A carta de Dumbledore

O tempo passou rápido, já que quando Tio Valter saia e Duda ia para a casa de seus amigos, Tia Petúnia falava da infância da irmã. Harry achava ótimo saber das confusões de Lílian Evans quando não estava na escola. Sirius iria amar saber que a Sabe-Tudo também tinha suas confusões.
Já havia se passado uma semana desde o incidente. O aniversário de Harry seria amanhã, e ele teria de ir embora. Harry nunca pensara que sentiria saudade de Tia Petúnia quando fosse embora, mas ainda faltam inúmeras histórias de Lílian Evans para contar.
Já era noite quando Tia Petúnia bateu na porta.
- Já vai – falou Harry, tentado não demonstrar ansiedade.
Ele abriu a porta. Tia Petúnia parecia nervosa. Ela entrou tremendo, sentou na cama e pôs-se a chorar.
- O que foi tia? – perguntou Harry.
Ela pegou uma carta, ainda tramando, e a entregou a Harry.
- Esta é uma carta de Dumbledore. – começou ela – Ao passado ele deixou no correio antes de ir com você. Valter nunca soube dela, mas eu a guardei. Dumbledore sabia que eu gostava de você. Então... – ela parou. Lágrimas caíam de seus olhos. – Leia você mesmo.
Harry, ainda não querendo demonstrar ansiedade, abriu a carta. Havia um pequeno pergaminho e outro envelope. Harry pegou o pergaminho e leu:

Sra. Dursley,
Sei o que você realmente sente por Harry. A jornada dele tem que seguir, e eu estou dando mais um passo muito importante para ele. Se você realmente gosta de Harry, por favor, entregue esta carta anexada na noite antes de seu aniversário. Não sei se estarei aqui para ajudá-lo, mas você estará. Esta carta é mais um passo importante para o final da jornada de Harry.
Atenciosamente, Alvo Dumbledore.

Harry se endireitou. Passou a mão em seus olhos lacrimejados e pensou um pouco. Abrir o pacote ali, naquela noite escura, sem seu melhores amigos e companheiros de jornada não seria certo. Tia Petúnia ainda chorava, mas conseguia controlar-se. Olhou para Harry e disse:
- Não precisa abrir aqui. Não é certo abrir aqui, Harry. Abra quando você estiver pronto.
Harry, ainda com os olhos lacrimejados, colocou a carta no malão já arrumado. Seria amanhã o adeus a Rua dos Alfeneiros...
- Ah, parabéns! – falou Tia Petúnia, olhando seu relógio de pulso – Já é meia-noite. Agora você completa 17 anos e sua maioridade. Só de pensar que você vai embora amanhã...
- Este será meu melhor aniversário – falou Harry, sorrindo.
Tia Petúnia também sorriu. Abraçou Harry e falou em seu ouvido:
- Esse com certeza será seu melhor aniversário. Prometo que vou fazer o que não fiz nesses dezessete anos. Vai ser o melhor dia de sua vida, meu querido.
Ela o soltou e saiu. Harry pensava... O que iria acontecer amanhã? Tia Petúnia iria dar um bom presente? Harry só sabia de uma coisa: amanhã seria um dia agitado.

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