RAB: O mistério é revelado



Capítulo 24: RAB,
O Mistério é revelado


Dois dias se passaram...

Dois tristes dias para Ammy, que vivia pelos cantos da casa, chorando quando não estava a vista de ninguém.

Esperava, esperançosa, que Draco a chamasse para conversar, mas ele não o fez. Ficava trancado em seu quarto, e não saía de lá para conversar com ninguém. Harry tentou fazer-lhe uma visita mas resolveu que não seria agradável expor a sua presença para o rapaz, sabendo que ele se encontrava no momento tão... rebelde.

Também tentou conversar com Ammy, e não foi apenas ele, mas todos da casa que ganharam um carinho muito grande por ela. Talvez por pena, solidariedade... Ou talvez porque Ammy tinha uma maneira de conquistar as pessoas... Quem saberia dizer?
Mas ninguém conseguiu melhorar o seu estado, e como muitos tinham escutado aquele "conversa" entre Ammy e Draco, tinham compreendido tudo, e infelizmente, sem maneiras de resolver.

- Ammy? - disse Lupim, descendo a escada.

Ela ergueu a cabeça, estivera encarando a lareira há vários minutos.

- Acabei de falar com Draco...

- Ah! - disse ela, meio surpresa. - Como ele está?

- Está bem. Na medida do possível... Ele me perguntou de você...

- Perguntou?

Frente ao brilho esperançoso do rosto de Ammy, Lupim abriu um sorriso reconfortante.

- Ele perguntou como você estava.

- E?

- Peço desculpa se me intrometi num assunto que não tem nada a ver comigo, Ammy, mas eu disse a verdade a ele.

Ela corou.

- A verdade?

- Desculpe-me novamente, mas eu achei importante dizer. Disse que desde a última vez que vocês se viram, você anda triste, sem querer conversar com ninguém.

Era incrível como Lupim conseguia dizer uma coisa tão complexa com tanta facilidade. Harry, que estava presente no momento, se surpreendeu. Se fosse ele que tivesse que dizer algo assim, estaria gaguejando até agora.

- Eu acho que vou subir pra falar com ele...

- Ammy!

Lupim segurou delicadamente nos braços da garota.

- Eu não sei se ainda seria o momento...

Ammy pareceu novamente desanimada.

- Hum, ok, então... Eu vou me deitar... Obrigada, Lupim.

Cabisbaixa, ela se retirou.

Lupim olhou para os garotos na sala, e encolheu os ombros, num gesto que mostrava claramente um "eu tentei".

- Hum, e a viagem de barco, Harry? Quando vocês vão? - perguntou ele, se sentando.

- Então... Estávamos conversando sobre isso agora pouco - respondeu Harry, com um olhar significativo para Rony, que fez um gesto com a mão, o encorajando a continuar. - Estávamos pensando em ir amanhã mesmo...

- Você e seus mistérios, Harry - disse o homem, sorrindo. - Se quer ir amanhã a onde quer que precise ir, avise Snape, ele não vai gostar de receber a notícia em cima da hora.

- Hãm... sobre isso, professor, será que o senhor não poderia...?

- Sinto muito, Harry - a voz de Lupim foi ao mesmo tempo que firme, se desculpando. - Mas o barco é dele, então ele tem todo o direito de querer acompanhá-lo. Sinto muito. - repetiu, vendo o desapontamento do garoto.


- Tudo bem.

- Atrapalho? - era Snape, que entrava na sala naquele momento.

- Não, Severo. Porque não se senta conosco?

Ele crispou os lábios, numa atitude muito sua.

- Obrigada por me oferecer o privélio da presença de vocês, Lupim, mas eu só vim pegar um livro que deixei aqui essa tarde.

- Claro, tudo bem. Bom, foi realmente útil ter aparecido aqui nesse momento, Severo, os garotos queriam falar com você.

Dessa vez Snape ergueu as sobrancelhas e seus lábios meio que se entreabriram, conforme sua surpresa.

- Falar comigo? Eles?

Lupim riu. Pelo visto a inimizade entre eles não iria acabar nunca.

- Isso, eles mesmo. Parece que querem partir amanhã, e como você havia dito que queria acompanhá-los.

- Querer, não é a palavra certa. Mas como já disse a Potter, não vou deixar meu barco na mão de adolescentes que mal completaram a maioridade.

- Isso, é isso mesmo. Eles pretendem ir amanhã.

- E será que eu vou poder saber para onde iremos?

A palavra "iremos" não ecoou muito bem no ouvido de Harry.

- Vamos até o centro do Oceano Atlântico - respondeu ele.

- Fazer o que?

Isso, já era querer saber demais.

- No caminho eu vejo até onde posso explicar... Snape.

As feições do bruxo não foram de suas melhores nesse momento.

- Claro, Potter. Então eu esperarei para saber... amanhã.

E ele se retirou, com o tão procurado livro.

Harry bufou.

- Essa viagem... Promete...

♥_________________________________________________________________♥


No dia seguinte, os garotos mal esperavam amanhecer e já estavam prontos para sair.

Despediram-se calorosamente de Ammy e a deixaram sob os cuidados da sra. Weasley e de Tonks (já que a Lua cheia se aproximava) e partiram até onde, de acordo com Snape, estava o barco.

Não era um navio enorme e tal, mas levando em consideração de que era de Snape e estava praticamente abandonado, até que parecia confortável.

(N/A: não vou descrever por que não faço a mínima idéis de como deescrevo um barco. )

Snape os levou até uma cabine com vista privilegiada na frente do barco, e lhes mostrou um grande mapa de vidro que havia no lugar do (N/A: Ah, aqui seria aquele negócio redondo que você usa para fazer o barco funcionar, sabe?)

- O que é isso? - perguntou Rony.

- Eu sei o que á, já li sobre isso - falou Hermione. Rony e Harry a olharam, enquanto Snape revirava os olhos. - É uma espécie de piloto automático. Estão vendo esse pontinho que está piscando aqui no reino unido?

Os garotos olharam para onde ela mostrava. (Snape ainda encarava o teto).

- O que tem ess pontinho?

- É o barco, localizado no mapa exatamente no lugar onde estamos. Para fazê-lo funcionar é só tocar com a varinha aqui no pondo onde estamos e arrastar até onde queremos ir.

- Mas tem uma falha niso - falou Harry, obervando o centro do mapa. - Precisamos ir até uma ilha no centro do Oceano Atlântico. Aqui não tem nenhuma ilha...

Hermione olhou para o mapa, depois para Snape, esperando ajuda.

O bruxo sorriu maliciosamente.

- Creio eu que isso você não pode explicar, não é, senhorita Granger?

- Ela talvez não. Mas quem sabe eu? - falou uma voz desconhecida, atrás deles.

Rony tropeçou ao se virar tão rápido, Hermione ficou pálida, Harry e Snape se viraram num pulo, com as varinhas já preparadas.

- Esperem não estou armado - disse ele, baixando o capuz e abrindo os braços.

Harry baixou a varinah, talvez não porque realmente o rapaz não estava armado, mas porque se surpreendeu ao reconher o rapaz do "cabeça de Javali".

- Você aqui? - perguntou.

Ele sorriu, mas o estranho, era que não parecia um sorriso cínico, e sim, um sorriso sincero.

- Vejo que lembra de mim - falou, sem baixar os braços, devido a varinha de Snape que ainda mirava seu rosto.

- Lembro - respondeu Harry. - Acho que você não vai se lembrar, mas se não tivesse causadi aquele tumulto no bar aquele dia, talvez eu não conseguiria... não conseguiria... - ele hesitou. - Não conseguiria uma coisa que eu estava procurando...

- Quem é ele, Potter? Você o conhece?

O rapaz de cabelos negros lançou um olhar divertido e ao mesmo tempo desconfiado a Snape.

- Eu já não disse que estou desarmado? - perguntou ele. - Será que não poderia abaixar sua varinha?

- Quem sabe se você pelo menos... se apresentasse?


- Eu preferiria fazer isso de uma maneira mais cordial se é que você não se importa.

- Oh! - fez Snape, com falso ar de ofendido. - Vejamos... Você é um ser desconhecido que acaba de invadir este barco, uma propriedade minha... Acho que iria me importar, sim.

O rapaz virou os olhos e olhou incrédulo para Harry.

- Será que você poderia pedir para que ele baixasse a varinha?

Harry olhou para Snape, mas este tinhe uma expressão que dizia claramente: "Peça-que-o-enfeitiçado-será-você."

- Sinto muito - ele disse.

O rapaz suspirou.

- Pois bem, irei me apresentar.

"Meu nome é Dylan Thompson, e é claro que eu me lembro daquele dia no bar. Eu não tropecei por acaso, mas de propósito. Vi que precisava de ajuda e achei que um pequeno tumulto iria adiantar.

- E adiantou - disse Harry, sorrindo ao se lembrar. - Mas como você sabia que eu precisava de ajuda?

- Você parecia desesperado, olhando para todos os lados. Eu que estava te observando notei que aquilo seria um pedido de socorro.

- Mas - Harry não entendia. - Por que você estava me observando? Porque me ajudou? Como sabia que a minha intenção não era roubar alguma coisa?

- Vai ver ele achou que era mesmo o que você queria, Potter - disse Snape. - Roubar. E vai ver ele é um ladrãozinho de meia-tijela igual a Mundungo. Um ladrão ajuda o outro.

Dylan virou-se enfezado para Snape.

- Vem cá, cara - disse ele o encarando. (N/A: Imaginem ele dizendo isso num belo de um sotaque carioca). - Tú é sempre marrento assim ou é falta de mulher mermo?

Snape empalideceu, enquanto Rony soltava uma risadinha e recebia uma bela de um cotovelada na costela de Hermione.

- Como... ousa...

Harry se segurou para não rir. Começava a gostar daquele rapaz.

- Snape... Temos que ouvir o que ele tem a dizer, e se você continuar o ameaçando, não chegaremos a lugar algum.

Snape o olhou com ódio, mas cruzou os braços, mesmo com a varinha na mão.

- Então, converssem, Potter, mas depois não venha pedia a minha ajuda.

- Não pedirei - respondeu Harry, se virando para Dylan. - Agora acho que você pode respondeu as minhas perguntas.

- Claro - Dylan respondeu, sorrindo com a cara desagradável de Snape. - Vamos então, começar da sua última pergunta, Harry Potter:

"Eu não achava que você ia roubar alguma coisa. Eu tinha certeza que você roubaria alguma coisa."

Ele não ligou para a cara espantada de Harry, e continuou.

- Porque lhe ajudei? Vi que precisava de ajuda. Porque o estava observando? Simples. Confesso que estava curioso para saber como você conseguiria a lembraça e não quis perder um só detalhe do belo espetáculo. A Propósito - Ele olhou para Hermione que estva com o queixo caído. - Você é uma ótima triz, espero que não seja mesquinha daqeula forma, teria dó dos seus amigos se fosse.

Ele abriu um sorriso encantador.

- Como sabe da lembrança? - perguntou rony, tirando as palavras da boca de Harry. - Quero dizer, exatamente de que lembrança você está se referindo?

O sorriso continuava a brincar nos lábios de Dylan.

- Ora, que lembrança! Aquela que fez vocês procurarem esse barco!

Ainda perplexo, Harry percebeu pelo canto dos olhos que Snape se mecera, inquieto.

- Como você sabe de tudo isso? Sobre a lembrança, o barco?

- Eu não fui parar no "cabeça de Javali" a toa. Fui lá para ter a certeza de que você apareceria.

- E como você sabia que eu estaria lá? - pergutnou Harry, absurdamente perplexo.

- Eu não sabia. Eu Apenas supuz que você seguiria a minha carta e iria até lá.

Rony engasgou com a própria saliva.

- A sua carta? - exclamou Hermione, chocada.

- Você é RAB?

Dylan inclinou a cabeça para um lado.

- Sim - inclinou para o outro. - E não, Potter.

- Sim? - pergutnou Rony. - Ou não? Estou confuso...

- Novidade... - zombou Snape.

- Eu mandei as cartas - respondeu Dylan. - Eu assinei como RAB mas eu não sou o RAB.

Sem entender nada, Harry olhou para Hermione.

- Como "você não é?" - perguntou a garota. - Ou você é, ou você não é. Não tem como ser meio a meio!

Dylan sorriu.

- Mas nesse caso eu sou - disse. - Eu não sou a pessoa que vocês procuram, mas eu tenho andado as cartas.

- Mas as cartas estão assinadas como RAB - falou Hermione, no mesmo tom de quem diz "O céu é azul", ou "O arco íris é coloriodo".

- Sim, sim - disse Dylan, sacudindo a mão como se quisesse espantar um mosca impertinente. - Eu assinei como RAB porque é a ele que vocês devem a qualidade das informações que lhes passei. Eu apenas passei o que eu descobri sobre ele para vocês, mas o crédito é todo dele.

Tomada pelo bom senso que sempre possuiu, Hermione praticamente empurrou todos até um lugar do barco onde havia alguns banquinhos, e fez todos se sentarem, para conversarem melhor.

- Ok, vamos ver se eu realmente entendi - falou ela. - Você não é o tal de RAB que deixou aquele bilhete no medalhão de Sonserina, mas tem mandado cartas com muitas dicas, palpites e pistas que tem nos ajduado muito, assinando como RAB. Devemos pensar que esse cara não existe e que é um identidade falsa, ou que você tem recebido ordens dele para nos mandar todas as correspondências que já chegaram até nós?

Surpreendenteme os olhos de Dylan assumiram um brilho infeliz.

- Nenhuma das duas hipóteses - disse, num tom que fez todos prestarem atenção, até mesmo Snape, que se aproximara, apesar de ainda ficar de pé, longe da vista de todos.

- Será que você poderia parar com essa enrolação e dizer logo a verdade? - disse ele, em tom tão doce quanto uma limonada sem água e sem açucar.

Todos o ignoraram.

- O verdadeiro RAB, está morto.

- Morto? - repetiu Rony, perplexo.

- Sim. Era um dos seguidores de... você-sabe-quem, mas ele desistiu, nunca foi muito forte e imagino que aquilo o assustara. Sua intenção, pelo que soube, quando entrou no círculo dos comensais era apenas fazer parte da elite, se aparecer, estar perto dos poderosos. Essa idéia o agradava. Mas penso que ele desistiu quando viu como realmente funcionava os atos e missões dos comensais da morte, e abandonou. Porém...

- Ninguém simplesmente pede demissão a Voldemort - disse Harry, quase num murmúrio.

Dylan se arrepiou um pouco ao ouvir aquele nome, mas se recuperou rapidamente.

- Exato - disse. - Ninguém deixa de ser um comensal da morte simplesmente porque quer. E ele acabou sendo morto, depois de fugir. Não há como fugir, mais cedo ou mais tarde você acaba sendo morto se abandoná-los...

Desfarçadamente Harry olhou na direção de Snape, que estava pálido, a ponto de vê-lo engolir em seco.

- Mas ele descobriu o segredo de você-sabe-quem antes disso - continuou Dylan, indiferente ao silêncio constrangedor do local. - Descobriu o que, a esse ponto, tenho certeza de que não há nada do que vocês não sabem. Ele descobriu tudo e, penso que desconfiando o futuro que o aguardaria, fez muitas anotações. O que foi suficiente para que eu descobrisse tudo. Ou pelo menos o suficiente para me fazer entender muitas coisas e pesquizar outras.

- Mas como essas anotações foram parar nas suas mãos? - perguntou Harry.

Dylan suspirou.

- Ele entregou tudo a minha mãe, quando morreu, não queria que sua família descobrisse nada sobre isso, eles nem sabiam que ele tinham uma "amante" e um fílho.

- E esse filho...??

- Sim, sou eu.

- Você é filho dele? - perguntou Rony, aparentemente tentando esconder sua surpresa.

- Sim. Sou ou era, não sei exatamente qual seria o termo usado. - Ele observou a cara de constragemento de todos (todos menos Snape, claro). - Não se preocupem, isso faz muitos anos. Eu nunca cheguei a conhecê-lo também, era muito jovem quando ele faleceu, por isso grande parte do que eu falo hoje para você são coisas que eu descobri depois, com o tempo. Disse que ele deixou aqueles documentos com a minha mãe, mas não sei se foi ele quem deixou, ela que roubou, ou sejá lá o que for. Sei apenas que tudo o que ele deixou, tudo o que eu descobri, utilizei, na melhor das intenções. Confesso que fiquei abismado quando vi o valor que cada anotação daquelas possuía. Fiquei simplesmente chocado, e não teria acreditado que ele, sendo uma pessoa com tanta má fama por todos que o conheciam, e vindo de uma família como aquela, pudesse ter tido tanta audácia em correr atrás de tantas informações e ter a coragem de ter feito o que fez, quanto ao medalhão e todo o resto, se eu não tivesse visto com meus próprios olhos.

- Porque você nunca o conheceu? - perguntou Hermione.

Dylan deu de ombros.

- Se o vi, era ainda muito pequeno. Eu tenho ainda 22 anos, apesar de não saber mais ou menos a data que ele morreu, sei que ainda era pequeno. E ele não queria que ninguém descobrisse que tinha um filho. Não sou fruto de um casamento, sequer de uma relação onde existia amor. Hoje sei que o que havia entre meus pais era apenas um jogo sujo de dinheiro e poder. Penso que ele entrou numa relação com ela para se divertir, mas minha mãe engravidou. Claro, a atitude que era mais a cara dela seria ter ignorado completamente essa idéia e fugido da responsabilidade. Mas ela o ameaçou e disse que se ele não lhe desse um quantia por mês (muito alta por sinal) iria contar a todos a verdade. Aparecer comigo na sua casa e armar um grande escândalo. foi enterrado como um homem solteiro e sem filhos.

- E como você sabe de tudo isso? - perguntou Harry.

Ele riu, nervoso.

- Ela nunca fez questão de me esconder. Tacava isso na minha cara direto, com se quisesse que eu nunca me confundisse com homem que era meu pai e a mulher que era minha mãe.

Ele fez uma pausa. Três pares de olhos estavam voltados para si, talvez até emocionados.

- Acho que não tive sorte na família - brincou ele, e tanto Hermione quanto Rony deram uma risadinha nervosa.

- Você não é o único - falou Harry, lembrando-se inevitavelmente dos Dursley.

O rapaz o encarou.

- Acho que temos muito em comum, Harry Potter - falou ele. - Sempre acompanhei os jornais, as notícias que saíam sempre de você, e sempre o admirei. Não sou nenhum herói do mundo mágico, claro - completou ele com um sorrisinho. - Mas acho que pelo fato de não se tornar uma pessoa como aquelas com quem você viveu, e continuar vivendo sua vida, sempre pensando mais nos outros do que em você. Isso você não pode negar - Acrescentou ele, quando Harry abriu a boca para protestar, envergonhado. Snape apenas bufou. - Apenas uma coisa que não temos muito em comum é que você tem amigos.

Talvez pelo tom casual com que ele disse isso, Harry se lembrou de Luna. Sempre constrangendo as pessoas dizendo coisas que a maioria faz questão de guardar para si.

Hermione pigarreou.

- Mas, Thompson...

- Dylan.

- Isso, Dylan. Eu realmente achava que o RAB era um comensal da morte...

- O quê? - fez Harry e Rony ao mesmo tempo.

- Só podia ser - falou Hermione, olhando-os com se fosse óbvio demais. - Você não se lembra Harry de que nos contou que perguntou ao pr... Snape, porque ele chamava Voldemort de "Lorde das Trevas" se apenas os comensais da morte o chamavam assim?

- Sim, eu me lembro, mas o que isso tem a ver....?

- O que está escrito no bilhete que vc encontrou no falso medalhão?

Harry se esforçou, e a imagem da primeira linha daqule bilhete veio a sua mente.

"Ao Lord das Trevas".

- Como eu não cheguei a essa conclusão antes?

- Quer que eu responda para você, Potter?

- Não, obrigado, Snape.

Harry se voltou para Dylan novamente, e ao mirar seu rosto, suas feições e cabelos negros, sacudiu a cabeça: Uma idéia começara a vir a tona.

- Seu nome inteiro é mesmo...? - perguntou.

- Dylan Thompson - respondeu ele surpreso. - Porquê?

- Você não recebeu o sobrenome de seu pai, recebeu?

- Não - respondeu ele ainda mais surpreso. - Ele não me assumiu. Pagava uma quantia a minha mãe apenas para não ter o seu segredo revelado. Porquê? - repetiu.

- Eu estou te achando... parecido com...- Ele calou-se. Sem dúvida, tinha uma certa semelhança.

- Com quem? - perguntou Dylan, ancioso.

- É mesmo, Harry - disse Hermione. - Com quem?

Harry olhou para a amiga, e pela pela palidez que provavelmente seu rosto havia assumido ela deve ter entendido, pois se virou novamente para Dylan e apertou as sobrancelhas.

- Não acho que se pareçam muito...

Mas com certeza ela não acharia, não tinha motivos para achar.

Se odiando por fazer o que estava prestes a fazer, mas com a conciência de que não havia outro jeito, Harry se virou para a pessoa que menos gostaria de falar naquele momento.

Snape. O único que poderia concordar.

Estranhando a atitude do garoto, Snape franziu as sobrancelhas, sem dúvida, curioso, e Harry abriu sua mente, deixando que ele descobrisse sobre quem se tratava.

Depois de ver, Snape se se endireitou, e suas sobrancelhas se apertaram ainda mais, voltando sua atenção para o rapaz, que assim como Rony, não havia entendido ainda.

Ao mirar Dylan, um traço de surpresa e ao mesmo tempo perplexidade o atingiu.

- Detesto ter que concordar com você, Potter, mas... Sem dúvida são muito parecidos.

Ele continuou o encarando.

- Mas isso seria impossível, não faria sentido, só se....

Snape fechou os olhos, inclinando a cabeça para o lado, agora compreendendo. Só uma palavra escapou de seus lábios:

- Regulus...

- Quem? - perguntou Rony que não havia escutado.

- Regulus - disse Harry, olhando para Dylan.- Regulus Black. Estamos certos?

- Sim - respondeu ele surpreso. - Regulus Alexander Black, para ser mais exato. Como descobriram?

- Quem é Regulus Black? - perguntou Rony. - Alguma coisa a ver com Sírius?

- Irmão dele - falou Harry, e o queixo de Rony caiu, enquanto ele se virava para Dylan. - Descobrimos por sua semelhança com Sírius quando ele era mais jovem.

- Sírius? Irmão do meu pai? O prisioneiro fugitivo?

- Bom, isso é uma longa história, Dylan - falou Hermione, antes que Harry respondesse. - Mas HArry noutou um certa semelhança em você, porém, como Sírius nunca teve filhos nem era um comensal "desgarrado", a única hipótese seria mesmo que você estaria se referindo a Regulus.

- Mas esse tal de Sírius Black também era um comensal, não era?

Mais uma vez foi Hermione que respondeu, antes que Harry dissesse alguma coisa com o humor que estava ficando.

- Não, Dylan, tudo o que você ouviu, a versão real do mundo mágico e trouxa, é falsa. Sírius sempre foi inocente, e é... quero dizer, ele era padrinho de Harry...

Dylan olhou para Harry,que abaixara a cabeça, e pelo bom senso que aparentemente ele tinha, não deixou sua perplexidade atingí-lo.

- Bom, então somos meio que primos, não? - falou ele descontraído, e Harry sorriu ao encará-lo.

Hermione também sorriu, contente.

- Bom, temos um mistério revelado! - exclamou ela. Só falta resolvermos um agora.

- Qual? - perguntaram todos.

- Oras... Dylan chegou até aqui dizendo que poderia nos dizer como vermos a ilha onde precisamos chegar. Agora que tudo foi exclarecido...

- Claro! - respondeu o rapaz, sorrindo. - Vamos até lá que eu lhes mostro!


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Nota: Bem, pessoal... Desculpem a demora mais uma vez! porém, o capítulo está aí!! Espero que tenham gostado! E como eu já disse, tudo que está nessa fic foi escrito ANTES do lançamento do livro, não sei, nem quero saber seu eu toh com teorias completamente equivocadas ou milagrosamente corretas. Como a pessoa (que eu já esqueci o nome, desculpa) que comentou perguntando sobre alterações e tal... Não, fiquem tranquilos pois o que eu escrevi antes será o mesmo o que eu estou postando agora, um fim ALTERNATIVO para Harry Potter, e não idêntico ao fim da JK.

Pra quem tem dúvida, aqui está o link do orkut onde eu postei. Está idêntico, e a data garante que foi ANTES do lançamento do livro.
Bjoss

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=8437907&tid=2520704479840351867

please!! Não economizem nos comentários!!


:D

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