Capítulo 3
Episódio I: Uma Nova Lenda
Capítulo 3: Sobre ciúmes, mais sonhos e banhos
Hermione subiu as escadas apressadamente e foi em direção ao quarto de Ron. Chegando lá bateu na porta e chamou pelo garoto. Não houve resposta. Ela, então, tentou abrir a porta. “Trancada...” Então ela chamou de novo pelo garoto.
- Ron! Eu sei que você está aí, abre a porta.
- Vai embora Hermione.
- Francamente Ron! Para de agir como um bebezão mimado e abre logo essa porta!
“Agora ela foi longe demais” – pensou Ron. Ele odiava, simplesmente odiava quando falavam que ele agia como criança. Ele se levantou da cama, destrancou a porta e a abriu violentamente. Viu que Hermione já tinha a varinha em punho, pronta para lançar um feitiço e abrir a porta a força.
- Fala. O que você quer? A reunião do fã-clube do Vitinho já acabou? – ele disse irônico
- Ah, Ron eu não acredito! Simplesmente me recuso a que você continua com essa cisma com o Vitor! – ela adentrou ao quarto, ainda sem tirar os olhos dele.
- Eu não tenho cisma nenhuma! Apenas não gosto dele! Ele é um inimigo!
- Francamente! O Torneio Tribruxo acabou há anos! Pare de tratar Vitor como um inimigo! Talvez se você tentasse conversar com ele de maneira civilizada quando ele vir aqui você possa ver o quanto ele é agradável!
- Ah, claro! E você sempre o defende não é? SEMPRE DEFENDE O SEU NAMORADINHO!
- VITOR NÃO É MEU NAMORADO! JÁ CANSEI DE TE DIZER ISSO! VOCÊ QUE TEM CIÚMES E ENXERGA COISAS ONDE NÃO TEM!
- EU NÃO TENHO CIÚMES...apenas não gosto quando ele fica dando em cima de você! Você é minha amiga Mione, não quero te ver com qualquer um, principalmente com ele...Pombas, ele é mais velho que você! E, além disso, vocês só conversaram direito na época do Torneio, ele não pode...Ah esquece...- ele corou com a última frase.
- Não pode o que Ronald? – ela deu um passo pra frente, com o coração tomado pela esperança.
- Não pode ser mais importante pra você do que eu...- ele disse em sussurro, mas foi o bastante para Hermione ouvir e sorrir. Ele abaixou o rosto e corou mais ainda, ficando quase da cor de seus cabelos. Hermione chegou mais perto, segurou o rosto dele pelo queixo e o levantou fazendo-o olhá-la nos olhos.
- Isso quem está dizendo é você – ela pode ver os olhos dele brilharem. Ele chegou ainda mais perto dela, colocou a mão em sua nuca e foi aproximando os rostos. Ela já podia sentir o hálito quente de Ron em sua face e ele o doce perfume dela entrando pelas suas narinas, embriagando-o. Os lábios já estavam se roçando quando alguém adentrou no quarto.
- Ron, cara, o que foi aquilo lá em baixo? O pessoal estranhou...Ops...- Harry deu um sorriso maroto e os dois se afastaram bruscamente, extremamente corados – Acho que interrompi algo. Desculpem, já estou saindo...- ele virou de costas para sair do quarto
- NÃO! – Hermione disse rapidamente fazendo o moreno dar um pulo – Quer dizer...Não precisa! Eu já vou indo, preciso ver a Gina...Fiquem conversando vocês dois...Ahn...Até mais...- ela saiu rapidamente do quarto deixando os dois garotos sozinhos. Harry se virou para o amigo, ainda com o mesmo sorriso maroto.
- O que foi aquilo agora a pouco, eim? – o ruivo corou mais ainda – Vou dizendo desde já que eu vou ser o padrinho, antes que seus irmãos comecem a pedir o cargo – Ron pegou um travesseiro na cama e arremessou em Harry – EI!
- Cala Boca Harry, não é nada disso. Não aconteceu nada!
- Sei, mas tava pra acontecer, se não fosse a anta aqui. – ele apontou pra si mesmo - Mas, fala ai, vocês conversaram? Você falou que gosta dela?
- EU?
- Não, Ron, a Murta-Que-Geme! Claro que é você! Toda a Grifinória, a Lufa-Lufa e a até mesmo a Sonserina já percebeu que vocês se gostam! Menos, é claro, as duas mulas aí devido à dureza das cabeças! – ele fazia sinais com as mãos, como se estivesse esmagando alguma coisa.
- Harry, faça um favor a todos, cala a boca! Eu vou descer, ainda to com fome. Você vem?
- Não, brigada, estou satisfeito. Além do mais, eu quase não dormi essa noite, preciso descansar um pouco.
- Ok, to descendo então. – Ron saiu do quarto e desceu as escadas. Harry trocou de roupa e deitou na cama que era dele na casa dos Weasleys. Fechou os olhos e dormiu apenas com o pensamento de que não havia visto quem ele mais desejava...Ou não.
- Gina? – Hermione entrou no quarto lentamente – Gina? Você ta aí? – ela olhou para a cama e constatou que a garota ainda estava deitada - “Não acredito!” - GINEVRA MOLLY WEASLEY!! – Hermione gritou puxando as cobertas de cima da garota
- Ei! – a ruiva protestou esfregando os olhos – Por que fez isso?
- Sabe que horas são?
- Não, e nem quero saber! Me deixe dormir! – ela puxou as cobertas da mão da amiga, mas Hermione as arrancou dela novamente – Ah, Mione! Larga a mão de ser chata!
- Não sou chata! Só que já passou da hora de você acordar. E além do mais, temos muito o que fazer hoje. Vamos ter que sair com a Fleuma e a sua mãe para ver os vestidos das damas de honra.
- É muito necessário que eu vá? – Gina disse com alguma esperança
- É claro! Afinal, você é umas das damas de honra!
- Apenas porque o Gui, sendo meu irmão insistiu, porque se fosse pela Fleuma...
- Tá, tá, ta, vamos logo. Se troque que você ainda tem que tomar café – Hermione disse saindo do quarto para deixar a ruiva se arrumar.
Um homem baixinho e encurvado andava pelos corredores escuros da casa. Ele se aproximou da grande e antiga porta de madeira que dava para a sala e a abriu temeroso.
- M-m-mestre? O senhor est-tá...
- Cale-se Rabicho! Fez o que lhe pedi? – Voldemort, que estava sentado na mesma poltrona de costas para a porta, com Nagini enrolada aos seus pés, urrou para o servo que estava parado junto a porta do cômodo escuro.
- S-sim m-me-mestre, e-ele está aqui – disse Rabicho medroso.
- Ótimo, diga pra ele entrar. – o servo acenou com a cabeça com medo e saiu do cômodo, voltando tempo depois com um homem de porte médio, cabelos negros e sebosos e um nariz de gancho – Agora saia Rabicho. – o pequeno homem saiu do cômodo, deixando os outros dois a sós – Fico feliz em vê-lo Severo, pensei que os aurores já tivessem lhe capturado.
- Aqueles incompetentes não me encontrariam nem se quisessem, meu mestre. E eu também tinha que voltar para lhe informar dos últimos acontecimentos M’lorde – Snape deu uma pequena reverencia
- Você sempre foi um servo fiel Severus. Por todos esses anos. Mas devo dizer que a sua atitude com o Draco não me agradou de todo.
- Sinto muito M’lorde, mas Narcisa estava desesperada. Veio até minha casa juntamente com sua irmã me pedir ajuda. Ela praticamente se ajoelhou aos meus pés, não pude negar mestre.
- Dessa vez deixarei passar Severus, já que o nosso objetivo foi alcançado – Voldemort deu um meio sorriso - Mas espero que isso não se repita mais.
- Não se repetirá M’lorde, não se repetirá.
- Assim espero Severus. Agora, diga-me, o que notícia me traz durante esse tempo em que esteve desaparecido? – Pela primeira vez, Snape rompeu a expressão fria que tinha sustentado desde que havia chegado. Lançou um meio sorriso a Voldemort e se aproximou
- Estive no local M’lorde, e trago informações que tenho certeza que serão de seu grande interesse mestre.
- Ótimo Severus, sente-se e conte-me tudo. – Voldemort fez menção para que Snape se senta-se em uma das poltronas que estavam postas no cômodo. Snape obedeceu e sentou-se
- O lugar já está praticamente pronto M’lorde. Eu mesmo me certifiquei de que estava tudo em seu lugar. Os dementadores já estão postados em todas entradas e os gigantes receberam ordens de vigiarem os arredores. Estão aguardando apenas uma visita do senhor para ver se está tudo de ao seu agrado – um mínimo sorriso escapou dos lábios cinzas de Voldemort. – Aqui está a chave.
Snape estendeu para Voldemort a escultura de uma serpente prateada com um grande rubi na boca, os olhos da serpente também eram feitos de rubis e, cravado em sua testa, havia um símbolo feito em ouro, nele haviam três serpentes entrelaçadas tendo em seu centro um dragão. Voldemort deu um meio sorriso e pegou o objeto, guardando-o dentro de sua capa.
- Ótimo, ótimo. Irei para lá nos próximos dias para conferir tudo.
- O senhor me perdoe pela minha impertinência, mas...Nunca disse, a nenhum de nós e nem mesmo a mim a finalidade daquele lugar...Há algo que queria esconder? – Snape arriscou uma pergunta ousada ao mestre.
- Tsc, tsc. Estás ficando, como disses, muito impertinente Severus. Precisa de um motivo para atender as ordens de seu mestre?
- Não M’lorde. Perdoe-me – Snape disse, mas sem nenhum traço de medo ou algo tipo em sua voz e expressão.
- Estás absolvido, Severus. Mas saiba que se um dia eu sentir necessidade de contares meus planos, farei. Tu sempres foste um servo fiel, ao contrário de Lestrange ou Malfoy, que não passam de largatixas medrosas.
- Eu agradeço pela confiança depositada em mim M’lorde.
- Ótimo Severus, agora saia. Irei até o local amanhã, e você me acompanhará, fazendo minha segurança.
- Como quiser M’lorde. Com licença – disse Snape saindo da sala e fechando a porta, deixando Voldemort sozinho no cômodo com Nagini
- Tudo está se encaminhando. Logo Lord Voldemort terá seu império sas trevas reerguido e nada, nem ninguém me derrubará novamente.
Harry acordou com sua cicatriz latejando. Tinha entrado na mente de Voldemort novamente. Pode ver que Voldemort planejava ir a algum lugar. Um lugar onde Snape esteve se escondendo desde que ele fugiu de Hogwarts...Mas o que seria? Snape ainda disse que o lugar estava fortemente guardado por dementadores e gigantes...O que será que Voldemort queria guardar? (ou esconder?) E aquela estátua? Porque se referiam a ela como uma chave? Ele se levantou rápido, trocou de roupa e desceu rapidamente as escadas em busca de Hermione. Ela era a pessoa certa a procurar quando precisava montar algum tipo de quebra-cabeça. Ele chegou na cozinha e encontrou Ron e Gui jogando xadrez de bruxo.
- Ron, cadê a Mione?
- A Harry, já acordou? Torre na B3. – Gui ordenou para a peça que se moveu algumas casas – Ela saiu faz algum tempo com a mamãe, a Gina e a Fleur. Foram até o Beco-Diagonal ver os vestidos para o casamento.
- Droga, será que elas vão demorar muito?
- Não sei não Harry. Já faz algum tempo que elas saíram, podem já estar voltando. Cavalo na D4. Xeque – o cavalo de Ron ficou próximo ao rei de Gui, que prontamente de protegeu. Ron desviou um pouco sua atenção do jogo e encarou Harry. – Mas por que você queria falar com ela? Aconteceu alguma coisa? Você parece meio agitado. Bispo na C5. Xeque.
- Pareço? – Harry disse em tom debochado. – Calma, vem comigo que eu te conto tudo.
- Ok. – Ron se virou novamente para o jogo – Cavalo na F5. Xeque-mate! Vamos – Ron se levantou e foi com Harry até o quarto deles, deixando Gui de cara amarrada e murmurando algo como um “como ele sempre ganha?”.
...
- Ok, já estamos aqui. Agora me diz o que está acontecendo – disse Ron, fechando a porta do quarto.
- Primeiro tranca. – Harry disse, sentando em sua cama. O ruivo obedeceu e trancou a porta, sentando-se depois na sua cama e ficando de frente para o amigo.
- Pronto, agora fala.
- Eu sonhei com Voldemort de novo. Entrei na mente dele. – ele viu os olhos do amigo se arregalarem em surpresa pela notícia e também pela pronuncia do nome de Voldemort
- Mas como assim? O que você viu?
- Não deu pra ver muita coisa. O lugar era escuro. Mas, pelas vozes, Voldemort estava lá...e Snape também
- Snape?
- É, pelo o que eu entendi ele esteve se escondendo em algum lugar. Algum lugar que é muito importante para Voldemort.
- Como assim?
- Ele dizia que o local já estava pronto e que tinha dementadores e gigantes guardando as entradas, coisa assim...
- Dementadores e gigantes? – o ruivo disse mais surpreso ainda – Ninguém vai ser louco de entrar num lugar desses!
- Exatamente, e é justamente por isso que eu acho que ele vai usar o lugar pra esconder alguma coisa, na minha opinião, uma de suas horcruxes.
- Bom, faz sentido, pra que então ele iria precisar de tanta segurança?
- É. Ele também disse que iria até lá amanhã.
- Então você poderia entrar na mente dele de novo e ver o que tem no lugar e onde é.
- Eu já disse que não entro na mente dele porque quero Ron. Simplesmente acontece. Eu estou dormindo e de repente eu vejo tudo o que ele vê.
- Mas é uma possibilidade, sei lá, essa não é a primeira vez que acontece, talvez um dia sem querer você acabe descobrindo alguma coisa.
- É. É uma questão de sorte.
- Ou de pensar. Só que essa parte é da Hermione e não nossa. – disse o ruivo sorrindo
- Por isso que eu perguntei por ela. Assim que ela chegar vamos falar com ela. Bom, de qualquer forma eu vou tomar um banho antes dela chegar, estou precisando relaxar um pouco.
- Beleza, eu vou até o jardim, minha mãe disse que está precisando que alguém de um jeito naqueles gnomos. – disse Ron, saindo logo em seguida do quarto.
Gina estava sentada em um banco em um canto da “Madame Malkins” com uma cara de puro tédio, enquanto sua mãe e Hermione tentavam ajudar Fleur a escolher os vestidos para as damas de honra de seu casamento sem nenhum sucesso.
- O que acha desse querida? O azul ficará bem tanto que Gina quanto em sua irmã Gabrielle. – disse a Srª Weasley mostrando o 5º modelo daquela tarde. Era azul bebê, feito de cetim e com mangas bem curtas. Ele descia em um corpete colado e quando chegava na cintura descia cheio de babados (Imaginem o vestido que a Emma usou no filme durante o baile de inverno só que azul - como deveria ser na ocasião ’ - , ok?)
- No, no, é muito apagato. Quero alguma cosa maiss chamativa, mas clamurosa. De sseda de prefferrencia. – disse Fleur sem olhar direito para o vestido e voltando a olhar os outros modelos. A Srª suspirou e voltou a procurar outro vestido
- E esse Fleur? – disse Hermione levantando um vestido totalmente branco, rendado, de mangas longas e que tinha uma pequeníssima cauda.
- No, no, no! Além de serr muito simplessinho eu já disse que ssó eu fou de brranco.
Gina revirou os olhos. A cada modelo que a mãe ou Hermione mostravam Fleur arranjava alguma frescura e dizia que não. Uma hora era porque era muito curto, ou porque era simples demais, chamativo demais, barato demais...Já estava ficando cheia.
- Mãe? Eu já vou. Vejam vocês aí o que preferem. – disse Gina sem emoção e se virando para sair da loja.
- Espera Gina querida. – disse a Srª Weasley se aproximando dela e sussurrando baixo para que Fleur não ouvisse. – Vai mesmo deixá-la escolher o que você vai usar?
- Confio em você mãe, sei que você vai convencê-la a levar algo que eu goste e eu também estou cansada de ficar aqui.
- Se prefere assim filha. Pegue um bocado de pó-de-flú na minha bolsa e use a lareira daqui pra ir pra casa.
- Ok – ela foi até a bolsa da mãe, pegou um punhado de pó-de-flú e caminhou até a lareira. – Até mais tarde. A Toca! – ela disse jogando o pó-de-flú e desaparecendo em meio as chamas verde-esmeralda.
- Ron? Gui? Cheguei! – disse Gina saindo da lareira e limpando suas vestes. – Tem alguém em casa? – ela foi até a cozinha, sala, mas não achou ninguém. – Acho que o Ron está no jardim. Vou aproveitar e tomar um banho, sair por aí com a Fleuma acaba com qualquer um.
Ela subiu as escadas, foi até seu quarto pegar uma muda de roupa e depois caminhou até o banheiro, quando fechou a porta percebeu que não era a única lá e corou.
- H-Ha-Harry?
N/A: Oláá todos!
Esse foi até agora, com absoluta certeza, o capítulo mas chato tanto na hora de se escrever quanto agora pra reescrever.
Muitas coisas banais ;x
Bom gente, vou tentar revisar e postar o cap 4 ainda hoje para que amanha eu possa finalmentepostar o 5 ++
kisses for everyone!
;*
Marisa Estela
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