Fracasso
Capítulo 9- Fracasso
Não havia trevas. Não havia Flame nem nada. Tudo que havia era Mione comigo, na aula hospitalar. Quando me viu acordar, deu um sorriso superficial.
“Esse foi grande, hein?”
“Ahn..?”
“Dormiu por meio dia. Chamma acha que foi por que não digeriu bem o lance do Cedrico. Sabe, o” ela fechou rapidamente os olhos, como quem cria coragem para eliminar um hábito “Voldemort ter matado ele, ter retornado...”
Ah. Claro. Eu não havia viajado para frente. Flame não aqueceu-se em meu braço na última vez em que eu estive acordado. Não, na verdade, realmente devia ter sido o impacto da notícia que me atingiu na cabeça. O impacto de sentir uma lágrima de Chamma caindo em mim, enquanto relatava meu fracasso. Ela não sabia que relatava meu fracasso, mas mesmo assim, doeu.
Agora eu conseguia pensar com razoável clareza, e entender minha estupidez. Não poderia ter sido aqule meu erro, poderia? Algo tão leviano como conhecer uma fato e não impedí-lo? Quero dizer, no quarto ano passado e real, eu nem sabia sobre o que iria acontecer! Sim, eu fora um perfeito pateta com Harry e usei broches com os escritos “Harry Stinky” [Harry Fede] no Torneio, mas não acho que isso acarretaria uma visita ao meu quarto ano.
E fui um completo idiota. Manquei, no meio da noite, até o quarto de um assassino, e simplesmente disse que sabia de tudo. Reação comum: ele te ataca, certo? É o normal. E eu simplesmente fui embora, achando que havia impedido uma morte, e iuuuupi, estamos felizes para sempre.
Não foi bem assim, mas beirou a isso.
Ah, como sou estúpido. Mas a boa notícia era que minha nuca já havia cicatrizado quase que completamente, e a dor de cabeça já havia quase passado. Eu falava sem gemidos de dor, sme medo de terminar a frase com um ganido.
“Draco? O que foi?”
A voz feminina me trouxe de volta a realidade.
“Desculpe, Mione. Estava pensando”
“Ponfreey disse que a cicatriazação só ocorreu por que você dormiu esse tempo todo, o que resumiiu o trabalho de dois dias. Mas ainda é bom que você fique por aqui por mais um tempo.”
“Quanto?”
“Cinco dias”
Como sou estúpido:
7 dias – 2 dias=5 dias
Sim, eu ainda tinha inteligência o suficiente para subtrair dois de sete.
De repente, quase tanto quanto começa um comichão no cotovelo, senti uma curiosidade incontrolável, que me instigav aa perguntar quase que como se houvesse uma mão invisível nos empurrando em direção ao assunto.
“Mione, como vai o Rony??”
Ela levantou as sobrancelhas, surpresa. Pareceu confusa diante de minha pergunta tão ineperada. Mas eu não podia me controlar...
“Está bem, Draco, vamos nos encontrar amanhã de manhã. Por quê?”
Balancei a cabeça.
“Nada. Ah... e Krum?”
“Ahn? Draco, vocês está bem??”
Certo. Eu realmente estava sendo bobo, querendo saber se os dois continuavam juntos. Mas as imagens vinham tão fragmentadas, turvas, tão assustadoramente fáceis de serem confundidas que eu tinha um certo receio de fechar os olhos e mergulhar em meu mar de lembranças de uma vez. Eu queria, aos poucos, ir lembrando as coisas por ordem de utilidade, naturalmente.
Mas a curiosidade de saber com quem Vitor Krum fora ao baile, ao invés de Hermioone, era particulamente incontrolável. O fato que Mione saira com um astro do quadribol acarretara várias coisas no mundo ‘real’, como matérias em revistas femininas e até no Profeta Diário. E também acarretara alguns beijos...
Quem fora a musa para escrever colunas de fofoca?
Sim, é verdade. Todo o mundo condena a coluna de fofocas, mas ninguém consegue ficar sem ler. Pergunte a qualquer um sobre o escândalo de 1989, com Julie Griffin.
Eles vão saber.
“Pode me ajudar a lembrar de umas coisas? No baile, você e Rony foram juntos, Cedrico com Chang, Harry e Parvati, eu e...” ei, tem razão. Eu fui com quem?
“Lilá Brown. Ela te convidou. Draco, tem certeza que stá bem? Tem alguma coisa ocm a sua memória?”
Mais do que você possa imaginar.
“Não. Só queria... remontar os quadros. Sei lá, para confirmar. Algumas colisas estão confusas... E Vìtor Krum? Foi com quem?” Mione ainda parecia não entender onde eu queria chegar. Nem eu sei, na verdade. Segui uma linha de racicínio completamente confusa de curiosidade. Mas, no fundo, eu só queria confirmar uma informação. Ele saiu...
“Com Chamma.”
... a Dama dos Olhos de Gato.
Eu sabia. Se não a inteligência de Hermione, quem atrairia mais Vìtor Krum se não a beleza exótica, o atrevimento de Chamma.
Na minha opinião, com ou sem Hermione, a opção seria a mesma. Mas eu sou suspeito para opinar.
Certo. Certo.
Eu me levantei da cama, sentando em frente Hermione, para tentar começar a retomar o que eu havia perdido. Não de lembranças, claro, toda vez que eu fechava os olhos, havia um prato cheio. Queria me atualizar em relação aos deveres. Ao que eu havia perdido naquele dia, de quando seria o memorial de Cedrico.
Ela pareceu surpresa, mas ficou feliz em me ajudar. Puxou de dentro da mochila rolos de pergaminho que continham a matéria que eu havia perdido, que teoricamente se resumia em um dia e meio... dois? Não, apenas um, se eu contasse as finais do Tribruxo, depois de minha grande burrada.
“Ele vai retomar sobre a poçãoo do morto-vivo?” perguntei, apontando para o peuqeno quadrado de tinta que se destinava a isso nas anotações dela
“Oh, vai sim. Falando nisso, ele pediu meio-rolo de pergaminho sobre isso aqui...” respondeu ela, mostrando-me outra folha da aula de poções.
E assim fomos por mais meia hora. Ela feliz, me ensinando e passando a pouca lição que eu havia perdido, passados apenas por – adivinha – Snape.
Eu não sabia qual era meu erro. Eu sinceramente não achava que era o não impedir de alguma coisa.
Mas eu iria consertá-lo. E iria em frente.
Sim, a morte de Cedrico abalou minha alegria.
Sim, Chamma com Krum abalou minha certeza.
Sim, eu levei uma pancada na nuca, e isso abala qualquer um.
Mas a decisão de seguir em frente era clara, eu sabia simplesmente que deveria ir em frente e aproveitar a única verdade que me restava: Aquele mundo fictício criado por um velho mendigo cego me deixaria mais feliz do que a minha vida jamais deixará.
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Dois dias extremamente maçantes se passaram, comigo preso a Ala Hospitalar. Harry dormiu no leito ao meu lado no primeiro dia, e Rony no segundo.
No dia seguinte a esse, permaneci parte da tarde sozinho, enquanto meus colegas estavam em aula (haaaa, patetas! Pelo menos me livrei disso.). Isso me fez lembrar de uma coisa:
“Sra.Pomfrey?”
Ela olhou pra mim com uma expressão entediada e resmungou:
“O que é? Já te dei a poção calmante. NÃO é para ter dor a essa altura.”
“Não, não. Eu só queria fazer uma pergunta.” Sua expressão entediou-se mais, então prossegui antes que eu perdesse sua atenção “Quando haverá o memorial para Cedrico? O memorial de Cedrico Diggory?”
Ela olhou para mim atordoada e piscou duas vezes. Pareceu confusa com minha pergunta.
“Memorial? Para o aluno morto por...” ela engoliu um seco “será hoje. À noite.”
“Ótimo. Eu vou.” Falei
“Nã-nã-ni-na-não. Você ficará aqui. È a sua hora de repouso! Só sairá amanhã, se não fizer besteira!”
Balancei a cabeça vigorosamente:
“Não. Eu vou. Você sabe disso. Eu sei disso. O único meio de eu ficar aqui é amarrado a força nessa cama. E a senhora não pode fazê-lo.”
Ela olhou pra mim, e seu rosto dizia que ela sabia que não me conmvenceria.
“Você não pode.”
“Eu vou.”
Joguei as cobertas e me levantei sem a menor dificuldade. Iria para o Salão Comunal da Sonserina e colocaria uma roupa, e depois encontraria meus amigos.
“Espere.” Pediu ela
Me virei, e, com o olhar mais firme que pude lançar, respondi:
“Não vou ficar.”
“Está bem. Só tome isto... vai prevenir qualquer tipo de dor causada por esforço nas próximas horas.” Ela ofereceu-me uma garrafa de um líquido incolor, porém extremamente cremoso, quase como um óleo de cozinha. Olhei para o vidro que ela estendia e aceitei o copo. “Só um golinho!” advertiu-me.
E eu o fiz. Sentei na cama, para colocar os sapatos, mas apaguei antes de fazê-lo.
Enfermeira ardilosa.
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Acordei quando já era noite. Enocntrei, ao lado de minha cama, um bilhete.
“Você não pode sair, e seus amigos o deixariam agitado. Expulsei todos, e amanhã você sairá daqui. Não faça besteira.Estarei fora até amanhã.
Madame Pomfreey”
Ah. Claro. Eu perdi o memorial.
Eu o perdi.
De repente senti um enorme aperto no coração. Eu queria ter estado lá. Queria sentir o carinho pelo falecido no ar. Queria entender que não poderia salvá-lo.
Queria me perdoar por não poder fazer nada, eu acho.
Levantei. Não havia dor, então puxei meu casaco e o vesti, calçando o s sapatos enquanto isso.
Caminhei por um bom tempo, e me perdi duas vezes, mas eu onsegui. Caminhei pelos corredores gigantescos e escuros, passei pela cozinha e ouvi o leve ronronar dos elfos que dormiam. Passei pelo refeitório, e senti a atmosfera mágica carregada pela tristeza dos alunos que haviam deixado o lugar para dormir após o memorial.
Tudo o que eu queria era encontrá-lo.
Sim, sim, andei mais um poucoo. Ocntava os ladrilhos dos corredores, para não me entregar ao nervosismo. Contava em conjuntos de treza e sete, sempre na esperança que nos próximos treze passos eu alcansace o que eu procurava.Sim, mais ste passos. Só mais sete passo.s E contava, ora treze, ora sete, até que atravessei os umbrais dos portões do castelo.
Eu sabia, simplesmente sabia para onde ir. Não sei explicar. Mal conheci Cedrico Diggory, não ao menos torci para ele no Tribruxo. Reconhecia sua fama e jamais havia me metido em seu caminho...
Mas a dor, ah, a angústia que apertava meu coração era tão real, nos tornava tão próximos!
Eu só queria dizer adeus. Dizer-lhe que tentei.
Mais treze passos.
Oito, nove dez, onze...
Doze e...
Treze.
Lá estava eu, diante do bloco de mámore com a placa de bronze que ornava os seguintes dizeres:
“Em memória de Cedrico Diggory, grande garoto e excelente bruxo, mas acima de tudo nosso amigo.
Sua morte nunca será esquecida, e sua vida jamais será apagada de nossos corações. Ele não morreu em vãoe jamais cairá no esquecimento.
O quase vencedor do Torneio Tribruxo tem terá mais fama e honra do que qualquer vencedor real.
Dos alunos de Hogwarts, de todo o coração.”
Pousei dois dedos sobre a placa.
“Desculpe. Eu não te conheço. Eu não era seu amigo. Mas eu poderia ter-lhe salvado a vida. Você mereceria viver mais do que eu, levando em conta o contexto.”
O vento soprou, um ruído estranhamente reconfortante, quase como um acalorar de minhas desculpas. Sentei-me diante da pedra e virei de costas, encostando nela.
“Nada é tão real quanto a morte, não é? As vezes, penso que seria bem mais fácil.”
Eu estava conversando com uma pedra. Mas estranhamente era mais fácil do que com qualquer outro que eu já havia conversado. “Sabe, acho que isso pode me fazer mais doente do que qualquer coisa. O fato de eu viver aqui, e de que um dia eu vou acordar desse sonho esquisito me faz pensar. Vai me fazer um mal danado. Talvez eu devesse coletar um pouco de veneno de Flame e visitar esse universo paralelo todas as noites... isso seria uma espécie de vício, não é?” De novo, o farfalhar amigo do vento.
Pensei um instante em como auilo poderia me ajudar.
“Desculpe. Eu poderia ter ajudado. Poderia mesmo.”
Uma lágrima solitária escapou e rolou pela minha face esquerda. Fechei os olhos e me aninhei contra a pedra fria.
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Não sei pq, mas fiquei meio emocionada qndo escrevi isso.
E esqc o lance de "comentem para eu postar".
Eu vou escrever pq me faz bm, ñ pq tenhu num sei qntos leitores.
Tá, tchau.
Beijos
[email protected]
Bia~~Ballu
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