A Festa de Aniversário
Capítulo 3
A Festa de Aniversário:
Na época que Sirius era vivo épocas em Largo Grimmund teria ficado mais feliz ao receber visitas, mas em épocas funestas como aquelas, qualquer visita inesperada trazia tensão a casa.
Mal se ouviu o barulho no lado de fora da residência naquela manhã e todos na cozinha sacaram suas varinhas com medo que fosse um ataque de comensais, a Sra. Weasley deu primeiro uma boa olhada para seu velho relógio cuco que ela agora carregava para todos os lugares que ia. Ele continuava indicando os nove ponteiros para “Perigo Mortal”.
Pancadas foram ouvidas à porta da casa em Largo Grimmund 12.
A Matriarca da família Weasley foi até a janela junto á porta e afastou as cortinas para contemplar o recém chegado, dando depois abriu um grande sorriso, se dirigiu até a porta e a abriu-a velozmente.
Atrás da porta se encontrava um homem velho parecendo subnutrido com cabelos grisalhos e ralos e com uma proeminente área calva no topo da cabeça, ele tinha pele ressequida e de uma palidez cadavérica vestindo uma capa azul esfarrapada sobre as vestes de bruxo negras. Ao primeiro olhar de Harry o homem lembrava muito um inferi, pois não parecia haver carne sob sua pele.
As únicas coisas que indicavam que havia vida naquele corpo fraco eram os olhos negros terrivelmente vivos e perspicazes que ele possuía.
- Esperávamos sua visita no Domingo lá na Toca, Sr. Quirke – disse Molly recolhendo a capa do homem e oferecendo para ele entrar.
- Você me conhece, Molly, eu não sou muito paciente, – disse o homem entrando na casa – a vida depois da aposentadoria pode ser muito monótona, todo aquele tempo disponível e nada pra fazer, isso está me deixando louco!
A Sra. Weasley pendurou a capa no porta cabides atrás da porta e conduziu o homem até a cozinha.
- Logo você que sempre reclamou que trabalhava demais e precisava de umas férias – disse a Sra. Weasley
- Pois eu quero é tirar umas férias da minha aposentadoria! – reclamou o velho.
Nesse momento ele encarou todos na cozinha se demorando mais em Harry
- Garoto, sei que deve ouvir muito isso, mas você lembra muito seu pai! – disse o homem a Harry – Menos os seus olhos, é claro eles são...
- São da minha mãe, eu já sei – disse o garoto rapidamente interrompendo o homem.
O homem deu um olhar cheio de emoção e nostalgia para o garoto, suspirou e disse:
- Até no temperamento se assemelha ao Tiago...
A Sra. Weasley ofereceu ao velho um lugar na mesa onde ele sentou-se tranquilamente enquanto um silêncio se desenrolava na sala. Todos os Weasley se concentravam no visitante inesperado.
- Tobias Salomon Quirke, advogado bruxo, muito prazer – disse o Homem polidamente para o garoto – agora vamos resolver logo o motivo da minha visita Sr. Potter...
O velho sacou sua varinha e apontou para a mesa onde surgiu uma grande pilha de papéis amarelados que pela inclinação estranha que ameaçava cair.
- Como proteção aos bruxos menores de idade, o ministério proíbe que recebam imóveis e bens de valor maior para que estes não sejam usurpados por aproveitadores, ficando esses bens no encargo do guardião legal ou de um procurador da família. – disse o Sr. Quirke – Dumbledore achou melhor evitar que os Dusley se aproximassem de sua Herança, então eu, como representante do seu avô fiquei responsável por tudo.
Esse é o inventário dos bens de valor que você herdou dos testamentos de seu pai, sua mãe, familiares e de Sirius Black.
- Mas eu já recebi as coisas do meu padrinho – disse Harry.
- Dumbledore também me disse isso, claro que não precisamos informar esse deslize ao ministério, não é? – disse o velho dando uma piscadela ao garoto – e, além disso, o bruto da herança você ainda não recebeu, Sirius Black tinha muito mais que um velho elfo doméstico, a conta no Gringotes e essa casa no Largo Grimmund.
Logo depois o Homem pegou o primeiro pergaminho da enorme pilha e começou a ler, um por um, todos os bens que o garoto já herdara.
Tobias Quirke ficou exatas duas horas falando sobre os bens que Harry havia ganhado dos pais e familiares, resumidamente Harry Potter Herdou:
A casa dos Pais em Godric’s Hollow;
Um pequeno apartamento trouxa próximo ao ministério que pertenceu à mãe de Harry;
Um apartamento no Beco Diagonal;
Uma Loja no Beco Diagonal alugada para a Floreios e Borrões.
Uma Mansão antiga num bairro nobre de Londres que está na família Potter há gerações;
Um chalé em Majorca;
A Casa Trouxa dos pais de Lílian em Bristol;
Um Solar de três andares na costa Francesa;
O apartamento de Sirius nos subúrbios de Londres;
A casa de campo de Sirius na Irlanda;
Um Pagode em Hong Kong;
Muitas outras propriedades em países estrangeiros;
Uma fazenda de Criação de Hipogrifos e Cavalos Alados de Corrida nos Estados Unidos;
A velha moto de Sirius;
Muitas Jóias, Pratarias e Móveis;
Os velhos elfos domésticos de seus avós;
Uma grande variedade de objetos bruxos com poderes raros;
Um antigo castelo na Alemanha;
A revista: “Qual vassoura?”.
Uma Jazida de diamantes no Congo sob a extração dos Duendes de Gringotes;
E a lista não parava por aí, haviam vários outros imóveis e bens dos testamentos que o Sr. Quirke leu seguidamente sem praticamente respirar.
Quando o velho chegou ao final, já ofegava e todos na cozinha se maravilhavam com o que o homem falara.
- Ainda tenho essa chave da conta do Gringotes do seu avô, cofre 54321 na área de altíssima segurança. – disse Sr. Quirke passando a chave ao garoto – fique com esses documentos, são as escrituras e os títulos de propriedade dos bens que lhe falei, guarde-as bem.
Harry ficou mudo, até os onze anos não tinha nem dois nuques para poder esfregar um no outro entre os dedos, depois que entrou no mundo bruxo passou a ser razoavelmente rico até mesmo para padrões dos bruxos mais exigentes, mas essa herança já era um absurdo.
- A Mansão dos Potter se trancou magicamente desde a morte de seus pais, por isso eu não sei suas condições, nela estão a maior parte das jóias, móveis e itens mágicos descritos, segundo o testamento de seu Avô só um Potter poderia destrancar a casa depois que ela se fecha e a casa em Godric’s Hollow continua sobre o efeito do Feitiço Fidelius, então não há como encontra-la também sem o fiel do segredo.
O Sr. Quirke se levantou da cadeira e ajeitou a gravata.
- Isso é tudo. – Disse o homem claramente aliviado por ter cumprido a contento a tarefa.
- Você não vai nos acompanhar no almoço – disse Sra Weasley
- Não, mas obrigado pela hospitalidade Molly. – disse o Sr. Quirke enquanto saia da casa, ele passou pelos jardins da casa, saiu até a rua e na calçada mesmo aparatou.
- Onde estão os seus elfos domésticos? – disse Hermione.
- Não começa Mione – disse Ron
- Acho que vamos ter que dar uma olhada na casa. – disse Harry num tom conclusivo – pode ter algo que possa nos ajudar.
Hermione e Ron trocaram olhares cheios de significado e depois a cozinha caiu num silêncio.
- Hora do Almoço – disse a Sra. Weasley para quebrar o gelo da situação.
Durante o almoço Harry apenas brincava com a comida enquanto refletia em tudo aquilo que o Sr. Quirke havia lhe falado sobre a sua herança, a ficha ainda não havia caído, então ele resolveu voltar a pensar no que realmente importava: A carta de Dumbledore e as notícias do Profeta Diário.
Harry sabia que Dumbledore tinha dito algo sobre uma matéria interessante estar presente no jornal naquele dia, mas por algum motivo Harry duvidava. O garoto achava que demoraria procurando em cada entrelinha para achar a informação que Dumbledore achou que sairia.
Assim, ele estava preparado para uma longa leitura de enigmas escondidos quando pegou o jornal de cima da mesa, mas assim que olhou descobriu que estava errado, quase tudo o que ele precisava saber veio na primeira página:
Departamento de Cooperação Internacional da Magia negocia força tarefa complementar de Aurores Estrangeiros para ajudar a solucionar a crise
Londres, Beco Diagonal, 30/07. Percy Wealey recém designado chefe do departamento de Cooperação Internacional da Magia negociou esta semana com líderes internacionais a criação de uma força tarefa de mil Aurores. Uma vez o número disponível de Aurores na ativa na Grã-Bretanha é insuficiente para a crescente escalada da violência no país.
- Essa é a resposta do mistério as preocupações da população – disse confiante Percy Weasley.
Dentre os ministérios que se prontificaram cooperar estão alguns ministérios Europeus, americanos e Africanos e inclusive o ministério Japonês mandará alguns representantes. (Entrevista completa com Percy Weasley págs 3 e 7)
Mais poderes nas mãos dos Aurores:
Londres, Beco Diagonal, 30/07. O Projeto de lei de autoria de Dolores Umbridge aprovado pelo ministro da magia, Rufus Scrigeour, libera os aurores o uso de Maldições Imperdoáveis e qualquer feitiço das trevas com o objetivo de proteger vidas inocentes e obter qualquer informação que for valiosa ao ministério.
- Com esses novos poderes para os aurores a população pode continuar a descansar em paz durante a noite, sabendo que os comensais enfrentaram inimigos do mesmo nível – falou Dolores Umbridge Secretária Sênior do Ministro da Magia e Autora da Lei. (Entrevista completa com Dolores Umbridge pág 4, Palavra do Ministro sobre o assunto pág 4, 12 e 17)
Ministério Reforma Hogwarts:
Hogsmade, 31/07. Valendo-se do ainda não extinto decreto educacional n° 22 para assegurar a integridade e o funcionamento de Hogwarts o ministro da Magia Rufus Scrimgeour escolhe novos professores entre os funcionários do ministério para as matérias: Transfiguração e Defesa contra as Artes das Trevas. O nome dos professores será anunciado a qualquer momento pelo Ministro.
Nenhum responsável de Hogwarts ou do Ministério se prontificou a fazer uma entrevista sobre essa matéria (Maiores informações págs 5 e 8).
Mudanças em Hogsmeade
Hogsmade, 31/07. Ministério da Magia prevê ampliação da área mágica em Hogsmade, segundo ministro a nova meta do ministério é aumentar a população bruxa oculta na Inglaterra para evitar pequenos conflitos e desafogar trabalho do ministério. Entre outras mudanças estão a Demolição da Casa dos Gritos (O prédio mais mal assombrado da Grã-Bretenha), criação de uma filial do Ministério da Magia em Hogsmade e o reforço na segurança do lugar com a mobilização de 150 Aurores para proteção de Hogwarts e Hogsmade durante o período letivo.
- Com as medidas de segurança do ministério os responsáveis podem ficar mais tranqüilos ao enviarem as crianças para Escola. – disse a Sra. Longbotton – Não que o meu menino precise, é claro, ele herdou o talento natural do pai, inclusive lutou contra comensais da morte quando eles invadiram a escola... (mais detalhes págs 13, 15 e 19)
Harry achou que era informação de mais para ele assimilar: O ministério voltou a atrapalhar Hogwarts, porém este finalmente pediu reforços estrangeiros como pediu Dumbledore há dois anos atrás e ainda foi mais além, pois os Aurores poderiam usar Maldições Imperdoáveis.
- “O que o ministério está fazendo? Com uma mão assume ataque ao Voldemort e com a outra manipula Hogwarts, que lado Scrigeour está?” – pensava Harry – “Será que isso representará o retorno de Dolores Umbridge a Hogwarts?” – com esse pensamento Harry estremeceu e olhou para cicatriz da mão direita que dizia: ”Não Devo Contar Mentiras”
Fora a capa o jornal continuava com sua massiva propaganda, encabeçada por Rita Skeeter, falando: da força do ministério e de como o ministério estava controlando bem nos tempos de crise.
Harry sinceramente não pensava se esse tipo golpe de publicidade do ministério usando o Profeta Diário fosse adiantar alguma coisa, mas Rita Skeeter era uma entusiasta muito enfática na defesa do ministério, fato que chegava até a espantar o garoto.
Sem fazer alarde das novas notícias ele passou o jornal para Herminone que deixou Gina e Fleur numa animada conversa sobre o vestido que a ultima usaria no casamento, e pensar que alguns meses atrás Gina não suportava olhar para a Francesa neta de Veela e chegara até a por nela o apelido irônico de Fleuma (2).
Gina lançou um olhar de desprezo quando reparou que o garoto a estava olhando para ela.
Harry saiu da cozinha, ainda triste com o olhar de indiferença que Gina lançava sobre ele na mesa, então resolveu dar uma olhada na casa.
A casa da “mui nobre família dos Black” o fazia lembrar muito dos momentos que ele esteve morando junto ao padrinho, sejam pelos gritos do quadro da mãe de Sirius, pela limpeza da casa e destruição de objetos enfeitiçados, seja pela arvore genealógica da família Black, que ele parou um tempo para observar:
O garoto viu os Malfoy na árvore, o buraquinho onde deveria estar o nome Sirius no final da árvore, o buraquinho onde deveria estar o nome de Andrômeda (a mãe de Tonks), viu o nome de Belatriz e Narciza...
- “Como poderia uma família só reunir tantas gerações de Bruxos malignos a tal ponto que os bruxos honrados fossem retirados da linhagem?” – pensou Harry – “Apenas estar na árvore sem ser eliminado implica na pessoa ter comportamento suspeito”
Dado momento ele se depara com um nome que o faz pensar Regulus Arctus Black, o garoto pareceu estarrecido seria ele R.A.B.?
Naquela mesma tarde. Todos foram ao Beco Diagonal fazer as compras uma vez que as vestes de Harry, Ron estavam muito pequenas e que todos precisavam de novas vestes a rigor.
A primeira parada, é lógico, foi no Gringotes. O depois de mostrarem as chaves todos se separaram em carros diferentes. Arthur e Molly Weasley, Gina e Ron iam num vagonete com um Duende narigudo e resmungão enquanto Harry e Hermione foram num com um Duende gorducho e bonachão para outro.
O carrinho deslizou rapidamente para o cofre de Harry, o garoto sabia que deveria pegar dinheiro suficiente para comprar vestes a rigor, comprar todo o material na escola e ainda sobrar um pouco para gastar, se necessário, durante a caçada das Horcruxes.
Depois eles foram para o cofre do avô de Harry, o vagonete ganhou velocidade e desceu numa quase queda livre, várias vezes Harry achou que enxergou um clarão de chamas no final do corredor, mas o vagonete sempre se desviava do caminho, no fim eles passaram por dentro de uma parede sólida e o vagonete desceu muito mais até que chegaram em um local muito quente, abafado e escuro.
- Cofre 54321, Senhor – disse o duende
- Er...Onde? – perguntou Harry.
Mas o duende fingiu que não ouviu, saiu do carrinho e tocou a parede. A parede se abriu revelando uma porta de cofre.
- Chave, por favor! – disse o duende
Harry ia colocar a chave na fechadura em frente, mas o duende o segurou
- Não faça isso – disse o duende
- Por que não posso colocar a chave na fechadura?
- Por que o cofre abre pela voz.
- Mas então por que a fechadura?
- Uma armadilha...- disse o duende dando uma piscadela – se algum ladrão roubar a chave e tentar entrar este cofre usando a fechadura, o feitiço que repele os dragões se extingue e eles virão todos para aqui.
- Mas não tenho a senha.
- É só lê-la na chave.
- Harry olhou com cuidado para a chave e constatou que haviam umas letrinhas nela que definitivamente não estavam lá anteriormente.
- Abram-se as portas para o afortunado descendente da Família Potter.
- realmente “afortunado” – disse Hermione rindo
As portas se abriram e revelaram uma sala completamente diferente de um cofre do Gringotes que ele já havia visto, o cofre parecia não ter fim e estava completamente abarrotado, quando olhou tudo aquilo Harry pensou:
- “Meu avô era monstruosamente mais rico que os pais meus pais.”
O cofre era tão grande que haviam ruas para acessar as partes mais internas. As ruas mais externas eram ladeadas por pilhas de galeões que se elevavam vários metros acima das cabeças dos garotos, umas rua que davam volta em enormes pilhas de rubis vermelho-fogo parecidos com aqueles da ampulheta da grifinória da taça das casas. Havia uma rua só para os troféus, prêmios, ordens de Merlin e medalhas que os membros da família de Harry conseguiram durante vários séculos, e quando eles chegaram bem ao fundo do cofre Harry encontrou uma ala onde haviam armas, armaduras feitas por duendes onde estavam uma nuvem de polmos de Ouro voejando sobre as cabeças deles.
Por um momento Harry e Hermione olharam para ambos os lados procurando a possível existência de balaços, mas nada encontraram e continuaram suas buscas. Quando pensavam em retornar chegaram numa muralha de estantes abarrotadas de livros, Hermione deu um gritinho de excitação e saiu correndo em direção aos livros.
O garoto continuou vasculhando a sala e viu uma área de animais empalhados, entre eles: Uma Quimera, um quintípede, um dragão negro das ilhas ibéricas e um dragão verde galês.
-“Se soubesse que a família empalhava eu adicionaria um rabo-córneo húngaro a coleção” – pensou Harry sorindo.
Mais a frente Harry encontrou um local cheio de Ovos de animais potencialmente problemáticos, entre eles ovos de: Dragões, Quimeras, Manticoras e até Acromântulas, mas Harry não se importou, ele sabia que ovos de animais mágicos só eclodem em condições muito especiais e que se ninguém entrasse ali sem más intenções, nada aconteceria.
Por um minuto Harry parou e pensou:
“Se Hagrid estivesse aqui com certeza teríamos problemas” – e sorriu mais uma vez
Harry continuou a busca até encontrar um local onde os objetos eram velhos e surrados, mas eram exibidos reverentemente.
Um entre eles captou a atenção de Harry, era uma bolinha de ouro levemente amassada e com asinhas torcidas sob uma mesa de ouro com uma etiqueta que informava:
- Primeiro Pomo de Ouro;
Ao lado destes haviam outros objetos de igual valor:
- Primeira vassoura de Corrida;
- Ata Original da Criação da Confederação dos Bruxos;
- História e Ascendência das Famílias Bruxas da Grã-Bretanha e de Bruxos Famosos;
- Varinha de Godric Gryffindor;
Por um momento Harry olhou a varinha que não tinha o aspecto de ter envelhecido com o tempo, passou a mão por cima, tentou alguns feitiços de revelação sem sucesso e depois leu o restante do que estava escrito na etiqueta:
- Cedro 45 cm, cerne de corda de coração de Quimera e Dragão trançados. Ótima para transfiguração, feitiços ofensivos e criação de objetos mágicos, Artesã: Rowena Ravenclaw.
Seria impossível Voldemort conseguir acesso a esse cofre, uma voz no fundo do seu pensamento falava para desconfiar, mas o garoto a ignorou e seguiu em frente.
Harry saiu apenas levando mais alguns galeões, algumas espadas de prata de Duendes (úteis contra lobisomens), enquanto Hermione levava uma pilha de livros. O Duende esperava cantarolando em sua língua uma canção pacientemente sobre o vagonete quando eles passaram.
- Mione, Não conte nada para o Ron.... Por favor...- disse Harry
- Ok! Isso foi meio assustador, não acha? – perguntou Hermione
- Se foi eu achei que se vendesse tudo aquilo compraria um país inteiro. – disse Harry
Quando Harry e Hermione saíram do cofre as portas se fecharam e desapareceram se transformando em paredes sólidas novamente.
Eles entraram novamente no vagonete e dessa vez ele subiu rapidamente como se fosse empurrado por um um foguete, subindo e subindo descontroladamente fazendo ângulos estranhos nos trilhos e túneis que quase fazia com que Harry e Hermione caissem.
No fim o vagonete foi desacelerando e parou logo atrás de uma pequena fila de vagonetes que esperavam por usuários.
Ao sair do Gringotes foram para a loja: Madame Malkin – Roupas para Todas as Ocasiões, onde Gina e Ron provavam suas roupas novas.
- Cara! Tinha que ver a quantidade de ouro no cofre que o Profº Dumbledore deixou! – disse Ron com rosto triunfante - Finalmente nós estamos ricos!
A Sra. Weasley corou um pouco com a afirmação do menino, mas não ralhou com ele, enquanto Gina, que estava fazendo as medidas para o vestido dela, fingia que Harry simplesmente não havia chegado.
Depois de pegar as medidas da garotinha Madame Malkin tirou as medidas dos garotos e anotou tudo em um pergaminho e prometeu que entregaria a encomenda em dois dias, Hermione, porém disse que seus pais tinham lhe enviado um vestido novo e que não precisava comprar, mas encomendou dois novos jogos de uniformes.
Do Beco diagonal eles foram para A Toca, Harry concordou em ir até lá com os Weasley, uma vez que na semana seguinte iria ser o casamento de Gui e Fleur, ele pensou que um pouquinho de alegria antes da batalha não seria de todo ruim.
Quando Harry chegou na Toca ele encontrou uma enorme festa surpresa, ele estava com tantas preocupações que esquecera que ainda era seu aniversário... (2)
Todas as pessoas que estavam na reunião na madrugada estavam lá naquela tarde e ele ganhou uma montanha de presentes, mas ele não estava muito no clima de comemoração então fugindo despercebidamente da festa ele subiu as escadas até o quarto de Ron onde já se encontrava uma cama de armar pronta para Harry junto com seu malão.
Harry abriu o malão e retirou a caixa que a tia petúnia lhe dera. Na caixa havia anos de correspondência entre ela e a irmã que a tia, com certeza fazia questão de deixar longe do marido, basicamente a mãe de Harry e tia Petúnia se davam até razoavelmente bem, pelo menos, melhor que Harry esperava, entre outras coisas Harry achou a carta que Dumbledore enviou para os tios no dia que ele o deixou na Rua dos Alfedeiros 4, que de forma resumida contava tudo que Harry a duras penas descobrira sobre o dia que Voldemort matou seus pais, porém havia um detalhe novo:
- “Enquanto Harry pudesse chamar a casa de um parente sanguíneo de sua mãe de lar, ele e todos os que nesse lar habitam estavam imunes a qualquer ação de força das trevas dentro ou próximo a casa.” – dizia a carta.
-“Então é por isso que aqueles miseráveis não me expulsaram de casa no quinto ano” – pensou indignado o garoto quando se lembrou do enviado berrador para a tia.
Mas o dado mais surpreendente era um convite que sua mãe enviara a tia petúnia para a festa de dois anos de Harry, esse nunca chegara a ocorrer por causa da visita “surpresa” de Voldemort, Harry não ficou surpreso com o convite em si, mas sim com uma letrinha meio feiosa e torta escrita as presas informando:
“A casa de Lílian e Thiago Potter fica na Rua Baker, 12. Godric’s Hollow. País de Gales”
- “Com certeza é a letra do Rabicho, que é o fiel do segredo da localização da casa de meus pais! Com esse papel eu posso entrar na casa!” – pensou Harry
Com isso Harry se lembrou das palavras de Dumbledore: “...Contudo, se meu calculo estiver correto, faltava a Voldemort pelo menos uma Horcrux para completar as seis que pretendia, quando entrou na casa de seus pais com a intenção de matar você.” (3)
- “Dumbledore falara que faltava pelo menos uma Horcrux, para Voldemort, ele não fizera uma Horcrux com Harry, pois não o matara” – pensava o rapaz – “porém matara seu pai e sua mãe e se Voldemort tivesse feito uma Horcrux com um desses assassinatos? A Horcrux provavelmente teria sido abandonada assim que o bruxo foi destruído pelo próprio feitiço e, quem sabe, no meio da confusão ninguém a notara na época”.
Harry sabia das falhas dessa idéia, sabia que por provavelmente ser um objeto que pertenceu a um dos fundadores de Hogwarts, a Horcrux, possuía um imenso valor histórico e por isso um bruxo desavisado poderia tê-la removido, sabia também que Voldemort retornara há dois anos atrás, então ele poderia ter removido a Horcrux para um lugar mais seguro assim que assumiu forma, porém ele teria que explorar todas as possibilidades.
Com isso Harry se sentiu mais bem disposto e retornou as festividades, afinal agora ele possuía vestígios que o levariam a pelo menos uma Horcrux.
N/A: R.A.B é realmente o irmão mais novo do Sirius, Regulus Arctus Black (Aquele que Voldemort matou pessoalmente) Fato confirmado pela autora. Comentem....Comentem...
Achei que a FEB não me deixaria postar nunca mais, minha meta é terminar ((90 %)) da fic antes do lançamento do livro 7!!!!
Nos Próximos capítulos outro os dias se passam mais rápidos que esse (Finalmente!)
Logo teremos mais ação!
Dois capítulos para o esperado casamento de Gui e Fleur.
Email: [email protected]
(1) Fleuma quer dizer Calma, sangue-frio, impassibilidade, extremamente o oposto da personalidade da Meio-Vela Fleur;
(2) Dia extremamente longo não acham de 0:00 (ataque dos Dementedores) até aqui já foram 3 capítulos.
(3) Harry Potter e o Enigma do Principie, pagina 397.
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