Bônus: A Criação de Hogwarts
Esse é o segundo capítulo de bônus da fic (o primeiro foi o prólogo), ele falará um pouco mais sobre os fundadores e a criação de Hogwarts, contará mais sobre a ambição deles na escola e o relacionamento entre eles. Esse cap vai ao ar para não deixa-los aguardando sem nada para ler enquanto eu concluo a fic do casamento de Gui e Fleur.
Capítulo 05:
A Criação de Hogwarts:
Rowena Ravenclaw nem sempre acreditou que seu destino estava escrito desde a fundação do mundo, ela foi criada por sua mãe e seus avós maternos na Inglaterra desde muito nova, pois seu pai, que era o maior de todos os guardiões de um reino muito distante, morreu durante um combate contra Enorath na Rússia.
Desde criança Rowena sempre foi muito inteligente, ela aprendeu o ofício de artesã com a família de sua mãe e logo ela conseguia produzir varinhas usando praticamente todo o tipo de matéria prima, de tal forma que ao completar doze anos ela era a melhor fabricante de varinhas da família.
Nesse período, mesmo sem saber, ela começou a desenvolver o dom da visão espiritual. Ela conseguia enxergar coisas que ninguém via, assim como predizer o futuro, mas isso a assustava em parte de tal modo que nunca contou nada a ninguém.
Naquele tempo ela nem mesmo era conhecida como Rowena Ravenclaw.
Aos treze anos ela conheceu a sua última parenta viva por parte de pai, sua avó que se chamava Eunice. Ela era uma senhora no alto dos seus setenta anos que guardava muitos segredos, entre eles que ela era uma profetiza.
Com ajuda de sua avó Eunice, Rowena aprendeu e exercitou o dom da visão que possuía passando assim a superar mesmo a sua avó em talento e habilidade.
Aos vinte anos, após morte de sua avó, ela conheceu dois irmãos um moreno e um ruivo vindos do mesmo reino de seu pai, eles e sua família vieram do Norte fugindo de uma grande perseguição as bruxas.
Com o passar dos anos eles ficaram muito amigos e através deles ela conheceu a prima dos rapazes, ela era ruiva e possuía olhos verdes cintilantes, sua família vivia há anos na Inglaterra e seus pais abrigavam os pais dos primos temporariamente em sua mansão.
Quando se conheceram foi amizade à primeira vista, as duas tinham muito em comum, ambas gostavam quase das mesmas coisas e se empenhavam em fazer tudo o que a outra queria.
No ano seguinte Rowena recebeu a ordem de Mérlim, primeira classe. Por ser a primeira profetiza a realizar mais de mil profecias antes dos 21 anos, posição só igualada mais tarde por Cassandra Blasvak.
Anos depois quando os irmãos retornavam de viagem, eles trouxeram o melhor amigo deles, ele era loiro, alto, franzino e possuía uma pele tão branca que parecia ter um aspecto doentio, mas mesmo assim não deixava de ser belo.
Rowena notou no seu aspecto sério e calado, nos seus movimentos que pareciam ser friamente planejados para evitar desperdícios, realmente ele era um rapaz incrível, e o que mais chamava atenção nele era a maneira especial que ele a tratava.
Próximo ao rapaz todos os dias ela se sentia uma princesa das histórias trouxas. Até o dia da malfadada profecia.
Era mais uma manhã normal de verão inglês. Enorath continuava espalhando destruição por todo o continente, mas por ser uma ilha, Ingleterra era o único solo em marcas de guerra, e por isso o seu povo simplesmente vivia tranqüilo, tentando ignorar o perigo à porta.
O bruxo loiro havia acabado de se declarar a Rowena e eles se sentiam mais felizes quanto se podiam ficar até que ela se sentiu desfalecer e entrar em transe profético. Por uns minutos ela perdeu a noção de si e revelou a todos em sua volta o terrível futuro que os aguardava.
Todos entraram em choque e quando se recuperaram, não puderam evitar que Rowena ouvisse a repetição da profecia no orbe azulado criado pelo bruxo moreno.
Então, ao descobrir o conteúdo da profecia e o que ela dizia, Rawena tentou afastar-se do bruxo loiro até que a guerra chegou à Inglaterra obrigando todos os bruxos descentes se reunissem sob uma só bandeira.
Assim Rowena, passou a ser conhecida como Rawena Ravenclaw por que seus planos brilhantes ajudaram a vencer várias batalhas na guerra, e ela e o loiro, que ficava cada vez mais apaixonado, se encontraram várias vezes, seja no campo de batalha, seja em meio ao exercito, cada dia ficava pior para ela resistir as doces investidas ou mesmo evitar de sentir pena quando ele ficava desolado por causa da rejeição dela.
Vencendo todas as espectativas, o bruxo loiro que poderia ter praticamente qualquer mulher do mundo aos seus pés permaneceu firme junto com seus amigos ao seu lado na guerra até o fim, quando eles finalmente eliminaram o bruxo das trevas se valendo do maior e mais brilhante plano dela.
E agora ela abria junto com ele uma escola de magia, “seria certo ela ficar tão próxima dele com essa profecia pesando sobre seus ombros?” – isso era o que sempre se perguntava Rawena Ravenclaw, mas a resposta a essa pergunta nunca vinha a sua brilhante mente.
Dois anos se passaram desde que a grande batalha contra as terríveis legiões de Enorath, o bruto, e o mundo passa por francas transformações.
O estatuto de sigilo mágico é aprovado fazendo com que o mundo dos bruxos e dos trouxas se separarem definitivamente. As memórias e os registros de atividades mágicas são retirados da comunidade trouxa e a caçada as bruxas diminui.
Nesse contexto, mais uma vez, os quatro grandes bruxos , nome apelidado a sociedade dos quatro maiores magos da atualidade, detentores de uma ordem de merlim primeira classe cada e responsáveis pela queda do bruxo das trevas, se reúnem, dessa vez livres de guerras, para mais uma vez revolucionar o mundo bruxo com a criação de uma Escola de Magia.
O conceito de uma escola foi retirado diretamente do mundo trouxa, uma vez que em meio a bruxos a magia se transmitia através de livros, de ensino familiar ou de maneira autodidata e, raras vezes, um ou outro bruxo pegava um bruxo jovem para ser aprendiz no seu ofício.
Todos os quatro grandes bruxos estavam naquela manhã fazendo o último reconhecimento do local onde seria erguida a escola, o terreno era compostos de colinas e vales entre um imenso lago que tinha ligação com o distante oceano e uma floresta densa, escura e sinistra onde habitavam animais terríveis e maravilhosos. O solo era negro e pantanoso enquanto as colinas eram rochosas e firmes.
Acima da maior colina havia a ruína de um antigo monastério trouxa que fora abandonado séculos antes por causa de suas superstições. Em a todo redor uma névoa sinistra percorria todo o terreno conhecido como Hogwarts.
Um bruxo loiro, alto, de olhos acinzentados e pele de cor pálida doentia estava deitado ao sol em sobre a colina onde seria realizada a reunião como uma cobra, ainda faltavam 20 minutos para a hora marcada, mas ele gostava de ser pontual aos seus compromissos.
Suas vestes de bruxo eram verdes e brilhavam enquanto balançavam conforme o vento. Apesar de toda a calma que ele aparentava, estava muito nervoso, andava assim desde aquela fatídica batalha onde o maior bruxo das trevas desse tempo foi destruído.
Como sempre, tudo foi culpa de certa morena, de todos os seus brilhantes planos esse foi o que lhe dispensou mais genialidade, mais tempo de planejamento e precisão na execução e mesmo assim gerou um efeito colateral talvez tão grande que poder-se-ia considerar esse o maior erro dela.
Como o bruxo loiro sempre fora loucamente apaixonado por ela, guardou tudo só pra si, mesmo sendo o único prejudicado faria tudo isso pelo amor que sentia por ela, mesmo não sendo correspondido.
O primeiro efeito que ele sentiu foi o crescimento de pelos indesejáveis por todo o seu corpo, barba, bigode, pelos na nuca, na orelha e até no nariz. Isso não poderia ser normal se na sua família as pessoas tinham a tendência de ser desprovida de muitos pelos.
Depois sentiu o crescimento da sua musculatura, ele estava mais forte e mais resistente ao cansaço, isso particularmente o agradava, pois sempre fora franzino e por isso alvo de chacota de seu melhor amigo, mas isso não deixava de ser estranho.
Ele também achou ter crescido alguns centímetros, fato inusitado uma vez que nenhuma magia pode aumentar a estatura de um bruxo adulto e ele já havia passado há muito tempo da fase de crescimento.
Outra coisa que ele sentiu é que ele começou a ter sonhos terríveis, que envolviam violência, torturas e carnificinas; o loiro não conseguia dormir direito com medo do que poderia sonhar.
Medo? Alguns podem perguntar, ao que respondo: medo sim, ele, um dos maiores bruxos do mundo, tinha medo de fazer algo que até os animais irracionais fazem com os pés nas costas.
O que mais assustava o bruxo era que, às vezes, se pegava tendo pensamentos rancorosos, vingativos, planejando atos violentos e até se sentia impelido a agredir alguém, mesmo sem nenhum motivo claro, somente por diversão.
Um mês atrás ele quase atacou um trouxa barrigudo que foi grosseiro com ele, tudo bem que ele nunca gostou dos trouxas, mas ele era um bruxo descente, nunca atacaria se não fosse para sua própria defesa.
O tempo passou e o bruxo continuava pensativo sobre os rumos de sua vida, ele se questionava se era certo criar uma escola de magia na situação tão terrível que ele se encontrava, mas alguma coisa o impelia a continuar e não ligar para as conseqüências.
Na verdade não era alguma coisa, era alguém, uma morena que o fez lutar de peito aberto da maneira que ele nunca imaginara que lutaria, que o fez enxergar a vida de uma outra maneira....
O loiro passou o tempo todo pensando nessas coisas enquanto esperava o tempo passar, e exatamente vinte minutos haviam se passado quando o loiro ouviu duas vozes femininas, uma vinha de uma mulher ruiva baixinha de olhos azuis enquanto a outra vinha de uma belíssima morena.
- Exatamente na hora, minha querida! – exclamou o loiro para a morena.
- Adiantado como sempre Slytherin. – cortou ela de maneira seca.
- Onde está o Godric? – perguntou a ruiva.
- Atrasado como sempre. – respondeu Salazar Slytherin.
- Por que ele nunca chega na hora? – perguntou a ruiva mais para si mesma que para os outros.
- E quem disse que eu não cheguei? – disse Gryffindor aparecendo do nada.
- Eu nem notei que você estava aí! – disse Salazar Slyterin desconfiado. – Você aparatou? Nem escutei o barulho!
- Eu tenho meus métodos, meu amigo. Se eu quisesse, já teria te matado 10 vezes hoje, está muito descuidado Salazar.
- Tchi! – fez Slytherin estalando a boca – Agora ele vai ficar se gabando o resto do dia...
- Não seja rabugento meu amigo, notei que você está deprimido, posso ajudar?
- O meu problema não há cura.
A ruiva deu uma olhada para a morena e deu uma risadinha, mas desviou o olhar quando percebeu a expressão terrível do rosto da morena.
- Entendi... Deixa pra lá então. – disse Gryffindor desconversando. – e vocês meninas? Como vão?
- Nós vamos bem Godric. – disse Ravenclaw polidamente.
- Eu e a Rowena estávamos visitando a ruína do mosteiro trouxa, eu não sei como eles conseguem fazer construções como aquelas sem uso de magia. – disse Hufflepuff
Gryffindor despertou do transe de ouvir a voz de Hufflepuff, ele retirou o seu velho chapéu verde e bagunçou ainda mais os cabelos com as mãos.
Os quatro grandes bruxos ficaram um tempo contemplando em silêncio com os terrenos onde seriam implantados a primeira escola de magia do mundo por uns instantes até que uma voz interrompeu o silêncio.
- Por que mesmo eu aceitei fazer uma escola aqui? – murmurou o bruxo loiro.
- De novo com essa história Salazar? – disse o bruxo moreno de estatura mediana, olhos negros e pele curtida pelo sol.
- Não entendo a de vocês, esse terreno é horrível, aqui é um local distante, esse lago e essa floresta são cheios de criaturas terríveis e acho que uma árvore quase me atingiu com um galho semana passada quando eu visitava a floresta.
- Há! Há! Há! Há! O bom e velho humor pessimista de meu amigo Salazar. Você sabe perfeitamente que o terreno tem que ser enorme e afastado das vilas dos trouxas para abrigar uma concentração de bruxos adolescentes. O fato de ter criaturas terríveis no lago e na floresta até ajuda na parte de dar aulas práticas e aquela planta era um salgueiro lutador que vive a mais de setecentos anos na região mais sombria da floresta.
- Eu pensei que você tinha concordado com tudo Salazar. – disse uma ruiva de olhos esverdeados e pele cheia de sardas.
- Não ligue para esse rabugento, Helga, ele só fica satisfeito quando acha alguma coisa para reclamar. – troçou Gryffindor
- Como vamos trazer um bando de bruxos adolescentes até aqui, isso é muito longe?
- Minha prima concordou em ceder algumas carruagens e cavalos alados do palácio dela para levarmos alunos de suas casas para a Escola, ela é muito rica, não vão lhe fazer falta. – disse Hufflepuff explicando pacientemente pela milésima vez
- E como vamos escolher os alunos para a escola?
- Meu irmão, Theodore, e seus filhos ficarão responsáveis por isso. Eles nasceram com alto nível de Sensomagia, herança da família da minha mãe. O mais velho pode detectar a presença de um feitiço que foi lançado há um mês por uma varinha e ainda dizer qual é o material que estava contido no cerne da varinha. – falou dessa vez Gryffindor.
- Você pode ter um bom conceito sobre seus sobrinhos, mas não acha que o fato de serem filhos de uma trouxa comum não afetou suas capacidades mágicas?
- Em absoluto, na verdade, acho que os mais novos serão uma ótima aquisição para a nossa escola, eles sempre foram tão valentes, tão fieis, meu irmão tem muito que se orgulhar dos filhos que tem.
Salazar Slytherin cruzou os braços de pirraça, estreitou os olhos em fúria e fez uma careta para seu amigo.
- Eu falo sério! Isso vai dar um maior trabalho para arrumar, vai ser muito difícil. Olha só como o terreno é pantanoso, como essa maldita névoa que teima em aparecer todas as manhãs atrapalha a visibilidade.
- Nós estamos mexendo com magia realmente antiga e poderosa, nós evocamos poderes semelhantes ao da criação do mundo, mas não é nada que já não tenhamos feito. Fácil nunca foi, pare de fazer tamanho drama! – disse uma mulher de pele e olhos negros com um corpo esculturalmente perfeito.
- Até tu Rawena, meu amor!
- Não ouse Salazar.
Rawena Ravenclaw sacou de sua bolsa uma esfera azulada com um material parecido com gás esbranquiçado dentro e mostrou a Salazar.
- Lembra-se disto? – disse Ravenclaw.
- A história da profecia? De novo não!
- De novo sim! É bom se lembrar todos os dias dela por que ela afeta o destino de nós quatro para sempre.
Rawena Raveclaw sacou sua varinha e tocou na orbe azulada que começou a brilhar e uma voz sinistra, a voz de Rawena, só que durante um transe profético, saiu da esfera azul em som perfeitamente claro:
- O grande mal será liberado... Poder para subjugar o mundo ele terá... pelas mãos do Filho da inteligência e da astúcia ele será liberado... Todos protetores e guardiões cairão aos seus pés e nem tempo nem morte o alcançarão... O medo será sua força e todas as bestas das trevas se curvarão ante a ele... Nenhuma força desse mundo poderá o abater... Se ele não for impedido, o mundo estará condenado...
- Eu já conhecia essa porcaria de profecia. – retrucou Slytherin.
- Acreditar na profecia é fazê-la se cumprir, ignore-a e trace seu próprio destino. – disse Gryffindor.
- Protegendo seu amigo? Homens... Sempre tão fieis a suas amizades.
- Não é isso. Só não acredito em destino, nós mesmos abrimos nosso caminho até aqui sem ajuda, não tive nenhum auxilio desse tal de destino e não vai ser agora que vou acreditar nele.
- Godric está certo – interveio Helga – Quando se ignora uma profecia ela simplesmente não se realiza.
- Eu sou uma das maiores mestres da adivinhação do meu tempo, ignorar uma profecia, que fui eu mesmo que fiz seria meio ambíguo, não? Afinal, eu nunca falhei.
- Sempre pode haver uma primeira vez. – disse Salazar esperançoso
- Não para mim, minha profecia é clara e não a quero sobre minha cabeça.
Slytherin fez um muxoxo baixo e desistiu de argumentar, tentar conquistar Rawena Ravenclaw era a meta de sua vida e a cada tentativa ele se via mais e mais afastado do objetivo e nem mesmo por isso ele se sentia menos apaixonado.
Até mesmo seu melhor amigo Godric Gryffindor e a melhor amiga dela Helga Hufflepuff estavam com vontade de dar um empurrãozinho em para não ver mais o bruxo loiro deprimido.
- Nós estamos aqui para fazer aquele feitiço, espero que nós quatro tenhamos poder mágico suficiente.
- Tivemos quase um ano de treinamento árduo. – disse Hufflepuff excitada.
- Estamos prontos para o nosso maior feito. – disse Gryffindor com um sorriso.
- Poder temos de sobra – vangloriou-se Slytherin.
- Salazar você primeiro. – disse Ravenclaw
Salazar Slytherin levantou ambas as mãos aos céus, uma portando a varinha e a outra com seu velho medalhão, uma voz que ressoava nas montanhas foi ouvida por toda Hogwarts, mas os lábios de Slytherin não se moveram. Uma música de poder, orgulho, pureza e glória ressoou, mas ela não continha palavras e mesmo assim contava a história da glória da criação, a musica era forte e violenta de tal modo que feriu a terra.
O lago mudou de forma, montes ruíram e outros surgiram, uma bela campina surgiu e as bases de um castelo feito sobre as ruínas do antigo monastério se levantaram revelando grandes e profundas masmorras. Grande poder fluiu cobrindo toda a pedra, terra e vegetal de proteção, feitiços poderosos e encantamentos secretos se ativaram para proibir invasores e os perigos da floresta foram contidos nela mesma.
- Agora sua vez Helga. – disse Salazar com uma voz cansada.
Helga Hufflepuff estendeu sua taça e sua varinha para o alto, uma em cada mão e outra voz foi ouvida como vindo do firmamento, esta cobriu toda Hogwarts com ternura e carinho, a voz cantava uma música sem palavras que expressavam a ternura da criação do mundo.
Na música havia de poder, harmonia, dedicação e perseverança como nenhuma outra vista até então e era tão bela que feriu a água.
A floresta densa se transformou, a terra ficou mais fértil e menos hostil, canteiros de plantas mágicas surgiram nas laterais do castelo, muralhas e grandes paredes de pedra surgiram cima torno da base do castelo e uma torre imponente desapontou na ala norte do castelo, o lago também foi afetado de maneira a reduzir seu tamanho original e os céus foram domados.
- Sua vez Godric. – disse docemente Hufflepuff.
Godric Gryffindor estendeu sua varinha e sua espada aos céus, logo um som grave de batalha surgiu ecoando nas terras de Hogwarts. Um brado de várias vozes guerreiras sem palavras traziam uma música que contava a majestade da criação do mundo.
Uma música de poder, júbilo, triunfo e coragem se espalhou por todo o lugar com tal intensidade que feriu o fogo.
Uma imponente torre surgiu no castelo á leste e outra de maior largura ao norte, a névoa começou a recuar até desaparecer, o solo ficou mais firme e as muralhas mais resistentes. A floresta foi domada e o lago submetido à vontade da música numa convulsão os montes e vales se transformaram e se estabilizaram. Grandes bênçãos de prosperidade foram derramadas sobre as paredes do castelo e bênçãos de coragem aos que nelas morarão.
- Sua vez Rawena – disse Gryffindor em meio a um sorriso.
Rawena por sua vez estendeu apenas a sua varinha aos céus junto com sua outra mão vazia. Um som melodioso, nem triste, nem alegre, retumbou nas terras de Hogwarts, um som belo que leva da tristeza a alegria num instante e da alegria a tristeza em outro. Desse som uma música adveio e, como as outras, cantava as maravilhas da criação.
O som emitia uma música de poder, graça, sutileza e inteligência que ecoou com grande impacto ferindo o ar.
No castelo várias torrinhas surgiram e uma torres ao sul gigantesca despontou, sobressaindo das demais. Os terrenos ficaram mais belos, as plantas mais vistosas, as águas mais límpidas e o ar mais perfumado. A floresta encheu-se de luz fazendo as trevas recuarem um belo corujal surgiu nas entradas do castelo, estátuas e gárgulas ganharam vida e beleza, escadas passaram a se mover e o teto do salão principal passou a refletir o tempo do lado de fora do castelo.
As quatro vozes ecoaram ao mesmo tempo e dessa vez a música era de poder, harmonia, fraternidade e união, de modo que feriram aos céus.
Tudo que já era maravilhoso foi melhorado pela música, passagens secretas foram criadas, salas de aula surgiram, um único salão comunal surgiu na torre mais larga ao norte e o poder transbordou as terras invadindo as terras vizinhas e o impacto do feitiço conjunto pode ser sentido ao redor do globo.
Os quatro grandes bruxos olharam cansados e felizes para sua obra e viram quão maravilhoso tudo havia saído, a junção das quatro habilidades havia conseguido o que eles sozinhos jamais sonhavam, o castelo de Hogwarts era mais belo, mais poderoso e mais incrível que nos mais criativos sonhos deles.
Maravilhados contemplaram o lago cristalino, os javalis alados á entrada, os portões inexpugnáveis e as paredes indestrutíveis.
Das florestas três jovens centauros avançaram a franco galope até a colina que se encontravam os quatro grandes bruxos reunidos, um deles era ruivo e com corpo de cavalo baio, outro era loiro tinha corpo de um palomino, o terceiro tinha cabelos castanhos encaracolados com corpo de cavalo com o pelo de cor cinzenta.
- Salve habilidoso Salazar Slytherin. Salve caridosa Helga Hufflefuff. Salve corajoso Godric Griffindor. Salve sábia Rowena Ravenclaw. Segundo a graça dos astros vieram domar a terra de Hogwarts e pôr sobre sua proteção; com os corações puros e sem segundas intenções. Trago saudações do maior shaman do nosso povo, o grande Leo, que previu grande paz e prosperidade de nossos povos enquanto vivermos debaixo da orientação das estrelas.
- Salve Órion, filho de Proteu. Salve Escorpio, filho de Meneus. Salve Athens, filho de Zelus. Que a amizade entre nossos povos dure enquanto as estrelas brilharem no firmamento. – disse Rawena Ravenclaw.
Os três centauros voltaram correndo para a floresta enquanto flechas de fogo eram disparadas de algum local no meio da floresta cortavam os céus de Hogwarts.
Helga Hufflepuff nunca fora considerada uma bruxa extraordinária, ou meramente habilidosa. Tudo que conseguiu foi na base de trabalho duro e muito esforço. Quando pequena ela era a que tinha menos poderes mágicos na família e mais de uma vez fora chamada de aborto, pois tivera muitas dificuldades em aprender e usar os feitiços mais simples, mas com o passar dos anos ela cresceu muito.
Aos dezesseis anos ela já criava novas espécies de plantas com propriedades medicinais novas, inventava feitiços de cura por conta própria e estudava feitiços mais complexos na vasta biblioteca da família.
Aos 18 com a chegada de seus dois primos do exterior, novas oportunidades surgiram, Helga aprendeu muito com a prática dos seus primos adquirida após muitos anos de luta contra as artes das trevas em sua terra e, por isso, essa foi a época que seus poderes mais aumentaram, além disso foi nessa época que conheceu sua melhor amiga.
Ela vinha de uma famosa família de famosos produtores de varinhas e, mesmo elas sendo tão diferentes, acabaram muito amigas, pois enquanto uma tinha muita sede de conhecimento, outra tinha muito que ensinar e durante longos anos elas foram amigas inseparáveis.
Seu primo mais velho tinha uma “pequena” queda por ela. Ela sempre fingia não notar, mas a voz dele ficava diferente ao perceber sua presença, seus olhos pareciam sonhadores, e ele agitava nervosamente seus já revoltos cabelos dando-lhe uma adorável aparência de garoto abandonado.
Helga nunca soube como em todos os anos nunca se deixou levar, afinal muitas mulheres simplesmente se atiravam aos pés do seu primo, o que lhe dava fama de mulherengo, mas para nenhuma delas ele reservava tão dedicada atenção que a ela.
Na verdade, ela nunca o conseguiu enxergar como um homem igual enxergava aos outros, mas sim como seu irmão mais velho que sempre tomava conta dela quando passava por problemas, ao contrário de Helena, a irmã mais nova de Helga.
Helena era a cópia perfeita de Helga, tirando que nascera com um considerável talento mágico e nenhuma aspiração aos estudos mágicos.
Para Helena tudo viera fácil demais e tal vez por isso nunca se incomodara de consultar pergaminhos em busca de feitiços novos ou mesmo de aprender a combater as trevas, além disso, ela demonstrava uma “pequena” queda pelo primo tão grande quanto o primo possuía pela irmã mais velha dela.
Quando conheceu o melhor amigo dos seus primos ela o achou meio arrogante e cheio de si, mas logo essa idéia se esvaiu de sua cabeça, pois logo ela descobriu que ele fazia isso por que era uma pessoa muito fechada e que não tinha muito jeito para se sociabilizar e isso a deixou com pena dele.
Aos 23 anos Helga ganhou a ordem de merlim, primeira classe, por ter descoberto a cura que salvou 500 pessoas de uma doença mágica inventada por Enorath.
Quando a primavera do primeiro ano da guerra chegou, Helga se inscreveu como curandeira para ajudar os bruxos feridos nos combates, mas foi nos campos de batalha o seu maior destaque, pois teve uma função muito importante na destruição do bruxo das trevas.
Hoje Helga Hufflepuff já não poder chamada de bruxa medíocre e aborto como fora outrora, pois seu empenho e dedicação lhe abriram possibilidades nunca antes trabalhadas e por isso ela achava importante passar sua história e seus valores para gerações posteriores através da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
Nas primeiras semanas que a escola de magia e bruxaria de Hogwarts foi criada a notícia se espalhou pelo mundo, e os feitiços de proteção da escola foram fortemente testados, pois surgiu uma gigantesca multidão de pessoas de todos os tipos querendo aprender magia com os quatro grandes bruxos.
A multidão passou muito tempo em volta das terras de Hogwarts sem poder invadi-la por causa dos feitiços defensivos que havia na escola.
Porém os quatro grandes bruxos eram categóricos em suas decisões, somente ensinariam magia aos mais jovens e de mentes ainda não afetadas pela guerra, mas estes teriam que ser alfabetizados e terem idade suficiente para se comportar, pois a escola funcionaria no sistema de internato.
Porém foi numa bela pradaria que se assentaram os mais persistentes, eles construíram casas e comércio quando os outros já tinham desistido, aguardando o dia que os “quatro grandes bruxos” haveriam de permitir que eles estudassem na escola, mais tarde a vila foi crescendo e recebeu o nome de Hogsmeade.
Com o tempo as pessoas passaram a chamar os “quatro grandes bruxos” de “os quatro grandes fundadores de Hogwarts” ou como ficaram conhecidos mais tarde “os quatro fundadores”.
Assim, como a paz retornava a terra depois de anos de lutas contra as artes das trevas, a felicidade transbordava dos terrenos de Hogwarts. Os fundadores eram unidos no ideal de educar seus alunos da melhor maneira possível e os alunos estavam empolgados em estar ali aprendendo o que lhe ensinaram.
Os primeiros anos foram os melhores que a escola teve. Não haviam casas, disputas ou brigas entre alunos ou fundadores, havia somente o espírito de coleguismo e união que juntava a todos numa só vontade, como num só corpo.
Salazar ficava tanto tempo perdido entre aulas e deveres como professor e um dos quatro diretores da escola que nem tinha tempo de pensar nos problemas que enfrentava, estava finalmente feliz outra vez, satisfeito de dar aulas a mentes tão audaciosas quanto aquelas que ele encontrava na escola. Cada garoto ou garota revelava um potencial novo. Cada descoberta o deixava mais feliz de tal forma que ele sentia falta disso tudo quando os alunos tinham que retornar para suas famílias.
A única coisa que ele sentira falta até agora fora da morena que vive dentro do seu coração.
“Ah... Rowena Ravenclaw”
Quanto mais o tempo passava, mais sua beleza se favorecia. Ele achava até graça espiá-la entretida com suas aulas, no charme que carregava no seu olhar fazendo-o se perder naqueles dois poços profundos e negros.
Para Salazar Slytherin a vida valia a pena só por estar tão próximo ao seu objeto de desejo, sua musa inspiradora.
No decorrer dos anos os pesadelos começaram a se espaçar mais o último que ele tivera fora há meses atrás. Finalmente Salazar achou que poderia retomar sua vida, ledo engano...
N/A: Nesse capítulo vimos um resumo da vida de Hufflepuff e Ravenclaw, a criação de Hogwarts e os primeiros e maravilhosos anos da maior Escola de Magia e Bruxaria do Mundo. Espero que tenham gostado desse capítulo bônus, pois o próximo bônus será sobre a primeira briga entre os fundadores, não percam!!!!
Comentem, e eu continuo postando rápido!!! Não comentem e aguardem...
Uh-ru-ru-ru-ru-ru-rah-rah-rah (gargalhada malvada do autor)
Gostei dos coments, mas espero mais dessa vez ein?
Até o próximo capítulo com o casamento? Será?
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