A Difícil Decisão
CAPÍTULO XI. A DIFÍCIL DECISÃO
- Em resumo, foi isso que aconteceu.
Ela tinha passado a última meia hora tentando explicar porque tinha se atrasado para Paul e Stephen. Ocultando, é claro, a parte que Snape é um comensal da morte que trabalha como espião para Dumbledore. E escondendo a Ordem da Fênix, também.
- Deixa eu ver se entendi, Pequena – Stephen se aproximou, intrigado – Você, em quatro dias, se desapaixonou pelo amor de sua vida porque encontrou um namorado antigo. E você dormiu com ele.
- Você não entendeu, meu caro Stephen – Paul falou. – Esse cara não é um ex-namorado. Ele é O ex-namorado. – Ele se virou para Rachel. – Ele é o cara que morou com você e por quem você era perdidamente apaixonada, não é?
Rachel respirou fundo e assentiu. Paul começou a rir. Stephen se aproximou dela, indignado.
- Eu pensei que você tivesse mais autocontrole, Rachel!
- Ótimo, Stephen! Me desaprove! Me julgue! É tudo que eu preciso no momento!
Paul, ainda gargalhando, disse algo como ‘deixa ela em paz’, mas ninguém conseguiu entender. Stephen disse.
- Me desculpe, Pequena, mas você ESTÁ errada! – Ela xingou e se virou para o outro lado, com raiva do amigo. – O que você vai fazer agora?
- Pedir uma licença de uma semana, ir para Suíça, colocar meus pensamentos em ordem.
- Ei! – Paul finalmente parou de gargalhar. – Por que você não vai para a casa do ex? Ele te convidou! E você vai ficar com ele... Não vai?
- Claro que não! – Stephen respondeu por ela – Ela vai esperar a poeira baixar e tentar novamente com o noivo! Não vai?
- Não! – Ela respondeu olhando para Stephen. Depois olhou para Paul e continuou. – E não! Eu não vou ficar com nenhum dos dois!
Os dois a olharam, perplexos. Stephen suspirou e saiu da sala. Paul, agora muito sério, se aproximou dela.
- Típico!
- O que? – Ela pensou que ele estivesse falando da atitude de Stephen.
- Você! Fugindo! Como sempre! – Rachel ergueu uma sobrancelha. – O problema aparece, você tira o corpo fora! Cada centímetro do seu corpo quer ir correndo para aquela casa de Hogsmeade e esperar pelo cara que é o homem da sua vida! Mas você não vai, porque isso machucaria o seu ex! E desagradaria os amigos que vocês têm em comum! Sem falar no pessoal da casa que você passou esses quatro dias! Quer parar de pensar nos outros e pensar só um pouquinho no que você sente?!
- Dois sermões no mesmo dia sobre o mesmo assunto não dá! – Ela suspirou e foi para a mesa, pegar alguns papéis.
- Então para de ter medo de viver!
XxXxXxX
Manhã de sábado.
Pela primeira vez em anos, Snape abriu aquela velha casa em Hogsmeade. O cheiro de mofo estava quase insuportável... E não seria ele quem iria limpar! Mas tudo tinha que estar perfeito quando Rachel chegasse... Se ela viesse.
Ele entrou na casa e levou a pequena mala que ele tinha trazido para o quarto. Ele observou que vários móveis teriam que ser trocados... Para começar com a cama... Na verdade, tudo de madeira. Ele começou a espirrar. Era melhor chamar logo alguém para limpar tudo.
Ele foi até o Três Vassouras, que estava sendo aberto agora. Perguntou à Madame Rosmerta se tinha alguém por perto que pudesse fazer uma boa faxina. Ela indicou uma mulher que poderia fazer a limpeza da casa... E disse que a mulher fazia rápido.
Ele chamou essa mulher e a deixou limpando a casa, enquanto ele comprava os moveis que estava precisando.
XxX
Ela acordou no quarto de hotel na Suíça. Era sábado. O prazo dado por Severo tinha começado a passar. Ela se lembrou de tudo... Paul estava certo. Cada centímetro do corpo dela queria estar ao lado de Severo. Mas, mesmo assim... Ele também estava certo quando disse que ela tinha que começar a pensar nela, só para variar... E para ela, o melhor era ficar sem ele! Ela tinha certeza que encontraria outra pessoa. Logo já não pensaria mais nele!
Então ela decidiu! Iria tomar uma decisão que só agradaria a ela: Não iria. Não voltaria para Severo. Ficaria só, e, a partir de então, pensaria só no que fosse melhor para ela! Decidida, ela se virou e voltou a dormir.
XxXxXxX
Manhã de Domingo
Severo acordou com uma terrível dor nas costas. Viu que tinha dormido no sofá, esperando por Rachel. Ela não tinha vindo. E algo nele dizia que ela não viria. Mas ele procurou afastar esse pensamento... Tinha que afastar esse pensamento. Por que diabos ele precisava tanto dela? Ele se levantou com raiva e foi preparar algo para comer.
XxX
Ela acordou, sorrindo. Arrastou o braço para o outro lado da cama. Sentiu-se frustrada quando percebeu que não havia ninguém lá. Ela tinha sonhado com Severo a noite toda... Que eles estavam fazendo amor... Foi tão... real. Ela respirou fundo, tentando afastar a lembrança do sonho. Lembrou-se que ele estava esperando por ela. Pensou em como a expectativa deveria ser horrível. Decidiu escrever uma carta para ele, rezando para que esta chegasse o mais rápido possível.
XxXxXxX
Noite de Domingo
Severo já tinha perdido todas as esperanças. Ele já estava com a mala na mão, pronto para sair da casa, quando viu uma coruja se aproximar da janela... Era a coruja de Rachel! Ele reconheceu imediatamente. Sorriu. Pegou a carta.
“Severo
Eu sonhei com você ontem. A noite inteira. Foi maravilhoso. Mas, então, eu acordei. Eu acordei e percebi que tudo não passou de um sonho. Que tudo foi uma mera lembrança do tempo que nós passamos juntos. Que a felicidade que eu senti enquanto estava sonhando com você, sumiu quando eu acordei, e deu lugar a uma tristeza enorme e a um sentimento de solidão que ninguém pode imaginar. Então, eu pensei: E se tudo... Se tudo que você pensa sentir não passe de, como o sonho, uma lembrança daquele tempo que eu estive com você? Eu pensei mais um pouco, e cheguei à conclusão que sim, tudo é apenas uma lembrança.
Os momentos que eu passei com você... A vida que nós dividimos... Foi tudo... Maravilhoso. O tempo que eu passei com você foi o tempo mais feliz da minha vida. Eu não consigo me lembrar de um outro homem que tenha me feito tão feliz como você me fez. Com você, eu me sentia completa. Eu nunca mais me senti assim. Mas acabou.
Infelizmente, nossas vidas tomaram rumos completamente diferentes. Não dá
mais pra juntar de novo. A nossa história foi linda... Mas acabou com dor. Uma dor que eu estou sentindo novamente, agora... Mas que eu sei que vai passar... Uma dor que eu não pretendo sentir mais uma vez... Eu te amo tanto que prefiro ficar sem você, a te ter e te perder em seguida.
Jamais te esquecerei. Você estará para sempre nos meus sonhos.
Seja feliz.
Rachel”
Ele percebeu a tinta borrada pelas lágrimas. Ele se sentiu triste. E com raiva. Ele queria correr para ela e fazê-la voltar... Mas não... Não faria isso. Ela não queria ficar com ele... Tinha medo de se machucar... E ele sabia que era exatamente isso que aconteceria se os dois ficassem juntos. Ele amassou a carta e a incendiou.
Saiu da casa. Colocaria à venda no outro dia mesmo. Por qualquer preço. Só queria se livrar da casa... Das lembranças... Caminhou até onde tinha deixado a carruagem que o levaria de volta à Hogwarts. Ele jogou a mala dentro da carruagem e entrou. Antes dela partir, ele lembrou que tinha deixado a porta de casa aberta. Xingou. Essa seria a ultima vez que entraria naquela casa.
Saiu da carruagem e voltou quase correndo para a casa. Encontrou a porta fechada. O vento. O vento maldito tinha fechado a porta. Entrou para pegar a chave, mas escutou um barulho vindo do quarto. Ele tirou a varinha das suas vestes e entrou sem fazer um ruído.
Chegou no quarto. A porta estava só encostada. Abriu devagar. Entrou. Não tinha ninguém. Ele entrou. De repente, de trás da porta, uma pessoa apareceu. Severo imediatamente apontou a varinha dele no pescoço da pessoa. A pessoa fez o mesmo. Tudo foi tão rápido que só então ele viu que a pessoa era...
- Rach?
Rachel deu um largo sorriso e guardou a varinha. Ele fez o mesmo, mas não sorriu. Lembrou-se da carta.
- O que você está fazendo aqui?
- Você disse que estava me esperando... Bom, aqui estou eu! – Ela disse, ainda sorrindo.
- Mas... E a carta?
- Esquece aquela carta! – Eles ficaram se olhando por um momento. Ele não sabia o que dizer... Nem o que fazer para mostrar o quanto estava feliz. – Severo? Você pode me abraçar agora!
Ele não pensou mais. A tomou em seus braços e a beijou, como a tanto tempo queria fazer. Logo estavam na cama. De repente, Snape parou. Ela o olhou, intrigada.
- O que foi?
- Você está atrasada!
Eles riram. Ele começou a beijar o pescoço dela, quando ela olhou para o relógio.
- Na verdade, faltam dois minutos para o fim do fim de semana. Logo, eu cheguei na hora. – Ele a olhou e eles riram de novo. Ele ia voltar a beijar ela quanto ela o parou. – Severo, diz que me ama.
- Eu amo você.
FIM
XxXxXxX
É... Acabou! Espero que vocês tenham gostado... Sabe, estava considerando deixar a Rachel só no final, mas a minha paixão pelo Snape não deixou. Bom, um beijo imenso para quem leu, gostou e comentou, um grande para quem leu, gostou e não comentou e para aqueles que leram e não gostaram... Tão fazendo o q aqui?!
Um beijo especialmente grande para a Jana Rocha, que betou essa fic! E fui!!!
Só uns recadinhos: Lara, eu deixei o F&B pq eh mto demorado pra postar lá, já que, principalmente na Assassina, eu uso mto itálico... Como tds já devem ter percebido, minha vida anda um inferno, eu naum tenho tempo pra nada... Tive q deixar, por mais que quisesse continuar postando por lá tb! E sim, eu quero mto continuar lendo a tua fic! Manda pro . Ah! E eu te add lah no MSN.
E, Sheyla, eu ainda naum tinha pensado nisso, mas, agora q vc mencionou, uma continuação seria bem boa, msm!!! Minha cabecinha já está fervilhando de idéias!!! Quem sabe...
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