. – E vocês dois? – parei com minhas risadas no mesmo momento.

- O que tem a gente? – indaguei, enquanto Sirius piscava para o moreno ao meu lado.

- Vocês já estão namorando? – Lene perguntou.

- Bom... – começou ele, assustando-me e fazendo com que eu me virasse em sua direção. – Eu pretendia fazer isso mais tarde... Mas já que você tocou no assunto... – o vi remexer-se. Pegou minha mão e olhou diretamente nos meus olhos. – Lilly, você aceita namorar comigo?! – perguntou apreensivo.

Segurei-me para não rir e fingi estar pensando seriamente no assunto. Dei um largo e brilhante sorriso, fazendo-o segurar meu rosto e me puxar para um apaixonado beijo.

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