Sacrifício por amor
A Rua dos Alfeneiros se encontrava tranqüila como sempre. As fofoqueiras encontravam-se na casa de número quatro, moradia dos Dursleys. O chá da tarde estava perfeito. O visinho do número dez bateu no filho, a vizinha do número dois queimara a torrada esquecida no forno e o pestinha do número sete escorregou no chão molhado da vizinha do número três.
Acima da sala, havia um quarto. O quarto totalmente bagunçado era ocupado por um menino magricela que roncava tão alto que estava coberto por seis ou sete cobertores.
Harry Potter dormia normal nos últimos dois dias. Após bater no Tio Valter e o velho não ter revidado, parou de ter pesadelos. Sonhava agora com o que gostaria que fosse o futuro: uma festa de aniversario de casamento para seus pais. Sirius e Dumbledore também estavam lá, todos alegres, com a cabeça de Voldemort voando pelo teto.
Era a segunda semana de férias na casa dos Dursleys. Harry não parava de pensar em Dumbledore, em Sirius, nos Weasleys, na Ordem, em Gina...
Acordara com um baque na porta. Tirou os cobertores e viu o que mais temia ver novamente: Duda Dursley com seus amigos.
- Olá, Potter – falou um deles – É hora de levantar.
Harry levantou rapidamente. Pegou alguns cobertores e se encolheu. Não estava com medo deles, só bolara um plano.
- Vamos atacar! – ouviu-se a voz de Duda.
Passos pesados balançavam o chão. Harry preparou-se, e quando sentiu o primeiro soco, jogou os cobertores por cima dos garotos. Tentou fugir, mas seguraram seu pé, e Harry caiu inconsciente.
Harry acordou atordoado, meio tonto e... Preso?!
- Socorro! – gritou ele – Alguém me ajuda!
A porta se abriu. Petúnia Dursley entrava ali séria. Uma bandeja com sanduíches e leite quente estava em suas mãos. Ela olhou para Harry com lágrimas nos olhos. Pousou a bandeja na mesa de cabeceira e desamarrou Harry da cama.
- Tem de comer. Uma semana desmaiado deve te deixado desnutrido.
- Por que você está fazendo isso? – perguntou Harry.
- Dumbledore gostaria de ver você vivo quando completasse 17 anos.
Harry estranhou. A palavra gostaria teve um sentido estranho.
- Eu não me lembro de ter falado que Dumbledore morreu a você.
Tia Petúnia sentou. Pegou abandeja e deu a Harry.
- Guardei as cartas de Rony e Hermione para você. Seu tio queria jogá-las no fogo, mas eu dei um jeito.
- Como... Como você sabe de tudo isso?
- Harry, sua mãe era a melhor amiga que eu tinha. Eu comecei a odiá-la por causa de seu pai, que ela falava tão mau. Ela me contara sobre Dumbledore, que era um amigo para ela. Ele se preocupava com comentários tipo “aquele aluno é o preferido do diretor” então falava secretamente com Lílian. Com você foi diferente, pois você é especial. Eu amo seu tio, por isso que fingi todos esses anos.
Harry a olhou. Seus olhos lacrimejavam em cima da bandeja. Pensou se iria perdoá-la. Sabia o que era sacrifícios por amor, mas ela fora muito boa. Tão boa que o fez sofrer.
- Você é uma ótima atora tia.
E os dois se abraçaram.
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