Tipos de Erros, Erro nos Tipos
Capítulo 8-Tipos de Erros, Erro nos Tipos
Minha cabeça estava latejante. A dor de cabeça era avassaladora, eu sentia como se tivessem me dado uma pancada na nuca.
Quando vi a cara de Chamma, vi que poderia ter sido isso.
“Draco! Draco!” berrou, quando me viu abrir os olhos.
Diante de seus berros, todos os visitantes da Ala Hospilar levantaram-se. Harry, Rony, Hermione, a chinesa, a tal da Chang, Tom, Anthony,Gina, Freddy e Jorge. Todos lá.
Pareciam preocupados.
Franzi a testa. Tentava recapitular o que havia acontecido. Achava que estava no quarto ano.
“O que DIABOS aconteceu na minha cabeça??” me levantei, mas a dor era demais “Ah, por Merlin! Como dói!”
A enfermeira Pomfreey chegou a minha cama, com uma garrafa de uma poção arroxeada e um saco cheio de algodão, e sentou-se ao meu lado, embebedando o algodão com a poção.
“Sr.Malfoy, fico surpresa por não estarmos reconstruindo o seu crânio, agora. Foi um golpe baixo, qualquer pessoa normal teria morrido. Acho que isso teria sido menos doloroso, levando em conta que reconstruir um crânio é menos complicado que isso...” Ela levantou minha cabeça, e começou a passar o algodão em minha nuca, ignorando meus protestos. Senti o algodão embebido, gelado, e pela primeira vez no momento senti que havia alguma coisa no ponto que acabava minha cabeça e começava minha nuca. Vi o travesseiro manchado de sangue. A poção foi um alívio parcial, a sensação era boa. Mas a dor continuava.
“Que golpe baixo? Por Merlin, todos mundo enloqueceu?! Ahhhh, por que parece que minha cabeça vai estourar??” berrei
Todos pareciam surpresos. Hermione aproximoou-se da cama e segurou minha mão, delicadamente.
“Draco... você não lembra? Goyle começou a dizer coisas...” ela engoliu um seco “impróprias sobre Harry no torneio Tribruxo. Sobre você, eu, Chamma e Rony. Vocês ameaçaram brigar corpo a corpo, ele ficou com medo, você se virou e...” ela passou a mão pelo pescoço, como quem quer ter certeza que não há nada lá. “atacou com a varinha. A sra.Pomfreey e Dumbledore acham que a raiva dele simplesmente foi... sei lá, virou mágica. Energia, em volta da varinha, que criou o peso do impacto na sua nuca. Todo mundo viu... parecia uma fumaça vermelha em torno da varinha.”
Tom tomou a palavra. Primeiro despejou uma pancada de palavrões que eu nem sabia da existência, e depois continuou:
“Goyle, aquele covarde! Saiu se cagando de medo, com o rabinho entre as pernas quando Snape chegou perto. Pomfreey aqui” ele apontou para a enfermeira. Ela não pareceu feliz em ser tratada daquela maneira “disse que seria melhor que tivesse quebrado o crânio todo. Aí era só fazer um feitiço e puf!, lá está o novo e renovado Draco. Mas como só...” ele pareceu meio enjoado “rachou, tem que ser tratado com poções e feitiços à longo prazo.”
Eu lembrava agora, tudo vinha em pedaços. A cena ainda estava meio apagada, mas eu já lembrava de tudo que acontecera anteriormente comigo. Quando acrodei, mal lembrava de Flame, do meu tombo no pega-pega com vassouras, de nada. Agora eu sabia que estava no terceiro ano, e na enfermaria.
Se aprendi alguma coisa não-moralista nisso tudo, é que, para ter certeza, você tem que se localizar no tempo e no espaço.
É sério.
Ás favas meus erros. Não queria pensar qual foi a merda que eu tinha feito no quarto ano. Eu tinha acabado de rachar a minha cabeça, por causa de um coleguinha que ia amanhecer com a carcaça fria no Lago Negro.
Não literalmente, mas ele ia sofrer. Ah, se ia!
“Quanto tempo faz isso?” falei, ciente que minha voz soava um pouco alucinada. Eu havia deitado de novo, depois da enfermeira usar um mini-feitiço curativo.
Chamma olhou para o relógio.
“Três horas e meia .”
Era pouco. Considerando que eu acreditava estar desacordado a dias ou qualquer coisa assim. Pelo menos, era assim com os trouxas.
Ou qualquer coisa assim.
“Quando vou sair daqui?”
Todos se olharam, inclusive Pomfreey.
“Uma semana, se não acontecer nenhuma besteira.” Respondeu ela
Rony resolveu falar.
“Nós vamos nos revezar em duplas, pra te passar a matéria. Hoje é terça, amanhã vão vir eu e Mione, depois Harry e Cho, aí são Chamma, Anthony e Tom. Freddy, Jorge e Gina estão aqui pra fazer companhia.”
Os três ruivos sorriram fracamente. Tive que rir.
Doeu. A risada virou um ganido de dor. Todos pareceram preocupados.
“E vamos nos revesar em fazer companhia. Não durante as aulas, lógico,” Harry sentiu o olhar de reprovação da chefe da Ala Hospitalar “Mas à noite. Já são sete horas... Chamma vai passar a noite aqui hoje. Gina também vai ficar um pouco.”
Gina riu.
Mais um gemido de dor vindo de mim, desta vez involuntário.
“Todos vocês, pra fora. O garoto deve dormir mais. As acompanhantes devem vir após o jantar com a autorização do diretor da sua Casa.” Expulsou a enfermeira, mal-humorada.
Saíram vagarosos, lançaram, quase que sicronizados, um último olhar pra trás. Depois passaram pela porta e me deixaram sozinho.
Não pude ficar muito tempo pensando que fora abandonado. Fui forçado á beber uma poção extremamente doce, que me faria dormir sem dores constantes.
E foi o que aconteceu.
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“... You... don’t wanna be just like you... Draco? Oi, Draco! Acordou finalmente! Nem pode ver a Ginny! Ela foi dormir cedo. Também, já são dez horas. Nem sei por que eu to acordada.” Chamma abaixou o livro que estava lendo quando me viu acordar.
“Oi...” respondi, lentamente. Minha cabeça latejava um pouco menos, mas a dor não tinha parado por completo.
Tive muitos pesadelos.
“Anel Putrefato,” disse, mostrando a capa do livro “a história de um bruxo que fabricou uma anel que transforma quem o usa em carne putrefata.”
Levantei as sobrancelhas. Uau.
“Está melhor?” perguntou
Pensei um instante.
“Não dói tanto. Mas ainda estou meio tonto.” Expliquei
Ela pareceu preocupada.
“Posso fazer alguma coisa?”
Pode. Me faça nunca mais voltar para o mundo que vivo, mas não pertenço. Me beije. Fique comigo. Não me abandone.
E, por Merlin, faça minha cabeça parar de doer.
“Não. Vá dormir.”
Ela deu nos ombros. Fechou o livro e foi para a cama ao lado da minha.
“Boa noite. Ah” ela se virou e olhou com seus olhos amarelos diretamente para os meus “a poção de dormir está ali, na cabeceira.” disse, apontando para a mesinha “Caso precise.” E se virou de novo.
Olhei para a poção, mas não estava com sono nem vontade de sentí-lo. Em vez disso, olhei para a cama ao lado da minha.
Vi a curvatura de sua cintura. Vi a respiração dela se acalmando até se ritmar até estar bem profunda. Ouvi seus murmúrios ditos em meio aos seus sonhos. Fechei os olhos, dormindo naturalmente, embalado com o som da respiração da garota mais bonita do mundo, repousada a menos de um metro de mim.
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Acordei às três da matina, quase caindo da cama, encharcado de suor.
Não pelo motivo que você provavelmente pensou.
Há vários tipos de erros. Você pode cometê-lo, pode ser grande, pode ser pequeno, pode acarretar uma acerto, entre muitos outros.
Mas um muito pouco conhecido, apesar de ser reconhecido como crime entre trouxas, é de saber que um crime vai ocorrer e não contá-lo a ninguém.
Ou não impedi-lo.
Eu não sabia. Mas eu tinha que falar com Moody.
Ou Crunch.
Tanto faz. Cedrico... eu tinha possibilidades sólidas de impedir uma morte.
E não ia esperar. Não. Eu sabia. Tudo tinha voltado a minha mente. A lembrança das duas provas de Harry no Tribruxo. Ia ser amanhã. Cedrico... eu ia dar a ele a chance de viver certo, assim como eu estava vivendo aquela vez.
Joguei os lençóis o chão, e comecei a caminhar lentamente na direção do quarto do professor.
Ignorei o fato de minha cabeça doer constantemente.
Ignorei o fato de que ia lidar com um assassino.
Ignorei muita coisa.
Caminhei quase perneta a caminho do quarto de Olho-Tonto Moody. Era uma pequena distância, mas eu já estava ofegando no meio do caminho.
Esmurrei a porta. Esmurrei, esmurrei e esmurrei, até ouvir e resmungos e praguejos do outro lado. Quando olhou no fundo dos meus olhos cinzas, ele murmurou:
“Menos cinqüenta pontos para a Sonserina.”
Um bom começo.
“Eu sei de tudo.”
Ele levantou as sobrancelhas, surpreso. Mas não assustado.
“O que quer dizer com isso, garoto?”
“Você sabe. Sei o que você vai fazer amanhã.”
Ele manteve-se impassível. Mas pude ver uma nuvem negra passar rapidamente pela sua face cheia de cicatrizes.
“Você bebeu algo que Snape te ofereceu?”
Fiz não com a cabeça.
“Posso entrar ou não?
‘Não’, diziam seus olhos.
“Por quê não?” respondeu-me sua boca.
Quando manquei para dentro, ouvi o som das sete trancas da porta de Moody/Crunch se fecharem.
“Então, Malfoy, por que mancou da Ala Hospitalar até aqui?”
“Pra avisar que você vai embora.”
Ele se fez de desentendido.
“Por que iria? Ainda não houve a última prova do torneio.”
“Justamente por causa disso.”
Seu olho bom me olhava superficialmente. Seu olho mecânico me despia, olhando até bem fundo de minha alma, tentando ver o que eu sabia. Seu rosto era cheio de cicatrizes, e lambia os lábios de forma estranha incessantemente, nervoso.
“Vá dormir, Malfoy. Você está cansado.” Disse, com uma ênfase esquisita cansado. Quase que, além de tentar me convencer, tentasse convencer a si mesmo.
“Bartolomeu Crunch Jr., eu sei de tudo.”
A máscara caiu.
“Você está morto.”
Virou-se para trás e jogou-se, a um centímetro de tocar a varinha apoiada no enorme malão largado no meio do “quarto”.
Mas eu fui mais rápido.
Saquei a varinha enfiada na calça do pijama.
“Estupefaça!”
Acertei-o no braço, e ele berrou. Jogou-se dessa vez no chão.
“Avada Kedrava!”
Escondi-me da luz verde que vinha em minha direção atrás do sofá.
“Accio vassourra!”
Ele fez o que eu menos esperava. A vassoura encostada em um canto voou até sua mão. Ele montou nela e simplesmente explodiu as vidraças irrompeu para fora montado em uma antiquada Comet 260, lançando para trás um último feitiço. Infeliz, devo dizer, pois não chegou nem perto do sofá. Fez a mesa tremer.
E não era verde. Não era mortal.
Sai correndo. Correndo o quanto podia. Abri a porta, e de repente senti que tudo era em vão. Não senti que tinha impedido o renascimento de Voldemort.
Senti apenas uma dor fulminante na cabeça, um zumbido insuportável. A gola do pijama se encharcando de sangue.
E depois, cedi a minha perna e não vi mais nada.
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Senti alguém brincando com meus cabelos. Abri lentamente os olhos, na verdade esperado estar sabe-se lá onde, mas não ali.
Não na Ala Hospitalar.
Eu ainda estava ali, no quarto ano.
Como eu disse, tempo e espaço.
“Draco...” a voz de Chamma soou tão fraca que tive medo de olhar pra ela. Virei-me lentamente.
Ela estava com olheiras. O rosto completamente encharcado de lágrimas.
“Cheguei tão perto assim da morte?”
Ela riu e engasgou. Passou a mão pelos cabelos.
“Harry ganhou o Tribruxo.”
“E?”
“Cedrico Diggory encontrou a morte.”
Foi como a bancada de Goyle vezes mil.
“Crouch Jr. Filho do cara do ministério. Disfarçado de Alastor Moody. Ele deixou um bilhete, sumiu no dia da última morte. Mas parece... parece que ele já havia deixado o troféu chave-portal no centro do labirinto. Já o pegaram, mas no dia simplesmente sumiu sem deixar rastro, sem levantar suspeitas.”
Maldito.
Eu entendia. Ele não queria me acertar com aquele último infeliz feitiço. Apenas conjurou a porcaria de um bilhete! Deixou a taça no labirinto e foi-se embora, como que num compromisso de trabalho.
É fácil reconstruir uma parede quando se tem uma varinha.
E já que seu pseudo-delator estava a beira da morte, quem ligava? Daria cabo nele depois.
Foi quase um alívio sentir ser engolido pelas trevas novamente, com Flame aquecendo-se em meu braço.
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Realmente, ñ estou bem. Meus útimos dois caps foram um tremendo... cocô. E nem elogios, nem críticas recebi. Estou deprê.
Só posto próximo cap depois de mais dois comentários.
Ñ vale da mesma pessoa xD
Tdo mundo qr ser amado T.T
[email protected]
Bia~~Ballu
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