Capítulo I



Capítulo I (o resultado nefasto)

Gina, no fim das contas, não pôde cumprir sua promessa... Antes que conseguisse prender suas mãos no pescoço do loiro e passasse a sacudi-lo até vê-lo desfalecer, algo muito, mas muito bizarro aconteceu...
Sem que pudessem impedir, já que não tinham idéia de como o fazer, Draco e Gina se viram envoltos numa espécie de cortina de fumaça cor de anil.

E, a partir daquele momento, eles nunca mais seriam os mesmos...

Draco piscou diversas vezes em confusão. - O quê...?! Mas como eu...? Você está... O que diabos...?!

A mulher observou Draco - este ainda tentava elaborar uma frase -, a sua frente, e depois a si mesma, olhando para baixo. Foi o suficiente para gritar a plenos pulmões. E gritar e gritar e gritar ainda mais... Sua fisionomia não era das melhores, era uma mistura estranha de descrença, horror e histeria.
Mas não era para menos... Enquanto Gina olhava para baixo, a procura de seu corpo, via sob - ela até podia imaginar. – certos olhos azuis acinzentados, um corpo masculino que não era senão o de Draco Malfoy.
A ruiva – ou seria o loiro ? – Respirou fundo procurando a gerencia de “seu corpo”, que tremia violentamente no momento. Mas as coisas ainda não tinham sentido. Afinal... Bem, ela era Draco Malfoy!
E - para tornar mais surreal a ocasião. - a sua frente, com ares de indignação, encontrava-se Draco Malfoy... Vários centímetros mais baixo, olhos castanhos, algumas sardas, com uma cabeleira ruiva que chegava pouco mais além dos ombros, um par de seios fartos, curvas que fariam um homem endoidecer e... Aquilo. Você sabe... “Aquilo”. Aquela coisa que definitivamente na deveria ter naquele lugar. Então, como num estalo, ela percebeu que tinha “a outra coisa”. Não havia modo de manter a sanidade depois dessa experiência traumatizante...

-O que você fez comigo, Weasley?! – Draco indagou em tom ameaçador, segurando os ombros dela com toda sua força e sacudindo-a levemente para tirá-la do estupor.

Gina olhou para baixo outra vez, encarando-o alheia. “Inspirar e expirar, Gina. Lembre-se”. Então a ‘ruiva’ o empurrou, afastando-se o quanto podia. – O que eu fiz?! O que eu fiz?! – ela tremia dos pés à cabeça tamanha raiva.

-Vai dizer que não tem idéia do que aconteceu?! Ou que acha completamente cabível e sustentável nossa situação – indagou com sarcasmo jogando os braços pro alto com enfado.

Gina respirou fundo e lançou um olhar fulminante a Draco. – Não sei o que aconteceu, porque não fui eu quem fez isso. Então, é melhor começar a falar!

-E por esse motivo acredita que fui eu?! – indagou secamente. – Francamente Weasley, estaria no St. Mungos ao lado de um louco antes de ser estúpido o suficiente a ponto de quer trocar de corpo com você – disse indignado. – Além do mais, não sou eu que tenho irmãos que se ocupam em fazer logros infantis.

Gina olhou para si mesma com desanimo outra vez, aquilo era um sonho muito ruim, só podia ser. Era um pesadelo.
Ela fechou os olhos e sacudiu a cabeça. Era cedo, um sábado... dia dos namorados... Talvez fosse apenas uma alucinação por conta de estresse. Era estresse. Tinha de ser isso.

Quando, porém, tornou a abrir os olhos, ainda encontrava-se de fronte a uma Gina Weasley que, na verdade, era nada mesmo que Draco Malfoy. Assim que ela mesma estava sob o corpo dele, isto é, estava nele, era ele. “Oh meu Merlín
Gina deu a volta em sua mesa e sentou-se em sua poltrona, tinha a impressão que suas... Que as pernas de Draco Malfoy não conseguiriam sustentar por muito tempo seu peso. “Oh Merlín... Eu juro que não ingiro mais uma gota de álcool se você me livrar dessa! Não volta a zombar de Ron pelas costas quando ele verdadeiramente parecer um pateta ao redor de Luna. Eu nem mesmo torno a passar em frente àquela loja de departamentos trouxa que vende roupas pavorosas para paquerar o vencedor que é um pedaço-de-mal-caminho e demasiadamente quente. E eu sei que nunca compro nada, mas, francamente! Ele me distrai, além do meu guarda-roupa não aceita aquele tipo tão ultrapassado de moda... Hum-rum, Mas eu realmente paro de beber...”.
Olhou para “suas” mãos grandes, antes de tapar seu rosto. Finalmente percebendo que ainda se encontrava presa naquele pesadelo e que, apesar de (toda) sua vontade, aquilo era bem real.

-Eu te odeio, Malfoy.

-Poderia dizer que te odeio mais, mas tudo ficaria muito repetitivo e infantil – disse num sorriso falso, tornando-se sério para retrucar em azedume:
-Você tem de rever suas prioridades, Weasley. E eu exijo que me explique o que está acontecendo!

Gina ergueu a vista e não conseguiu conter o riso. Ela sabia que não era o momento e nem havia motivos para o fazer. Mas a pose imperativa que Draco fazia sob seu corpo, de braços cruzados e olhando-a duramente sob seus olhos castanhos, lhe fez lembrar o quanto àquela situação era incomoda para ambas as partes.

-Qual é a graça? – indagou aborrecido.

-Além de agora você ser uma garota? Nenhuma, benzinho – Gina retrucou de maneira arrastada, irônica. Num tom praticamente idêntico ao que Draco costumava usar.

Ele virou os olhos, nunca havia percebido o quando parecia antipático e irritante – não que se importasse quando tratava outros desse modo. – quando agia assim. Acontece que, sendo ele o outro lado no momento, isto o molestou...
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(continua)
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Desculpem a demora é que eu queria ter terminado o capítulo dois antes de postar, mas como eu tou num louco momento, não pude. E como já demorei demais pra postar, tou postando o primeiro capítulo.
Espero que curtam^^.

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