O Testamento de Dumbledore



Capítulo 2
O Testamento de Dumbledore:

Harry se despertou uma hora depois na casa da Sra. Figg, ele estava num quarto com um terrível cheiro de gatos onde outrora ela abrigava 16 desses animais que há alguns anos ela se livrou após tropeçar em um deles e quebrar a perna.
Harry ainda sentia grandes dores de cabeça pelo esforço realizado, até agora estava atordoado, como conseguira conjurar aquele patrono poderoso e eliminar os Dementadores?
Pela fresta da porta entreaberta Harry pode ouvir parte de uma conversa entre três membros da Ordem.
- Um ataque desse tamanho aqui, Aquele-que-não-deve-ser-nomeado deveria saber onde Harry Potter estava – Disse a voz da Sra. Figg.
- Obra daquele ranhoso traidor com certeza!! Eu sempre disse a Dumbledore que ninguém deixa de ser comensal da morte de um dia para outro, não era para termos contado tantas coisas para ele... – falou uma voz que ele achou ser de Moody.
- Isso todos nós dizíamos a ele, mas você se lembra como ele falava na sua total certeza na lealdade daquele canalha! – disse a Sra. Figg – E no final o que valia sempre não era a palavra de Dumbedore? Não foram seus conselhos que nos salvaram de tantos apuros? E não era por isso que ninguém ousava contesta-lo mesmo por causa do Ranhoso?
- Bom no fim Dumbledore provou que era humano, e errando uma vez na vida, pena que ele não teve uma segunda chance. – disse uma voz que Harry reconheceu como Kingsley Scalebolt
- O importante é que nada de mal ocorreu com ninguém – resmungou Olho- Tonto Moody – Ainda bem que o garoto Potter tinha uma carta escondida na manga.
- Bom já era difícil de acreditar que ele conseguisse usar uma magia tão poderosa como o patrono, mas isso já foi um absurdo – disse Scalebolt
- Isso não vem ao caso, ele nos atacou abertamente, temos que reagir a altura. – Sra. Figg
- Bem parece que nossa reunião não é mais tão secreta assim – disse Alastor Moody abrindo totalmente a porta do quarto para o corredor com um aceno da varinha – venha Potter! Preciso trocar umas palavrinhas com você!
- Onde estão Ron e Hermione? – Disse Harry enquanto cruzava a soleira da porta
- Eles já foram à frente – respondeu Olho-Tonto – mas antes de preocupar com os outros vamos cuidar de você – e dizendo isso tirou um cantil de uma bolsa e estendeu em direção ao garoto – Vamos, beba!
Harry saiu do quarto cambaleante em direção de Olho-Tonto pegou uma o cantil da mão do ex-Auror e bebeu, e assim que ele bebeu sentiu um gosto doce, quente e amargo na boca mais isso causou uma quentura no corpo o que lhe devolveu as energias.
- Isso é chocolate quente em instantes já se sentirá melhor – Disse Moody – agora Potter, acho que deveria saber mais sobre os patronos.
- O patrono é uma entidade defensiva que é gerada pelo bruxo para se comportar como uma figura protetora, que pode ser associada a um pai, a um parente ou alguém especial para a pessoa, às vezes quando se sofre por grandes transtornos emocionais ele pode até mudar de forma – continuou Scalebolt.
- Bom... O patrono é tão poderoso e tão forte quanto à lembrança que ele representa, se a lembrança for fraca ele não passa de uma fina névoa branca, mas e se esta for muito intensa pode conjurar um pequeno sol – falou Moody
- Porém um bruxo deve conhecer o limite de seus poderes, conjurar um patrono com emoções poderosas demais implica em gasto de poderes mágicos proporcionalmente maiores, muitos bruxos morreram ou enlouqueceram quando conjuraram patronos iguais ao que você fez – disse Scalebolt
- Não se deve fazer esse tipo de coisa levianamente – disse a velha Sra. Figg.
- Na verdade eu considero um milagre que você ainda esteja entre nós – concluiu Moody
- Com isso só podemos concluir que Dumbledore selecionou bem seu sucessor. – falou a Sra. Figg tentando encerrar o assunto.
- E Voldemort mal seu inimigo – concluiu Moody
A velhinha estremeceu com o nome do inimigo.
- Não fale esse nome na minha casa! – exclamou Sra. Figg furiosa.
- Dumbledore falava e pedia que todos falassem também – disse Alastor Moody
- O que me faz lembrar, Potter, que devemos ir imediatamente para o Largo Grimmuld 12 por que hoje o dia para abrir o testamento de Dumbledore – falou Kingley Scalebolt – você prefere viajar de pó de flu ou aparatar?




Por fim Harry preferiu usar o pó de flu pela lareira da Sra. Figg, quando chegou ao Largo Grimmuld 12 uma verdadeira multidão já se aglomerava na casa: Kingsley Scalebolt e Alastor Moody que aparataram; a Sra. Figg que deve ter realizado a aparatação acompanhada, a família Weasley (desfalcada de Carlinhos que estava na Romênia e Percy que agora era o responsável pelo departamento de cooperação mágica e disse que tinha uma reunião muito importante), Hagrid, Fleur Delacour, Hermione (que chegou com Rony), Lupin, Tonks, Profª McGonagall, e muitas outros rostos conhecidos ou não da ordem da fênix.
Moody Olho-Tonto pega uma caixa de cor roxo berrante de cima da lareira e explica: Alvo Dumbledore me entregou essa caixa três dias antes do trágico ocorrido selada com um feitiço que só me permitiria abrir a caixa na presença das testemunhas por ele designadas, esta caixa contém entre outras coisas seu testamento.
Quando ele abriu a caixa esta estava cheia de cartas de despedida com o nome de cada pessoa afim escrita em sua letrinha miúda e fininha que Harry logo reconheceu como sendo a mesma que no ano letivo anterior ele lhe escrevia para informar das aulas sobre a vida de Voldemort e a profecia.
Quase todos os presentes receberam uma carta. Harry, Ron e Hermione receberam uma só para os três e acharam pouco prudente que esta fosse aberta na frente de uma multidão de curiosos.
Logo Alastor Moody começou a ler o testamento na frente de todos:
- Eu Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore em plenas faculdades mentais e completamente sóbrio organizo a distribuição de meus bens após meu falecimento a nível inquestionável...
No seu testamento Alvo Dumbledore apenas distribuiu seus os bens, provavelmente as suas orientações ele deixaria para as cartas:
Ron recebeu a coleção de figurinhas de sapos de chocolate;
Hermione recebeu dois livros muito antigos e raros (a senhorita seria a única a dar verdadeiro valor a estes – disse Dumbledore em seu testamento);
Arthur e Molly receberam o cofre de Dumbledore em Gringotes;
Profª McGonagall ele deixou muitos objetos pessoais de sua sala (entre eles a penseira);
Profº Slughorn recebeu muitas garrafas de hidromel envelhecido;
Hagrid recebeu um exemplar de “O Gigante Livro dos Gigantes: História e Genealogia”;
Fleur Delacour e Gui receberam a casa de Dumbledore em Hogmade como presente de casamento;
Alastor Moody recebeu o controle da Ordem da Fênix
Harry recebeu a Espada de Gryffindor, o destruído anel dos Graunt e o destruído diário de Tom Riddle;
Fawks recebeu a liberdade (em troca de todos os anos de amizade);
Hogwarts ficaria com todas as outras coisas, que formavam a maior parte do montante.
Ao final encontrava-se a assinatura de Dumbledore e de três testemunhas.




Harry passou a festa toda escutando o que membros da Ordem da Fênix andaram fazendo durante sua estada com seus tios:
Tonks havia sido destacada para proteger o St. Mungus;
Lupin foi expulso da matilha de lobisomens desde a invasão a Hogwarts na qual se defrontara com Grayback e agora agia como contato entre a Ordem e dois lobisomens da matilha que ele conseguiu fazer mudar de lado;
A relação de Lupin e Tonks estava melhor que nunca e Tonks estava começando a cobrar um compromisso mais sério ao velho lobo.
O Sr. Weasley recebeu uma promoção e agora era chefe do esquadrão de Execução das leis da Magia, um cargo de muita influência no ministério que lhe conferira poder sobre mais de cem subordinados no ministério.
Os Gêmeos Weasley continuavam com a loja de logros que vendia cada vez mais desde que passaram a ser os únicos produtores de objetos protetores certificados pelo ministério.
Hagrid andou visitando os gigantes novamente junto com seu irmão Grope e a Madame Maxine, mas dessa vez não apresentava nenhum ferimento ou hematoma, o que significava que talvez as negociações podem ter ocorrido melhor.
Gina, contudo, fugia toda vez que Harry a encontrava.
Porém o que chamou mais atenção na reunião foram os feitos de Harry com os Dementadores, que já estavam começando a se tornar lenda.
Todos da festa já haviam parado para escutar a Sra. Figg, depois do terceiro copo de uísque de fogo, narrar com detalhes como o “Menino Potter” conjurou sozinho um patrono de fogo e destruir uma infinidade de Dementadores.
Não é necessário enfatizar que os dementadores da história da Sra. Figg eram maiores, mais assustadores e mais numerosos do que realmente eram.
Estava claro que a ordem da fênix tinha abandonado o Largo Grimmuld 12, após a morte de Dumbledore, o fiel do segredo da Ordem, o feitiço que ocultava a casa desapareceu e segundo Sr. Weasley eles se mudaram para algum lugar próximo a Hogsmade.
Num certo ponto da festa Molly Weasley virou-se para Harry e disse:
- Querido, você se importa de que nós passemos a noite aqui?
Com toda a confusão Harry se esquecera que a casa agora lhe pertencia e era a primeira vez que retornava a ela desde que Sirius atravessara aquele véu no ministério, aquele pensamento ainda lhe doía muito, e pensar que ele se achava um prisioneiro nesta casa que ele não gostava, mas ele achou que deveria reprimir seus sentimentos e ser forte...
- Claro que sim! – respondeu Harry com a cara mais fingida de alegria possível, mas no fundo estava meio assustado com toda aquela multidão se hospedando na casa.
No final os medos de Harry mostraram-se infundados porque apenas os Weasley, Hermione e Fleur ficaram hospedados na casa (já formando considerável multidão).
Harry queria que Hagrid ficasse também, mas ele disse que se sentia melhor ao ar livre que numa casa na cidade e que o Grope poderia ficar furioso se não o encontrasse.
O ultimo convidado a sair foi Olho-Tonto Moody que arrastou Harry sozinho até um velho armário de vassouras e falou:
- Dumbledore me contou sem muitos detalhes o que fez nesse ultimo ano em Hogwarts. Eu sei da caça das Horcruxes de Voldemort e do conteúdo completo da Profecia. – Moody fez uma pausa ao contemplar o rosto de surpresa do garoto - Dumbledore me pediu para não interferir nas buscas, pois você estar destinado a encontrá-las e destruí-las e, além disso, sabe com mais detalhes dos planos que ele tinha.
- Porém estarei vigiando, neste novo ano teremos sempre um bom grupo de membros da Ordem próximo dos alunos, então não dificulte as coisas pra todos. A guerra está explodindo por todo o país, ao te atacar, Voldemort lançou mão de uma jogada desesperada e felizmente falha, não podemos aguardar a próxima jogada dele, temos que agir. Lembre-se se solicitar de ajuda da ordem da fênix ela sempre ira responder positivamente.
Harry ainda estava meio encabulado com a rara demonstração de apoio que a ordem agora lhe dispensava, mas antes de voltar a pensar nas Horcruxes e Voldemort tinha que pensar em dormir porque já era uma da manhã.
Antes de dormir Ron, Harry e Hermione foram ao antigo quarto de Sirius para ler carta que Dumbledore os Enviou:




Estimados: Sr. Harry Potter, Sr. Ronald Weasley e Srta. Hermione Granger

Minhas Mais Cordiais Saudações,

Se estão lendo essa carta quer dizer, infelizmente, que vocês reiniciarão a busca e destruição das Horcruxes sem minha estimada pessoa, que a propósito finalmente adquiriu a merecida aposentadoria do agito que depois de todos os anos que trabalhei por Hogwarts. Porém deixo alguns conselhos:
Não chorem por um velho caduco e cansado, é normal ao ser humano temer o desconhecido e nada é mais desconhecido que a morte, mas lembrem-se a morte é só outro caminho, e esse nos leva para a maior e última de todas as aventuras;
Ronald e Hermione em momento algum permitam que Harry se afaste de vocês, a amizade entre vocês é um dos vinculos que não está nos planos de Tom;
Harry lembre-se de do que te ensinei sobre a vida de Tom Riddle no último ano e no seu caminho encontrará as Horcruxes;
Se precisar de ajuda a Ordem da Fênix estará sempre pronta a agir, alertei Alastor do seu trabalho ele estará pronto para acobertá-lo se necessário;
Exercite sempre “o poder que Voldemort desconhece”, pois isso será fundamental na hora apropriada.
Eu providenciei para que alguém com “o poder que o Voldemort desconhece” mais desenvolvido que o meu lecionasse um pouco neste último ano caso acontecesse algo comigo, tenham paciência com ele, pois ele um velhinho muito maluco que dizem ser parecido comigo.
Espero que gostem dos presentes que lhes deixei para vocês e que voltem para Hogwarts no dia 1º de Setembro;
Uma última Dica: Ler o profeta diário de amanhã pode ser muito informativo.

Atenciosamente,
Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore

P/S: Draco Dormeniens Nunquaum Titulatus





Depois de ler a carta Ron pergunta:
- Esse cara é maluco ou o que?
- Não fale assim do Professor Dumbledore...– disse Hermione com o rosto taciturno - Agente vai ter mesmo que voltar pra escola, Harry?
- Pelo menos agora não precisamos desistir do sonho de ser Aurores. – disse Harry pensativo.
- Você não quis dizer o sonho de você e Rony?– disse Hermione sarcástica.
- O que? Você não vai ser Auror? – perguntou Rony como se ela tivesse ficado louca.
- Eu não! – disse Hermione aborrecida – vou tocar a F.A.L.E. pra frente e promover a liberdade a todos os Elfos domésticos do mundo. – disse ela com um olhar sonhador.
- Hermione... – disse Harry
- O que? – disse ela com uma pontada de irritação – Até tu Harry?
- ...você não existe – concluiu o rapaz e todos caíram aos risos




Os garotos conversaram muito sobre o ataque e a melhor maneira de realizar a caça aos Horcruxes após o casamento de Gui e Fleur
Quando Ron foi dormir no seu quarto Harry aproveitou para conversar com Hermione um assunto que andava preocupando-o muito: A reação de Gina ao termino do namoro.
A garota se mostrava muito calma e ignorava Harry de tal modo que parecia muito a maneira dos Dusley e, o que nos Dusley ele achava um alívio e às vezes até engraçado, com a Gina parecia que ela estava cravando uma faca no peito dele e perfurando o coração bem devagar...
As palavras da garota, porém não foram nada agradáveis.
- O que você queria Harry? Que ela fingisse que nada aconteceu? – Falou Hermione indignada – Você que dispensou ela, se está arrependido vá lá e pede perdão.
- Isso nunca! – gritou o garoto
Hermione, porém não esperara para ouvir a resposta, assim que falara virou-se e saiu do quarto sem olhar pra traz.
Harry ainda estava convicto que a proximidade com ele poderia matá-la assim como matou seus pais, seu padrinho e Dumbledore. E, por isso, desistiu de pedir perdão a Gina.




No meio da noite o mais velho dos irmãos Weasleys fez uma visita ao quarto de Harry.
- Harry? Você está acordado?
- Quê... Er... Estou... Agora estou. – disse Harry tentando manter-se acordado. – Gui, é você?
- Sou sim, eu sei que não é uma boa hora para conversar, mas queria pedir-lhe uma coisa.
Harry conhecia Gui o suficiente para saber nunca fora de pedir algo a ninguém, muito menos de acordar os outros no meio da noite amenos que necessário por isso, o que quer que o tenha trazido ao quarto de Harry há essa hora, deveria ser importante.
- Pode falar – disse Harry já completamente desperto.
- Os parentes de Fleur exigiram uma cerimônia de casamento bruxa tradicional Franco-Italiana, pois não foram muito com minha cara – disse Gui – esse tipo de cerimônia exige que o bruxo e seu padrinho duelem com todos os parentes masculinos mais próximos a ela e Fleur tem nada menos que 3 tios e 9 primos, sem levarmos em consideração o pai dela que é uma fera...
- E o que você quer? – falou Harry não entendendo onde Gui queria chegar
- Eu estou em dificuldades de achar um padrinho, para me substituir nos duelos se eu não estiver em condições até o final do duelo. A tradição proíbe que seja alguém da família e nenhum dos meus amigos em Hogwarts tem condições de me ajudar. Você aceitaria ser meu padrinho de casamento, Harry?
- Está brincando? É claro que sim – disse Harry abrindo um sorriso – Além do mais eu adoraria me exercitar um pouquinho com uns duelos...




Harry acordou tarde na manhã seguinte e por isso acabou sendo o último a se despertar, enquanto Harry fazia seu tardio desjejum na cozinha do Largo Grimmuld 12, apenas parte dos Weasley estavam lá. Arthur e Gui foram trabalhar; os Gêmeos retornaram ao Beco Diagonal.
Molly arrumava a cozinha, enquanto Gina conversava com Hermione e Fleur ainda à mesa; Rony, por sua vez, olhava para Fleur com aquele olhar vidrado de peixe morto.
Um ruído de estampido é ouvido do lado de fora da casa, fazendo todos abandonarem abruptamente o que faziam e entrar em estado de alerta, pois alguém tinha aparatado á porta.




N/A: Pra mim Dumbledore previu a própria morte e logo após aquele anel amaldiçoado ele esperava outra “gracinha” de Voldemort, como um lago cheio de inferis, na próxima Horcrux e para garantir que tudo fosse feito como ele queria deixou alguém no mundo de sobre aviso!!! Comentem... comentem...

A estória do casamento de Gui e Fleur vai iria atravancar uns 4 preciosos capítulos da fic, então resolvi coloca-la para outra que correrá paralelamente. Espero coments sobre isso.(Postarei o endereço da fic quando a criar)



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