A Mansão Potter
N/A: Demorou, mas enfim retornei. O episódio de hoje não terá muita ação, mas será deveras interessante. Afinal, teoricamente essa é uma reprodução do último livro da série, então temos que falar um pouquinho sobre a história dos familiares de Harry.
Capítulo 4:
A Mansão Potter:
No dia seguinte a festa de aniversário surpresa de Harry era uma sexta-feira, o garoto acordou tarde e descobriu que Ron já se despertara e deixara sua cama estava desarrumada, como de costume.
Harry nada estranhou, uma vez que o sol já se insinuada alto pelas janelas dos quartos na toca. Bocejando, saiu do quarto silenciosamente, fez seu toalete e se dirigiu para a cozinha tomar seu desjejum.
Na cozinha da Toca os Gêmeos estavam testando mais um de suas invenções em seus imrãos para a loja, as “Pavorosas-Penas-Papões”, estas consistiam em vistosas penas para escrever em pergaminho que se transformavam no que o escritor mais tinha medo no mundo, a exemplo dos bichos papões.
Harry entrou na cozinha e se deparou com uma cena muito inusitada. Uma gigantesca acromântula cercava Rony, muito assuntado, num dos cantos, enquanto Gina e Gui, que estava de folga por causa da preparação do casamento, riam da traquinagem dos gêmeos e os “reis da confusão” faziam uma cara de inocência fingida que não enganava ninguém.
- Riddikulus – disse uma voz enquanto a pena voltava ao normal.
Quando todos se viraram para a direção da voz depararam-se com uma Sra. Weasley furiosa que entrava pela porta vinda da pequena horta no jardim.
- Fred e Jorge Weasley!!! – Gritou a mulher – Como puderam fazer uma coisa dessas!!!
Ela parou para tomar fôlego, nesse momento Harry atravessou velozmente à cozinha e arrastou Ron que ainda estava paralisado de medo pela porta que a matriarca dos Weasleys acabara de entrar.
- Eu já disse que não quero vocês trazendo essas porcarias que vendem na loja de vocês aqui em casa!!! – Ouviu Harry ela gritando do jardim
Ron que estava sem reação até aquele momento pareceu voltar à vida:
- Cara! Gostaria que eles parassem com isso, eu só pedi uma pena emprestada e isso acontece!!! Não dá pra confiar em nada que passa na mão deles ultimamente...
Harry guardou isso mentalmente para que não tivesse futuras surpresas.
“Nota mental: Nunca pedir ou aceitar nada dos Gêmeos Weasley”.
- OOINCH!!! – fez o estômago de Harry.
- Nessa bagunça toda fiquei sem meu café. – disse o moreno tristemente.
- Agora você já é um bruxo adulto , Harry, você pode usar magia. – disse Ron com a maior naturalidade do mundo.
- Accio torradas – falou Harry
E logo várias torradas voadoras vieram em direção a suas mãos de Harry.
- Soube que você vai ser o padrinho do casamento do meu irmão. – disse Ron
- É ele me convidou e eu pensei por que não?
- Ta maluco são duelos de verdade e são um monte deles.
- Pra quem vai enfrentar o Voldemort isso deve valer pelo menos como treino.
- Não fale esse nome.
- Será que você não se acostuma nunca? Mudando de assunto não vi a Fleur hoje na mesa do café, você sabe onde ela está.
- Está com a família dela, onde mais? É parte da tradição do casamento tradicional bruxo franco-italiano.
- Que cerimônia complicada, eim?
- Você nem sabe a metade.
Eles continuaram andando pelo jardim conversando sobre o assunto favorito dos garotos bruxos da idade deles, o quadribol em especial sobre a miraculosas classificação do Chundley Cannons para a segunda fase do campeonato inglês depois de nada menos que meio século de campanhas vergonhosas.
- Estou dizendo pra você Harry, esse ano seremos campeões!
- Você diz isso todos os anos... – disse sarcasticamente
- Mas esse ano passamos da etapa de grupos para as oitavas-de-final.
- Já era hora ein? – ironizou
- Não zoa, o Chundley é o time com o maior número de títulos da liga, só estava passando por uma má fase.
- Uma fase de mais de 50 anos pra mim é uma eternidade, o último titulo foi daquela vez que Merlim apanhou o polmo! – ironizou de novo.
- Você ainda verá o Chundley levantando a taça. – disse Ron
- Tomara que sim, pois isso significará que terei vida longa – Troçou.
- Zombe a vontade, espere e verá!
- Então é melhor esperar deitado, que até sentado sou capaz de me cansar...
Nesse momento eles passaram por um velho carvalho onde estava sentado uma garota morena lendo um livro.
- Brigando essa hora rapazes? – disse Mione.
- Que nada, só um papo animado sobre quadribol. – disse Harry calmamente.
- Eu sinceramente acho que eles deveriam banir esse esporte do mundo, isso é coisa de bárbaros, sempre alguém sai machucado.
- Você fala isso só por que nem consegue se sustentar numa vassoura! – disse Ron tocando em um ponto delicado.
- Como ousa!
- Isso mesmo, se soubesse como é lá em cima não estaria falando bobagens – completou.
- O único bobo aqui é você Ronald Weasley, seu tubérculo acéfalo e desalmado!
- Quê?! – disse Ron lívido de fúria
- Agora já deu!!! – Gritou Harry antes de Ron desse uma resposta e passasse dos limites. – Vamos parando com essa briga de casal vocês dois. Se vocês querem se casar, tudo bem, mas nada de ficar se atracando por aí!
Ambos ficaram muito vermelhos e se calaram.
- Temos coisas muito mais importantes a tratar aproveitando que estamos só nós três aqui, por exemplo, – e ele reduziu o tom de voz – quais lugares vamos visitar atrás das Horcruxes?
Assim eles passaram o fim da manhã falando sobre os possíveis locais onde estariam as horcruxes e como eles fariam para chegar lá, até que um cheiro gostoso de comida os atraiu de volta a cozinha da Toca onde a Sra. Weasley preparava um belo almoço.
No meio do almoço, uma coruja muito velha entrou pela janela e se estatelou numa panela que capotou sujando toda a mesa.
- Errol! Sua coruja Burra! Olha que você fez! – disse Ron raivoso com as roupas suja de comida quente.
Errol se levantou do tombo e estendeu a pata com uma carta para a Sra. Weasley.
Ela apanhou a carta e levou a velha coruja até um poleiro, onde poderia tomar água e descansar do vôo.
- Ela é do seu pai, ele diz que comprou um carro novo, vê se pode...
- IEAhhh! – exclamou Ron
- Mas antes de comemorar você tem que tomar banho e trocar essas roupas sujas mocinho. – completou a Sra. Weasley.
No começo da tarde todos os Weasley ficaram na expectativa de qual carro o pai havia comprado.
- Será que ele comprou um outro Ford Anglia? – disse Gui
- Eu espero que tenha sido uma Ferrari Testarossa – disse sonhadoramente Fred
- Melhor do que isso um Lamburghini Countach LP 400 – falou Jorge.
- Espero que seja uma Ferrari Enzo!! – falou Ron
Ao que Hermione intervém:
- Ein?! Hello!! Retornem para terra senhores por que estão voando alto demais e sem vassouras. Tem noção do preço desses carros que vocês estão falando? – perguntou incrédula.
- Fica fria Mione com a grana que Dumbledore deixou pra eles o pai deles vai poder comprar um desses. – murmurou Harry no ouvido de Hermione.
Nesse momento retornaram a cozinha Gina e a Sra Weasley anunciando a chegada do Sr. Weasley ao Jardim.
Quando chegaram ao jardim se depararam com um carro de pintura vermelha metalizada e perfeitamente polida reluzindo mesmo ao fraco sol do fim de tarde ao lago de um orgulhoso Sr. Weasley com vestes trouxas de piloto de corrida:
- Conheçam o Weasley-Móvel – disse um alegre – um Ford Mustang GT 350.
- Uau! – disseram em uníssono
- O motor dele é incrível, o vendedor disse que tinha até cavalos, mesmo eu não tendo visto nenhum ainda. Nunca andei tão rápido, nem usando vassouras. Depois que eu der meia dúzia de mexidas ele será perfeito.
- Arthur! Você sabe que não pode sair enfeitiçando objetos trouxas. – Reclamou Sra. Weasley.
- As leis bruxas não dizem nada quanto a isso, Molly – respondeu Sr. Weasley.
- E eu tenho certeza que quando você escreveu essas leis deixou essa brecha de propósito – falou a Sra. Weasley irritada.
- Quem?? Eu!? – falou em tom surpreso Sr. Weasley – Nunca! – falou com indignação fingida.
- Agora eu sei onde Fred e Jorge aprenderam a ser tão caras-de-pau – concluiu a Sra. Weasley.
Nesse momento todos riram com gosto.
Os Weasleys entraram abismados no carro que ficou estranhamente confortável, pois o interior do carro fora, magicamente ampliado pelo Sr. Weasley.
- Nós vivemos falando dos trouxas, mas definitivamente eles sabem algumas coisas, olhando de fora eu pensava que esse carro era bem menor, pensei que ficaria apertado. – disse a Sra. Weasley ignorando o fato de que o carro fora aumentado por mágica.
- Quem quer ir a uma Pizzaria? – falou alegremente o Sr. Weasley
- O que?I? Piçaratia? – disse Rony
- Pizzaria, Ronald. Lugar que vende pizza uma comida típica trouxa! – disse Mione
- E muito saborosa por sinal. – completou Harry
- Comida, Oba!!! – disseram Fred, Jorge e Rony.
- Esses três só pensam em comida!! – falou Hermione para Gui e deu um muxoxo
Para os Weasleys o passeio foi animado. Eles conversavam e riam enquanto cruzaram várias partes da bela cidade correndo como o vento, já para Harry e uma certa Weasley que sentaram lado a lado o passeio foi meio silencioso, mas tudo melhorou assim que chegaram a uma famosa pizzaria trouxa bem no coração de Londres.
Depois de se empanturrarem de massa os Weasley visitaram alguns pontos turísticos trouxas da cidade e por fim eles estavam passando por um bairro de ricaços com mansões, limusines com chofer e carros esportivos mais chamativos que o Weasley-móvel.
- Eu nunca estive nesse lado da cidade. – disse Rony.
- Nem eu. – falou Mione.
- Pra onde vamos pai? – perguntou Gui.
- Surpresa meu filho, surpresa. – disse o Sr. Weasley fazendo a cara que Fred e Jorge faziam quando aprontavam algo.
O carro deslizou placidamente pela melhor rua do bairro, onde as mansões eram maiores e mais ostentadoras e os moradores se comportavam e se vestiam como se fossem de descendência direta da linhagem real.
O carro parou na frente de um casebre com aspecto de abandonado, os portões estavam totalmente enferrujados, as ervas-daninhas já subiam pelas paredes da casa e os muros e ao centro do portão um grande e velho “P” podia ser visto.
O casebre era uma cicatriz que manchava a beleza das belas mansões e palacetes que se distribuíam pela bela rua. Quando o Sr. Weasley parou o carro foi impossível para os seus filhos não soltarem exclamações de indignação.
- Por que paramos aqui? – disse Gina que até agora em nada tinha se manifestado durante a viagem.
- Bem-vindos Weasley a mansão Potter! – falou o Sr. Weasley pomposamente.
- Isso é a mansão Potter? – perguntou Rony – Só pode ser uma piada.
- O avô do Harry viveu até seus últimos dias nessa casa, mas não se engane pelo que vê isso é fruto de magia de camuflagem dos elfos domésticos, - falou o Sr. Weasley - assim que o Sr Reynold Potter morreu os elfos-domésticos selaram a casa, ainda me lembro quando Tiago fazia suas festas aqui, bons tempos aqueles...
- Vá Harry! – falou a Sra Weasley – Só você pode abrir a casa de novo, foram as palavras do seu pai.
Harry sai do Mustang e vai em direção do portão, sendo seguido pelos demais Weasley. Os portões se abrem permitindo a entrada de Harry, mas os Weasley e Hernione são barrados.
- Aiii! – grita Fred quando é arremessado para traz por uma barreira invisível. Os outros Weasley tentam forçar a barreira mais só conseguem ser jogados pra longe.
- Isso é uma barreira de sangue, só quem tiver sangue Potter deve poder passar, você terá que ir lá dentro e ordenar que algum dos Elfos da casa nos permita entrar – disse Hermione.
- Aposto que você leu isso num livro! – debochou Rony.
- Pelo menos um de nós tem que saber das coisas... – respondeu a garota secamente
- EIM?!?
Harry virou as costas e se afastou em direção ao casebre antes que virasse testemunha de mais um capítulo das intermináveis e infrutíferas brigas de Ron e Hermione.
A casa estava em ruínas, as flores nos jardins estavam secas, o mato crescia em profusão em todos os lugares, arvores secas de troncos retorcidos lançavam raízes nodosas na trilha que Harry andava, as janelas pendiam em ângulos estranhos e as paredes pareciam irremediavelmente avariadas. O único detalhe que destoava da triste cena era a porta da casa, esta era feita de um mogno polidos e lustrado com esmero, a maçaneta de ouro maciço e a porta exibia um grande “P” desenhado em alto-relevo só que esse, ao contrário do que ficava no portão, era dourado e brilhante.
O garoto avançou até a porta e tentou abri-la, mas toda sua força era inútil para mover a porta.
- “Deve estar trancada” – pensou o moreno
Harry sacou a varinha e tocou na maçaneta e a porta se abriu antes mesmo de ele lançar o feitiço.
A porta dava num corredor com cheiro de mofo cheio teias de aranha de outras portas, mas ao final do corredor havia uma porta entreaberta na qual se podia notar o bruxulear de velas expostas ao vento.
Quando Harry entrou no cômodo viu que na verdade era um depósito de móveis velhos cobertos com panos corroídos de traças e empilhados de maneira que só podiam se sustentar por mágica.
Leve barulho de ressonar é ouvido e o garoto resolve investigar o que é e descobre no fundo do depósito um velo elfo doméstico que dormia tranquilamente num antigo sofá puído.
O garoto estava com pena do elfo, parecia ser tão velho, tinha uma proeminente barba grisalha que deveria arrastar no chão quando andava, em sua cabeça os poucos cabelos eram brancos e sua roupa era uma túnica branca de um material leve como seda, porém mais brilhante, além disso era igual aos outros elfos-domésticos, tinha nariz enorme e pontudo, orelhas de morcego e olhos grandes como bolas de tênis que estavam no momento fechadas.
- Elfo, acorde! – ordenou Harry em voz moderada.
O Elfo pulou do sofá no mesmo momento, mas sua reação foi totalmente diferente de que Harry esperaria, ele pulou no pescoço de Harry dando lhe um abraço de sufocar.
- O Sr. Potter está aqui, ele veio ver o velho Pong, hoje é um dia que deve ser comemorado em todas as terras de “Bifrost” (1), o herdeiro dos Potter voltou. – disse o elfo limpando com a túnica branca as lágrimas dos olhos azul-acetinados e desaparatou.
Harry explorou rapidamente a casa, mas tudo era sempre igual, quartos com móveis puídos, cobertos com lençóis e empilhados de maneiras estranhas.
Quando Harry resolveu sair de volta do corredor deu de cara com uma cena que o surpreendeu, o jardim antes morto estava viçoso e florido, os canteiros tinham um cheiro característico que o fazia lembrar de certa ruiva de temperamento forte, bosques inteiros haviam surgido, onde outrora o mato imperava, o portão e os muros que antes pareciam tão próximos, estavam tão distantes que mesmo alguém de visão perfeita teria dificuldade de enxergar da soleira da porta da casa a linha que se prolonga no horizonte que representava o muro.
Porém, o mais impressionante do jardim, eram duas criaturas imponentes e que exalavam poder na altura dos seus quase 5 metros e 2 toneladas, olhos sem pupilas e asas de avantajada envergadura, eram dois dragões da raça olhos-de-opala.
Harry não se sentiu intimidado, mas sim impressionado pela estonteante beleza dos dois espécimes, um era maior e de um branco vívido enquanto o outro era mais robusto e de escamas muito radiantes.
Harry uma vez ouvira Hagrid dizer que de todas as raças de dragões os olhos-de-opala eram os mais mansos, pois seu alimento preferido era a carne de carneiro e só matavam para se alimentar, além disso, os olhos-de-opala eram reconhecidamente a espécie mais mágica de todos os dragões existentes no mundo, sendo conhecidos como dragões feiticeiros, uma vez que hão relatos de olhos-de-opala realizando feitiços tão complexos que mesmo os mais hábeis magos jamais conseguiram sequer reproduzir.
Só restava a Harry torcer para que os dois dragões a sua frente não estivessem com tanta fome a ponto querer mordiscar um humano de petisco.
- >>> Não tema Sr. Potter, não lhe faremos mal algum.<<< - disse um dragão com voz masculina em sua mente.
- >>> Seus ancestrais nos elegeram nossa família como guardiões dessas propriedades. <<< - disse o outro com voz feminina
Harry fitou-os abobado, estaria ele falando com dragões?
- >>> Me chamo Silver-Skin (2) e minha amiga é White-Wind (3). <<< - falou a voz masculina.
- >>> Chame-nos apenas de White e Silver, Sr. Potter. <<< - disse a voz feminina.
- Então me chamem apenas de Harry – disse o garoto e ambos os dragões balançaram suas cabeças como confirmação.
- >>> Bifrost se alegrará de novo com o retorno do último dos Potter.<<< - disse Silver.
- O que é Bifrost? – perguntou Harry – Pong me disse algo sobre isso, mas desaparatou antes que eu pudesse perguntar.
- >>> Quanto a Bifrost não sei se somos os mais aptos a lhe contar, pois o pouco que sabemos vem do conhecimento dos nossos pais e pais de nossos pais que, acredite, considerando que somos dragões esse tempo é uma eternidade <<< - falou White.
- >>>Naquela época, gigantes, bestas malignas e divindades das trevas circulavam pela terra... <<< - disse Silver.
- >>> Mas também haviam Heróis, Guerreiros da Luz e divindades virtuosas <<< - completou White.
- >>> Contudo releve os modos de Pong, mestre Harry. Ele é um elfo muito velho que acaba fazendo coisas que não devia por puro esquecimento... <<< - falou Silver
- >>> Depois dos 1700 anos os elfos-domésticos tentem a ficar um tanto stressados. <<< - falou White
- Não tem problema, mas como eu vou chegar até o portão, e como vou trazer meus amigos pra cá?
- >>> Fácil! Chame Ping, filho de Pong, ele é mais novo e por isso vais ser bem mais atencioso, peça para ele trazer os cavalos das cocheiras para trazer o seu grupo para a casa. <<< - disse Silver
- Mas a casa está em ruína! – falou Harry desanimado.
- >>>Está? <<< - tripudiou White e o dragão deu um sorriso mostrando seus enormes dentes cortantes como navalhas.
Harry se virou e nada do que ele vira até aquele momento poderia prepará-lo para essa visão. Uma grande mansão de vários andares feita de mármore azul, incrustado de esmeraldas, rubis, saphiras e topázios erguia-se onde antes se encontrava o deprimente casebre.
A mansão brilhava em contraste com a lua crescente de tão limpa, realmente os elfos não haviam relaxado na limpeza e organização da casa como ele pensava anteriormente.
Os dragões fizeram uma reverência a Harry, abriram suas possantes assas e levantaram vôo em direção a um bosque mais afastado criando uma grande correnteza de vento que quase derruba Harry.
- Ping! – Chama Harry
Um Elfo doméstico de olhos azul-perolados e ar jovial surge na frente de Harry e começa a fazer estripulias.
- O mestre voltou! O mestre voltou! – dizia o elfo feliz da vida.
- Ping, escute, quero saber quantos cavalos temos no estábulo?
- Oitenta e cinco, Sr. Potter. – disse o elfo
- Que? Oitenta e cinco!
- Isso mesmo Sr. Potter, mas se acha que são poucos podemos trazer mais alguns da fazenda, Senhor.
- Não precisa, Eles são mais que o suficiente. – disse Harry – E Ping, por favor, chame-me só de Harry.
Ping colocou as mão no rosto e começou a chorar.
- Su-Sua ge-ne-ro-si-da-de é bu-i-to gran-de com e-esse el-fo, mes-tre Har-ry Po-tter tra-ta seu hu-mil-de ser-vo co-mo ami-go, um i-gual. Me lem-bra bu-i-to o Mes-tre Tia-go Po-tter, sem-pre ge-ne-ro-so, sem-pre com bom co-ra-ção....
Harry deixou ele chorar um pouco e quando ele já estava se recompondo ele ordenou:
- Vá ao estábulo e traga nove cavalos, depois vamos até o portão onde você deixará as visitas entrarem.
Ping estalou os dedos e desaparatou.
Harry se sentou abaixo da sombra de uma macieira para esperar o retorno do elfo, uma vez que essa propriedade era muito grande, e o estábulo poderia ser em qualquer lugar, o elfo poderia demorar para chegar com os cavalos.
Harry pegou uma maça e começou a mordiscá-la para passar o tempo quando viu um grupo esquisito de aves no céu, eram estranhas e vinham de longe na direção de Harry. Alguns minutos se passaram até Harry perceber que aquele grupo não era de aves, mas sim de belos corcéis voadores, cavalos alados Abraxanos de alta linhagem, uns eram totalmente negros como a noite, outros brancos a ponto de refletir a luz do luar, mais nenhum maior e mais belo que um Palomino que fazia frente ao cortejo aéreo.
Os animais voaram em círculos para reduzir altitude até que seus cascos tocaram serenamente no solo.
Ping que estava montado em um cavalo baio pulou de sua montaria e fez uma reverencia exagerada.
- Trouxe os cavalos como você pediu senhor.
- Eu pedi somente 9 cavalos, mais vejo que você trouxe 10.
- Não senhor! Pediste 9 cavalos a Ping, e Ping trouxe os 9 melhores descendentes de Pegasus que dispomos, mas esse outro - e apontou para o Palomino - é o grande Mithir, descendente do poderoso Sleipnir (4), senhor de todos os cavalos. Ping não manda ele ir ou voltar, ele não aceita ordens de Ping, não aceita ordens de ninguém.
Harry tentou se comunicar com o cavalo mentalmente, mas foi repelido.
“Agora só me faltava essa depois de conhecer dois dragões amigáveis eu encontro um cavalo que pratica oclumência, realmente já vi de tudo.”
- Mestre Tiago sempre tentou doma-lo, mas o Sr. Potter sempre dizia que era mais fácil o cavalo domar Mestre Tiago que Mestre Tiago domar o cavalo.
Harry guardou isso na sua memória.
“Nota mental: terminar o trabalho do meu pai e domar Mithir”.
Harry tentou se aproximar do cavalo, mas esse se mostrava arredio e entediado, o cavalo alado virou o focinho para o outro lado e saiu voando velozmente pelos céus.
- Melhor sorte da próxima vez mestre Harry. – falou Ping
Harry decidiu montar num enorme cavalo negro como o carvão e forte como um touro com uma mancha branca no meio da testa e rédeas douradas.
- Esse é Gideon, o furacão de Alexandria, uma bela escolha, se o senhor me permite dizer, mais poderoso que um tornado e mais rápido que o vento norte, quando o Sr. Potter comprou ele de um beduíno amigo dele no Sahara. O beduíno disse que ele é descendente do Grade Bucéfalo (5). Esse era o cavalo preferido do Sr. Potter e o segundo melhor dos descendentes de Pegasus dos Potter, depois é claro de Mithir.
Harry montou em Gideon, não foi tão difícil depois de montar os tretálios
- Esses são Askanah, Kiklith, Azelof, Marity, Lefendor, Grelintail, Tahal e Tarath. – continuou as apresentações o elfo – Todos eles são descendentes da linhagem de cavalos real de Bifrost.
- Pong, que história é essa de Bifrost? Já é a terceira vez que ouço esse nome desde que cheguei aqui.
- Ah!! Bifrost, o grande reino oculto, onde o grande Sr. Heimdall zela pelo sono dos imortais na cidade dos 7 portais.
- O quê?!
- Logo que meu senhor vai saber, estou certo que o grande Sr. Heimdall ficará satisfeito de vir até aqui contemplar o retorno do herdeiro dos Potter.
Harry desistiu por hora de entender o as palavras do elfo e ordenou Gideon voar para o portão, fato que foi seguido pelos outros cavalos e o elfo, montado em Grelintail o mesmo cavalo baio no qual o elfo viera dos estábulos.
Os Portões e as paredes haviam modificado bruscamente, pois aparentavam terem sido bem cuidadas. O portão era feito de prata cravejada de brilhantes enquanto as paredes eram feitas de granito branco neve e ambos eram tão altos e tão perfeitamente planos que mesmo um gigante teria trabalho de escalar os muros.
- Permita que meus amigos entrem. – ordenou Harry
O elfo bateu palmas e os portões se abriram revelando um assustado grupo de Weasley na rua.
- Isso quer dizer que não sei das coisas, sua intragável sabe-tudo? – disse Rony
- Um pepino sabe mais das coisas que você. – respondeu Hermione
- Ainda brigando? – disse Harry com raiva da cena que seus amigos estavam dando – será que não param nunca?
- Vê se não enche Harry e vai lá liberar nossa passagem. – disse Hermione.
- Mas eu já fui lá.
- Como foi tão rápido, se agora mesmo acabou de entrar?
- O tempo na mansão dos Potter não passa como lá fora, às vezes passa mais devagar que o normal, outras vezes mais rápido. Tudo depende de como o chefe da casa quer que ele passe. – disse o elfo atraindo a atenção dos Weasley.
- Ping? – perguntou o Sr. Weasley.
- Ping, o elfo-doméstico. É um prazer revê-lo Sr. Arthur, se ainda posso chamá-lo assim?
- Claro que pode Ping. O velho Pong continua bem?
- Ultimamente tem feito muitas trapalhadas, mas nada de muito grave. – respondeu o elfo como se conversasse com um amigo de longa data.
Os Weasley e Hermione entraram e pegaram um cavalo alado cada enquanto Ping ajudava-os a montar, falava sobre a nobre ascendência dos cavalos e dava dicas úteis de como dominar o cavalo em pleno vôo.
Por fim o Sr e a Sra Weasley montaram em Gelitail e Lefedor, dois cavalos baios e mais calmos; os gêmeos montaram em Tahal e Tarath, os selvagens filhos de Gideon; Gui, Rony e Hermione montaram em Askanah, Kiklith e Azelof, cavalos brancos de ascendência puro-sangue de pegasus e Gina montou em Marity, uma égua bastante arisca que era irmã de Mithir.
Depois que todos estavam prontos para voar Ping desaparatou.
Os nove cavalos alados voaram como o vento, sob a fraca luz do luar fazendo que a mansão ficasse cada vez mais próxima deslumbrando todos com uma vista única.
No vôo os cavalos cortaram o ar e causando um ligeiro assobio nos ouvidos de todos. Eles desceram ao chão suavemente dando voltas e mais voltas formando uma estranha espiral e quando chegaram ao chão os cavaleiros foram recepcionados por uma multidão de elfos-domésticos.
Alguns cantavam, outros dançavam e outros faziam reverências exageradas causava o choque de seus finos narizes no chão.
- Sr. Potter! Sr. Potter! – disse um elfo especialmente velho com barba branca e cabelos ralos e grisalhos – Chamei aos outros elfos do senhor, logo o grande Sr. Hemdall ficará sabendo e enviará seus cumprimentos.
Nesse momento uma explosão de aparatação é ouvida e todos os elfos se calam, no meio da aglomeração surge um elfo maior e de constituição mais forte que os outros, seus olhos eram cinzentos e reacendiam um poder misterioso.
- Só eu me distrair um pouco e vocês fazem uma festa! – berrou o elfo – Voltem às suas tarefas agora!
- Mas e o Sr Potter... –disse um elfo franzino
- Já fui informado do retorno do Sr. Potter – disse o elfo maior – mas isso não é motivo para os elfos-dométicos ficarem irresponsáveis e não cumprirem suas tarefas. – e completou – A marca de um bom elfo-doméstico é a descrição e o silêncio. Vocês parecem um bando de anões trapalhões.
Os elfos-domésticos desaparataram um por um até sobraram apenas Pong, Ping e o elfo que dera bronca nos outros.
- E você Pong, tem que deixar de ser tão desordeiro, nem sei como pode herdar os poderes da chave. Há meio milênio atrás você fez uma bagunça com aquela história na noite das bruxas, já é reincidente.
- Deixe-o em paz, ele já é muito velho. – defendeu-o Mione.
O elfo se calou, olhou para Harry e fez uma reverência.
- Sr. Potter, desculpe-nos pelo transtorno, bem-vindo de volta a mansão da família. Eu sou Thimns, o Mordomo. Chefe dos elfos domésticos dos Potter. Garanto que a partir de agora os controlarei melhor Sr. Potter.
- Não precisa se desculpar Thimns e me chame de Harry, por favor.
-Claro mestre Harry, você é muito generoso com esse servo senhor, Thimns está muito grato e sempre estará disposto ao serviço senhor é só chama-lo. Desejam ficar acomodados na mansão ou estão só de passagem?
Harry virou-se para o Sr. Weasley e este respondeu:
- Não nos fará nenhum mal passarmos o restante da noite aqui, não é Molly? Amanhã retornamos para a Toca.
O mordomo olhou para os dois elfos e eles desaparataram.
- Seus quartos estão sendo preparados neste exato momento e o carro será guardado em segurança dos olhos trouxas.
O Mordomo conduziu-os diretamente até a porta da casa que se abriu. Thimns entrou seguido por Harry, os Weasley e Hermione, mas o que viram foi completamente diferente do que Harry viu pela primeira vez que entrou na casa. Em vez de um corredor havia um enorme salão com um aconchegante lareira e várias poltronas confortáveis. O elfo foi até uma porta lateral seguido pelo grupo em fila indiana até uma porta de cristal fosco que ao abrir revelou uma mesa de jantar de mogno de tamanho suficiente para caber 10 pessoas. O mordomo apontou a eles a mesa e eles se sentaram.
- Espero que apreciem essa ceia frugal que serviremos hoje por falta de tempo para algo mais elaborado.
O mordomo bateu palmas e uma bela toalha branca surgiu sob a mesa e depois surgiram pratos e talheres de ouro maciço com o símbolo “P” em alto relevo e logo depois bandejas e mais bandejas de comida surgiram na frente deles e, mesmo Harry que mais cedo pensara que não tivera fome, acabara comendo muito.
No fim, depois que Ron, Fred e Jorge se cansaram de comer, a comida desapareceu.
- Seus aposentos se encontram no segundo piso a direita e se quiserem explorar a casa e se perderem, é só gritar por socorro que um dos elfos-domésticos irá orientá-lo. Recomendo não irem as da ala leste masmorras, século passado encontraram um ninho de seres das trevas por lá, mas não se preocupem, enquanto estiverem na nesta ala Silver e White poderão socorrê-los antes que seja tarde. – e dizendo isso desaparatou.
- Sujeitinho estranho esse, não? – perguntou Rony
- Rony! – exclamou Hermione.
- Quem são Silver e White, Harry? – Perguntou Gui
- São Dragões Olhos-de-Opala que protegem esses terrenos.
- Dragões? Aqui? – Perguntou Fred.
- Fiquem tranqüilos eles são mais civilizados que os esplosivins do Hagrid.
- Isso me consola muito. – ironizou Jorge.
- Pois deveria, melhor ter dragões ao nosso lado que contra nós. – sentenciou Gui – Carlinhos que vai ficar decepcionado de não poder vir ver os Olhos-de-Opala são realmente muito raros, há um grande ninho na Austrália e soube que há outro na América, mas na Europa esses devem ser os únicos.
- E que criaturas das trevas vocês acham que devem ter nas masmorras? – perguntou Ron.
- Podem ser acromântulas,. – disse Fred
- soube que elas gostam de locais escuros e úmidos para criar tocas – completou Jorge.
Harry imaginou voltando ao ninho de Aragougue e encarando novamente as acromântulas e logo depois a terrível fobia de seu amigo Ron por aranhas.
- Esquece esse papo de aranhas. – disse Ron
- Mas por quê? Agora que a conversa estava ficando interessante... – brincou Fred.
- Agora você deve estar até feliz com a presença dos dragões de guarda na propriedade, não é? – continuou Jorge.
- Acho melhor dormirmos por hoje e amanha podemos explorar uma parte da casa. – disse o Sr. Weasley - Lembro-me de uma sala de dança muito interessante no primeiro pavimento lá no final dessa ala que eu queria reencontrar.
Todos foram para seus quartos descansar, Harry subiu primeiro a antiga escada seu quarto era o primeiro depois da escada em frente a um longo corredor.
Ao entrar no quarto, mais uma surpresa, ele era simplesmente imenso, tinha uma enorme cama de dosel com cortinas roxas ao lado de móveis antigos, mas bem conservados e perfeitamente limpos.
Nas paredes haviam dois quadros de um homem e uma mulher já idosos, com os olhos azuis cintilantes, cabelos quase grisalhos e com rostos que se ascenderam em sorrisos assim que viram Harry.
- Há!! Você deve ser o pequeno Harry! – concluiu o homem moreno – há muito tempo que eu queria vê-lo.
- Como assim senhor?
- Reynold! Acho de deveríamos nos apresentar primeiro. – disse a mulher ruiva.
- Claro. Claro. É a idade. Com o tempo as coisas se tornam menos claras e você começa a achar que fez muitas coisas que apenas pensou em fazer. Muito prazer sou Reynold Potter, seu avó.
- Meu nome é Emy Potter, sou sua avó.
- Vovô? Vovó?
- Você não sabe quanto tempo esperamos para ouvirmos isso de você. – disse Reynold Potter.
- Guardamos algumas lembranças da nossa família para você, meu neto. Estão na primeira gaveta daquela cômoda, logo abaixo do retrato do seu avô.
Harry vai até a gaveta e dela retira um velho álbum de couro com um “P” marcado em ouro e um frasquinho transparente com um conteúdo que parece não ser nem líquido nem gasoso. Ele abre o álbum e a primeira foto que vê é a de uma família sorridente.
- Esse ao fundo é meu pai Edvald Potter, essa bela dama é minha Mãe Ming Potter, o mais velho sou eu adolescente, o mais novo é meu irmão Richie e a pequena é a minha irmã Rosemary.
Harry continuou folheando as paginas e os quadros continuavam lhe falando sobre a sua família.
No álbum tinha várias fotos da família Potter, do casamento dos avós de Harry, do nascimento de seu pai Tiago, da formatura de Tiago em Hogwarts, do casamento de Tiago e Lílian, do nascimento de Harry, dos marotos reunidos, do dia que Sirius fugiu da casa dos Black, de quando Sirius comprou a moto voadora.
Harry passou horas folheando e conhecendo seus parentes perdidos até que chegou ao final uma foto solitária de duas meninas sentadas no salão principal de Hogwarts rindo, uma vestia trajes azuis enquanto outra vestia trajes verdes.
- E quem são essas duas na foto?
- Essas duas sou eu e minha irmã caçula Emily na época de Hogwarts. – disse Emy Potter.
- E esse frasco? – perguntou Harry segurando o frasquinho.
- Esse frasco tem algumas lembranças que a nossa família deixou para você, meu neto. No meu antigo escritório tem uma penseira onde você poderá dar uma olhada nelas.
Harry passou algumas horas mais vendo o álbum com antigas fotografias da família e quando resolveu dormir já passava de meia-noite.
Na manhã seguinte Harry acordou bem cedo, sentia-se revigorado, mesmo com as poucas horas que havia dormido, seu primeiro pensamento foi o de tomar um café da manhã reforçado, assim que o garoto chegou na cozinha a grande mesa estava posta com um lauto café da manhã e o Sr. e a Sra. Weasley estavam sentados nela conversando.
- Harry! Que bom que você acordou querido! Sirva-se de algumas torradas, aqueles elfos gentis fizeram tudo isso para nós, – disse a Sra. Weasley
– Merlim os abençoe, exagerados como são fizeram comida para um batalhão. – disse o Sr. Weasley
– Eu acho que nunca conseguirei me acostumar em acordar e não ter que fazer comida para um batalhão. – falou a Sra Weasley entediada.
Quando Harry terminou de comer Hermione, Gui, Fred e Jorge já estavam na cozinha fazendo o desjejum. Harry saiu apressado da cozinha para explorar a casa, mas quando ia passar pela porta ela se abriu deixando uma garota ruiva entrar, quando ela abriu a porta e deu de cara com os olhos de Harry ela lançou um olhar brutal de desprezo, virou o rosto e foi até a mesa.
Para o jovem Potter a sensação foi pior que a de um mergulho no lago de Hogwarts no dia mais rigoso do inverno.
Mas assim que saiu da cozinha e começou a explorar a casa se as novidades logo deixaram a sensação em segundo lugar. Harry seguiu por um corredor no primeiro andar que era ladeado de quadros com fotos de vários ancestrais dos Potters.
- Vejo que já acordou! – disse uma voz conhecida de um dos quadros.
- Vovô!
- Eu realmente adoro quando você me chama assim. – falou Reynold Potter – Acho que você está tentando chegar ao meu velho escritório, é muito fácil, não tem como errar. Deve dobrar a primeira direita e seguir até encontrar uma armadura de samurai vermelha com um escudo de bambu verde e uma lança com ponta em forma de lua minguante.
Harry seguiu pelo gigantesco corredor cruzando portas e quadros que pareciam muito interessados em cumprimentar o último descendente da família, depois de alguns minutos ele vê uma bifurcação que Harry dobrou para direita como sugerido pelo avô o que acabou levando-o para uma caminhada igualmente longa até encontrar a tal armadura ao lado de duas portas de carvalho incrustadas com um rubi enorme ao centro onde lia-se “Potter” gravado á Jóia.
Harry empurrou as portas que para sua surpresa demonstraram ser anormalmente leves para o tamanho.
Quando ele entrou no escritório deparou-se com uma enorme mesa de mármore a frente de uma cadeira parecia um trono e um enorme quadro vazio no fundo que mostrava uma enorme oficina de trabalho onde vários instrumentos flutuavam pelo ar.
Nas paredes em volta da sala armários abarrotados de livros, documentos e artefatos mágicos se espalhavam provavelmente intocados, causando uma impressão de que o antigo dono poderia retornar a qualquer momento.
Harry não gastou tempo procurando a penseira, em vez disso, ele usou um feitiço convocatório que a fez vir em sua direção voando de uma das prateleiras mais altas.
A penseira do avô de Harry não era igual a que ele viu com Dumbledore ela era um pouco menor, porém bem mais adornada, além das runas em volta tinha entalhes com figuras de Elfos domésticos, homens, centauros, dragões e criaturas estranhas das mais variadas espécies, todas com aparência nobre e feições benevolentes.
Do bolso o garoto pegou o frasco e derramou o conteúdo dentro da penseira, vários fios de cabelo prateados surgiram suspensos no líquido da penseira, Harry tocou o líquido com a varinha e ele começou a girar loucamente. O moreno aproximou o rosto do líquido até tocar a ponta do nariz nele, então subitamente se sentiu jogado dentro da penseira.
Harry caiu do teto no chão de uma sala de uma casa que lhe parecia familiar, a frente dele haviam duas pessoas, um homem moreno e de olhos azuis e uma mulher ruiva de olhos esmeralda.
- Pai? Mãe?
- Oi garotão! Se tiver vendo essa lembrança quer dizer que por algum motivo nós vestimos o paletó de madeira!
- Tiago, não é hora de brincadeiras.
- Tudo bem Lily, não seja tão séria.
- Harry nós estamos te deixando essa mensagem para dizer o quanto nós te amamos e o quanto nós estamos felizes de que você tenha sobrevivido.
- E isso aí! Espero que esteja honrando a fama dos marotos e pegando todas as gatinhas de Hogwarts.
- Tiago!
- Que foi Lily, se ele tiver 1/5 do meu charme nenhuma garota vai resistir.
- E se ele tiver 1/5 da minha inteligência ele entender que a escola é local para estudar e não fazer marotices.
- Uma vez maroto,... – disse Tiago
- ...sempre maroto. – respondeu uma voz vinda da porta que fora subitamente aberta.
- Ei, Sirius! – exclamou Lílian - Esse é um momento em família, nós estamos deixando uma lembrança para Harry receber quando estiver mais velho se tudo der errado e nós...
- Que desânimo é esse Lílian? Se alguma coisa acontecer ele terá um padrinho muito legal para ajudá-lo. E se é para mandar uma mensagem pra ele eu deixo um desafio bater o número de detenções que eu e o Tiago tivemos no terceiro ano.
- Isso é coisa que se diga Sirius? – perguntou Lílian.
- Boa, eu gostei. Nunca mais conseguimos ter tantas detenções, nem quando o seboso virou monitor-chefe e começou a aplicar detenções na gente só por que respirávamos alto demais na presença de vossa excelência. – falou Tiago
- Isso por que geralmente azarávamos ele antes que pudesse nos dar uma detenção. – falou Sirius.
- Ei, que tipo de pais vocês querem que Harry ache que somos.
- Os melhores! – disse Tiago.
- Então finja que é só um pouco.
- Não liga pra sua mãe garoto, ela não é assim o tempo todo, só está um pouco nervosa. – disse Tiago.
- Tiago Edvald Potter – disse Lílian sacando a varinha – Se continuar caçoado de mim vou te mostrar por que eu consegui ótimo nos NIEMs de feitiços.
- Sujou! – disse Tiago correndo para um corredor no interior da casa.
- Acho melhor voltar outra hora. – disse Sirius fugindo pela porta
A lembrança começou a ficar embaçada.
Então surgiu outra lembrança dessa vez ela se passava no escritório que Harry acabava de sair, Harry se viu em frente à mesa de Mármore na qual se encontava Reynold Potter olhando com seus olhos azuis penetrantes diretamente para ele e atrás dele o quadro ainda se encontrava vazio.
- Oi meu neto, como você está vendo essa mensagem devo pressupor que morri sem que nunca tenha me conhecido, idéia essa me desagrada muito. infelizmente a vida foi muito dura com nós dois, nos separando ainda muito cedo, mas não devemos reclamar da vida, afinal enquanto há vida ainda hão escolhas para se fazer e desafios para se enfrentar. – disse Reynold Potter – Eu estou aqui para contar parte da história da família Potter:
- Meu pai Edvald, por assim dizer, era um grande homem da política mundial. Vivíamos vidas de muito luxo e conforto até que a guerra bateu as nossas portas, como um Potter, penso que você deve ter um sangue tão aguerrido quanto o meu, então eu e meus dois irmãos, contrariando as vontades dos nossos pais, nos inscrevemos em batalhões de apoio internacional a França contra Gilbert Grindewald, que era um poderoso bruxo das trevas na época, lá eu conheci sua avó Emy que era uma medibruxa que ajudava a resistência e lá também perdi minha querida irmã Rosemary que morreu num duelo contra o próprio Grindewald, ela era uma excelente duelista e acabara de se formar auror, mas nada poderia se comparar ao poder do bruxo das trevas.
- A guerra acabou quando Dumbledore e um grupo de bruxos revoltados, que estou orgulhoso em dizer que eu e meu irmão fizemos parte dele, invadiram a fortaleza do bruxo e abatemos seus principais asseclas e derrotando o vilão. Quando retornamos para casa eu casei com sua avó, que tinha sua saúde muito debilitada pela guerra. Passados alguns anos meu pai morreu e todos queriam que eu seguisse os passos do meu pai, mas eu preferi ficar com a sua avó e curtir uma vida tranqüila, e por isso Richie assumiu a responsabilidade no meu lugar. Assim seu pai nasceu e cresceu longe totalmente da vida da política, nós mimávamos ele demais e talvez por isso ele fosse um pouco rebelde assim como o Sirius que nós praticamente adotamos como segundo filho, mas os garotos tinham talento tanto que eles passaram no teste para Auror sem ao menos estudar.
- Emy morreu um mês depois do casamento de seus pais com o sorriso mais belo desse mundo no rosto e até hoje eu me lembro de ela dizendo que cada dia da vida dela havia sido como um sonho desde que nós havíamos nos conhecido. – disse Reynold enxugando as lágrimas nos olhos.
- Depois é claro aconteceu aquela coisa terrível com Voldemort e você ficou órfão, eu tentei sua guarda, mas Dumbledore se mostrou irascível, me disse que o melhor lugar do mundo para você seria do lado daqueles trouxas Dusley parentes de sua mãe, tentei dizer que até te tiraria desse mundo se fosse necessário para te proteger, mas Dumbledore não escutava nada que eu dizia. Por fim tive que me conformar, eu vi o que aquele bruxo podia fazer quando ficava furioso, não poderia enfrentá-lo sozinho.
- Agora já fazem dois anos que tudo aquilo aconteceu e me sinto realmente mal de saúde, os médicos do St. Mungus não dizem que eu tenha nada sério, mas esse velho coração não se engana, minha hora está chegando e quando ele chegar quero que tudo fique preparado para sua chegada, mandei chamar meu advogado o Sr Quirke para acertar as pendências do testamento, mas como só tenho você como herdeiro não penso que tenha muito trabalho.
- Duas coisas que eu queria que você visse – disse o velho apontando a varinha para a cômoda mais próxima e usando um feitiço convocatório.
A terceira gaveta se abriu revelando um e encardido velho livro manuscrito com capa de couro de dragão negro.
- Esse é o livro da família, todos os Potters escreveram parte de sua história nele, então se quiser saber mais de seus ancestrais ele estará disponível nessa gaveta. – ele acenou novamente com a varinha e o livro retornou ao local de origem.
- Specialis Revelio - disse o velho dessa vez apontando a varinha para a mesa de mármore revelando um buraco pequeno.
O venho colocou com dificuldade a sua mão no buraco retirando de lá uma chave de ouro presa numa corrente.
- A família Potter vem carregando essa chave por gerações, não sei direito para que ela serve, pois durante o passar do tempo a maior parte história da chave se perdeu, mas meu pai me disse que no dia que o mal viesse para dominar totalmente o mundo um descendente de a nossa família usar ela para alterar o destino da humanidade.
Espero que esse não seja você, pois já há muito sofrimento na sua vida sem que você precise esperar um futuro negro pela frente.
- Desejo sorte pra você e que você tenha um futuro feliz
A lembrança começou a desvanecer e Harry se sentiu saindo da penseira e voltando ao escritório na mansão Potter.
Assim que ele retorna ao escritório a primeira coisa que fez foi pegar o livro com capa de couro de dragão e a chave de ouro com a corrente que ele guardou em volta do pescoço por baixo das vestes.
Depois ele guardou as lembranças novamente no frasco e colocou o frasco e a penseira na prateleira que a penseira estava anteriormente.
Harry ia saindo do escritório quando notou que havia um homem no meio do quadro, ele era moreno, tinha olhos azuis e usava um chapéu verde que ficava engraçado na sua cabeça, o rosto era familiar a Harry, mas ele não conseguia se lembrar onde o tinha visto.
- Quem é você?
- Sou o Patriarca da família, olha na página um desse livro que você pegou, ele era meu, eu comecei a escrever nele na época da escola...
- Você é o primeiro Potter?
- Sim, eu me chamo Peter Potter, muito prazer meu descendente. Eu mudei o sobrenome para enganar a inquisição, meu sobrenome original era um muito notório mesmo no povo trouxa, não poderia continuar usando ele.
- E qual era seu sobrenome?
- Peverell.
Harry, satisfeito com todas as informações novas que tinha adquirido sobre sua família, saiu do escritório disposto a explorar o resto da casa.
- E ai? Meu neto como foi?
- Eu vi meus pais e o Sirius.
- Eles deixaram essa lembrança comigo, achei que você gostaria de vê-la. Acho que você gostaria de visitar o velho quarto de Tiago...
- Onde ele fica?
- Siga-me é no segundo andar, logo depois do quadro da caçada ao Javali da Grécia.
Harry seguiu a figura do seu avô por todo o corredor, eles passaram direto pela bifurcação entrando no lado no corredor que Harry não havia passado ainda quando ele viu duas cabeças vermelhas de rostos e sorrisos idênticos passando por ele.
- Harry! Descobrimos onde fica a cozinha, nós vimos aqueles elfos lá, estavam fazendo uma maior algazarra. Eu tenho que admitir, eles sabem como fazer uma farra. – disse Fred
- Não demora muito, papai está procurando aquele salão como louco. Quando ele achar ele falou que vai arrumar tudo para uma festa, então vê se não se distancia muito. – falou Jorge.
Logo depois os gêmeos Weasley se afastaram correndo pelo corredor que Harry havia vindo.
- Animados esses seus amigos. – brincou Reynold Potter.
- Você nem imagina o quanto.
- Por aqui, atrás dessa parede tem uma escada – disse Reynold apontando para uma parede de pedras. – É o mesmo feitiço da plataforma 9 e ¾ se você ficar nervoso pode correr...
O garoto atravessou correndo a plataforma e quase tropeçou na escada.
- Aqui em cima! Suba, vamos suba! – soou a voz de Reynold Potter do alto da escada.
Harry subiu a escada de pedra polida que estava impecavelmente limpa graças só trabalho dos elfos-domésticos da família.
- É aqui! - soou a voz do outro lado da parede.
A escada continuava subindo e subindo, mas a vontade de encontrar o quarto de seu pai era maior que a curiosidade de onde a escada iria dar, por isso Harry atravessou a parede novamente entrando num corredor completamente diferente daquele que ele já havia visto. O corredor era mais largo e menos adornado, não haviam quadros, somente tochas sinistras acesas com um fogo azul crepitante.
- Esses são fogos eternos – disse a voz de Reynold Potter no fim do corredor
Harry foi andando até que o fim do corredor e se deparou com outra parede.
- Venha logo! É logo ali.
Harry atravessou mais essa parede e se deparou com um corredor com um quadro anormalmente grande onde um grupo de bruxos perseguiam um javali gigante que ficava visível e invisível de tempos em tempos.
- È só seguir por esse corredor que você vai ver o retrato do seu pai, o quarto é logo atrás do retrato, não tem como errar. Vou indo, por que tenho que visitar o retrato do meu avó, ele tem ficado meio ranzinza desde que arranjou uma briga com o retrato da minha tia Margoth.
Harry foi andando pelo corredor quando viu uma cena muito peculiar, três garotos estavam jogando snap explosivo no salão comunal da Grifinória enquanto um outro de cabelos de palha lia um livro numa poltrona perto da lareira.
- Olha ali, Pontas! Aquele garoto não é igualzinho a você! – disse o mais baixinho e gordo.
O garoto que lia fechou o livro e encarou Harry, assim como os demais retratados.
- Que isso Rabicho, ele os olhos dele são muito diferentes. – falou Sirius
- Além disso, Almofadinhas, meu charme é inconfundível.
- Assim como seu Ego. – disse o garoto de cabelos de palha com um sorriso maroto no rosto.
- Que isso Aluado.
- Você não reconhece aqueles olhos não? – continuou Aluado com sua brincadeira.
- Olhando assim acho que já vi em algum lugar.
- Deixa eu ajudar, você os vê geralmente em uma garota ruiva e geniosa.
- A Lily? – E Pontas abriu um sorriso de orelha a orelha
- Há isso quer dizer que esse garoto é filho da Lily!!! – concluiu Rabicho – e como ele é parecido com Tiago...
- Então o que o Sr Rabicho gênio da humanidade conclui. – falou Almofadinhas com um sorriso malicioso.
- Que o pai do garoto deve ser muito parecido com o Tiago também.
- Que burro, explica pra ele de novo Aluado. – troçou Almofadinhas.
- Quem correu no último ano inteiro atrás da Lilían no colégio?
- O Tiago.
- Quem recebeu mais foras de uma só garota esse ano que de todas as outras juntas em toda a sua vida.
- O Tiago.
- E quem tentou azarar o Seboso quando ele pretendia entregar um presente do dia dos namorados para a Lílian?
- O Tiago. Você ta querendo dizer com isso que esse garoto também é filho do Tiago?
- Dãããh!! Isso é óbvio!!! – falou Almofadinhas
- Mas não é possível como ele é filho do Tiago se é filho da Lílian também, só se... – Então a ficha de Rabicho finalmente caiu - Não pode ser!
- Mas é! Depois de todos esse tempo perseguindo a Lílian e todos esses foras, Tiago conseguiu fisgar a Lílian.
Então Aluado, Rabicho e Almofadinhas começaram a cantar e pular de uma forma bem estranha.
- Tiago ama Lily! E Lily ama Tiago! Eu vi bem os dois trocando beijos lá no lago!
Os dois podem acabar se dando mal. Eu vi os dois trocando beijos no salão principal!
A coisa está ficando séria, vê se da um tempo! Isso um dia vai acabar em casamento! (1)
Tiago alheio a tudo tinha um sorriso bobo no rosto.
- O pai! Você pode virar o quadro para eu poder entrar no quarto.
- Opa! Espera ai! Você acha que é só passar aqui para poder entrar. Tem que dizer a senha. – disse Almofadinhas
- Que senha?
- È Dedos-de-Mel – falou Rabicho.
- Seu gênio! Agora você disse a senha para ele. – falou Aluado.
- Agora temos que mudar de senha. – disse Almofadinhas.
- Que tal se agente perguntasse a ele algo que só o um verdadeiro maroto saberia, se ele é um maroto ele vai saber. – falou Aluado.
- Não pode ser qualquer coisa, tem que ser difícil. – falou Almofadinhas.
- Como nossos nomes? – perguntou Rabicho
- Não isso todo mundo já sabe Rabicho, afinal quem não conhece os famosos marotos? – disse Almofadinhas orgulhosamente.
- Então o que nós vamos perguntar a ele. – perguntou Rabicho.
- Qual a senha do mapa do maroto. – disse Sirius.
- Mas o mapa ficou com o Sr. Filch. O ranhoso disse pra ele sobre o mapa e ele levou da gente. – falou Pontas saindo das divagações e voltando a conversa.
- Mas se ele é um verdadeiro maroto recuperou o mapa e provavelmente sabe a senha. – disse Almofadinhas – E aí, moleque, sabe a senha do mapa do maroto?
- Juro solenemente não fazer nada de bom.
- Ele disse, ele disse! – falou Rabicho – Não acredito!
- Bem vindo ao meu quarto, Sr.? – perguntou Sirius.
- Harry.
- Não esse nome, seu nome maroto. – falou Tiago.
- Eu não tenho um.
- Tão velho e não tem um nome maroto? Tiago acho que você é um pai muito negligente – disse Almofadinhas – Vamos mudar isso, até o final do ano você terá que arranjar um nome maroto decente, por enquanto fica com “Pontas Jr” mesmo.
- Bem vindo “Pontas Jr” ao maroto quarto do “Pontas”.
Quando o quadro girou dando passagem para Harry ele ficou espantado com o quarto do pai, ele era como se fosse um imenso QG de dos marotos, no teto o lema dos marotos estava escrito em letras douradas: “Uma vez maroto, sempre maroto”.
Nas paredes vários desenhos de planos mirabolantes e armações que eles puseram em prática, na estante que tinha o nome de coleção de troféus estavam às fotos de Severus Snape de cuecas no salão principal no horário do almoço e uma foto dos quatro marotos no salão da Sonserina.
Em uma parede havia um mural de inimigos que no centro estava destacada a foto de Snape presa na parede com um dardo no nariz em forma de gancho.
- Ei, “Pontas Jr”! – disse Almofadinhas num quadro próximo ao garoto – É verdade que a Lílian e o Tiago se casaram?
- É verdade sim!
- E eles me convidaram?
- Claro! Você era o padrinho.
- Você bem que duvidou da promessa que eu te fiz de ser meu padrinho de casamento, não é seu cachorro pulguento? – disse Pontas aparecendo num quadro próximo.
- Que feio Almofadinhas, duvidar de um colega maroto. – falou o retrato com Aluado enquanto o de Rabicho se limitava a rir da situação toda.
- Agora que estamos todos na sede de operações marotas – disse Pontas – nós vamos te passar uma relíquia da nossa organização.
- È o best-seller menos vendido do mercado, tendo apenas quatro edições.
- O famoso!
- O Único!
- O fenomenal!
- Livro Maroto dos Marotos.
- Ele conta toda a saga dos marotos desde a fundação da nossa sociedade até o fim do nosso sétimo ano. – disse Almofadinhas
- Por algum motivo faz anos que nenhum maroto aparece por aqui, não podemos deixar que uma relíquia dessa caia no esquecimento. – falou Pontas apontando para uma estante.
Harry foi até a estante e pegou o livro de capa dura feito de folhas de pergaminho envelhecido.
- Cuide do livro com carinho. – disse Pontas se despedindo do filho.
Logo os quatro quadros ficaram vazios e Harry pode explorar o quarto do pai e conhecer um pouco mais da vida dele até que um barulho de trombetas ecoa pela paredes da casa.
- Ping! – disse Harry e o elfo se materializou na sua frente. – O que houve?
- O Sr. Hendall chegou, ele veio pessoalmente de bifrost recepcionar o retorno do mestre Harry. Venha mestre Harry, venha.
O elfo empolgado segurou Harry pela mão e puxou ele pelo corredor. Eles passaram por mais três corredores e desceram uma escada para chegar num salão onde instrumentos mágicos tocavam música sozinhos e lá encontrou os Weasley, Hermione e um homem idoso vestido de roupas de bruxo douradas e prateadas, seus cabelos eram totalmente grisalhos e seus olhos muito azuis, porém eram sustentados por fundas olheiras de preocupação como se ele carregasse o peso de todo o mundo.
- Prazer Harry Potter, é uma honra conhece-lo. Me chamo Richard, sou o Hendall, ou se preferir o príncipe-regente de Bifrost, um país inteiramente mágico e secreto até para alguns bruxos. Atualmente nos ocultamos como tantos outros países. Tempos difíceis, você mais que ninguém deve saber.
- Prazer Sr. Richard é uma honra recebe-lo em minha casa.
- É estranho que você fale assim, depois de todos esses anos que vivi nessa casa.
- Você viveu aqui? Conheceu meus pais e meus avós?
- Se conheci? Conheci Raynold antes mesmo de ele conhecer e se casar com Emy e Tiago eu conheci quando havia acabado de nascer.
- Você era amigo da família?
- Mais ou menos isso.
Harry não ficou muito interessado nos detalhes, e resolveu perguntar sobre bifrost, suas fortalezas, torres, lagos, planícies e montanhas. Sobre as espécies de animais, cultura e tradição. Apartir disso Harry descobriu que Hendall era na verdade o título de nobreza máxima no país e que o nome era esse por que o primeiro a obter esse título possuía esse nome.
- Nas lendas trouxas também existe bifrost, eles dizem que é a ponte arco-íris que guarda a morada dos deuses nórdicos.
- Ha! Ha! Merlim abençoe os trouxas, eles sabem mais que a maioria dos bruxos ditos cultos e mesmo assim não entendem o que sabem. – disse Richard – A história da ponte arco-íris é apenas uma galhofa comum que contamos sobre a maneira de chegar ao nosso país. Dizemos que se pode chegar a bifrost no ponto do horizonte onde o arco-íris começa, então de certo modo podemos considerar o arco-íris como ponte, mas não leve isso a sério. Ninguém conseguiu localizar o reino oculto por esse método já faz dezoito séculos.
Richard se mostrou um anfitrião muito atencioso na casa dos Potter, que ele dizia ser em parte sua também, todos os elfos da casa tratavam ele com admiração e até Thimns, o mordomo dos Potter, tratava Richard com a mesma admiração que dispensava a Harry.
Com muita alegria e confusão eles exploraram a casa, descobrindo as maravilhas e curiosidades nas salas, os tesouros e particularidades dos quartos e, com ajuda dos quadros dos marotos, eles descobriram várias passagem secretas.
Assim o sábado se foi e com ele a visita na mansão que Harry começava a se sentir que era a sua própria Hogwarts. Antes do entardecer Richard teve que se despedir dele para voltar a sua cidade de carona num corcel alado.
E quando todos estavam no Weasley-móvel prontos para partir White e Silver resolveram aparecer para dar uma última despedida dos convidados, o que causou uma pequena confusão entre os mesmos.
Eles chegaram à toca tarde no domingo. Todos estavam animados, pois essa seria a semana do casamento do primogênito da família Weasley. Todos foram dormir cedo certos que no dia seguinte pela manhã teriam muito que fazer para começar com os preparativos da cerimônia, mas Harry foi dormir com um sorriso no rosto, pois pela primeira vez na vida ele foi se sentia mais próximo a um garoto comum, pois ele conhecera mais sobre seus pais.
N/A: Ufa! Finalmente entrego o capítulo (o maior até agora), acho que tia Jô tem que falar um pouco sobre a família do Tiago, como ela ainda não disse nada, to começando o trabalho do zero, o que dá muito trabalho e abre muito espaço para a criatividade, he! he! he! he! Também explorei um pouco os marotos, penso em falar mais um pouco nisso tudo mais a frente, mas só se houverem comentários. Esse é o cap mais longo até agora e se ficou muito chato é só falar que eu coloco mais ação daqui pra frente.
O Próximo Cap vai ser um bônus sobre os fundadores de Hogwarts (assim como fiz no Prólogo) e depois vem o tão esperado capítulo do casamento de Gui e Fleur, se vocês querem saber sobre a cerimônia tradicional bruxa Franco-Italiana é só procurar na minha outra fic “Casamento de Gui e Fleur” ID: http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=20285
Até a próxima e comentem, quanto mais comentários, mais rápido eu atualizo com o próximo capítulo.
[email protected]
(1) A rima é pobre, nem me fale da métrica, mas pense bem eles eram adolescentes e haviam acabado de inventar essa música na hora!!! (lembre-se do hino de Hogwarts e cante essa música com a melodia da sua música preferida, ou não)
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