A ESPADA ROUBADA
O clima na saleta quadrada, cobertas por artefatos de ouro e prata, do Ministro da Magia estava dos melhores. Hermione fingia que lia alguns memorandos, sentada na poltrona por detrás de sua mesa, coberta de papeis. À sua frente encontrava-se Harry, brincando sorridente com um tinteiro. Ao lado, numa mesa de maior imponência, discutiam Rufus e Arthur.
1 E então Rufus conseguiu decidir onde vai levar a Narcisa no natal?
2 Ainda não. Até por que tem o Draco também e eu não gostaria de leva-lo a um lugar no qual ele não se sentisse bem.
3 Rufus, por que você não passa com a gente lá em casa? – perguntou Arthur. - Você se importa Harry?
4 De forma alguma, vai ser legal.
5 E então Rufus? Aceita o convite?
6 Claro, para mim será ótimo, vou confirmar com a Narcisa e depois aviso vocês.
7 Combinado então. – disse Arthur – Mudando de assunto, outro dia vindo para o trabalho eu tive que passar pelo centro de Londres para ver uma coisa a respeito do trabalho, e não pude deixar de repara em uma loja que vendia uns aparelhos que eles chamam de Telesivão é uma espécie de caixa, mas haviam trouxas lá dentro, achei muito estranho, quando cheguei em casa ia comentar com vocês, mas acabei me esquecendo.
Harry, Hermione e até o Ministro não conseguiram conter o riso.
-Arthur, aquilo se chama televisão, e não telesivão. – explicou harry – e para os trouxas é um aparelho normal, ele transmite fitas mandadas por uma emissora, de programas ou filmes gravados para a diversão dos trouxas, uma espécie de passatempo.
-Ah – Arthur ficou sem jeito de continuar a perguntar a respeito da televisão por ser o único ali a não saber do que se tratava, então deixou a conversa para outro dia.
-Na minha juventude – disse o ministro – elas já existiam, mais as imagens eram em preto e branco, não eram coloridas como hoje em dia.
-Você foi criado em meio a trouxas ministro? – perguntou Harry.
-Eh.. ahh.. eu – o ministro de repente ficou sério.
Neste instante Hermione se levantou para ir até o outro lado da saleta para pegar um documento que precisava para terminar de redigir um relatório, no exato instante em que a porta se escancarou, e uma mulher com feições muito semelhantes a de um sapo gordo entrou na sala do ministro gritando, estérica, com um papel nas mãos, assustando a todos.
- O que foi Dolores? – Perguntou o ministro – O que está acontecendo?
-Senhor me desculpe, - disse Umbridge – chegou essa carta urgente de hogwarts, houve um problema por lá, uma coisa horrível.
-O Quê? – Harry arregalara seus olhos o máximo que se conseguia.
- Os quadros do Everardo e do Dippet não param de gritar que Hogwarts foi invadida.
O ministro se levantou afoito, sobre a mira assustada dos olhos de Harry, Arthur e Hermione. Rufus apanhou a carta, já aberta, das mãos da mulher e leu pavoroso, quando terminou de ler disse:
-Harry, acho que você terá que visitar outra vez a sua antiga escola – e lhe entregou a carta.
“Caro Ministro da Magia, Rufus Scrimgeour.
Um rapto muito grave ocorreu dentre as paredes do Colégio de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
Os quadros dos ex-diretores encontravam-se numa grande eufonia quando voltei a minha sala, depois de ir socorrer o aluno Denis Creevey que caíra da escada, ontem à noite.
Fineus Nigellus me contou que o outro irmão Creevey, Collin Creevey, esteve pouco antes em minha sala e retirou a espada de Grinffyndor do suporte e saiu carregando-a, o professor Remo Lupin constatou que os alunos estavam sobre efeito da maldição Imperius. Mas não encontramos mais a espada com o aluno, ela simplesmente desapareceu.
Necessitamos de sua ajuda,
Atenciosamente, Diretora Minerva McGonagall”.
Passando a carta para as mãos de Hermione, Harry se levantou e pegou sua capa, Hermione ainda disse que gostaria de ir junto, mas o ministro pediu a ela que ficasse e redigisse um documento sobre o que estava acontecendo para entregar na seção de aurores o mais rápido possível e disse a Harry para pedir que Tonks lhe acompanhasse.
Harry concordou, desceu até a seção de aurores e chamou Tonks lhe explicou o que estava acontecendo quando terminou ela exclamou:
-Mas Harry, como isso foi acontecer?
-É isso que eu pretendo descobrir lá hoje, vamos, ande logo, não podemos demorar.
Eles se dirigiram até fora do ministério, de onde aparataram até Hogsmead, se dirigiram até os portões da escola e nem precisaram fazer a “chuva de faíscas” para que alguém abrisse os portões, a diretora já lhes esperava lá.
-Que bom que chegaram.
-Como foi que tudo aconteceu?
-Esperava que você pudesse me dizer, Harry.
-Minerva, eu gostaria de ir até sua sala falar com o quadro do Fineus e gostaria que você chamasse os irmãos Creevey, gostaria de falar com eles também.
-Ok Harry, venha comigo.
-Tonks, me faça um favor? – pediu Harry – vá até a sala de Minerva com ela e fale com o Fineus eu vou falar com os Creevey, não podemos demorar.
-Claro Harry.
-Harry, os Creevey já estão te esperando no saguão de entrada, eu imaginei que você fosse querer falar com eles. – disse Minerva – Tonks o Prof. Flitwick vai te acompanhar até a minha sala, eu ficarei no saguão com o Harry.
Chegando no saguão eles encontraram o prof. Flitwick e os irmãos Creevey. O antigo professor de feitiços de Harry subiu as escadas com Tonks deixando Harry, Minerva e os dois alunos.
-Harry, desculpe – disse Colin – nós não fizemos por mal.
-Éh Harry, não foi nossa culpa – completou Denis – Não fique com raiva de nós, por favor.
-Ei, calma, os dois – disse Harry – Eu não estou bravo com ninguém, Colin, qual é a ultima coisa que você se lembra?
-Eu me lembro de estar em Hogsmead, com o Denis, e de repente eu vi o.. Prof. Snape eu tentei correr, e gritei para o Denis correr também, mas assim que eu comecei a correr ele lançou uma maldição, que me acertou, mas eu não ouvi bem qual foi e depois, me lembro de acordar na ala hospitalar, sinto muito Harry, é só o que eu me lembro.
Mas nesse momento a ficha de Harry caiu.
-Aquele canalha estava em Hogsmead? – explodiu de raiva – EU ESTAVA LÁ. Eu vi vocês, notei que estavam estranhos, mas nunca imaginei, droga, se eu não fosse tão desraído nada disso teria acontecido, eu deixei ele conseguir o que queria de novo, eu não consegui impedir ele de novo.
-Calma Harry – disse Minerva – não se culpe, não foi sua culpa, você não tinha como saber e você também não carrega o peso do mundo nas costas, não exija tanto de si mesmo.
- Desculpa professora, eu perdi a cabeça, eu já não agüento mais tudo isso, você Denis, qual a última coisa que se lembra?
-Eu me lembro do mesmo, estava andando com o Colin em Hogsmead, estava destraido então ouvi o Colin gritar “CORRE DENIS”, ergui a cabeça e vi o prof. Snape parado com a varinha apontada para o meu irmão, que estava correndo, de costas, me virei e corri, então ouvi ele gritando “IMPERIUS”, nisso o Colin se jogou em cima de mim e ficou me segurando, eu pedia para ele não fazer isso, para ele me soltar e correr, mas ele me olhava como se nem estivesse me ouvindo, então o Snape ergueu a varinha e eu me lembro de acordar na ala hospitalar, me desculpa Harry, eu não queria fazer nada disso.
-Ei, vocês dois – disse Harry, - parem de pedir desculpa, eu sei que a culpa não foi de vocês, não se preocupem.
Nesse instante Tonks estava descendo as escadas com o Prof. Flitwick.
-E então Tonks, como foi lá? – perguntou Minerva.
-Ele não disse nada de muito importante. – respondeu Tonks – disse que estava dormindo e ouviu um barulho, a principio achou que fosse Minerva, mas quando abriu os olhos viu o Colin se esforçando para pegar a espada, quando ele conseguiu, Fineus perguntou o que ele queria com aquela espada, ele respondeu que Minerva tinha pedido a ele que pegasse, Fineus que ainda estava meio sonolento, nem desconfiou de nada, e voltou a durmir.
-Bom, acho que não temos mais nada a fazer aqui, obrigada a todos, - disse Harry, - vamos Tonks?
-Vamos.
-Vou acompanhar vocês até os portões, obrigada por tudo – disse Minerva – ahh Harry, Tonks, a espada era a última coisa que Grinffyndor deixou, isso não podia ter acontecido, e como se não bastasse isso, o professor Slughorn veio se queixar comigo esses dias que suas poções dellusione estão desaparecendo, estou tão preocupada com o que está acontecendo nessa escola.
-Calma Professora, eu vou encontrar a espada e vou trazer ela de volta para cá, lugar do qual ela nunca deveria ter saído, é uma promessa.
-Obrigada Harry, obrigada Tonks.
Tinham chegado aos portões.
-Imagina Minerva – disse Tonks – e qualquer coisa suspeita, chame imediatamente.
-Professora – disse Harry – imagino que a senhora não vá poder passar o natal conosco, não é?
-Não harry, eu adoraria, e muito obrigada pelo convite, mas tenho que permanecer no banquete.
-Ok então professora, temos que ir, até mais ver.
E aparataram.
Ao desaparatarem nas mediações da velha cabine telefônica, Harry e Tonks apertaram-se e Harry digitou a seqüência, já tão conhecida de qualquer bruxo que trabalhasse por lá, 6 2 4 4 2, o único auror que ainda não havia decorado a seqüência era Tonks, com seu modo desligado de ser. Ao chegarem ao Átrio passaram direto até o elevador sem falar com ninguém e subiram, Tonks foi para sua sala redigir um relatório e Harry subiu até o gabinete do ministro.
- Com licença, Sr. ministro? - Perguntou Harry adentrando a saleta, onde Hermione o olhou ansiando por notícias.
- Sim.. sim, já voltaram?! Conseguiram descobrir algo? - Rufus inquiriu desastroso derrubando um tinteiro.
- Acho que estamos na mesma, ou melhor, as coisas estão piorando, lembra Mione, como os Creevey estavam agindo estranhamente no domingo em Hogsmeade? – Harry virou-se para a amiga, que anotava cada palavra.
- Lembro sim, para quem era seu fã número um em Hogwarts, o Colin estava lhe renegando, nem sequer te cumprimentou.
- Eles estavam sobre a Maldição Imperius... – Rufus e Hermione deixavam um assombro transparecer em seus olhares. – O Snape esteve lá em Hogsmeade naquele dia. Se eu ao menos tivesse notado a espada estaria no lugar de sempre agora e para piorar as coisas, a Minerva disse que andam sumindo poções Dellusione do Slughorn. - Harry explicou.
- Que ótimo, já não bastava o roubo da espada, agora até poções sendo roubadas. - Rufus colocou contrafeito, sentando-se novamente em sua poltrona.
- O que você acha disso, Harry? - Perguntou Hermione tirando seus olhos por um minuto do pergaminho.
- Acho que o Snape pode estar mais perto do que deveria estar dos segredos do espelho...
- Não é disso que eu estou falando, você acha que o Snape está ligado com os roubos das poções?
- Não, não tenho certeza, para que o Snape roubaria uma poção, sendo um mestre no assunto?!
- Tomara que ele pelo menos respeite o feriado que esta por vir, que ele não estrague a comemoração de natal de ninguém. - Disse Rufus acomodando-se.
Com isso deram-se as explicações por encerradas.
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