Esclarecimentos



CAPÍTULO X. ESCLARECIMENTOS

- Remo, abra já essa porta!

Ela já estava repetindo essa frase há uns cinco minutos. De tanto bater na porta, ela conseguiu estourar duas veias. A garganta doía, de tanto gritar pelo noivo. Ela estava morrendo de vergonha por saber que essa baixaria toda tinha platéia. Sentiu uma mão pousar levemente no seu ombro. Virou-se para encarar Severo.

- Ele não vai abrir. – Ele disse, com um olhar triste. – Vamos para o quarto para que você possa, pelo menos, se vestir.

- Severo, eu...

- Você não vai ganhar nada ficando nua no meio do corredor. – Ele a interrompeu, impaciente. Depois suspirou e continuou a falar, dessa vez, mais gentil. – E nós precisamos conversar.

- É, eu acho que você tem razão.

Os amantes se encaminharam silenciosamente para o outro quarto. Ela, ao entrar, pegou a roupa que estava espalhada no chão e foi se vestir no banheiro. Assim que ela entrou no banheiro, Snape vestiu as suas tradicionais roupas negras. Ela saiu do banheiro. Ele se aproximou dela. Os dois passaram um tempo só se olhando, até que Severo rompeu o silencio.

- Eu tenho que pegar o trem para Hogwarts logo. Não tenho muito tempo, portanto, vou ser direto: Fique comigo. – Ele se aproximou mais e tocou o rosto dela com a ponta dos seus longos dedos. – A casa que nós compramos em Hogsmeade ainda está lá. Quer dizer, eu não vendi. Ela está exatamente do jeito que você deixou. Eu nunca mais voltei lá... Ainda é a nossa casa.

- Severo, eu tenho um compromisso! Eu não posso simplesmente largar tudo que tenho de concreto por um sonho do meu passado! Além de tudo, eu adoro Remo! Não seria justo com...

- Eu não sou justo! – ele interrompeu. Rachel sentiu os seus olhos se encherem de lágrimas. – Escute: Irei passar esse fim de semana na nossa casa. Se você aparecer lá, é porque quer ficar comigo. Nós podemos recomeçar a nossa vida exatamente no ponto em que paramos, como se nada tivesse acontecido. Se você não for, eu vou aprender a respeitar a sua escolha e nunca mais vou importunar você ou o lobisomem. Você tem uma semana para pensar. – Ele se inclinou e deu um beijo rápido nos lábios de Rachel. – Eu tenho que ir.

E saiu. Ele sequer deixou Rachel dizer o que pensava do que ele tinha dito. Não deixou nem Rachel perguntar o que exatamente ele sentia por ela. Não deixou nem Rachel dizer o que sentia por ele... Mas... O que Rachel sentia por ele? Ela não sabia. Mas certamente era mais forte do que o que sentia pelo noivo. Disso ela não tinha dúvida.

Ela também saiu. Foi para o quarto de Lupin, e não o deixaria em paz antes de conversar. Encontrou a porta do quarto entreaberta. A empurrou devagar. Entrou cautelosamente. Remo estava jogado numa poltrona... Ele tinha chorado, ela percebeu. Ele a olhou. Ela viu tristeza e raiva nos olhos dele. Aproximou-se mais e se ajoelhou em frente a ele.

- Será que podemos conversar agora?

Ele respirou fundo e desviou o olhar. Ele parecia ainda não querer acreditar no que vira há algum tempo.

- Remo?

- Desde o dia eu nós chegamos aqui, eu soube...

A voz dele era calma. Ele ainda não voltou a encará-la. Ela falou, olhando-o carinhosamente.

- Você soube de que?

Agora ele voltou a olhá-la. O olhar dele era tão intenso que ela teve vontade de chorar. Ela estava com pena, e se odiava por isso. Não há sentimento pior do que a pena.

- Eu soube que aquele homem ia acabar com os nossos planos.

- Então... Acabou mesmo?

Ele soltou uma risada alta e sem alegria. Levantou-se da cadeira e passou as mão pelo cabelo. A tristeza sumiu do olhar dele. Agora só tinha raiva. Rachel também se levantou e se virou para encará-lo.

- E o que você esperava, Rachel? – Ele sentia vontade de gritar, mas conseguiu controlar o tom de voz. Ele agarrou o braço dela e a aproximou dele. – O que você queria? Me diga! – Ele apertou mais o braço dela. – Você queria que eu fingisse que nada aconteceu? Que eu fingisse que você NÃO me traiu? Que você NÃO dormiu com um outro homem? – Ela chorou baixinho. – O que você faria, Rachel, se eu tivesse te traído? Você me perdoaria? – Ela não disse nada. Ele apertou ainda mais o braço dela e a puxou para mais perto. – RESPONDA!

- VOCÊ ESTÁ ME MACHUCANDO!

Ele soltou o braço dela e se afastou, tentando se controlar. Ela enxugou as lágrimas e tentou parar de chorar.

- Responda. – ele disse, de uma forma que lembrava muito Severo.

- Eu... – Não. Ela sequer pensaria em perdoar. Essa foi a primeira vez que Rachel se colocou no lugar do noivo... E não era muito bom. Ela pensou em como ele deveria estar sofrendo. Não sabia o que dizer. – Eu ainda quero ficar com você.

- Por que Rachel? – Ela se surpreendeu com a pergunta. Ela abriu a boca para responder, mas ele não deixou. – Deixe que eu respondo! Você quer ficar comigo porque você assumiu um compromisso! E a grande e responsável Rachel nunca quebra um compromisso! Não é isso? – Mais uma vez, ela tentou responder, mas ele não deixou. O tom de voz dele estava subindo lentamente. – NÃO, Rachel! NÃO é isso! Você quer continuar comigo porque você é covarde! Sempre foi! Você quer ficar comigo porque não tem coragem suficiente para trocar o certo pelo duvidoso! Comigo você teria uma vida: marido, filhos, emprego, felicidade! Tudo! Tudo que você precisasse, eu poderia te dar! E você sabe disso! E com ele? O que você tem? Absolutamente nada! Ele pode te deixar a qualquer momento, sem sequer pensar nos seus sentimentos! Ele fica entre a vida e a morte todas as vezes que ele sai para se encontrar com você-sabe-quem. Ele pode morrer a qualquer momento! E você sabe disso! E não tem coragem para enfrentar isso! Você nunca teve coragem! Você não teve coragem para escolher uma carreira, aceitando o que um professor que você odiava te disse! Você não teve coragem de enfrentar ele quando você recebeu a carta da universidade e não queria ir! Você não teve coragem de dizer não para mim quando percebeu que ainda queria ele! E você não teve coragem de dizer não para ele ontem à noite! Você está sempre procurando o caminho mais fácil, Rachel! O caminho que os outros fazem para você! Quer saber de uma coisa? Cansei! Já está mais do que na hora de você crescer, Rachel! Pare de ser essa menininha mimada e cresça! Tome as suas decisões! Pare de procurar a aprovação de todo mundo! Faça o que você quer, e não o que você acha que é prudente! Vire uma mulher e toma as suas decisões, pelo amor de Merlin!

E ele parou, ofegante. Rachel se sentou e abaixou a cabeça, chorando silenciosamente. Não tinha mais o que conversar. E Lupin tinha razão: ela era uma menininha mimada que não conseguia tomar decisões. Que tinha medo de viver e se machucar. Lupin se sentou na cama, esperando uma reação dela.

Depois de alguns poucos minutos, ela enxugou as lágrimas, tirou a aliança do dedo, se levantou, foi até Remo, se ajoelhou e o entregou o anel.

- Eu acho que isso pertence a você.

- É, pertence – Lupin arrancou o anel da mão de Rachel, sem olhar para ela.

- Eu... – Ela mordeu o lábio, sentindo vontade de chorar de novo. – Eu tenho que te dizer... Eu... Eu realmente te amei. De verdade.

A expressão no rosto de Lupin se modificou lentamente. Ele então quase exibiu um sorriso. Carinhosamente colocou a mão no rosto de Rachel, enxugando uma lágrima que caia.

- Eu sei.

- E... Eu queria muito... – Ela fechou os olhos, tentando parar de chorar. – que você... Pelo menos... Não me odiasse.

- Eu não odeio.

- Nem tivesse raiva... Ou guardasse rancor.

- Talvez com o tempo.

- Eu... – Ela retirou lentamente a mão dele que ainda estava no seu rosto e se levantou. Ele a seguiu. – Bom, eu espero que você encontre logo alguém que mereça esse anel.

- Adeus, Rachel.

- É! Adeus.

Eles se abraçaram. Ela depois pegou sua mala e saiu, deixando Lupin sozinho no quarto. Ela levou a mala para o quarto onde ela e Snape tinha passado a noite e trocou de roupa. Já estava mais e duas horas atrasada para o trabalho. Desceu as escadas correndo. Graças a Merlin, a única pessoa que estava na sala era Molly Weasley, que parecia estar muito preocupada.

- Você está bem, Rachel, querida?

- É, mais ou menos... Molly, me desculpe pelo escândalo. Diga a todos que eu mandei um abraço.

XxXxXxX

Reviews, por favor!

Penúltimo capítulo... No próximo, acaba!

Sarah-Lupin-Black: Hehehehe! Acho q vc vai ter q brigar com um resto das meninas pra saber com qual d vcs o Remo vai ficar!!! Hehehe!!!

Anita McGonagall: É, o Sevvie é irresistível!!! Bjus!!!

Sheyla Snape: Ai!!! Minha leitora favorita!!! Seja bem-vinda, sempre!!! A tortura tem mais nem graça – jah está acabando!

Menina Emilia: Sabia, sim. Ó – Cap. 1:

- Então, o que você faz? – ele perguntou.

- Trabalho com venenos. E você? – ela respondeu sorrindo.

- No momento, nada. Tenho que pedir permissão para poder trabalhar. E é isso que estou fazendo aqui.

- Permissão para trabalhar? – Ela estreitou os olhos, curiosa. – Por que? Não-humano ou criminoso?

- Eu... – Demorou um pouco, receoso. Pareceu tentar escolher as palavras. – Sou um lobisomem. – Ele esperou alguma reação. Esperou que ela desse alguma desculpa esfarrapada e saísse dali, ou ao menos, uma cara de espanto. Mas ela apenas continuou ali com ele, sorrindo, como se falar com um lobisomem fosse uma coisa normal. Ele gostou disso. – Você não tem medo?

- Não. Deixei de ter medo de lobisomens no meu primeiro ano em Hogwarts. Parece que tinha um garoto, no sétimo ano, e... bom, diziam que ele era um lobisomem. Como ele nunca fez nada com ninguém, perdi o medo. Como era o nome dele?... – perguntou para si mesma tentando lembrar - Remo... Lupin! É isso! Remo Lupin! - Ela percebeu que o homem ficou estático, lívido. - Eu disse algo errado?

- Eu sou Remo Lupin.

- Oh! - Ela sorriu, sem-graça. - Que mundo pequeno! Eu sou Rachel Silverstone. É um prazer conhecê-lo.

- O prazer é todo meu.”

Paula Lírio: Ué?! Mas ele naum eh corno, mesmo?! Brincadeirinha!!! Hehehehe!!!

Mary Granger: Hehehehe!!! Lobo com chifres!!! Essa é boa!!! Hehehe!!! Qto A Assassina... Naun eh dica, naum... É propaganda, mesmo!!! Se vc agüentar ler essa fic, deixa uma review, OK? Bjus!!

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