Pré-TB, 1ª etapa



Os três Critérios

- Mary no Totalmente Bruxa?! – perguntaram MacGilleain e Nissenson em coro.
- E eu espero o apoio de vocês! – concluiu Doumajyd, demonstrando estar empolgado com tudo ao trazer essa notícia para os outros Dragões, reunidos na ala especial deles em Hogwarts.
- Isso é sério, Chris? – MacGilleain ainda não acreditava no que ouvira.
- É impossível para ela! – exclamou Nissenson incrédulo.
- Vocês esqueceram que ela sozinha foi capaz de ir contra nós, o D4?
Os dois dragões se entreolharam e tiveram que concordar.
Hainault, apenas sentado em seu lugar, observando calmamente, sorriu, demonstrando que gostara da idéia.
- Mary tem coragem para enfrentar qualquer um! – continuou Doumajyd – E nós vamos fazê-la ganhar. E não só a velha, mas todo mundo terá que admitir que ela é a melhor!
- Parece divertido. – comentou Hainault.
- Por isso preciso da ajuda de vocês! Temos um mês até a competição!
- Tudo bem, eu aceito. – concordou MacGilleain encolhendo os ombros.
- Vamos ter muito trabalho... – suspirou Nissenson, também demonstrando ter concordado.
- Realmente ela não é boa em quase nada do que eles irão avaliar. – resmungou admitindo Doumajyd.
Nas escadas, sem que eles percebessem, Sarah Swan ouvia a tudo atentamente.


***


- Acha que há chances de eu ganhar? – perguntou Mary, insegura.
Quanto mais pensava no assunto, mais essa sensação aumentava.
- Na verdade... não. – admitiu Christinne.
Mary a encarou surpresa:
- Anhm?
As duas estavam sentadas em confortáveis sofás cheios de almofadas na casa de Hainault em Londres, onde Mary passaria a ficar para treinar para as competições. Como a casa do Dragão da Grifinória estava perto do Ministério, era o local perfeito para que Christinne pudesse instruir a sua aprendiz em se tornar uma Totalmente Bruxa. E como os pais de Hainault só costumavam ficar naquela casa quando o filho não estava em Hogwarts, eles poderia usá-la à vontade e pelo tempo que necessitassem.
- Mas, se você realmente deseja ganhar, eu irei apoiá-la, Mary! Já constatei até aonde sua força de vontade pode chegar e espero que você a demonstre no Totalmente Bruxa, ok?
- ... ok.
- Vou começar explicando como funciona o Totalmente Bruxa. São três os principais critérios avaliados durante a competição... O primeiro é beleza.
- Beleza... – repetiu Mary, sem confiança nenhuma, enquanto a bruxa lhe lançava um olhar avaliador dos pés à cabeça.
- Bom, não somente a beleza externa, mas a interna. Você precisa mostrar beleza nos gestos e nas suas maneiras.
Mary pensou que não havia muita beleza em seus gestos... principalmente quando ela perdia a paciência. Definitivamente não era um exemplo de delicadeza, e até a Sarah, quando se fazia de menina inocente, ganhava de longe dela nesse quesito.
- Executar feitiços de uma forma encantadora recebe muitos pontos. – continuou a bruxa – Por isso vamos treinar muito essa parte. O segundo critério é a inteligência. Eles não só irão fazer perguntas sobre o básico de um bruxo como também avaliar a sua capacidade em resolver certos problemas com magia.
- Bom... eu sempre fui muito bem nos estudos. – resmungou Mary, mesmo sabendo que isso não era exatamente ser inteligente.
- E o terceiro são as suas habilidades mágicas. E essa eu tenho certeza que será o mais difícil para você.
- Com certeza. – confirmou Mary – Eu não aplico muito do que aprendo na escola, já que vivo como trouxa... Que tipo de tarefas eles pedem nessa parte?
- Quando eu competi, eles pediram para nós fazermos biscoitos de chocolate! – contou Christinne alegre em lembrar.
- Fazer biscoitos? – perguntou Mary surpresa, pois esperava algo mais... mágico.
- Haviam muitas garotas que nunca haviam feito ou até comido biscoitos de chocolate antes. Desses que se faz em casa, sabe? – explicou a bruxa – Mas eu tive sorte, já que são os preferidos do Chris! Eu tinha aprendido a fazer para ele!
- Ele gosta de biscoitos? – Mary riu, imaginando o grande Christopher Doumajyd comendo algo tão simples como biscoitos de chocolate.
- Quando ele era pequeno, viu crianças trouxas comendo biscoitos, mas não teve coragem de pedir, já que os associou aos trouxas. Quando ele me contou eu perguntei se ele comeria se os biscoitos fossem feitos com magia e por mim. Eu nunca o vi mais feliz do que no dia em que eu lhe entreguei um prato cheio deles! Ele até ficou doente de tanto que comeu!... E, nenhuma das garotas que ficaram para final além de mim sabiam fazer.
- Então você ganhou por ter mimado o seu irmão? – perguntou Mary rindo.
- Isso mesmo! – ela acentiu sorrindo – E isso demonstra como essa competição é imprevisível. Sabemos os critérios, mas não as provas. E você terá que estar preparada para tudo se quiser ganhar!
Mary voltou a ficar preocupada e se afundou mais no sofá.
- Você terá treinos intensos de agora em diante. Ficará aqui até o dia da competição!
- Eu... – ela começou, mas não conseguiu terminar de formular a frase.
Agora entendia o tamanho da responsabilidade que teria. Não era apenas competir, mas eles estavam colocando todas as suas esperanças nela. E ela sentia como se fosse uma obrigação ganhar... apesar de achar que realmente não tinha chances. E era isso que ela pretendia dizer.
- Christy, eu acho que não dá. – ela reuniu coragem e admitiu – É muito para mim! Somente em Hogwarts existem várias outras garotas que são mais capazes do que eu! Até mesmo a Vicky poderia ganhar de mim em uma competição dessas se ela quisesse!
- Admitindo derrota antes mesmo de competir, Weed?
Mary quase teve a alma arrancada do corpo com a voz desafiadora do líder dos Dragões soando bem ao lado da sua orelha.
- Doumajyd?! – exclamou ela surpresa se virando e vendo não somente ele, mas todo o D4 estava ali na sala.
- Isso não é típico. – comentou Nissenson, como alguém que simplesmente estava passando ali, se jogando em um dos sofás.
- Nós ajudaremos, fique tranqüila! – tentou a animar MacGilleain imitando o amigo.
- Onde foi parar aquela energia toda que você usou para berrar com a velha?! – perguntou Doumajyd sentando ao lado dela – Eu falei que iria sempre estar do seu lado, não? Por isso todos estão aqui para ajudá-la! E não somente nós...
A um sinal de Doumajyd, Hainault abriu a porta com um gesto de varinha e várias outras pessoas entraram.
- Como a Christy não pode ficar aqui o dia todo, esses serão seus instrutores! – anunciou Doumajyd – Cada um em uma determinada área!
Mary olhou para todas aquelas pessoas que pareciam ser extremamente profissionais. E então encarou os Dragões, todos ali dispostos a ajudá-la. Isso foi o bastante para fazê-la ter toda a confiança do mundo e dizer, quase chorando:
- Obrigada.
Christy sorriu e disse:
- Agradeça vencendo, Mary.
- Certo! – concordou ela – Mary Ann Weed irá se esforçar!

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