VELHAS AMIZADES
O barulho de pessoas correndo e gritando pelo corredor onde se situava a saleta de Scrimgeour crescia cada vez mais, ao ver de Harry, que matutava algo em sua mente para capturar Snape de volta. Sr. Arthur e Rufus discutiam um plano que Harry mal escutava, seus pensamentos estavam longe, “Onde ele pode ter ido?” não parecia está ali sentado a uma cadeira de carvalho presenciando aquela pequena discussão dos superiores.
- O que acha, Potter?! – Scrimgeour mirava agora o olhar profundo e insano do garoto.
- Acho? Ãh?! Desculpem, eu estava...
- Harry, nós estamos lhe colocando em algo difícil, quero que saiba que não estamos jogando o fardo em suas costas! – Arthur era quem se pronunciava agora ao ver o desconforto na face de Harry.
- Não, Senhor! Estou bem, estava pensando apenas em como Snape poderia ter fugido de Azkaban – Harry tentava se concentrar naquela sala, o que não era fácil.
Os antigos ministros que ainda não tinha saído ao encontro de novas informações em outros departamentos, empedravam seus olhos em Harry, na expectativa do garoto fazer algo que viesse a ser útil naquele momento, isso deixava o garoto ainda mais desconcertado.
- Que tal irmos para casa, Harry? – perguntou o Sr. Weasley percebendo que aquela situação estava sufocando o rapaz, Scrimgeour não parecia aprovar a pergunta de Arthur ao manifestar os cílios.
Recebeu em resposta um vago aceno de cabeça.
- Mas e o Snape? O espelho? Pensei que o Harry...
- Scrimgeour, o Harry está atormentado com isso, será bem melhor ele ir para casa pensar nisso tranquilamente.
- É Harry?! – Perguntou Rufus na esperança que o garoto negasse.
- Sr. Ministro, adoraria tirar as conclusões disso em casa... – Encarou um velho grisalho que não piscava a um quadro em sua frente.
Harry e Arthur voltara todo o percurso que fizera há minutos antes, até saírem dentre a correria do ministério , estava apreensivo, tanta coisa acontecendo com ele. "Como sempre aconteceu, não é, Harry?", pensou ele. Estava tentando adivinhar como Snape, uma das pessoas na qual ele mais odiava, conseguiu fugir de Azkaban e além disso, roubar o famoso espelho de Ojesed, onde uma vez Harry vira seus pais.
Os dois agora aparatavam detrás de duas árvores gêmeas que serviam de aro para os jogos de quadribol dos domingos de verão, em seguida penetraram a pequena cerca que rangia com o balançar. Arthur segurou Harry nos ombros, e falou-lhe:
- Harry, você sabe quanto você é importante para nós. Você sabe o quanto você é forte e corajoso. Mas não deixe que isso o iluda. Os comensais também são poderosos e estão em um número grande, o Snape é muito perigoso. Aconselhe-se conosco, peça ajuda no que precisar e não, por favor, não... – o bruxo de cabelos ruivos segurou com mais força os ombros de Harry – não aja sozinho. Nós somos a Ordem, devemos agir em equipe.
- Sim senhor! – Exclamou o garoto usando Oclumência.
- Não precisa ler sua mente para saber o que se passa em sua cabeça, rapazinho! – Arthur dera um pequeno sorriso ao garoto.
Harry e Arthur foram recebidos na porta por Dobby que reverenciava o garoto como não cansava de fazer.
- Xeque-mate, Mione! – Rony acabara de vencer pela décima vez para Hermione no Xadrez.
O casal estava sentado ao chão da sala e rapidamente levantaram ao ver Harry e Arthur entrarem.
- Xadrez-Bruxo?! – Perguntou Arthur olhando ansioso o tabuleiro.
- Sim papai, estava ensinando a Hermione. – Disse Rony recolhendo as peças a um saquinho perola.
- Harry... – Hermione gritara o amigo que já seguia o caminho da escada. – Espere!
- O que houve? – Perguntou ele prepotente.
- Seus resultados dos NIEM’s! – Disse a garota mostrando um belo sorriso e entregando o envelope que acabara de tirar do bolso.
Ninguém na sala falou. Por fim, Harry apanhou o envelope retirou o lacre, abriu ligeiro e desdobrou o pergaminho que havia dentro. Olhou de cima a baixo sem demonstrar nenhuma expressão de felicidade ou tristeza, os demais ficavam cada vez mais impacientes.
- E ai, Harry, Passou?! – Perguntou Rony chegando ao lado de Hermione.
- Veja você mesmo. – Entregou de volta a carta a Hermione e subiu as escadas.
Arthur se juntou ao casal tentando achar uma brechinha entre os braços de Hermione.
RESULTADOS OBTIDOS POR HARRY POTTER
Adivinhação - E
Astronomia - O
Defesa contra as artes das trevas - O
Herbologia - O
História da Magia - O
Poções - O
Transfiguração - O
Trato das Criaturas Mágicas - Não Realizado
PS: Admiramos seu conceito na teoria sobre a matéria Poções, feitiços simplificados e extremamente corretos! E sua evolução diante os resultados é magnífica!
Excelente! Parabéns por sua aprovação!
“Atenciosamente, Sra. McGonagall”
- Nossa! – Exclamou os três em coral.
Hermione passava os olhos nos seis Ótimos de Harry, enquanto Rony lia atento o comunicado que havia em observação na barra.
- O Harry é realmente excelente! – Disse Arthur deixando o casal a sós ao pé da escada e vendo Harry subir ao topo da escada.
O filho de James e Lílian não parava um segundo de pensar em como tirar Snape literalmente de suas vidas, ele não suportava mais o fato de alguém como aquele bruxo ainda ter espaço pelo mundo. Pensava no sonoro ‘avada kedavra’ solto por Snape na torre de Astronomia a anos atrás, nas covardias que aprontava com seus aliados.
- Harry... – Hermione chamava detrás da porta do quarto onde Harry refletia suas idéias. – Podemos entrar?
- Sim, claro! – Respondeu após alguns segundos.
Hermione adentrara o quarto vagarosamente seguida por Rony que não parava de olhar as notas de Harry.
- Hermione? Onde consigo uma penseira?! – Perguntou o garoto com to irônico.
- Não é fácil, Harry, existem poucas pelo...
- Não precisa começar com essa aula, perguntei sem interresses. – Hermione se calou no mesmo instante.
- Harry... – Rony falava pausadamente. - onde você conseguio tantos Os. – Encarou.
- Realmente não sei, Rony, eu não esperava todo esse rendimento! – Sorrio para o amigo. – E vocês, como se saíram?
- O Rony passou, incrivelmente...
- Não passei ‘incrivelmente’, tirei até um Ótimo!
- Que bom, Rony! – Disse Harry observando os amigos aos pés da sua cama. –E você, Hermione, todos os Os?
- Não, Harry! – Disse a garota com a cabeça baixa.
- Ela tirou ‘E’ em DCAT!
- Nada mal! – Riu
Hermione e Rony pareciam bem desconfortáveis ali em pé, admirando Harry deitado de costa pra sua cama.
- Ah, Harry, como foi no ministério? Muito trabalho? – Hermione apertava a mão do namorado.
- Alguns, logo vocês ficaram sabendo!
- Sabendo o que? – O casal protestou.
- Do que esta acontecendo lá fora!
- Olha Harry, há muito tempo que você vem nos tratando assim, não tem como disfarçar e empurrar isso tudo pra debaixo do tapete – Hermione engoliu um seco e continuo apertando ainda mais forte a mão de Rony. – Você anda nos excluindo de tudo, não conta mais nada a gente, fica isolado aqui nesse quarto e malmente nos da um ‘bom dia’? Por que isso Harry? Eu não entendo! – Os olhos de Hermione não conseguiram segurar os finos pingos de lagrimas enquanto a face de Rony ficava nostálgica e pálida.
Harry parou o olhar encarando a amiga, coçou os olhos por dento dos óculos, tentava conter a emoção e o choro. Os soluços de Hermione eram o único som naquele quarto.
- É isso, Harry, queremos você de volta! Desde a morte... da Gina, você vem se comportando como um trasgo, somos seus amigos caso não lembre! – Rony agora abraçara Hermione fortemente.
- Sinto muito, eu não sei o que dizer. Vocês são as únicas coisas que ainda me restam, não quero perde-los – Agora não segurava mais as lagrimas. – Não quero colocá-los em perigo, agora ainda então com a fuga de Snape, não posso deixar as pessoas que gosto morrerem por mim...
- O Snape fugiu? – Os olhos de Hermione e Rony se encheram de terror e medo o que abafara os soluços.
- Sim, hoje cedo! E roubou sob os olhos do ministério o espelho de Ojesed, não posso arriscar a vida de vocês...
- Harry, você não vai arriscar as nossas vidas, nós queremos apenas te ajudar, sua coragem muitas vezes o salva de muitas situações perigosas, mas também o cega quanto ao limite de suas capacidades, todos temos que ter amigos e aliados. Não seja teimoso.
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