Investigando e testando
Cap 10: Investigando e testando
Logo a aula do Mestre da Adivinhação acabou, com Den se perguntando o porquê de as cartas insistirem em mostrar para ele a carta de um palhaço, que se chama ‘coringa’. Não que ele tivesse medo de palhaços... só que ele simplesmente odiava palhaços...
- Fala sério! Esses caras são um pé no saco! E se esse baralho continuar a me mostrar essa carta, eu vou fazer ele pegar fogo! – o garoto se irritou. Dill e Pen só olhavam a cena com uma cara de ‘Putz, como você é mimado!’
- Ok, Den. Que bom que a aula acabou, porque esse baralho é um dos meus preferidos! – o professor começa a juntar as suas amadas cartas e as guarda olhando receoso o garoto. Ele vai saindo e olha para Penny. A garota entende o recado e se levanta para acompanhá-lo.
- Ei, Penny! Você tem de ficar, ainda temos um monte de aulas! – Den.
- Err... – ela começa sem saber o que falar.
- Ela irá comigo agora, meus queridos! Ela irá me ajudar a terminar de arrumar umas coisas lá em cima. Digam à professora Abbot que depois ela vai repor essa aula, sim? – e com um sorriso, os dois saem em direção à sala de Jacob.
- Você deve saber porque ela foi, não? – Dill.
- Falar sobre o sonho. – ele fala sério demais, e os dois se olham.
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- E então, me diga: por que você não veio diretamente a mim quando teve esse sonho, mocinha? – ele pergunta com um tom irritado.
- Porque era domingo, e eu não queria perturbá-lo, e além do mais, nem é um sonho assim tão...
- Nada de mas, Penélope. – ele a interrompe, e dá um suspiro, para se acalmar. – Querida, aqui eu sou seu mestre, confidente e amigo. Se não houver cumplicidade e comunicação entre nós, bem, isso não irá funcionar! Eu pensei que você já soubesse disso, depois de me contar que leu tantas biografias de famosos videntes e seus mestres. Pen, aqui as coisas não são diferentes.
- Eu... desculpe, Jacob. Eu sinto mesmo. Mas é que eu não sabia se você estava aqui ou não. E você parecia tão preocupado no almoço. Eu não quis lhe incomodar. Será que nós podemos... tentar de novo? – olhar inocente.
Ele dá um sorriso com os dentes muito brancos.
- Claro, querida. Agora, me conte o sonho. – e ele ouviu todo o relato da garota com uma expressão calma e controlada, apesar de não gostar nada do que ela lhe contava.
***************
O fim das aulas havia chegado, e nem sinal da loira. Quando eles já estavam se sentando na mesa da Grifinória para poderem almoçar, ela surgiu na entrada.
- Pô, pensava que você não ia aparecer nem para comer! – Den, com uma colher de ensopado na boca.
- Desculpe, mas eu e o Jacob ficamos conversando. Vocês anotaram as aulas, não é? – olhar preocupado.
- Aham. Mas foi meio difícil de entender sem você do lado. – Dill.
- Eu explico tudo depois de dar uma olhada. Aliás, depois do almoço temos um horário livre, podemos usá-lo!
Os dois assentiram meio desanimados: estavam querendo descansar pelo menos um pouco nesse horário livre.
Eles estavam terminando a refeição quando Harry chega para cumprimentar o filho com um papel na mão.
- Hey, Jack! Como vai? Olha só o que eu tenho aqui: a lista dos pretendentes a jogadores desse ano!
- Perfeito! Eu estava me perguntando quando essa lista apareceria: os Lufa-lufas e os Corvinals já começaram a treinar!
- E no próximo final de semana será a Grifinória e a Sonserina. Eu só espero que você se comporte até lá para poder conseguir ser ainda o capitão, ok? – ele olha de maneira divertida para os demais, e sai rindo.
- Ei, o Harry passar por aqui todo risonho quase me fez esquecer que ele estava discutindo muito irritado com o Draco! – Dill.
- Como é?
- Vamos logo terminar o almoço, depois a gente fala para vocês...
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Depois de comerem até a sobremesa, eles se dirigiram para um canto do pátio da escola com as mochilas e tudo. Se alojaram em dois bancos, fazendo uma roda, e os brasileiros explicaram aos sussurros o que haviam visto. Os ingleses não ficaram surpresos de Harry estar discutindo com Draco, ao contrário, acharam perfeitamente normal, mas as falas dos dois causou muito furor.
- Ele falou em... traidor? – Greg, preocupado.
- Aham. Por que você está tão branco, Greg?
Ele engoliu em seco e olhou para Mel e Jack. Charlie e Mary não puderam participar do pequeno grupo, mas prometeram que logo iriam querer saber das novidades. Então, coube à Mel assumir o papel de “explicadora” dessa vez.
- Vocês entenderam a parte que o Tio Harry comparou o Draco à palavra “traidor”? – Mel.
- Se sabemos da história dele e do meu pai? Bem, sabemos. Mas só a parte histórica, contada pela Pen. O que há de tão errado assim entre eles?
Ela deu um suspiro e começou a falar.
“Durante a Guerra que houve há dezesseis anos, Severo e a família Malfoy estavam macomunados até o pescoço com o Lord das Trevas, que se chamava Voldmort. Draco tentou até matar o cara mais esperto e que estava organizando a revanche contra o Lord, o Dumbledore. Dumbledore foi mestre do Harry, ajudou ele desde o nascimento, mantendo-o longe dos olhares de bruxos traidores. Bem, para resumir um pouco, Harry veio para Hog, Severo odiou Harry, pegou no pé dele durante seis anos inteiros, e ainda ajudou Draco a matar Dumbledore. Os dois fogem, ficam do lado do Lord a guerra toda, mas no momento crucial, se viram contra ele e ajudam o lado dos bonzinhos a ganhar. “
- Ou seja...
- Draco e Severo são uns ‘putas’ vira-folhas! – Den chupando uma laranja, mas parecendo achar graça da reviravolta.
- É, e o Harry ficou muito ‘puto’ também por não poder dar uns bons sopapos no meu pai e no Severo. Teve de engolir o que uma galera ainda achava no fundo: que eles estavam do nosso lado.
- Sim, já entendemos essa parte. Mas e quando Draco disse ‘tradidor’, com certeza estava falando de outro, não é?
- Claro, Pen! Por isso é muito estranho. Quem seria o novo traidor?
A pergunta de Jack ficou no ar.
- E quanto àquela parte de proteção e tal... sobre quem eles estavam falando? E o que eles estão fazendo para proteger esses caras? – Greg, coçando a cabeça, o que não era normal, já que ele coçava mais o queixo.
- Bem, eu pensei sobre isso, e também tentei saber algo pelo Jacob, mas ele foi impassível, não quis nem saber de falar sobre a discussão que a gente viu. Mas eu acho que seja de quem for que eles estejam falando, deve estar aqui na escola, e o que o Harry acha que está errado é o fato de essas pessoas não saberem sobre esse traidor.
Os garotos a olham meio desnorteados.
- E por que você acha isso?
- Simples: se as pessoas não fossem alunos ou pupilos dos dois, eles não meteriam no meio da discussão Dumbledore e Severo, os dois últimos diretores. E eu sei de cabeça a bibliografia não-autorizada que lançaram do Harry. O erro que o Alvo Dumbledore cometeu foi esconder do pequeno Harry que ele estava predestinado a matar o Voldemort ou morrer nas mãos dele.
Os garotos se espantaram com o conhecimento da garota sobre a vida de Harry.
- Bem, é bem plausível mesmo! Gostei! – Mel.
- E, Penny, o que o senhor Francês falou sobre o seu sonho sado-masoquista? – Dill, interessada. Apesar da discussão ser bastante séria, todos riram sobre o comentário, menos a dona do sonho.
- O Jacob disse que o sonho tem algo a ver com o meu sentimento de aprisionamento e de medo e receio a respeito da minha clarividência e da minha visão interior, e que, portanto, eu tenho de me soltar mais e deixar minha visão interior aflorar além do plano material. – ela soltou só de mal.
- E isso quer dizer que... – Greg.
- O Jacob disse que os sonhos são reflexos do medo de ser vidente que ela tem.
- Aaaahh... – todo mundo.
- Mas isso não tem nada a ver! Você não tem mais medo de ser vidente, ao contrário, já até aceitou numa boa, não tem mais aquele preconceito idiota de que todo vidente é um aproveitador!
- Eu também achei isso, por isso fiquei preocupada. Eu não vi sinceridade nos olhos dele... e também estive pensando... se a minha teoria é verdadeira, então ele também deve estar mentindo, não?
Eles ficam calados se olhando e imersos em pensamentos, menos Den que continuava a chupar sua laranja, calado e observando alguns primeiranistas que tinham aula de vôo. Será que havia mesmo um traidor?
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- Credo, que cor de esmalte é essa, garota? Não tem medo de andar com as mãos pintadas desse jeito não?
- Eu... eu não...
- Calada! Agora, saia daqui, antes que eu te jogue da janela para esse esmalte horroroso também sair!
A terceiranista saiu correndo do banheiro, deixando Cat, Tiff e Karol sozinhas para poderem retocar a maquiagem. Entenda-se como retocar a maquiagem como refazer a maquiagem estilo noite usada de dia por completo.
- Cat, então. O que nós faremos com aquelazinha lá...
- Quem?
- A filha do diretor, Cat. Se lembra que ela fez o Jack te dar um pé na bunda antes de você chegar aos finalmentes com ele? – Karol, sem tirar os olhos do próprio reflexo.
- E com aquela outra loira lá, a da Sonserina. O Greg vive andando com ela, e ele tem de ser meu!- Tiff, prepotente e mimada.
- Ah! O que nós faremos com elas? Bem, estive pensando, e já tenho uma idéia, e uma só para pegar as duas.
- Nossa, Cat! Como você é esperta! – a morena bate palmas, como se nunca, ninguém, jamais, pudesse pensar em um plano que pudesse acabar com a vida de duas pessoas, ao mesmo tempo.
- Quando eu crescer, Cat, quero ser que nem você. – a loira olhando pasmada para a coreana mestiça.
Ela ri, jogando os cabelos longos para trás, se achando.
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Os brasileiros acabaram só descansando no horário livre, e logo depois disso foram para as aulas da tarde. Os grifinórios teriam aula de Transfiguração junto com alguns sonserinos. Era para Jack acompanhá-los, mas ele estava ocupado.
- Preciso realmente falar com meu pai. Eu quero conferir com ele a tabela de jogos de Quadribol. E também não estou nada a fim de ouvir a Tonks falando sobre Lobisomens. – ele, de maneira enojada.
- Sinceramente, nenhum de nós, cara! – Greg concordando.
- Mas o que há de errado nela falar em Lobisomens? São criaturas fantásticas! Eu já ouvi falar deles, e até os trouxas os respeitam como... – Penny tentando defender essa amada classe sub-humana.
- O problema é que ela é casada com um Lobisomem. Remo Lupin é muito gente fina e trabalha no Ministério. Mas toda vez que ela ouve falar em Lobisomens, bem... ela meio que se transforma. – Jack, cortando a amiga.
- Como?
- Vocês vão ver. – ele dá uma piscadela. – Até mais tarde, pessoal. – e como quem não quer nada, estala um beijo na bochecha de Dill, a mais próxima dele. Mel olha de esguelha, mas nada fala.
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A aula com os sonserinos iria durar dois horários. Mal entraram na sala, viram- na quase cheia e tiveram de se separar. Penny preferiu ficar bem à frente com Mel. Greg e Dill tomaram lugares mais trás, um ao lado do outro. Na mesa ao lado, a garota percebeu, estavam alguns meninos com jeito bem marrento, e que falavam algo que parecia espanhol. Alguns até cantavam. Um deles, infelizmente, percebeu que ela os encarava. Os três, no total, acabaram se virando e olhando para ela como que dizendo ”O que perdeu aqui, ãn?, mas a única coisa que conseguiram falar efetivamente foi:
- Hola, chica... – os olhos da ruiva se encontraram com os do moreno de pele alva que falou e ela sorriu. A garota estava preste a dar uma daquelas respostas idiotas do tipo ”Olá, mas meu nome não é Francisca!”(NB: piada sem graça ^^), que geralmente os meninos adoram ouvir da boca dela, quando Tonks entrou e chamou a atenção da turma.
- Iai, galera? Tudo bem? Ótimo. Hoje nós iremos falar sobre uns seres que eu, particulamente, adoooro. São os lobisomens! – ela dá um sorriso estridente. Os olhos pareciam brilhar, e focaram diretamente a aliança no dedo da mão esquerda. – Eu já disse que sou casada com um? E ele é o melhor, o mais bravo, o mais gostoso e o mais...
Ela não precisou ouvir o resto para saber que nessa aula ela não conseguiria prestar atenção. E, aparentemente, metade da sala também pensou o mesmo. Ela apoiou com a mão o queixo e tentou se esquecer que estava em aula, enquanto isso um papel muito discretamente voou para o colo de Greg.
”Apresenta la chica, Gregzitu!”, dizia o bilhete com uma letra bem redonda.
Ele se virou para a amiga e mostrou o pedaço de papel.
- Hey, Ricardo. Achei que você fosse o maioral com as garotas. Como assim, de uma hora para a outra, resolve pedir minha ajuda? – o garoto que estava no canto da mesa e que havia falado com Dill dá um sorriso enviesado.
- Orá, Gregório. Eu nunca precisei, nem nunca precisarei da sua ajuda. Quem mandou esse bilhete idiota foi o Fabrício! – ele aponta para um outro moreno de olhos amendoados. – Mas, olhe... se você quiser fazer esse favor.
- Meu nome é Dill. Muito prazer! – ela se adianta e estende a mão.
- Ricardo, Ricardo Mendonza, a
- Fabrício Cortin! – o que Ricardo disse que escreveu o bilhete.
- Carlo Mucha. – o terceiro moreno, de cabelos mais lisos se apresenta com uma piscadela.
A partir daí eles passaram a aula toda conversando com Greg e rindo sobre os comentários que Tonks fazia sobre o marido ocasionalmente. Algo como másculo, viril, muito bom e lupino até demais. Mas no meio de todo esses adjetivos à pessoa de Lupin, havia as características que realmente importavam a eles. E no fim, ela mandou que eles fizessem uma redação de meio metro sobre a influência da lua no comportamento do ser noturno em questão.
O sinal bateu e Dill deu uma risada que acordou a sala interia.
-Hahahaha... como você fez isso, cara?
- Simples, pelirroja. Lo incliné simplemente en la pared.
- O que? – ela não entendia nada de espanhol e afins.
- Ele disse que encostou ela na parede e tchan: agarrou ela! O melhor jeito argentino de fazer as coisa! Haha...
Os alunos saiam da sala conversando com Tonks. Mel e Pen se aproximaram dos amigos que estavam conversando com os sonserinos latinos. Mas naquele momento Dill parou os olhos delineados e negros nos três meninos a sua frente. Ela havia escutado direito? Argentino?
- Vocês são... argentinos?! – sobrancelha arqueada.
- Sí, chica! Por que, algum problema?
- É claro que tem! – ela se levanta de uma vez. – Hasta la vista, baby! – e sai pisando duro, passando por todos. Ninguém entendeu nada.
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- Ei, Dill. – era Greg que correu para chegar até a amiga impulsiva. – O que foi aquilo? Pensei que você havia gostados deles!
- Bem, até que gostei deles... até saber que eles são argentinos! – ela faz uma careta escandalizada.
- E daí? – ele resistiu à vontade de chamá-la de louca. Dill podia ser tudo, menos isso.
- E daí? Você não assiste muito as notícias mundiais, não é?
- Hum... não.
- Brasileiros e argentinos são arquiinimigos. Em qualquer coisa! Acorda! – ela revira os olhos para a falta de informação dele. – Cadê aquelas cdf’s? – pergunta por Pen e Mel.
- Foram à biblioteca. Novidade! – ele muda de expressão. – Bem, então ta, se é só isso. E ainda bem que você não gostou deles, Jack iria ficar uma fera com você!
- Comigo? Por que?
- Simplesmente porque eles não se bicam: Jack acha que os argentinos se acham demais só porque ganharam a última taça do torneio daqui de Hogwrts, e em cima dos grifinórios. Foi um jogo lastimável. Mas ele ainda não era o capitão, era um primo da Mel, que saiu ano passado. E, você já deve ter percebido que o Jack...
- Aham, o Jack ta querendo... – ela o corta. Estavam passando por um corredor do sexto andar, em direção ao Salão Principal. Já era quase hora do jantar.
- Que bom que você sacou! E então... ele tem alguma chance? – ele pergunta como quem não quer nada. Ela se vira para olhá-lo.
- Não! – certeza na voz.
- Não?! – ele pára de uma vez.
- Não! – mais do que certa. Ela se vira para encará-lo. – Você acha que eu também não percebi que a Mel é louca por ele?
- Mas eles são primos, e ele não está nem aí para ela, ou você também não percebeu isso? – olhar cético.
- EU percebi, é claro. Mas isso não me interessa. O que interessa é que ela gosta dele, e ela é minha amiga, e eu não fico com garotos que minhas amigas são afim. E mais, Rod e Pen também são primos, e já ficaram e tudo. Chegaram até a namorar!
- Nossa, e o Den sabe disso?
- Não, então calado! – ela se vira e eles continuam a conversar indo para o Salão.
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Jack estava conversando com um garoto na frente da mesa da Lufa-lufa e Dill e Greg se dirigiram até lá.
- Jack! Você tava certo: a Tonks fica um porre falando do marido!
- Eu não disse? – ele se vira falando para abraçá-la. – Agora, imagine ela falando do filho mais velho: é mil vezes pior, e elevado ao cubo!
- Mas o cara merece, Jack. Ele é o melhor apanhador que a Inglaterra já teve! – o garoto fala. Dill então colocou ele em foco: um pouco mais baixo que os amigos, o menino era loiro, mais um loiro meio sujo, e os olhos eram de um tom de azul que ela simplesmente não conseguiu explicar. Tinha um sorriso alegre e um rosto redondo, dava até vontade de abraçá-lo também.
- Dill, deixe-me apresentá-la: esse é o Nicolas Lomgbottom. Ele é o capitão e artilheiro da Lufa-lufa.
- Ah, oi! Nossa, seus olhos são muito... – ela queria a palavra certa, mas não achava.
- Eu sei, estranhos. Mas não se preocupe, eu não mordo! – ele sorri.
- Não é isso é só que... bem... você entendeu, não?
Os garotos começam a rir da cara dela, e eles iniciam outra conversa.
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Em um outro lugar, no mesmo castelo, duas Sonserinas e uma Corvinal se encontravam para tentar cercar um certo Corvinal polonês. A aula de Poções havia acabado, e os alunos saiam tranquilamente, até que Cat, Karoline e Tiffany gritaram por Ian Poldeck.
- Ian!! Amor!
O garoto vira os olhos azuis antes de se virar de cara amarrada.
- Hum...
- Oi, Ian. Quanto tempo, não?
- Cat, por favorr... rápido e sem enrolação... quero muito comer um pouco, e ainda tenho treino!
- Tudo bem, amor. Bem, o que nós queremos te pedir é... uma pequena ajuda.
- No que? – ele já estava desconfiado.
- Preciso que você escreva aqui o que eu mandar, e acredite, você vai adorar o nosso plano! – ela fala animada, tirando dois pedaços de pergaminho da bolsa rosa enquanto as outras amigas sorriam de um jeito safado para o moreno.
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A semana passou mais uma vez se rastejando, e o fato de todo dia amanhecer chovendo ou nublado piorava a situação. As aulas de Oclumência, Legilimência e Adivinhação davam trabalho aos brasileiros, mas com certeza era a melhor hora do dia, apesar de sempre terminarem tarde e acabarem dormindo menos a cada noite.
Assim, quando o sábado chegou novamente, e com um pouco de sol, eles comemoraram como se fosse um gol de final de copa. Acordaram cedo e resolveram passar o dia fora do castelo, só para variar um pouco...
- Den, por favor, pegue aquele pote de doce para mim? – eles estavam na Cozinha, se abastecendo. Mel, como boa amiga, foi ajeitar a cesta já que nenhum dos outros cinco sabia fazer isso realmente. O loiro pegou o doce, mas antes colocou uma colherada na boca e saiu em direção aos outros meninos, chupando a colher.
Dill olhou- os e se aproximou.
- Ei, vocês dois ainda estão ficando?
- Sim... acho... não sei...
- Sim ou não, Penélope?
- Ah, bem. No sentido real das coisas, nós não nos beijamos a uns dois dias. Mas eu não sou daquelas que fica louca só por não beijar alguém. Já fiquei sem beijar uns treze anos da minha vida!
- Mel, isso ta esfriando, e você ta vendo, né?
- Sim...
- Então, se você gosta mesmo dele, sabe o que tem de fazer, não é? Ou você... não gosta mais? – ela, em dúvida.
- Bem, bem... eu ... – ela ficou confusa. – Dill, será que podemos discutir isso outra hora?
A ruiva ia dar uma resposta com algum palavrão, mas justo nessa hora Jack chegou perto o suficiente para perguntar com um sorriso a là Harry se eles já poderiam ir. Dill deu um olhar de ‘da próxima você não escapa’ e eles foram.
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Eles se sentaram no pé de um carvalho e lá ficaram comendo, conversando e discutindo coisas banais. Jack aproveitava para conversar e alisar os cabelos de Dill, mas ela estava mesmo era interessada em saber o por quê de Greg estar com as luvas pretas dele mesmo em um dia de sol. Jack, que não estava gostando nada de toda a atenção dada para o amigo resolveu acabar logo com o suspense.
- Oras, pára de fazer charme, Greg! Ele tem mal-de-Malfoy! – e arrancou uma das luvas da mão do amigo, levou a mão dele até a pele da menina, e ela imediatamente deu um gemido: a mão dele estava fria!
- Ai! Nossa, ta frio! – Greg recolheu a mão antes que Jack fizesse outra idiotice. – Por que, Greg?
- Porque as mãos dos Malfoys são assim. – e ele se vira para começar a conversar com Penny e Mary, que havia chegado com Charlie. E não se virou mais o resto da manhã. Tentou deixar o amigo conquistar uma garota que ele sabia que não ficaria com o outro.
Lá pelas duas horas, Jack começou a se espreguiçar e a se levantar.
- O que foi?
- Preciso ir. A seleção de Quadribol está marcada para as duas e meia. E seria bom vocês irem também, geralmente uma galera vai para pagar mico, vamos?
Eles se decidem por acompanhar o amigo até o Estádio, e realmente, já havia muitas pessoas por lá para tentarem uma vaga no time titular da Grifinória.
A seleção se iniciou com Jack escolhendo os goleiros. O melhor foi um garoto alto do sétimo ano. Depois vieram os batedores, que foram dois meninos do quinto ano que eram bem fortes, apesar da idade. E por último veio os artilheiros, que foram duas meninas e um menino.
Os amigos estavam sentados, conversando animadamente quando um pedacinho de papel voou para as pernas de Mel. Ela abriu e leu com Dill ao seu lado.
Precisamos conversar, herr Poldeck. Me encontre no corredor do Titubéo Saltador, no quinto andar às seis e quarenta. Beijos.
- De quem é essa carta? E que palavra é essa? – a ruiva de mentira aponta a palavra que ela não conhecia.
- Essa letra é do Ian. – Mel, pensativa.
- Hum, o polonês? Seu ex-namorado? – era Penny, que havia ouvido sem querer.
- Sim! Ai, e agora? Eu vou ou não?
- Seria melhor se você fosse, Mel! Ele pode estar querendo mesmo conversar, sabe? E é bom você falar para ele parar de arranjar briga com o Jack! – Mary.
- Er... bem, acho que vou dar uma passada por lá, só para fazer graça. E vocês irão comigo, ok? E essa palavra significa senhora. Ele me chamou de senhora Poldeck.
Ela dobra o bilhete e o esconde dentro do decote.
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Enquanto isso Jack pousava próximo dali, exausto, mas contente por ter escolhido os melhores jogadores possíveis.
- Bem, pessoal, acho que é só por hoje. Então, vejo vocês na semana que vem, na segunda, para nosso primeiro treino que vai ser às sete, ok? Valeu, dispensados!
Os escolhidos já estavam de saída quando Den veio caminhando em direção ao capitão com Greg.
- Iai, caras? O que achou dos escolhidos, Greg?
- Bons, bons. Aquele goleiro é melhor que os três das outras casas!
- É, não é? Ele é o máximo! Nossa, como é que eu não havia escolhido ele antes? Mas... cadê as garotas? – ele estava querendo era saber cadê a Dill.
- Elas foram indo para dentro. O Charlie também preferiu cair fora, mas com uma loirinha da Lufa-lufa que eu nem sei direito que idade tem de tão pequena! – eles começaram a rir. Quando eles começaram a caminhar para subir a encosta do morro, um papel voa em direção a Jack.
Apareça às seis e meia no corredor do Titubéo Saltador, no quinto andar, seu bullshit. Mas isso se quiser ajeitar as contas! Ou será que até disso você tem medo? Ah, e leve seu amiguinho loirinho também: alguns dos meus estão afim de dar umas na cara dele! Hahaha.
- Mas quem foi o mer...
- Bullshit. Jack, isso é polonês. E só pode ser do...
- Poldeck! Ah, eu pego ele!
- Calma, cara! Calma... ainda são seis e quinze. Faz o seguinte: vá até lá com o Den, e eu vou com a capa da invisibilidade, assim posso proteger vocês, ok?
- Mas isso não é trapaça? – Den, que parecia não ter se importado com o fato de ter sido chamado de loirinho e de ter sido ameaçado de levar uns socos.
- E o que você acha que ele vai fazer com o Jack? Um bolo que não é!
E eles disparam em direção ao castelo.
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Os meninos chegaram lá ainda um pouco atrasados, às seis e trinta e cinco. O corredor estava escuro, e mal dava de ver a estátua do tal Titubéo. Den e Jack andaram cautelosos, esperando que Greg estivesse ao lado deles coberto com a capa. Então eles ouviram uma movimentação mais a frente.
- Quem ta aí? – Den.
- Poldeck? Apareça, seu rato polonês!
Mas ao invés de verem garotos fortes e raivosos eles viram duas garotas semi-nuas na frente deles. Jack arregalou os olhos, já Den parecia pensar que estava sonhando.
- Mas o que significa isso? – Jack reconheceu Cat.
- Ah, Jack, querido. Você não me disse uma vez que tinha a fantasia de ficar em um corredor escuro? Então? O que está esperando?
- Mas não... – ela não deixou ele terminar, simplesmente o beijou. Den só olhava para a loira que ele sabia ser amiga da morena. Estava prestes a virar de costas para ir embora quando ela percebeu e o agarrou da mesma forma que a outra fez.
Justo na hora em que ambos conseguiam despregar as duas do pescoço, um trio de meninas surge no corredor, iluminando tudo.
- Jack! Den! – era Mel.
Mas ela ainda estava com Penny e Dill. As duas arregalaram os olhos para a cena, e permaneceram quietas.
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Greg foi ao quarto das garotas. Já era mais de dez da manhã, e Penny ainda não havia descido.
- Pen, Pen. Por favor, abre a porta, sim? – ele pedia pela décima, ou talvez, centésima vez. – Pen! Pen!- na Sonserina os garotos tinham livre acesso ao quarto das garotas, mas Pen havia mantido a porta trancado desde o final da tarde do dia passado.
Ele suspirou e já estava prestes a voltar para o Salão comunal novamente quando a loira bicolor apareceu.
- Será que você pode me fazer um favor, Greg? Pode me arranjar uma barra de chocolate meio amargo? Ah, e um pouco de vinho? – ela ainda estava de baby doll, e tinha olheiras por debaixo dos óculos.
- Claro. – ele sorri fraternalmente.
Pouco tempo depois eles estavam dentro do quarto dela, comendo uma caixa de chocolates finos que ele tinha guardado para dar de presente, e um pouco de água transformado em vinho por ele.
- Huum, está tudo tão bom! – ela, já um pouco mais corada.
- É, eu sei. Esses bombons são ótimos. Eu estava querendo dar para minha mãe, mas, bem, emergências são emergências.
- Ah, desculpe se te fiz gastar os bombons. Mas é que... eu só consigo um pouco de paz interior se como isso: chocolate e vinho. Estranho, né? Mas eu faço isso desde meu primeiro fim de namoro, que foi até com o Rod.
- Hum... mas você não disse que não estavam namorando, nem sabia o que era? – ele falava olhando-a com o canto do olho. Ela começou a suspirar, já sabendo aonde ele chegaria, e ele resolveu perguntar logo para a menina. – Você não vai [u]mesmo[/u] perdoá-lo?
- Você perdoaria?
Ele pensou um pouco.
- Depende.
- Depende do quê? Eu peguei o garoto com quem eu estava tendo um caso com uma safada que estava quase sem roupa, no meio de um corredor escuro e fazendo uma coisa que... –e ali ficou sem ar. – Bem, depende do quê, Malfoy?
- Se eu não gostasse dela de verdade... bem, não iria me importar. Agora, se eu gostasse dela... para valer, aí iria atrás, saber o que aconteceu. Mas você já sabe o que aconteceu: eles foram enganados por aquelas meninas! Eu vi, tava lá com a capa.
- Ta, ta... – ela bota outro bombom na boca. – Eu posso até perdoar ele, mas sem chance de voltarmos a ficar. As coisas já estavam esfriando mesmo, sabe? A Dill já havia até reparado. E acho que só falta mesmo uma coisa dessas acontecer para eu perceber que, bem, isso não estava mais dando certo. – ela suspira. – Viu? Eu disse que chocolate me fazia pensar melhor! – e ela foi se vestir, já que ainda estava de roupa de dormir.
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Dill estava sentada de uma maneira bem descontraída na poltrona mais próxima da lareira do Salão Comunal, mexendo no iPod, quando Den desce as escadas, olhando enviesado para todos.
- Iai? – ele a cumprimenta de maneira seca e se senta ao lado dela, no chão, e dá um suspiro.
Nenhum dos dois fala até que ela resolve quebrar o gelo.
- Onde ta o Jack?
- No quarto. Acho que não quer topar com você. – ele responde, sem se preocupar.
- Comigo? Mas ele não deveria estar com vergonha da Mel?
- Aparentemente, pelo o que ouvi, esses flagras já aconteceram muitas vezes. E no fim, parece, eles sempre se acertam. Mas agora que ele está afim de você, bem, as coisas mudam, não é?
Ela o observa calada. Ficou imaginando se o amigo estava sofrendo tanto quanto sabia que Mel estava.
- E você? O que me diz de falar com aquela loira?
- Bem, eu já expliquei tudo o que tinha de explicar. Se ela não quiser me ouvir... me poupará saliva. – ele falava olhando-a nos olhos, mas ela mesmo assim não via nada.
- Mas, você não quer...
- Reconciliação? – estava tão óbvio que até ele conseguiu adivinhar a pergunta, e deu um risinho, deixando algumas alunas mais novas a babar do outro lado da sala. – Droga, Dill. Eu sei que você percebeu que as coisas não funcionaram. Acho que faltou... como vocês garotas falam? Ah! Química... isso, faltou química. Nós ficamos muito próximos, até demais. Bem, acho que já era. Mas eu sempre vou querer ela do meu lado, é uma linda garota e uma ótima amiga.
- Hum... sei, sei. Entendo. Bem, vou sair daqui, estou quase para vomitar.
- Por que? – ele pergunta levantando uma sobrancelha.
- Aquelas garotas não param de te olhar e apontar para cá. – ela aponta para as meninas. – Depois a gente se fala... – e ela sai sem rumo aparente, com o iPod no bolso.
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Ela estava caminhando pelos corredores, deixando a mente vaguear de um problema para o outro, quando de repente ela sente alguém topar contra o seu corpo. Por um momento ela desejou ser Greg, mas percebeu quase imediatamente pelo sotaque, que não era o moreno.
- Desculpe-me... – o garoto falou com uma voz meio rouca. Ela levantou os olhos e encarou Ricardo. Ele também a reconheceu e de uma hora para outra pareceu despertar.
- Dill! Por que você fugiu naquele dia? E por que me evitou nos últimos? Diga, por favor.
Ela o olhou e viu que ele parecia mesmo preocupado se fizera algo de errado para ela.
- Calma, Ricardo. Não foi nada demais. É só que, bem... brasileiros e argentinos nunca se deram bem, sabe? E eu meio que sou ’encucada’ com isso... mas quer saber? Esquece, eu sou meio louca mesmo.
- Hum... eu achei que você não queria falar comigo por causa do Jack. Mas, bem, já que você diz que é louca, quem sou eu pra contrariar? – ele a faz rir. – Por falar em Potter... que confusão é essa que a Cat diz que meteu ele, ãn?
- O que aquela coreana do Uruguai andou falando?
- Coreana do Uruguai? – ele deu uma gargalhada gostosa. – Bem, chegou lá na festinha particular da Sonsa dizendo que tinha feito Potter e aquele seu amigo loiro se darem mal com a Mel e com você, e o loiro com aquela loirinha de duas cores no cabelo. E falou: ‘Oh, agora o Jack será só meu! Como sempre deveria ser...’ e blá blá blá. Você já sabe, né?
Eles continuaram conversando, até que encostaram em uma janela e ficaram olhando o pôr-do-sol. Dill já estava mais a vontade com o garoto, e encostou a cabeça no ombro dele, já que ele era mais alto. Ela sentiu um cheiro cítrico invadir suas narinas e fechou os olhos. Não demorou muito, ou pode ter demorado horas, ele começou a beijar-lhe o pescoço. Como a ruiva não objetou esse gesto, ele continuou, beijando o rosto, as orelhas, e depois finalmente chegou na boca levemente vermelha dela. O beijo começou de leve, só selinhos, e depois tomou proporções melhores. Eles acabaram ficando a tarde toda juntos.
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A segunda-feira chegou de novo, e geralmente só Dill e Den acordavam de mal-humor. Dessa vez praticamente ninguém falou nada, todos estavam civilizadamente calmos, até demais.
Toda a escola já sabia do incidente, e agora todos olhavam para o suposto quarteto envolvido pelo canto do olho. Dill olhava de Den para Mel, de Jack para Pen, e Greg olhava Dill de volta de um modo estranho. Ela estava só esperando a bomba explodir. Eles foram para as aulas normalmente, e se tratavam bem, mas todos viam que havia algo estranho no ar entre eles. Até que eles estavam indo em direção às estufas com a turma da Lufa-lufa e os meninos começaram a conversar com Nick, Dill se aproximou de Mel.
- Já falou com o Jack?
- Já, mas não importa. Não é a primeira vez que uma coisa desse tipo acontece, sabe? Então, geralmente a gente finje que nada aconteceu. Mas leva um certo tempo para as coisas melhorarem.
- Hum... – ela fez uma cara de quem não acreditava muito.
- Não se preocupe, Dill. – ela falava enquanto elas se aprontavam para regar e catar uma espécie nova de orquídea tailandesa. – Tudo vai voltar ao normal, você vai ver. Agora, por que mais tarde você não vai falar a sós com ele? Ele estava muito preocupado com o que você achou de tudo e...
A ruiva a observava, mas sem prestar real atenção. Os olhos de Mel refletiam tristeza, apesar de o sorriso estar aberto. Não, ela não queria falar com Jack, e não queria ficar com ele. Mas sabia que a garota a sua frente queria isso desde os três anos de idade.
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- Querida, eu quero que você esvazie sua mente e relaxe. Pare de pensar em coisas supérfluas, finja que estar dormindo, se sinta adormecida... e abra sua visão interior, como uma porta! – era a voz de Jacob, que entrava e saia da cabeça de Pen sem que ela assimilasse nada. Era a quinta vez na noite que tentavam fazer esse exercício.
- Ah, Jacob, me desculpe. Mil perdões, mas minha mente não me obedece! Quanto mais tento não pensar, mais minha cabeça se enche! É horrível! – ela abaixa a cabeça, entristecida.
- Querida... tudo bem, eu a entendo. Sei que hoje não foi um dos seus melhores dias. – ele olhou sabiamente para um loiro que encarava uma ruiva do outro lado da sala. – Por isso lhe darei um desconto. Quer um morango? – ele ofereceu.
- Não, obrigada. – ela nem olha para o prato com as suculentas frutas.
- Então, o que posso fazer por você? Ah! Já sei, acho que uma boa noite de sono talvez a ajude. Ótimo, é isso mesmo. Vamos, vá logo para o seu dormitório e não deixe de praticar os exercícios para tentar relaxar e esvaziar a mente, sim?
- Claro, claro. Obrigada. – e ela sai dando um beijo na bochecha dele. Mas ela não estava com um pingo de sono.
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- Pen! – era Dill, que havia saído da sala de Jacob e encontrara a amiga encolhida em um corredor que ela sabia ser caminho para a torre da Sonserina.
- Dill. Eu estou com um pouco de frio... e dor nas costas... ai.
Ela sentiu um par de mãos a puxar para cima e a levantar, mas eram fortes demais para serem da menina. Ela abriu os olhos e se viu bem de frente com os olhos azuis de Den.
- Você ta legal? – ele perguntou daquele jeito, como de quem não se importa.
- To... quer dizer, não, não muito. Cadê o Jack?
- Ficou conversando com o Harry. Por que você estava ali, Penny? Por que você saiu mais cedo? – ele, novamente.
- Estou meio saturada com tudo isso... – ela se encostou na parede e suspirou. – Acho que o que aquelas garotas ordinárias queriam conseguiram, acabar com a minha concentração, e tudo por sua causa, Den.
Ela estava levando as palavras na brincadeira, mas Den não percebeu e se encostou ao seu lado. Dill se encostou do outro, não se importando mesmo em dar privacidade aos dois.
- Desculpe, mas não foi culpa minha, você sabe que eu já passei da época de agarrar garotas em corredores, Pen, por favor, eu...
- Den, eu estava brincando. – ela sorri serenamente. – Acho que você já sabe que não podemos voltar, não é? – ela acaricia os cabelos dele.
- Eu sei, mas deixa quieto. Acho que não ia dar certo mesmo. Você viu isso?
- Não. – ela sorri cansada.
- Er... desculpe interromper, mas já interrompendo o momento flashback , mas o que o Jacob estava fazendo com você hoje, loira? Eu não entendi.
- Era um exercício mental que ele falou que me ajudaria a tentar controlar e a induzir quando eu quisesse as minhas visões.
- Ou seja...
- Ele estava tentando fazer com que eu tivesse uma visão a hora que eu quisesse.
- Aaah... caraca, que bacana. E então, conseguiu?
- Não, por que estava muito desconcentrada. E ele também disse que se eu conseguisse de primeira, nossa, seria o milagre da Adivinhação. É muito difícil.
- Hum... mas se você já está mais relaxada, que tal tentar? – Den, lançando o desafio.
- Para quê? Sei que não vou conseguir. Já tentei umas cinco vezes e nada.
- O Tio Harry disse para nós que o poder da mente é ilimitado, e que se você entra numa partida achando que já vai perdê-la, bem, é isso o que acontece! – Dill.
- É, tente, Pen. Talvez, com a gente aqui você se sinta mais a vontade. – ele pega a mão dela e a olha nos olhos.
- Ok! – ela assente. – Então, formem um círculo, e me dêem as mãos.
Eles fazem o que ela pede, e permanecem em silêncio enquanto ela recitava uma fórmula mágica, que mais parecia uma ladainha. Nada nos primeiros minutos, e quando Dill já estava tentando quebrar a corrente para tentar coçar o queixo (o que ela achou muito estranho, no íntimo), a loira deu uma tremida e largou a mão dos dois.
- Ele está por aparecer! – a voz dela era estranha. – E tudo está sendo feito às escuras, como a noite.
Os outros dois brasileiros se olharam temerosos, lembrando da primeira noite na Inglaterra.
- Vocês devem se preocupar, ah, sim, ele quer voltar! E tem ajuda suficiente! O traidor!! – a voz era mais estridente. Os quadros ao redor deles olhavam a menina, assustados.
- Mas, onde ele está? Onde devemos procurar? Do que raios você ta falando, sua voz! – Den, de um jeito mimado e o dedo em riste, ordenou para a loira de olhos embaçados que falasse mais.
A menina focou o garoto a sua frente.
- E ele aparecerá... ele está na vista de todos... mas sem se mostrar... mas logo virá... o perigo à espreita está... – a garota a cada palavra ficava mais estranha e mais assustadora. Den estava quase para dar um treco ao ver a ex-namorada com aquela voz, e Dill já caçava a varinha na jeans quando, com um suspiro, a voz horrível morreu e a loira de sempre falou com uma voz cansada. – Tá, agora eu realmente acredito que eu sou uma vidente. – ela fala cambaleando e sendo em seguida ajudada pelos amigos.
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capítulo postado!!!! eba!! eba!!! ^^
agora respondo alguns comentários:
Chell Lupin Potter: a fic num tem capa T.T eu tentei fazer uma vez... mas fikou simplesmente horrível!!! vc conhece alguém q se disponibiliza a fazer uma decente? Ah!! e muitíssimo obrigada por seus comentários!! são eles q me animam a postar aki na floreios!!!
Willian Itiho Amano: criança má? eu? claru q não!! só estou fazendo algo pra ver se os leitores desta fic se revelam!!! e principalmente: comentem!! são eles, os comentários, q me animam a postar!! qnd eu xego aki na floreios, toda animada, pra ver se alguém comentou e não encontro nada... eu fiko totalmente desmotivada, pensando q ngm quer ler esta fic q eu adoro!!! Por isso, em vez de dizer q sou uma "criança má", vc poderia deixar de ser uma, só um poukinho, e me deixar feliz com seus comentários, neh? q com certeza eu vou adorá-los!! ^^
Agora um assunto desanmador...
o ano tah acabado... e com ele vão xegando as últimas provas do ano (como sempre¬¬)
e tanto eu qnt a Rah (q eh a escritora da fic!! eu sou apenas a beta) temos q estudar mt, afinal de contas, o segundo ano é durexa!!! e não podemos fikar de recuperação!!!
então, por esse motivo, o próximo capítulo vai demorar um poukinho mais q o normal!!! sem falar q tanto eu qnt a Rah vamos viajar nas férias e fikaremos sem o nosso amado pc. não tenho a mínima idéia de qmd sairá o cap. 11. espero q copreendam e não desistam da fic!!! pois não desistiremos e nem iremos abandoná-la!!
bejinhos pra vcs!!
até a próxima oportunidade!!!
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