Enigma
Capítulo 11 – Enigma
No último capítulo...
Após terminarem de ler, se entreolharam. Não seria tão fácil quanto imaginaram.
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Os novos marotos, exceto por Lupin, estavam reunidos no Salão Comunal da Grifinória conversando - na verdade, quase brigando - sobre o enigma que Harry e Gina encontraram no lugar do espelho. Todos davam muitos palpites, mas não conseguiam chegar num consenso de onde o espelho fora escondido por Dumbledore.
- Aposto com vocês que Dumbledore colocou em um lugar que nós conhecemos. Bom, pelo menos, um de nós... – falou Hermione, olhando para Harry, que estava distraído, apenas olhando para o enigma.
- Ahn... O que? – falou o garoto, de maneira abobalhada, ao ver todos o encarando – Do que estavam falando mesmo? - perguntou, sem jeito.
- Nós estávamos falando que, como Dumbledore queria que nós encontrássemos o espelho, provavelmente, deve ter posto em um lugar que conhecemos e você é quem mais conheceu lugares com ele e também era o mais próximo dele dentre todos nós, sem dúvida. – falou Hermione, enquanto se sentava ao lado do amigo e retirava o enigma das mãos dele – Pense com a gente, Harry. Ele queria que você achasse, não pode estar tão difícil assim.
- O que você quer dizer com isso, Mione? – perguntou Harry, arqueando as sobrancelhas – Você acha que Dumbledore deixou alguma coisa fácil só porque era pra mim? – continuou ele, brincando, mas parece que Hermione não entendeu a brincadeira, pois começou a ficar muito vermelha.
- Erh... N-Não foi bem i-isso que eu quis dizer, H-Harry... Eu apenas quis dizer que, se Dumbledore queria que encontrássemos o Espelho, ele não deixaria algo impossível! – a garota tentou “se explicar”, já extremamente vermelha. Ao perceberem que ela não tinha “captado” a brincadeira, todos começaram a rir, o que deixou Mione ainda mais vermelha. – Por-por que estão todos rindo?
- Mi, não me diga que você achou que o Harry tava falando sério! – exclamou Rony, ainda rindo.
- Ué, mas... – ela parou de falar, hesitante – Ele não tava? – completou, baixinho.
- Claro que não, Mione! – Gina falou, rindo muito também – Você acha mesmo que o Harry diria uma coisa dessas? – completou, encarando a amiga, risonha.
- Bem... E-Eu não sei – Hermione falou, um pouco menos vermelha do que antes, mas sem encarar Harry.
- Mi... – Harry chamou, ao notar que a garota não conseguia olhar para ele – Mi... – chamou novamente, no que a garota, lentamente, encarou-lhe – Relaxa, ok? Eu entendi o que você quis dizer... Eu tava apenas brincando – completou, sorridente. De repente, o rosto de Hermione, que tinha diminuído a vermelhidão, ficou novamente muito vermelho, quase roxo. Harry olhou assustado para a amiga, assim como todos os outros. Hermione parecia prestes a explodir, e foi o que aconteceu.
- COMO É QUE É? TAVA BRINCANDO, É? MUITO ENGRAÇADO, SR. POTTER! VOCÊ NÃO SABE COMO EU ME SENTI MAL!!! ACHEI QUE VOCÊ REALMENTE TIVESSE PENSADO AQUILO! NUNCA MAIS FAÇA UMA COISA DESSAS-- ela parou para recuperar o fôlego, no que Harry apressou-se a se explicar, sob o olhar espantado dos outros.
- Mione! Eu já disse! Foi só uma brincadeira! Desculpa se você ficou mal! Eu não sabia que tinha sido assim tão ruim! – ele falava de uma vez só, antes que a garota recuperasse totalmente o fôlego e recomeçasse a gritar. Depois que ele parou de falar, olhou para Hermione, esperando uma reação. Estranhamente, Mione começou a rir sem parar. Harry e os outros se encaravam surpresos, e depois olhavam para a garota, esperando alguma explicação.
- Eu tava brincando com você, Harry – falou a garota, marotamente, depois que conseguiu parar de rir, mas ainda ofegante de tanto rir. Harry fez uma careta engraçada ao ouvir a resposta da amiga, no que todos começaram a rir que nem um bando de loucos, inclusive Harry. Depois de um bom tempo de muitas risadas, todos começaram a ficar sérios aos poucos.
- Então, vamos mesmo contar tudo pro Lupin ou não? – perguntou Harry, olhando para os outros e referindo-se ao enigma praticamente largado em cima da mesinha.
- É claro que vamos contar tudo pra ele! – exclamou Hermione, imediatamente. – Ou vocês preferem o que? Mentir pra ele?! – continuou, encarando os outros, ferozmente.
- Calma, Mione! Também não é assim! Nós não vamos mentir para ele, apenas vamos omitir alguns “pequenos detalhes” que não precisam ser compartilhados, ok? – falou Rony, numa tentativa de acalmar a namorada, em vão.
- Ah, claro! Vocês vão apenas “omitir alguns pequenos detalhes”, né? – falou ela, sarcástica - Como o fato de estarmos atrás desse espelho para podermos ter acesso a uma sala que pode nos contar a verdade sobre qualquer coisa, não? – falou tudo de uma vez só, rapidamente.
- Bem... Acho que é isso, sim! Mione, daria muito trabalho contar tudo pra ele! – Nick respondeu, seriamente.
- Eu sei! Mas mesmo assim, a gente tem que contar! Ele vai poder nos ajudar muito mais se souber de toda a história! E vocês sabem que a gente pode confiar totalmente no Lupin! – Mione continuou, tentando convencer os outros.
- Lógico que confiamos no Lupin! Ele é nosso “mentor”, oras! – exclamou Jorge.
- É isso! Acho que concordo com a Mione! Vamos contar tudo para ele! – falou Gina – Inclusive a importância que o Espelho tem para tudo isso – acrescentou ela, encarando Harry, que dava sinais de que iria protestar.
- Por que essa mudança de opinião tão drástica, hein? – perguntou Fred, encarando a irmã, curiosamente.
- Oras, não é óbvio? Foi o Jorge mesmo que disse... – ela respondeu, mas viu que ninguém entendeu sua lógica – Vamos lá, gente! O Lupin é um maroto da Antiga Geração também! Ele participou da criação do Mapa do Maroto! Vocês sabem muito bem o que isso significa! Ele conhece todos os cantinhos desse castelo e sabe o que tem em todos eles! Se tem alguém que pode nos ajudar, esse alguém é o Lupin! – ela explicou e, depois disso, todos entenderam seu objetivo. Após uma pequena discussão sobre se isso era mesmo a melhor coisa a se fazer, eles decidiram que falariam com Lupin na noite seguinte. Afinal, já eram quase 2 da manhã e eles tinham que dormir.
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Na noite seguinte, estavam todos novamente no Salão Comunal, sentados nas poltronas e refletindo sobre o Enigma.
- Vamos lá, gente, me ajudem aqui – pediu Mione, que estava sentada no chão, lendo e relendo o enigma. Logo, Gina e Nick levantaram-se e sentaram-se ao lado da garota. Mione olhou para os garotos, que tinham se jogado sobre as poltronas e sofás e agora estavam totalmente largados nelas.
- Vocês não vão levantar daí pra ajudar a gente não? – perguntou Nick, reprovadoramente.
- Claro, Bonequinha! – respondeu Fred, direcionando um sorriso – Depois que eu tirar um cochilo – completou, fechando os olhos e se ajeitando um pouco mais na poltrona.
- Como assim “tirar um cochilo”? Vocês vão é ajudar a gente! – exclamou Gina, bufando e se levantando do chão. A garota caminhou até a poltrona onde Harry tava largado e praticamente dormindo – HARRY!!!! – gritou ela, no ouvido do garoto, que caiu da poltrona com o susto. As meninas começaram a rir, acordando os outros garotos que ainda cochilavam.
- Certo, pessoal! Acabou a brincadeira! Vamos todo mundo trabalhar!! – Hermione chamou, novamente. Depois dessa, todos sentaram-se no chão ao seu lado e começaram a encarar o papel onde estava escrito o enigma. Os garotos, ainda mortos de sono, encaravam o papel com o olhar perdido e sequer pensavam sobre o enigma. Enquanto isso, as três garotas liam atentamente o enigma e conversavam entre si, até que ouviram um barulho estranho. Quando levantaram a cabeça para ver o que tinha produzido aquele som, viram Rony dormindo com a cabeça apoiada na mesa e roncando.
- Rony, acorda. Rony! – Harry cutucava o garoto, mas o ruivo não acordava. Nick, como sempre, apelou para as suas “medidas drásticas”: - RONALD WEASLEY, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – gritou a garota, imitando a voz da Sra. Weasley, no que Rony logo acordou, alerta. Todos começaram a rir, até que Hermione novamente chamou a atenção de todos e eles pararam de rir e concentraram-se no Enigma.
- Ok. Leia novamente o enigma, Mione, por favor. E acho que é melhor irmos por partes, quem sabe assim fica mais fácil? – perguntou Harry.
- Certo, vou falar uma frase de cada vez. “Estou imerso em minhas três características”. Bom, isso não quer dizer muito, acho que somente que, para sabermos onde está, teremos que descobrir que características são essas. A próxima: “Mesmo onde se aprende não sabem sobre mim”. Acho que talvez seja um livro.
- Mas está falando de um lugar... – falou Nick, lembrando a todos.
- É mesmo, será que... – Hermione parou de falar, arregalando os olhos - Esperem aí... Isso não pode estar falando sobre Hogwarts, pode? – perguntou Hermione, confusa.
- Quem sabe... – Rony falou, meio que refletindo - Dumbledore era um bruxo maravilhoso, mas temos que concordar que ele não era muito normal... – falou lentamente.
- Então, talvez seja mesmo em Hogwarts... Vamos pra próxima. “Estou preso em uma eterna escuridão”. Bom, deve estar em um lugar escuro, não? – vendo que todos concordaram, continuou lendo – “Refletindo o irrefletível”.
- Essa parte fala do espelho, eu acho – disse Fred
- Sim, foi o que eu também entendi – disse Harry, que até o momento estava calado – Continue.
- “Estou me afogando, sem espaço para respirar”. Acho que está óbvio que está na água, não é? - todos acenaram afirmativamente – Vou continuar. “Dificilmente irá me achar”
- Não dá para ter muita idéia do que isso quer dizer. Afinal, era óbvio que estaria difícil de achar. – falou Jorge
- Tem razão. Bom, acho que vou falar logo a próxima estrofe inteira, acho que ela faz mais sentido assim:
“Sozinho nunca estará, pois estou contigo
Fomos feitos um pelo outro
Não sou sua alma nem consciência
Não tenho voz nem sentimento
Mas sempre ajo igual a você”
Após essa estrofe, todos na sala ficaram mudos. Nada fazia sentido, pelo menos não para eles naquele momento. Porém, antes que eles pudessem pensar direito a porta foi estrondosamente aberta e por ela passaram a Professora McGonagall e o Ministro da Magia. Todos se levantaram e foram cumprimentar os dois.
- Potter, imagino que já saiba o porquê de eu estar aqui, certo? – perguntou o Ministro de maneira severa.
- Eu não faço idéia, Ministro. – falou Harry, de maneira firme.
- Não sabe? Muito bem, então, vou lhe contar porque estou aqui. – falou, enquanto se sentava em uma poltrona e indicava a poltrona a frente para Harry se sentar - Tenho certeza que o senhor conhece uma ex-aluna daqui, Cho Chang.
- Sim, eu conheço. – falou Harry, com a voz cansada, imaginando o que viria a seguir.
- E, por acaso, o senhor foi quem a atirou daquela janela? – perguntou, apontando a janela da sala comunal.
- O senhor não pode chegar aqui acusando o Harry de matar uma pessoa! – falou Hermione indignada, apesar de saber que era verdade.
- Fui eu sim, Ministro. Eu, acidentalmente, a atirei da janela. Ela estava prestes a matar Gina com um Avada e eu fiz um feitiço involuntário que a atirou da janela. Mas a Gina não vai poder confirmar nada para o senhor porque ela estava desacordada nessa hora – completou, ao ver o Ministro virando-se rapidamente para Gina.
- Meu Merlim... – exclamou Minerva aterrorizada, ela nunca imaginara que seu aluno mataria alguém que não fosse Voldemort. Mas, pensando bem, ela não podia negar que ele só tinha feito aquilo para salvar Gina.
- Bom, vejo que o senhor não mente. Não vou prendê-lo em Azkaban por isso nem irei contar a todos, não se preocupe. Sei o quanto o senhor é necessário para derrotarmos Você-Sabe-Quem. Bom, é isso. Irei fazer um enterro descente para ela e irei avisar a todos, só que não citarei seu nome, Potter. Até a próxima – falou, apertando a mão de Harry, antes de sair da sala, acompanhado pela Professora McGonagall.
Depois que o Ministro saiu, todos ficaram em silêncio. Aparentemente, a “visita” do Ministro tinha feito todos esquecerem o que iam fazer àquela hora no Salão Comunal, ou seja, falar com Lupin. Aos poucos, foram saindo da sala. Rony e Mione foram “dar uma passadinha na biblioteca”, Nick e Fred foram mais diretos (“Um passeio pelos jardins não seria nada mal agora, não?”) e Jorge simplesmente sumiu. Ficaram apenas Harry e Gina, distraídos demais em seus próprios pensamentos para notar isso, até que ouviu-se uma fungada baixinha. Quando Harry olhou para o lado, percebeu que a fungada vinha de Gina, que estava encolhida num canto da sala, próxima a lareira. O garoto levantou-se da poltrona e sentou-se ao lado dela, envolvendo-a pela cintura. Gina encostou a cabeça em seu peito e Harry viu uma lágrima descer pelo rosto da garota. Delicadamente, ele secou a lágrima e ficou apenas olhando para a ruiva, esperando que esta falasse alguma coisa. Gina, notando o olhar, apenas virou o rosto e voltou a olhar distraidamente para o fogo crepitando na lareira. Harry, levemente, segurou em seu queixo e virou seu rosto para ele. Gina, entendendo a pergunta muda, apenas desviou o olhar e respondeu:
- Você poderia ter sido preso... – começou a garota, fracamente – Só por causa da minha teimosia – falou, enquanto mais uma lágrima descia por seu rosto.
- Ei! O que te faz pensar isso? – perguntou o garoto, abismado.
- Oras, Harry! Você ouviu muito bem o que o Ministro falou! – respondeu a garota, emburrada – “Sei o quanto o senhor é necessário para derrotarmos Você-Sabe-Quem”, é só por isso que ele não vai te prender. Se não fosse por isso, a culpa seria minha, você não pode negar.
- Bem... – Harry fingiu pensar um pouco e fez uma careta engraçada, no que Gina o encarou, intrigada – Então, acho que tenho que agradecer a Voldemort por não estar em Azkaban, não? – falou o garoto marotamente, piscando pra namorada, que não pode impedir um sorriso e, depois, deu um tapinha no braço do garoto. Harry, vendo o bom humor da garota retornar aos poucos, beijou-a.
- Hem Hem
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N/A: Sou má, eu sei. Parei o cap desse jeito e ainda por cima estou atrasada. Mas to atrasada pq o cap foi cair logo na semana de prova, vê se eu mereço, e fiquei proibida de entrar no meu PC. Mas, msm assim, o cap estava ficando mtu grande e resolvi cortar ao meio. E o cap naum ficou do jeito q queria, mas...
Obs: O próximo cap deve ser postado entre os dias 6 e 11 do próximo mês
Obs2: Estou agradecendo a uma amiga da Gabi, Judite Correia de Almeida, que está sendo quem nos diz como está a fic. Vc naum sabe o quanto está ajudando. Se tiver alguma idéia, naum esqueça de nos falar! E vlw por falar que as cenas fofinhas estão boas, me esforço bastante nelas. XD BJUX
BJUX pra todos e ateh o próximo capítulo...
Nathy
N/A2: Gente, não tenho muito o que dizer dps do coment da Nathy, então... Apenas quero pedir desculpas pelo atraso e pelo “mini-capitulo”
Ah! Se quiserem matar alguém por parar numa parte tão boa, matem a Nathy! Ela que fez isso!! xD
Bem... Sem comentários sobre minha super amiga, Juh! Só uma coisinha: obrigada pelo apoio nas cenas de “comédia” (mesmo q seja só rindo xD)! Valeu mesmo por estar nos apoiando! E agradeçam a ela por esse capitulo ter saído, senão vcs esperariam por um bom tempo =P
Beijinhos e comentem!
Gabi
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