Um pergaminho diferente
Hermione puxou Rony e Harry para o quarto de Fred e Jorge, que no momento estavam trabalhando. Os colocou em cima da cama e começou a falar:
- Harry, hoje eu acordei e vi uma carta em cima da mina cara. É claro que eu achei estranho, mas quando vi que estava endereçada a você resolvi guardar, quando Rony resolveu aparecer querendo estranhamente uma poção polissuco!
Harry olhou pra Rony, que olhava para as próprias mão. Desviou o olhar para Harry um segundo, e aquilo pareceu um pretexto para responder ao olhar do garoto.
- Ok! Eu estava querendo virar... Virar... O Fred!
- Mas pra quê Rony? – perguntou Harry.
- Para... Para... Para conseguir algumas coisas da loja deles.
- E a carta, Mione?
- Vou pegar.
Ela saiu e voltou cinco minutos depois com uma carta na mão.
- Leia! – falou Rony.
- Esperem, ainda tenho que pegar outra carta...
Harry foi ao quarto ao lado, onde estava hospedado. Abriu seu malão e procurou a carta que Dumbledore lhe mandara por Tia Petúnia. Meias, roupas, presentes, espelho...
Harry olhou para o espelho. Aquele espelho era de Sirius! O espelho que ele lhe dera no quinto ano em Hogwarts. Por um impulso, Harry chamou:
- Sirius? Você está ai?
Era obvio que ninguém responderia. Ficaria ali dando um de tonto olhando para aquele espelho. Mas alguém tossiu. Harry olhou para todos os lados e não havia ninguém, só ele e o espelho.
- Sirius? É você mesmo?
Harry estava assustado. Jogaria o espelho para longe se não tivesse certeza de que a tosse era de Sirius. Ouvira tantas vezes o padrinho tossir.
Foi imaginação minha, foi imaginação minha, foi imaginação minha...
Harry levantou e foi direto ao malão. Finalmente encontrara a carta, e saiu correndo, pois perdera tempo demais.
- Demorou hein! – falou Rony quando Harry chegou á porta – E aí, qual carta leremos primeiro?
- A de Dumbledore. – falou Hermione.
Harry abriu a carta. Ali havia um pequeno pergaminho com uma letra que Harry conhecia muito bem.
- Lê Harry!
Harry tirou o pergaminho do pacote e começou a ler:
Prezado Harry,
Com certeza a hora que você ler isso, não vou estar mais entre vocês. Com certeza você está lendo ao lado de Rony Weasley e Hermione Granger, pois eles são fiéis a você, e te acompanharam nessa jornada até agora.
Só preciso que você saiba o que está fazendo. Se você escolher voltar a Hogwarts após a minha morte estará fazendo a escolha certa. Hogwarts tem muitos segredos, e alguns deles envolvem o passado de Tom Riddle, e esses segredos eu ainda não descobri e nunca descobrirei, mas você sim. O único segredo de Voldemort que tenho são as Horcruxes, e você também sabe. Deixei uma tarefa a Profa. McGonagall que contratasse velhos professores, professores que sabem exta6tamente o que aconteceu nos sete anos de Tom Riddle em Hogwarts. Junte fatos e rumores, que você estará desvendando todo o mistério. Comece por quem é R.A.B. e termine com restos de taças, medalhões, cobra e tudo o que conseguir.
Boa sorte Harry, o mundo bruxo está em suas mãos.
Ao terminar de ler Harry olhou para Rony e Hermione, ambos de boca aberta.
- Como ele sabia de R.A.B.? – perguntou Rony.
- Como ele sabia que iria morrer? – perguntou Hermione.
- Não sei, mas acho melhor começarmos por fatos e rumores – concluiu Harry – Vamos ver a outra carta.
Harry pegou a carta que Hermione lhe dera e começou a ler.
Prezado Potter,
Já chegou aqui a informação que o senhor está a procura de alguma coisa. Juntando as mínimas pistas eu soube que você está procurando as Horcruxes para destruir o Lorde das Trevas. Claro que tenho pistas, mas estou morrendo. Todos que já conheci pensam que morri, mas não. Rasgue esse pergaminho, mas não toque o que estiver dentro. Capture a Horcrux e eu mandarei mais pistas.
Atenciosamente, R.A.B.
Harry olhou para os dois amigos e não estranhou quando viu ambos de boca aberta.
- Por que ele não fala logo onde está o medalhão? – perguntou Rony incrédulo – Ele fica dando pistas!
- O medalhão tem alguma coisa diferente das outras Horcruxes – falou Harry – Uma coisa que tem de ficar por último.
- Eu gostaria de ver a carta – falou Hermione, tentando trazer Harry para a realidade – A carta com a pista que nos levará a taça de Helga Hufflepuff.
- Claro, vamos abrir. – acordou Harry.
Harry pegou sua varinha e apontou para o pergaminho de R.A.B.
- Revelion!
A carta brilhou forte, revelando outra escrita. Após as palavras serem concretizadas, Harry começou a ler:
Não é da conta de ninguém onde está meu tesouro, muito menos sua. Não meta esse seu nariz curioso onde não lhe interessa, pois isso pode machucá-lo.
Atenciosamente, Lord Voldemort.
- Eu sabia! – gritou Rony – Era tudo uma armadilha!
- Harry, que feitiço é esse que você conjurou? – perguntou Hermione, despreocupada.
- É o feitiço da revelação. Claro que há aquela famosa frase “revele seus segredos”, mas o Revelion é muito mais potente e prático de se realizar.
Rony estava de boca aberta. Não entendera como Harry sabia de tanta coisa.
- Vocês trocaram de corpos? – perguntou Rony.
- Claro que não! – respondeu Harry como se aquilo fosse uma ofensa – Aprendi esses e outros feitiços no livro Feitiços usados por aurores! Se eu sobreviver serei Auror sabia?
- Agora temos de nos concentrar aos detalhes – disse Hermione, que agora lia atentamente o bilhete de Voldemort – Ele deve ter colocado alguma senha ou coisa assim.
Rony pegou apressadamente sua varinha e a apontou para o pergaminho.
- Comensais da Morte! Marca Negra! Voldemort!
- Ronald, Voldemort não seria tão burro a ponto de colocar qualquer uma dessas palavras! – falou Hermione – Ele colocaria uma palavra sobre alguma coisa que ninguém sabe e nem se interessa em saber...
- É claro! – exclamou Harry, apontando a varinha para o pergaminho – Tom Riddle!
O pergaminho novamente brilhou, mudando a escrita novamente para um tipo de mapa. Vagarosamente, o brilho ia sumindo e o mapa era mais claro.
- Como você descobriu? – perguntou Hermione e Rony ao mesmo tempo.
- Dumbledore um dia me falou que poucos sabiam do passado de Voldemort, e agora ninguém quer saber suas origens, e sim como derrota-lo... Rony, por que você não está tremendo ou tendo arrepios quando falo o nome de Voldemort?
- Mione me ensinou a não ter medo de um nome, mas sim do dono do nome. – falou Rony, com um olhar apaixonado pra cima de Hermione.
- Rony, precisamos conversar – falou Harry, ao notar o olhar do amigo – Vamos deixar Mione desvendar o mapa em paz, ok?
- Esperem! – gritou Hermione – Lembram que R.A.B. escreveu “rasgue o pergaminho, mas não pegue o que está dentro”?
- Ele escreveu isso? – perguntou Rony.
- Ele estava querendo nos livrar de descobrir a senha e passar por esse mapa! Olhem aqui – Harry e Rony se aproximaram para ver o mapa melhor – A seta foi desenhada para apontar para dentro do pergaminho, onde temos de rasgar, mas é no ponto certo.
- E qual ponto é esse, Mione? – perguntou Harry.
- O ponto que tenho de desvendar! – explicou Hermione nervosa – Há uns segundos você era mais esperto que eu, agora parece mais burro que Rony!
- Eu escutei! – falou Rony, sentado na cama – E eu não tenho culpa se Harry é mais burro que eu...
Começara mais uma discussão. Hermione entendera o tédio de Harry no meio das implicações, e indicou um livro em cima da mesa de cabeceira.
O livro, chamado Feitiços para um duelo verdadeiro, continha inúmeras dicas de feitiços. Harry foi ao quarto de Rony e começou a lê-lo.
As horas passaram rapidamente,e quando Harry “voltou”, lembrou-se do que havia deixado para trás.
Correu até o quarto de Fred e Jorge, onde Rony roncava intensamente e Hermione cochilava silenciosamente onde estava sentada á horas. Harry pegou o pergaminho e viu um ponto marcado por uma gota de tinta. Pegou um alfinete preso as vestes de Hermione e furou o local marcado.
Uma luz ofuscante saiu do pequeno furo. Hermione pulou de um salto, enquanto rony ainda roncava.
- Pode abrir mais – falou ela, após se recuperar do susto.
Harry arrastou o alfinete para o lado, aumentando a luz ofuscante. Rony acordou, mas estava sonolento, e não percebeu o que estava acontecendo.
A luz havia diminuído. Harry olhou para dentro e viu uma pequena bolinha. Meio aos avisos de Hermione para não toca-la, ele a colocou na cama com muito cuidado.
- O que é isso? – perguntou Rony, ainda sonolento.
- Isso é o caminho para a Taça de Hufflepuff! – declarou Hermione, orgulhosa de si mesma – A encontramos! Vamos em busca da Taça de Hufflepuff!
- Mas isso só brilha – falou Harry – Não faz nada de mais além de brilhar! Esse R.A.B. filho da...
E os três foram puxados para dentro do pergaminho.
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