As três características



Capítulo 12 – As três características

No último capítulo...

- Bem... – Harry fingiu pensar um pouco e fez uma careta engraçada, no que Gina o encarou, intrigada – Então, acho que tenho que agradecer a Voldemort por não estar em Azkaban, não? – falou o garoto marotamente, piscando pra namorada, que não pode impedir um sorriso e, depois, deu um tapinha no braço do garoto. Harry, vendo o bom humor da garota retornar aos poucos, beijou-a.

- Hem Hem


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- Hem Hem - O barulho se repetiu, Harry e Gina se separaram rapidamente e olharam para os lados, a procura da sua origem – É melhor vocês olharem pro lado, sabe? – comentou uma voz conhecida do casal, que logo olhou para a lareira e avistou a cabeça de Lupin no meio das chamas.

- Ah! Oi, Lupin! – cumprimentou Gina, levemente corada – Como vai?

- Muito bem, Gina! – respondeu Lupin com um sorriso - Mas algo me diz que vocês queriam falar comigo... Estou certo? – perguntou, fazendo Harry e Gina se entreolharem rapidamente.

- Como você sabia? – perguntou Harry, arqueando as sobrancelhas levemente.

- Ah! Intuição marota, oras – respondeu, com um sorriso não muito convincente.

- Sei... – murmuraram Harry e Gina, ao mesmo tempo.

- Bem, o que queriam comigo? – perguntou Lupin.

- Ah! Espera um pouco, vou chamar os outros. – falou Gina, se levantando e saindo pelo buraco do retrato. Um minuto depois, ela voltou – Erh, onde eles estão? – perguntou a garota, sem graça.

- Vamos dar uma olhadinha no Mapa – sugeriu Harry, indo até o seu dormitório e, logo em seguida, voltando com o Mapa do Maroto nas mãos – Vejamos... – murmurou ele, sentando-se no chão e vasculhando o Mapa – Ah! Aqui! Rony e Mione: Biblioteca – falou, apontando o local onde se encontravam os dois. Depois, voltou a procurar – Fred e Nick: Lago! Hum... Não tô achando o Jorge em nenhum lugar... Ele deve estar...

- Na Sala Precisa! – exclamou Gina – Certo, vamos procurá-los! A gente já volta, Lupin! – completou, acenando rapidamente para o ex-professor.

****

- Rony! Hermione! – chamou Gina, ao adentrar na Biblioteca, recebendo um muxoxo de reprovação da bibliotecária. – Não sabia que Madame Pince continuava aqui... – murmurou ela pra Harry.

- Nem eu! Olhe! Lá vem eles – falou, ao avistar Rony e Mione caminhando de mãos dadas em sua direção – Dá pra vir mais rápido? – pediu o garoto, alto o suficiente para eles ouvirem, mas sem levar outra reclamação.

- Calma, já estamos aqui! – exclamou Rony, parando ao lado deles – Então, o que querem??

- Lupin está aqui! Ou melhor, na lareira – falou Gina, puxando o irmão e Hermione pelo braço – Vamos achar Fred, Jorge e Nick!

- Onde eles estão?

- Fred e Nick estão no Lago e Jorge está na Sala Precisa – respondeu Gina, rapidamente.

- O que o Jorge tá fazendo na Sala Precisa? – perguntou Hermione, curiosa.

- Menos conversa e mais corrida, garotas! – falaram Rony e Harry, passando correndo pelas duas garotas.

- Esperem!! – gritou Hermione – Seria melhor se a gente se separasse! – Ao ouvir isso, Rony e Harry voltaram, murmurando um “Ah, claro!” e, então, os quatro se separaram: Harry e Gina foram atrás de Fred e Nick e Rony e Hermione foram atrás de Jorge.

****

Pouco tempo depois, estavam todos novamente no Salão Comunal da Grifinória, olhando para a lareira e esperando Lupin falar alguma coisa.

- Ninguém tem nada pra falar, não? – perguntou Nick um pouco impaciente, mas todos continuaram calados por uns segundos.

-Ok. Eu chamei vocês aqui, então, vou dizer o motivo de querer essa conversa, a princípio. Harry, a Minerva falou o que aconteceu aí em Hogwarts... Com a Chang. E, bem, eu preferi saber pela sua boca essa história, não que eu duvide da Minerva, mas como ela mesma me disse, o Ministro estava aí, então...

- Não se preocupe, não ligo de ter que contar essa história novamente...- disse Harry, de uma maneira não muito convincente – Bem, eu vim para o Salão Comunal para falar com a Gina. Quando cheguei, a encontrei desacordada no chão e a Cho com a varinha apontada pra ela. Fiquei tão escandalizado com aquela cena que nem consegui agir, então, Cho começou a lançar um Avada na Gina e eu fiz um feitiço involuntário que jogou-a pela janela...

Todos ficaram quietos durante alguns minutos, já sabiam dessa história, mas ainda não haviam se acostumado com o fato de o Harry ter matado uma pessoa. Pensaram que ele só faria isso com Voldemort e que, se fizesse com outra pessoa, nunca iria se perdoar.

- Eu achei... Mesmo te conhecendo há pouco tempo, eu sempre achei que. se você matasse alguém além de Voldemort, você nunca se perdoaria... - falou Nick, muito baixo, olhando para o chão para só depois olhar para o garoto.

- Eu também achei isso, também achei estranho o fato de eu não estar muito mal com isso, mas acho que é porque eu ainda estou com raiva por ela ter machucado a Gina e quase ter tirado ela de mim. Uma hora, eu não devo estar imune e vou me culpar, mas acho que agora o mais importante é nos focarmos em acabar com Voldemort – completou, com um olhar determinado.

- Mas, Lupin, a gente tem mais uma coisinha pra falar... – começou Nick, olhando para os outros e esperando que alguém falasse.

- É, nós temos... Não se preocupem, eu mesma vou contar, afinal isso tem tudo a ver comigo, não é? – falou Gina, um pouco séria – Bem, Lupin, tudo começou quando nós fomos ao Ministério e eu acabei ficando meio que hipnotizada por uma sala... – Gina levou entre uma e duas horas para terminar de contar a história sendo interrompida, às vezes, pelos outros para acrescentar algum detalhe que ela houvesse esquecido. – E, agora, nós estamos com esse enigma e não temos idéia de onde isso pode estar... Precisamos muito da sua ajuda, professor...

- Certo, vejo que se meteram em uma grande encrenca. Estou indo para aí, é mais fácil se eu vir o papel... – Lupin sumiu por um instante. Depois, apareceu de corpo inteiro na lareira e logo saiu dela espanando a poeira que havia grudado em suas roupas, que pareciam ainda mais surradas do que da última vez que eles o viram, ele também parecia mais velho e cansado, também estava preocupado, mas parecia feliz. E todos ali imaginavam o por quê.

- Professor, como anda a Tonks? – perguntou Fred, com um jeito maroto, o que fez com que a felicidade fosse ainda mais visível nos olhos do ex-professor.

- Ela está ótima, Fred ou Jorge, nunca sei quem é quem. Mas não estou aqui para falarmos da Tonks, estou? Me mostrem o enigma – pediu Lupin, no que Hermione passou-lhe o papel com o enigma. O ex-professor analisou o papel por longos minutos, passou sua varinha por ele várias vezes, murmurando feitiços desconhecidos para os outros presentes e, por fim, perguntou:

- Vocês tentaram descobrir o que quer dizer o enigma dividindo ele por partes?

- Nós já tentamos isso sim, estávamos bem na primeira estrofe, mas na segunda nós simplesmente ficamos perdidos... - respondeu Hermione – No primeiro verso, percebemos que queria dizer que teríamos que descobrir essas características para termos uma idéia de onde pode estar o espelho. No segundo, nós imaginamos que poderia ser uma escola. Hogwarts, talvez. No terceiro, está claro que é um lugar escuro, nas sombras, talvez. No quarto verso, vimos que fazia referência ao espelho. No quinto, dá a entender que está na água, talvez esta seja uma das características, talvez... Bem, o sexto só comprovou o que já sabíamos: não vai ser fácil descobrirmos nem pegarmos esse espelho.

- Pelo o que eu penso, vocês analisaram muito bem a primeira estrofe, mas acho que vocês estão esquecendo de ver o poema como um todo, vocês podem e devem analisar ele por partes, pois ficará mais fácil, mas não podem esquecer do resto dele, porque às vezes a resposta está logo depois ou tem mais dicas... Vamos analisar o poema todo depois vamos para a segunda estrofe, ok? – todos concordaram - A primeira estrofe parece ser uma iniciação do que vem a seguir. A segunda parece falar de uma característica em especial. Se não estou enganado, essa outra estrofe fala do Espelho, mas também de outra característica e, na última, cita o lugar onde o espelho está e nos dá uma valiosa dica “Para descobrir minhas características não pense em mim/Mas em meus irmãos de alma”. Vocês entenderam essa dica?

- Acho que não... – respondeu Rony, meio incerto de sua resposta, olhando para a namorada, que confirmou a resposta dele.

- Pensem comigo, qual é a alma do Espelho de Ojesed? A sua forma mais primitiva?

- A de espelho... – falou Harry, entendendo mais ou menos aonde Lupin queria chegar.

- Exatamente, Harry, exatamente. Nós não temos que analisar as características como se fosse o Espelho de Ojesed, temos analisar como se o poema falasse de um espelho normal! É aí que está a chave para solucionar esse enigma! – Lupin concluiu, exultante. Porém, os outros não pareciam muito convencidos de que o problema estava mesmo resolvido.

- Certo... – começou Hermione, hesitante – Então, acho que temos que examinar o poema novamente, sim? – perguntou, olhando para Lupin.

- Claro! Vamos lá – Lupin, incrivelmente, parecia o único animado com toda essa história. Mesmo assim, todos se agruparam ao redor de uma mesinha e começaram a ler e reler o poema, esperando que algo novo aparecesse. Aparentemente, nada de novo se fez presente. Lupin e Hermione liam o poema totalmente concentrados, mas não saíam disso. Rony olhava para o poema com a testa franzida, o que chamou a atenção de Nick.

- Rony? Alguma coisa a dizer? – perguntou a garota, no que o ruivo saiu do seu “estado de transe” e encarou-a.

- Não, nada. É só que... – Rony ia falar o que lhe ocorrera, mas acabou desistindo. “Essa idéia não tem nem lógica, é melhor ficar quieto”, pensou o garoto.

- Só que...? – perguntou Gina, olhando para o irmão, curiosa.

- Ah, nada! Esquece! – falou Rony, sentindo as orelhas começarem a esquentar rapidamente, o que não passou despercebido pelos outros.

- Fala logo, Roniquinho! – exclamou Jorge, impaciente.

- Não me chama de RONIQUINHO! – Rony falou, entre dentes.

- Ok, mas só se você contar logo a sua “idéia genial” – completou Jorge, com um sorriso triunfante.

- Humpf! – bufou Rony, derrotado – Que seja, mas vou logo avisando: não foi uma “idéia genial”, ok?

- Ok, Rony! Agora, fala! – Hermione falou, extremamente curiosa e impaciente.

- Tá, tá! É o seguinte... – E Rony contou sua idéia para os colegas e Lupin, que ouviram atentamente.

- Hum... Não sei... Vocês acham mesmo? – perguntou Gina, pedindo a opinião dos outros.

- Bem, tem um certo fundamento, sim – respondeu Lupin, após muito pensar.

- É verdade, mas... Ah, sei lá! Não é muito óbvio, não? – perguntou Hermione, traduzindo a dúvida dos outros.

- Eu acho que pode, sim! Foi você mesma que falou, Mione: “Dumbledore não vai deixar algo impossível para gente”! – Exclamou Harry, agora entusiasmado.

- Eu sei que falei isso, mas é que... Bem, isso é fácil demais, não sei... – a garota continuava, olhando para os outros, a espera de uma opinião contra ou a favor. E essa veio por Lupin.

- Bom, agora que o Harry falou, até que a interpretação do Rony pode estar certa. Vejamos:

Estou imerso em minhas três características
Mesmo onde se aprende não sabem sobre mim
Estou preso em uma eterna escuridão
Refletindo o irrefletível
Estou me afogando, sem espaço para respirar
Dificilmente irá me achar

Sozinho nunca estarás pois estou contigo
Fomos feitos um pelo outro
Não sou sua alma nem consciência
Não tenho voz nem sentimento
Mas sempre ajo igual a você

Com olhos normais não poderá me ver
Mesmo que não acredite você gostará de mim
Sou o que quer e não o que tem
No mundo em que vivemos estou sempre perto de você
Não importa para que lado olhe estarei lá
Até mesmo no teto me verá

Para descobrir minhas características não pense em mim
Mas em meus irmãos de alma
E na imensidão infinita irei ficar
Com apenas belas vozes a me tocar
Até o momento que você me encontrar


- Bem, pelas partes destacadas por Rony, poderíamos montar um novo parágrafo. Alguém me passa um pergaminho, uma pena e um tinteiro? – pediu o ex-professor, no que Gina entregou-lhe tudo – Vou escrever apenas o que o Rony destacou:

“Estou imerso
Mesmo onde se aprende não sabem sobre mim
Estou me afogando, sem espaço para respirar
E na imensidão infinita irei ficar
Com apenas belas vozes a me tocar
Até o momento que você me encontrar”


- Acho que com essa “nova estrofe” podemos concluir uma ótima localização para o Espelho, não? – perguntou Lupin, esperando que os outros confirmassem.

- Claro... “Com apenas belas vozes a me tocar”. Os sereianos!! – exclamou Harry, abrindo um grande sorriso – Eu lembro deles cantando no fundo do Lago! A voz era incrível dentro d’água. Então, isso significa que o Espelho está realmente...

- Em Hogwarts! No Lago! – Nick praticamente berrou, muito feliz por conseguirem, finalmente, avançar com aquele Enigma.

- Exatamente, garotos! Muito bom, Rony – congratulou Lupin, sorrindo para o ruivo, agora novamente com tons avermelhados cobrindo-lhe as orelhas, enquanto todos lhe davam os “Parabéns”.

- Ok, mas e o resto do poema? Não podemos apenas ir para o Lago, sem saber o que nos espera! E se tiver mais alguma dica no poema?? Algum obstáculo, talvez... – falou Hermione, hesitando, sem querer “estragar” a felicidade dos colegas.

- Você tem razão, Hermione – falou Lupin, e depois virou-se para os outros – Vamos reler o poema. Tentem de tudo, inclusive a “técnica” do Rony ou qualquer outra coisa que vocês conheçam – comandou o ex-professor, no que todos reuniram-se novamente em volta do Enigma e se puseram novamente a pensar.

- Gente... – começou Hermione, chamando a atenção de todos – O primeiro verso fala de “três características”. Por que não tentamos descobrir quais são elas?

- É, pode ser uma boa idéia. Mas como vamos fazer isso? – perguntou Nick.

- Vejamos... A água pode ser uma característica, não? – chutou Rony.

- A água? Como assim?? – perguntou Hermione, confusa.

- Não sei, foi só um chute – respondeu Rony, sem graça.

- E mais um bom chute, Rony – falou Gina, com um sorriso aflorando em seu rosto.

- Sério? – Rony perguntou, espantado.

- Claro, mas só se pensarmos não na água em sim, mas em uma “propriedade” da água. – explicou Gina, mas ninguém parecia ter entendido – Bem, o reflexo é uma característica da água, não? A superfície da água reflete uma imagem, assim como o espelho o faz, ou seja, uma das três características citadas pode ser o Reflexo. Que acham? – perguntou, ao terminar sua “longa” explicação.

- Hum... – murmurou Lupin, refletindo sobre a hipótese da garota, assim como todos os outros – Faz sentido, sim! – falou, por fim, abrindo mais um largo sorriso.

- É, tem lógica, maninha – acrescentou Fred, bagunçando o cabelo da irmã, que apenas lançou-lhe um olhar do tipo “faça isso outra vez e sofra as conseqüências”.

- Certo, já temos uma característica! – repetiu Lupin, na tentativa de chamar a atenção de todos – Faltam duas, pessoal! Vamos lá!

- Bem, é óbvio que a segunda estrofe envolve uma característica, então... – falou Hermione, estendendo o papel com o enigma e apontando para a segunda estrofe:

Sozinho nunca estarás pois estou contigo
Fomos feitos um pelo outro
Não sou sua alma nem consciência
Não tenho voz nem sentimento
Mas sempre ajo igual a você


- Hum... Vamos pensar: “O que está sempre conosco?” – perguntou Gina, no que todos ficaram calados, sem saber o que responder.

- Nosso corpo? Consciência? Pensamentos? – Fred saiu chutando tudo que lhe vinha a cabeça.

- Não, “Não sou sua alma nem consciência”. Consciência tá eliminada, então – Hermione falou.

- Gente, vocês não acham que parece ser algo “externo” ao nosso corpo? – perguntou Gina, no que todos concordaram – Quem sabe... Nossa sombra? – ela murmurou baixinho, mas o suficiente para todos a ouvirem. Lupin a encarou curioso.

- Por que você acha isso, Gina? – perguntou Aluado.

- Bom, eu fui lendo cada estrofe e vendo se encaixava. “Sozinho nunca estarás pois estou contigo”, nossa sombra é algo que realmente nunca nos deixa. “Fomo feitos um pelo outro”, acho que não preciso dizer que nossa sombra depende da gente para aparecer, né? “Não sou sua alma nem consciência / Não tenho voz nem sentimento”, na última vez que chequei, minha sombra não tinha alma, consciência, voz nem sentimento, certo? “Mas sempre ajo igual a você”, ou seja, apesar de não ter nada disso, ela está sempre a nos “imitar”. Depois que analisei tudo isso, me pareceu óbvio que era a sombra, não? – explicou a ruiva, sob o olhar meio que espantado dos colegas.

- Novamente, faz sentido. Parabéns, Gina! – Lupin sorriu para a garota e foi a vez dela receber os “Parabéns” de todos.

- Bem, ainda falta uma característica... Ela está com certeza nessa estrofe:
Com olhos normais não poderá me ver
Mesmo que não acredite você gostará de mim
Sou o que quer e não o que tem
No mundo em que vivemos estou sempre perto de você
Não importa para que lado olhe estarei lá
Até mesmo no teto me verá


- Espera aí... – falou Nick arrancando o poema das mãos do Lupin – Acho que consegui entender a característica desse poema... Se dermos mais atenção a essas palavras... – falou enquanto sublinhava as palavras: normais, mundo e teto. – Dá pra perceber que elas estão soando estranho nas frases olhem só... “Com olhos normais não poderá me ver...”. Afinal o que seriam olhos ‘anormais’, mas fica com lógica se pensarmos em olhos normais como ‘olhos de trouxa’, certo? - falou em tom profissional olhando o rosto de todos e percebendo que todos estavam começando a entender o ponto de vista dela, mas é claro que Hermione parecia compreender bem mais – Bem, a palavra mundo também soa estranha porque todos nós vivemos em um único mundo, mas nós sempre separamos como mundo bruxo e mundo dos trouxas, não é? Mesmo sem existir nenhuma diferença, tirando a magia, é claro.

- Claro!! E se pensarmos desse jeito e prestarmos atenção na palavra teto, sendo que já sabemos que o espelho continua em Hogwarts, bem a única coisa que me lembra magia e teto, ao mesmo tempo, é o teto do Salão Principal. – falou Harry já com um meio sorriso estampado no rosto.

- ILUSÃO!!! É isso!!! O teto do Salão Principal é uma ilusão!!! Essa é a ultima característica!!! Pensem só, tem lógica. Água porque reflete, ilusão porque não é real e sombra porque imita tudo o que nós fazemos!!! É brilhante!!! – disse Hermione, empolgada, com os olhos brilhando.

- Ótimo! Parece que conseguimos mesmo as três características! – Lupin comemorava, enquanto todos jogavam as almofadas das poltronas pro ar e se abraçavam.

- Erh... Gente... – começou Rony, hesitando.

- Fala, Roniquinho! – gritou Fred, sem deixar de sorrir.

- Não me chama de... Ah, esquece! – Rony ia brigar, mas desistiu – Hum... Por que estão todos comemorando??

- Oras, Rony, você não ouviu?? Nós descobrimos as três características! – falou Harry, mais um que não parava de sorrir.

- Eu sei, mas mesmo assim... Nós ainda não pegamos o Espelho! Agora é que vem a pior parte, não? – falou ele, ficando um pouco vermelho ao redor das orelhas.

- O Rony tá certo... – falou Gina, meio aérea, se jogando na poltrona mais próxima.

- É... – Hermione se juntou a ruiva, jogando-se no sofá, no que todos acabaram fazendo o mesmo.

- Bem, por onde vamos começar? – perguntou Harry, referindo-se à ida ao lago.

****

Já estavam nadando há 15 minutos e ainda não tinham achado nada. Harry, Rony, Hermione, Gina, Nick e os gêmeos Weasley estavam nadando sempre olhando para os lados e para trás, por precaução, pois ninguém queria ser pego de surpresa por qualquer criatura que vivesse naquele lago. Após mais 20 minutos sem encontrar nada diferente, Harry começa a sacudir os braços, chamando a atenção dos outros, e apontando para um ponto mais à frente. Quando todos conseguem focar sua visão, percebem que mais à frente se encontra um penhasco. Os outros 6 se entreolham, numa muda pergunta de “Que lugar é esse?”. Então, Harry se dá conta de que os colegas não conhecem aquele lugar, afinal só ele passou por tudo aquilo na segunda prova do Torneio Tribruxo. Ele tentou explicar que lugar era aquele, mas aparentemente ninguém entendeu nada. Novamente, Harry fez sinal para todos o seguirem. Eles tinham que ver se havia alguma coisa na “vila”. Afinal, Dumbledore conhecia os sereianos muito bem, então, poderia ter pedido para que eles cuidassem do Espelho. Logo que eles deixaram o penhasco para trás, a “vila” tomou forma de repente. Harry continuou nadando e todos o seguiram. Alguns sereianos saíram para observá-los, mas nenhum deles se manifestou. “O Espelho deve estar mesmo aqui e Dumbledore provavelmente os avisou de que poderíamos aparecer para pegá-lo”, pensou Harry e parece que todos pensavam a mesma coisa, pois ninguém falou nada. Ou talvez estivessem admirados demais com a aparência dos sereianos. Quando chegaram ao que parecia ser o meio da “vila”, foram capazes de avistar um leve brilho no que provavelmente era o fim da mesma. Harry virou-se para os amigos:

- Acho que é lá, vamos? – Mas ninguém entendeu o que ele tinha dito, graças ao Feitiço Cabeça de Bolha que eles utilizaram para entrar no lago. Ao perceber isso, Harry começou a sacudir as mãos, apontando para o brilho e pra si mesmo. Logo, todos entenderam que deveriam ir até o estranho brilho. Quando estavam quase chegando perto de sua origem, todos sentem um solavanco e, de repente, perdem a consciência.



[Continua...]


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N/A - Nathy: ai está o capítulo, com muitos dias de atraso. Peço desculpas mesmo sabendo que ninguém lê essa parte e que já devem estar cansados de desculpas, mas sou obrigada a pedir. Dessa vez o que aconteceu foi que eu e a gabi nos esquecemos do dia de postagem e, quando nos demos conta, já tinha passado da data. Pelo menos, já tínhamos algo escrito, só completamos.

Obs: O próximo fica para entre os dias 4 e 9 do mês que vem. Prometo não esquecer dessa vez e nem ser tão má!!!

N/A – Gabi: Bem, a Nathy já disse tudo ^^”
Só queria pedir desculpas tbm (nossa... qntas desculpas, já tão de saco cheio, não? XD)
Anyway, a gente vai tentar postar na data da próxima vez ^^


BJUX, GNJT

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