Tristeza
CAPÍTULO VII. TRISTEZA
- E essa é toda a história.
Lupin se levantou. Espiou a janela que tinha no canto esquerdo do quarto. O sol já brilhava. Escutou algumas pessoas falando. Escutou o barulho de panelas que vinha da cozinha... Provavelmente, todos já estavam acordados... E ele sequer havia dormido. Finalmente conseguiu todas as respostas que passara os últimos dias procurando... E agora não sabia o que fazer com elas... Estava triste. Talvez, Rachel tivesse razão... Talvez fosse melhor não saber... Mas agora iria até o fim.
- Então... A tatuagem...
- Foi feita para ele.
- E... hoje em dia você se arrepende?
- Remo... Você não acha que já desenterramos demais esse assunto? Eu já te falei tudo... Acabou. Pronto.
- Eu preciso saber, Rachel.
- Não, Remo, eu não me arrependo. – Ele abaixou a cabeça e se sentou na cama, fitando o nada. Ela percebeu a tristeza nos olhos dele. Sentiu necessidade de se explicar. – Essa tatuagem representa o que eu sentia por Severo naquele momento... E eu o amava. Eu precisava deixar aquele sentimento marcado na minha pele.
- Mas, se hoje você não sente mais nada, por que não a desfaz?
- Eu não posso. Eu fiz a definitiva. Não há feitiço no mundo que possa removê-la... Além disso, para ser sincera, se eu pudesse não tiraria.
- Por que?
- Porque o que eu tive com Severo foi muito bonito para ser esquecido... – Ela ficou inquieta com olhar dele. Talvez tivesse sido melhor se não tivesse feito esse comentário. – Mas deve, e vai, ficar apenas nas minhas recordações.
- Você não queria ir a Genebra...
- Não. Mas ele me fez ir... E eu sou grata por isso até hoje.
- Mas você teria ficado...
- Teria... Mas, Remo, eu tinha apenas vinte e quatro anos na época! Eu era muito imatura... Não sabia lidar com o que estava sentindo! Foi duro demais suportar a idéia de deixar alguém que eu amava.
- E vocês nunca terminaram.
- Mas foi como se tivéssemos... Tanto que eu tive alguns namorados na Suíça.
- Depois de quanto tempo?
- Isso é importante?
- Muito.
- Depois de... Quase um ano, eu acho.
- Quase um ano sem ninguém... Ele foi, realmente, muito importante para você...
- Eu já te disse isso... Ele FOI muito importante para mim... FOI. – Ela foi até a cama. Sentou-se ao lado dele. – Você É... E eu apreciaria muito se você parasse de ter ciúmes do meu passado. – Ela deu um beijo no rosto dele. – O questionário acabou?
- Não. – Ela respirou lenta e ruidosamente. Levantou-se e começou a caminhar pelo quarto, impaciente. – Você se arrepende por não ter ficado... com ele?
- Não.
- E... Já se arrependeu?
- Remo...
- Você vai responder?!
- Eu... – Suspirou. Fechou os olhos... Estava muito cansada para mentir. – Todos os dias da minha vida... Até te conhecer.
- Então você é feliz com a sua escolha?
- O que você acha? Tenho um emprego maravilhoso, uma família perfeita, um homem que me ama e que quer se casar comigo... O que mais posso querer? É claro que sou feliz com a minha escolha!
- E quem você amou mais?
- O que?
- Eu ou ele?
- Remo, você está se ouvindo?! – Ela já tinha perdido toda a paciência que acumulara durante a noite. Nunca tinha visto o seu noivo dessa maneira. Estava falando muito alto agora. – Você tem alguma idéia do quão infantil você está soando?
- Apenas... responda!
- ELE! Satisfeito? Eu amei mais ELE! – Agora, ao ver a decepção estampada no rosto de Lupin, ela percebeu quanto tinha sido rude. Tentou se acalmar. Foi para perto dele. – Mas eu estou com você! E eu amo você.
- Tem certeza?
- Eu... – Não. Não tinha certeza. Mas não ia magoar mais o noivo. – Claro que sim.
- O que você sentiu quando o reencontrou?
- Eu não sei... – Escondeu o rosto nas mãos mostrando cansaço. – Foi diferente.
- Diferente?
- Eu não sei o que senti.
- Rachel, me diga uma coisa: – Ele não parecia mais estar triste, apenas com uma dúvida imensa. – Quando você o ajudou... Aconteceu alguma coisa?
Ele mal terminou a pergunta, alguém bateu na porta. Rachel correu para abri-la, rezando para que isso fosse uma boa desculpa para não responder a Remo. Molly Weasley exibia para o casal um largo sorriso.
- Bom dia! – Ela percebeu que os dois ainda trajavam roupas para dormir. – Eu suponho que não acordei vocês, acordei?
- Não, Molly, estávamos conversando.
- Espero não ter interrompido nada de importante... O café já está servido... E está esfriando... Não que eu não fizesse outro para vocês... Mas escutei vozes no quarto e achei que não faria mal chamá-los...
- Não se preocupe, Molly. Nós já vamos descer.
Ela fechou a porta, rezando para que Lupin não insistisse na pergunta. Por sorte, ele, aparentemente, esquecera do questionamento... Mas não do assunto.
- Só mais uma coisa, Rachel: E entre nós? Algo mudou?
- Eu... – Ela tocou o rosto dele bem de leve. – Eu sinceramente não sei... Mas tenho certeza que tudo voltará ao normal assim que... O passado voltar para o passado... E eu assumi um compromisso com você... E eu sempre cumpro meus compromissos.
- Vamos trocar de roupas.
Ela viu como ele estava triste... Mas ela também estava... Toda aquela confusão estava dilacerando-a... E confundindo-a. Já não sabia mais o que sentia... Preferiu não dizer mais nada. Limitou-se a se trocar calada.
- Nossa! Como vocês demoraram!
Hoje Tonks usava um chamativo black-power. Na mesa estavam ela, Granger e os Weasley. Todos conversavam animadamente. Logo, Rachel e Lupin esqueceram de todas aquelas conversas sobre o passado que tanto estava machucando-os. Logo, esqueceram a tristeza e participaram da conversa.
- Quer mais torrada, Pequena?
- Não, Tonks, obrigada!
- Rachel, por que te chamam de Pequena?
- Ah, Hermione, é porque eu sou a aurora mais alta do ministério... Quer dizer, eu tenho 1,81 e a segunda mais alta tem apenas 1,73... É bem diferente!...
Nesse momento, Snape apareceu lá, seguido por Dumbledore. Ele parecia estar bastante abatido... Provavelmente pelo que tinha acontecido ontem... Dumbledore perguntou se ele ficaria para o café da manhã. Ele recusou... Até ver Rachel sentada na mesa. Ele se sentou ao lado dela.
- Bom dia, Rach! Teve bons sonhos?
- Quase não dormi.
- Que pena. – Ele, discretamente, se aproximou do ouvido dela, certificando-se que somente ela ouviria o que iria dizer a seguir. – Eu não fazia idéia que o beijo te perturbaria tanto.
- Bom, Snape, fico feliz em ver que você se preocupa com a minha noiva. – Lupin se inseriu na conversa o mais rápido que pode... Não escutou o que Snape tinha dito à Rachel, mas não gostou nada da expressão dele... E do jeito que ela corou. – Mas, na verdade, não foi uma pena... Eu fiquei a noite acordado com ela.
Snape ficou enfurecido com o comentário de Lupin, mas tentou não demonstrar. Dava para perceber a respiração irregular e o olhar particularmente assassino que, de vez em quando lançava para Lupin. E este passou o resto da refeição com um sorriso de deboche no rosto. Rachel se aborreceu com a atitude infantil dos dois. Decidiu que não ia presenciar aquilo. Bufou. Deixou a mesa.
Assim que Snape acabou de comer, foi deixar a casa. Quando chegou perto da porta, Lupin o abordou. Queria ter uma pequena conversa... Só os dois.
- Hey! Snape! – Ele se virou para encarar Lupin. – Fique longe dela!
- Me desculpe, Lupin, mas eu devo ter perdido parte da conversa. A quem você está se referindo?
- Não se faça de desentendido! Você sabe que estou falando da Rachel! E repito: Fique longe dela!
- E por que deveria fazer isso?
- Por que eu vou me casar com ela. E você a quer.
- Em primeiro lugar, parabéns. Eu acho que ainda não desejei felicidades ao casal. E, em segundo lugar, quem eu quero ou deixo de querer é problema meu! Assim como que eu importuno ou não. Por tanto, me deixe em ir em paz, pois eu tenho muito o que fazer.
Snape, mais uma vez, foi até a porta para deixar a casa. Lupin o chamou mais uma vez.
- Você não suporta o fato dela não ter ido te procurar. Não suporta ver que ela seguiu com a vida dela... Isso é patético, Snape. Patético.
Ele se virou. Olhou Lupin. Se não se controlasse, ia falar o que não devia.
- Vejo que ela te contou tudo sobre nós.
- É, contou. E a história de vocês acabou. Desista.
- Ela te contou a parte da história em que ela me procurou, mas não foi me encontrar porque teve medo da minha reação? – Misto de confusão e ódio em Lupin. Bingo! – E lembre-se de que eu estou marcado na pele dela, para sempre. Logo, a minha história com ela nunca vai acabar... E, sinto muito, mas não vou desistir.
- Por que você não nos deixa em paz?
- Mas você já sabe disso; porque eu a quero.
- Mas eu a amo. E é disso que ela precisa. Qualquer um pode querê-la. Amar é mais difícil. E nós vamos nos casar, então, mais uma vez, te avisarei: Fique longe dela.
- É melhor você avisar isso a ela.
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Reviews, por favor!!!
Paula Lírio... Eu naum disse que ela naum vai ficar com nenhum dois dois... Eu só disse que essa era uma possibilidade... Pelo jeito vc tah torcendo pelo Sev, neh?!
Sheyla Snape... HAUHAUHAUAHUAHUAHAUAHAUAHUAHAUAHUA!!! Diga a sua irmã que eu sinto muito!!!
Konphyzck... Eles saum meus personagens favoritos tb... E a coisa da tatoo foi mto legal, msm... To ateh pensando em fz uma em mim!!!
Anita McGonagall... Olha, q legal!!! Quase td mundo tah começando a torcer pelo Sev!!! Adorei!!!
Lilibeth... Ai, eu acho q quero ser a Rachel, tb!!!
YneChan... Olhos marejados?! Ai, eu naum sei se fico triste ou feliz!!! Eu naum quero fz ng chorar!!!
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