Mais uma vez na Toca
Os dois garotos passavam pela estação de King’s Cross, quando Harry se lembrou que deixara Draco no teto da casa n° 02.
- Rony – chamou ele – Temos de ir para o Largo Grimmauld agora!
- Por quê? – perguntou Rony indignado – já estamos quase chegando!
- Malfoy não é burro a ponto de não notar que o deixamos em um lugar perto de outro lugar importante!
- Me dá o Lupin, eu vou pra Toca e você buscar Malfoy.
- Seu eu der ele pra você, vocês dois caem na hora – falou Harry – Uma Comet 260 não agüenta mais de uma pessoa.
- Então vamos trocar de vassoura!
- Você não agüenta ele! – Harry estava começando a ficar nervoso – Me siga!
Os dois deram meia volta e voaram no meio das nuvens. O frio era intenso, e andar pelas nuvens perecia ir direto pra o gelo. Finalmente os dois desceram e encontraram Malfoy ainda inconsciente no teto da casa n° 02.
- Como vamos levá-lo? – perguntou Rony.
- Você vai levá-lo – falou Harry – A Comet 260 pode agüentar dois adolescentes.
- Você mentiu com aquele negócio todo não é? – perguntou Rony indignado.
- Isso agora não importa. Pega ele e vamos, não gosto de voar em noite de lua cheia.
- Você já deveria ter perdido esse medo! Grayback morreu!
Rony tinha razão. Grayback agora estava morto, não havia porque ficar com medo.
- Mas podemos ir agora? – falou ele, com medo.
E os dois voaram de volta a estação, onde iriam direto para a Toca.
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Harry e Rony avistaram Hermione no meio das árvores. Desceram após olharem para todos os lados e a acompanharam até a porta da pequena casa dos Weasley.
- Que saudade daqui – falou Harry – Nunca pensei ficar com tanta saudade da Toca.
Os três entraram com Lupin as costas de Harry. A Sra. Weasley estava sentada na mesa, tricotando gorros (bem melhores do que os da Hermione no ano retrasado).
- Harry! – falou ela, jogando o tricô para o lado – Que bom que vocês chegaram! Vocês demoraram! Pensei que vocês viriam pelo Pó de Flu...!
- Fomos seqüestrados mãe – falou Rony, na maior naturalidade do mundo, como se aquilo fosse normal – Malfoy e um grupo de noventa e nove comensais.
- O que?
- Sem contar um monstro chamado o “centésimo comensal”.
- Vão para o quarto, os três. Amanhã teremos um dia movimentado.
Eram cinco horas da manhã quando Harry acordou. Desceu e encontrou Edwiges cantarolando na varanda. A Sra. Weasley acordou minutos depois.
- Bom dia Sra. Weasley – falou Harry.
- Bom dia Harry querido – falou ela – Você sabe se Arthur já chegou?
- Acho que não. – respondeu Harry.
- Bom, é melhor eu preparar seu café da manhã. E de Arthur também, já que ele está no trânsito – falou ela, olhando para o relógio diferente dos Weasleys.
Enquanto a Sra. Weasley fazia torradas com ovo e bacon, Harry foi tomar um banho. Ficou ali horas pelo que se notou, e saiu. Ficava pensando em Gina, Voldemort, Hogwarts, Sirius, Dumbledore, seu pai e sua mãe...
- Harry, pensei que você tinha derretido! – falou a Sra. Weasley. Seu senso de humor havia melhorado muito – Venha comer, deixei esquentado para você.
- Obrigado Sra. Weasley – falou Harry, se se se sentando à mesa.
Alguém bateu na porta. A Sra. Weasley murmurou alguma coisa como Arthur chegou e foi até a porta.
- Qual é meu nome de solteira?
- Molly... Não precisamos disso – falou a voz do Sr. Weasley.
- Hem-hem.
Harry se sobressaltou. Olhou para o lado e se acalmou novamente. Agora ele havia se lembrou de Umbridge. Agora sabia como Gina sabia imita-la tão bem.
- Ok... Molly Anderson. Posso entrar agora?
- Fique a vontade, querido! – falou a Sra. Weasley, abrindo a porta.
- Molly, quantas vezes vou ter que repetir que tudo o que Scrimegour fala sobre Você-Sabe-Quem não deve ser levado em consideração. Harry! Eu já sabia que quando chegasse você estaria aqui bem.
- Pois fique sabendo que Hermione e Rony foram seqüestrados! – falou a Sra. Weasley, tentando ficar nervosa, mas seu tom de voz era de deboche – Harry e Lupin os salvaram! Eu já falei obrigado querido?
Quando Harry ia responder, ouviu-se uma discussão e passos fortes na escada. Eram Rony e Hermione descendo as escadas e discutindo.
-... Ronald! Você é um imaturo! Você não compreende? Eu preciso de tempo!
- E eu falei que você tem cinco minutos! Preciso muito dela!
- Cinco minutos? Essa poção demora um mês para fazer, lembra-se? Ou você é retardado demais para não lembrar?
- Hei! – interveio a Sra. Weasley – Que poção é essa, Ronald Weasley?
- Nenhuma mãe – falou o garoto baixando a cabeça.
- Agora é nenhuma? Se é nenhuma não preciso mais fazer!
Harry não queria fazer parte da discussão. Subiu em silêncio e sem querer esbarrou com quer justamente queria encontrar: Gina Weasley.
- Oi Harry! – falou ela, alegremente – Você chegou ontem não foi? Eu estava acordada, e quando Mione entrou no quarto me contou tudinho o que aconteceu! Realmente fiquei preocupada.
- Não foi nada de mais – tranqüilizou-a Harry, embora tivesse uma vontade imensa de fingir uma dor – Já enfrentei coisa pior.
- Pior que cem comensais... – Gina fez cara de pensativa – Ah, é claro, o próprio Voldemort.
Harry levou um susto. Desde quando Gina fala o nome de Voldemort?
- Não faz essa cara! – falou Gina, percebendo a cara de horror de Harry – Isso tudo é pra você!
Gina deu um beijo na bochecha de Harry e saiu, pulando e cantando. O garoto estava tão abobado e voltou para a cozinha, onde a discussão acabara.
Todos estavam sentados à mesa. Hermione cochichava ao ouvido de Rony, enquanto o Sr. Weasley falava á Sra. Weasley sobre o seu longo dia de trabalho.
- Harry! – falou Hermione, após perceber sua presença – Vamos, eu e Rony precisamos conversar com você.
- Como assim “eu e Rony”? – perguntou Rony, sendo puxado por Hermione.
- Vem logo e não reclama Ronald!
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