Pares?
Um par..? Aquilo não lhe saía da cabeça desde que deixara, em silêncio assustado, a sala de Transfiguração. E algumas aulas já haviam se passado desde então. Passaram por Feitiços, e Trato das Criaturas Mágicas, matéria novamente ministrada por Hagrid.
Ela colocou os livros extras sobre a cama, esvaziando a pesada mochila. E mais essa agora! Pensou, indignada. Além de ser monitora-chefe, ainda auxiliava nas aulas de DCAT, e agora teria que se preocupar em arrumar um par. E o pior: para apresentar uma dança dentro de 3 meses e meio. Aquilo era sinceramente mais do que ela podia suportar para seu sétimo ano na escola.
Caminhou desgostosamente até a cômoda, ao lado de sua cama, e apanhou um palito de madeira. Enrolou os cabelos cor-de-caramelo e os prendeu, num único e hábil movimento. Podia até mesmo ser uma aluna de notas exemplares, mas naquele momento, Hermione Granger se considerava perdida.
Não ouviu passos se aproximarem de si, e quando menos percebeu, uma pequena mão havia se colocado sobre seu ombro.
- O que houve? Você parece preocupada com alguma coisa.. – Ginny colocou a própria mochila sobre a cama ao lado da de Hermione, e sentou-se na mesma em seguida, observando a amiga de frente. Ela suspirou demoradamente, e sentou-se também.
- A McGonnagal apareceu com essa idéia maluca de que eu, Harry e Ron estamos inscritos nesse Concurso, e agora precisamos arrumar pares até o fim da semana. – A explicação soou no mínimo cômica, mas ela não teve nenhuma vontade de rir. Ginny apenas tombou levemente a cabeça para o lado, pensativa.
- E não há ninguém nessa escola que eu considere adequado para isso, simples assim! – Hermione continuou, jogando o corpo sobre a superfície confortável. Os cabelos cacheados desfizeram-se do penteado, espalhando-se pela colcha avermelhada. A amiga suspirou, como se temesse a idéia que fervilhava em sua mente. Hermione pareceu adivinhar o que se passava por trás dos olhos turquesa.
- Nem vem! Sua idéia é absurda. – Ginny protestou, levantando as mãos emburrada.
- Mas eu nem sequer disse o que estava pensando, Mione! – Ela cruzou os braços e seus olhos amendoados reviraram. Não havia nada a perder, afinal.
- Tudo bem, pode dizer sua idéia.. eu só não posso prometer que vou usa-la. – Ginny, então, respirou fundo, iniciando contato visual com a amiga. Suas sobrancelhas ruivas estavam franzidas, como se colocar em palavras o que havia se passado por sua mente fosse de uma dificuldade inigualável.
- Bem... eu pensei.. você e Rony estão com o mesmo problema, não estão? – Hermione apenas assentiu, balançando a cabeça desconfiadamente. Não precisava esperar que Ginny terminasse para saber a brilhante idéia que viria a seguir. O pensamento fez com que um longo suspiro escapasse de seus lábios entreabertos.
- Sim, Ginny, estamos com o mesmo problema.. Mas eu não vou com ele! – A garota revirou os olhos, passando uma das mãos pelos longos cabelos ruivos. Sequer sabia porque estava perdendo seu tempo tentando conversar sobre isso. Hermione não iria ceder.
- Está certo. – ela levantou-se, apanhando novamente a mochila. – sugiro então que você comece a procurar logo um coitado. – e deixou o aposento, bufando. Hermione apenas observou a amiga sair, e jogou-se mais uma vez sobre a cama.
- E então foi isso o que McGonnagal nos disse. – terminou, levando a xícara até a boca sem, no entanto, sorver o líquido fumegante que havia dentro da mesma. O meio-gigante apenas o fitou, tendo nos olhos redondos e negros um brilho de compreensão.
- E você não faz idéia do que fazer agora? – Ele perguntou, estendendo a Harry um prato de biscoitos de chocolate, os quais o garoto recusou prontamente, percebendo sua semelhança com um punhado de pedras.
- Algo assim.. – Harry se levantou, indo até a pequena janela. Dali, podia ver a horta na qual Hagrid costumava plantar espécies estranhas, e o lugar onde os alunos se reuniam para as aulas de Trato das Criaturas Mágicas. Ele virou-se, como se soubesse que o amigo tinha algo a lhe dizer.
- Vá com a caçula Weasley. Duvido que ela lhe negaria ajuda. – Ele arregalou os olhos, como se aquela fosse a idéia mais absurda que alguém poderia ter. Fitando os olhos do gigante, no entanto, um certo brilho divertido pôde ser visto de relance.
Não podia negar que já havia pensado nessa possibilidade, mas na mesma rapidez que a idéia passou por sua mente, ela esvaiu-se em direção ao impossível. Tinha mais alguns dias até o fim da semana, e duvidava com toda a sua alma que conseguiria encontrar um par até a data estipulada.
Harry apenas balançou a cabeça negativamente, e um sorriso triste se colocou em seus lábios. Instantes depois, sentiu a pesada mão de Hagrid sobre um dos ombros.
- Desculpe, Harry, foi só uma idéia.. – Ele lhe sorriu, enchendo novamente sua xícara de chá. O garoto suspirou, levantando-se.
- Já é hora do almoço, melhor voltar para o castelo.
Já estava sentado na longa mesa da Grifinória havia alguns instantes, esperando pelos amigos e a irmã. O Salão Comunal estava praticamente vazio, a não ser por um e outro aluno cochichando, andando de lá para cá. Até mesmo aquele som sussurrado tinha o poder de irritá-lo naquele momento. Apoiou a cabeça nas mãos e levou os cabelos ruivos para trás, num gesto rápido. Precisava pensar em alguma coisa, qualquer coisa, mas era essencial que encontrasse uma solução para sair da confusão na qual McGonnagal o colocara havia algumas horas.
As palavras ‘inscrever’ e ‘pares’ não paravam de martelar seus pensamentos confusos, unindo imagens de si mesmo com alguma personagem desconhecida usando um vestido ridículo verde-limão. Na verdade, não sabia dizer se em seus devaneios era ele ou a garota quem usava o tal vestido. Apenas podia ver os dois rodopiando desajeitadamente pelo salão inundado de risadas. Sentia uma gota de suor escorrendo pela têmpora ao encarar os rostos de todos ao seu redor, rindo e apontando para os dois.
Uma mão tocou o topo de sua cabeça, fazendo-o despertar daquele pesadelo no qual havia mergulhado sem sequer perceber que estava com os olhos apertados. Sentiu a própria respiração assustada e descompassada, e olhou para cima encontrando o olhar preocupado de Hermione. Ela piscou, antes de soltar um leve sorriso.
- O que houve? – ela perguntou, antes de sentar ao lado de Ron e colocar uma das mãos sobre a dele na mesa.
- Nada.. – Ron balançou a cabeça de um lado para o outro, como se pudesse apagar dali as figuras dançantes que haviam povoado seus pensamentos instantes antes. – Só... essa coisa de concurso..
Hermione tombou a cabeça para o lado de leve, e sorriu compreensiva. O mesmo tormento incomodava-a desde que saíra da aula de Transfiguração junto com os dois amigos. Havia descaradamente matado a aula de Poções trancada no dormitório, assim como desconfiava que Harry e Ron o haviam feito também. Suspirou. Jamais imaginaria que um assunto tolo como aquele pudesse fazê-la matar uma aula.
- Você também, não é? – ele perguntou, tirando-a de seus pensamentos. Não foi preciso que respondesse para que Ron soubesse exatamente o que se passava na cabeça da amiga.
- Não sei o que vou fazer. – Hermione declarou, apoiando derrotadamente os cotovelos sobre a superfície de madeira. Não demorou para que seu queixo tocasse a palma da mão, e um mar de cachos caramelo escorreu por seu braço. Ron sorriu, afagando de leve o topo da cabeça dela.
A verdade era que não tinha amigas para convidar, nem garotas com quem conversasse o mínimo possível. E, ao contrário do que fizera em seu quarto ano, não queria convidar uma completa estranha para participar disso tudo. Esfregou os olhos com as costas da mão, fechando-os.
Hermione enterrou os dedos delicados por entre os cabelos e os levou para trás, tirando-os do rosto. Gostaria de saber o que fazer quanto àquilo tudo, de forma que não precisasse dançar, e também não desapontasse McGonnagal. Impossível. Pensou.
Ron voltou a abrir os olhos cansados, deparando-se com a imagem da amiga. Foram raras as vezes que pôde vê-la daquela forma confusa e derrotada, sem saber como agir. Simplesmente não era um comportamento típico de Hermione. Seus olhos amendoados estavam perdidos em algum ponto da mesa, fitando talvez uma solução invisível para seu problema. Gostaria de poder resolvê-lo e devolver o ar alegre e inteligente da amiga.
Sem que qualquer um dos dois percebesse, uma pessoa se juntou a eles na mesa da Grifinória. Ginny se aproximou tão rápido que tudo o que pôde ser visto foi uma profusão de cachos ruivos passar rapidamente pelo corredor entre as mesas.
- Oh, pelo amor! Será que vocês poderiam parar de agir como se alguém tivesse morrido? – Dois pares de olhos encararam a figura ruiva, que apenas sentou-se em frente aos amigos. Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e apoiou um dos cotovelos sobre a superfície lisa da mesa.
- Alguém ainda vai morrer! – Ron respondeu, encarando a irmã como se esta não entendesse minimamente o quanto a situação era difícil e exigia medidas drásticas. Hermione colocou a mão sobre seu braço, como se dissesse que talvez a caçula Weasley tivesse razão.
- Claro, posso saber quem? – Ela apenas questionou, sem fitar o irmão ou Hermione nos olhos. Sua atenção estava curiosamente presa ao prato metálico a sua frente.
- Eu, Hermione e Harry! Você sabe muito bem do que estou falando. – Ginny finalmente levantou os olhos e fez com que estes se fixassem nos de Hermione. Por um instante, ela quis soltar as frases que se formavam em sua garganta, mas a repreensão muda nos olhos da amiga fizeram-na se calar.
- Ron.. não é o fim do mundo.. Aposto que se vocês ao menos falassem com a McGonnagal, ela repensaria toda essa história e.. – Sua tentativa de consolo foi interrompida por um baque na mesa.
- Não, ela não irá repensar coisa alguma! – Ginny apenas permaneceu fitando o irmão, assustada com sua atitude irracional de socar a madeira. – Desculpe, Ginny.. É só que essa história está me deixando doido. Você conhece a McGonnagal tão bem quanto nós três, e sabe que ela não vai cancelar tudo isso de jeito nenhum. – ele suspirou, derrotado. – Então é melhor que se acostume à idéia de ter um irmão a menos.
Ginny ergueu as sobrancelhas em surpresa, sentindo toda a fúria encher seus pulmões. Ron era apenas alguém que não sabia aproveitar as oportunidades que estavam diante de si, e nesse caso isso significava que a oportunidade estava sentada bem ao lado. Ela respirou fundo tentando aliviar a vontade que tinha de gritar tudo que se passava por sua cabeça, mas não foi bem sucedida. Fitou demoradamente os olhos de Hermione, sentindo que esta lhe suplicava para que não dissesse nada.
- Desculpe Hermione. – Ela murmurou, sem sequer piscar. Sabia que se o fizesse, perderia a coragem de dizer tudo o que precisava. – Ron, veja bem. Você sabe somar. Um mais um, dá dois.
- Sim, mas e daí? – Ron perguntou, sem notar que Hermione havia retirado a mão de seu braço, e que nesse momento parecia estar com algo muito desconfortável revirando em seu estômago.
- Existem duas pessoas que estão com o mesmo problema, sabe, esse da dança. Vocês podem resolver isso sem envolver ninguém de fora. – Ela concluiu, finalmente, com uma sensação de alívio preenchendo sua mente. A expressão de dúvida de Ron, no entanto, fez com que tudo se esvaísse. Por um momento esqueci como é difícil fazer meu irmão entender alguma coisa..
- Você está sugerindo que eu e essa pessoa com o mesmo problema entremos juntos no concurso? – Ginny arregalou os olhos em surpresa, e fez que sim com a cabeça. – De jeito nenhum! Não vou dançar com o Harry. – Toda a esperança que ainda possuía em seu íntimo se esvaiu como areia por entre os dedos, e tudo que ela pôde fazer foi bufar em descrença.
Hermione suspirou aliviada, o que Ron não chegou a perceber, e no instante seguinte Ginny já se encontrava subindo apressadamente os degraus que a levariam à torre da Grifinória. Seus olhos se perderam nos sapatos pretos e nas meias soquete, sem prestar qualquer atenção a sua volta.
Levou uma das mãos aos cabelos ruivos e enterrou os dedos por entre os fios, correndo-os por toda a sua extensão. Sabia que o irmão era mais cego do que uma porta, e igualmente teimoso, mas naquele momento tinha suas dúvidas.
- Hey, cuidado! – Duas mãos seguraram-na pelos ombros evitando a colisão que viria a seguir. Ginny xingou-se mentalmente por vagar pelo castelo sem olhar para frente, e apagou os pensamentos sobre o irmão por um instante. Seus olhos finalmente ergueram-se e ela pôde fitar quem evitara o acidente.
- Oi Harry, desculpe. – ela desvencilhou-se das mãos de Harry e tentou continuar o caminho. No entanto, percebeu que já tinha companhia.
- O que houve? – Ginny fitou novamente os olhos esverdeados do amigo, e um sorriso derrotado surgiu em seus lábios.
- É o Ron.. ele é um completo idiota! – Harry apenas revirou os olhos e ergueu os ombros, como se dissesse que ela não estava lhe dizendo novidade alguma. O sorriso de Ginny aumentou, e ela lhe deu um tapinha de leve no braço. – Eu sei, eu sei, ‘não é novidade’. – Ele também sorriu, acompanhando-a a onde quer que estivesse indo a princípio.
- Mas por que? O que houve dessa vez?
Ela levou uma mecha de cabelo ruivo para trás da orelha, enquanto uma expressão confusa tomava conta de seu rosto. Não sabia se devia contar o que havia acabado de acontecer, sequer sabia se poderia confiar em Harry da mesma forma que havia confiado um dia. Piscou demoradamente, e seus lábios rosados formaram uma fina linha de decisão. Talvez se ele soubesse.. poderia, quem sabe, colocar um pouco de juízo na cabeça do irmão desmiolado.
- Bem... – começou, e fitou o amigo. Ele apenas fez que sim com a cabeça para que ela continuasse. – eu disse a ele..ou ao menos tentei dizer, que ele poderia dançar com Hermione no concurso. – um olhar divertido surgiu no rosto de Harry, e Ginny ergueu os ombros. – o quê? Não seria interessante?
- Eu não disse nada! – ele se defendeu, recebendo mais um tapa de leve no braço. – Bom... seria, e acho que foi uma boa idéia! Mas ele não quis?
- Ah, não, foi pior que isso... Aquela mula não entendeu o que eu estava tentando dizer. – Ginny revirou os olhos, enquanto Harry apenas sorria. Conhecia o amigo bem demais para supor que, se ele realmente não tivesse entendido, ao menos o havia fingido.
Ficaram em silêncio por um momento, enquanto subiam um lance de escadas. Ginny ainda pensava no quanto o irmão era estúpido, e seus passos pesados e ruidosos mostravam exatamente o rumo que suas emoções tomavam. Harry colocou uma das mãos em seu ombro, e ela o fitou, percebendo que tinha as sobrancelhas curvadas.
- Calma.. – ele sorriu.
- Desculpe.. – Ginny também sorriu, encabulada por não ter percebido que tinha os passos semelhantes aos de um trasgo. – Mas é que.. – ela parou de andar por um momento, e levou as duas mãos aos cabelos macios. – tudo parece tão óbvio e lógico!
Harry também parou e ficou de frente para ela. Esperou que sua expressão se tornasse mais calma depois do longo suspiro, e apanhou as duas pequenas mãos nas suas.
- Sei disso, Gin, mas nada é óbvio o suficiente para ele. – Ginny deixou que um sorriso descontraído escapasse de seus lábios.
- Quer saber? Eu tenho cérebro, você tem cérebro, Hermione tem cérebro. Ron que procure o dele.. – A conclusão fez com que ambos sorrissem, e voltaram a andar.
Hermione apoiou o queixo sobre a palma da mão e fitou o prato que havia aparecido diante de si. A comida exalava um aroma delicioso, e se estivesse com fome, certamente já teria começado a comer. Mas tudo que conseguia naquele momento era remexer por entre o que parecia ser um pedaço de torta com o garfo.
- Qual o problema? – Ron a interrompeu, com a boca cheia, e seus olhos castanhos encontraram os dele. Ela sorriu levemente, e por um instante sentiu que era um sorriso falso.
- Problema? – Um tom irônico apareceu em sua voz, e Hermione não pareceu querer contê-lo. – Problema algum, Ron.
O som do garfo batendo nada suavemente sobre o prato cortou o ar, e no instante seguinte Hermione já observava os próprios pés caminhando apressadamente para o que parecia ser direção alguma, mas que no entanto ela desejava ser longe dali. Tudo o que precisava era organizar seus pensamentos, e entender o motivo de ,pela primeira vez na vida, não estar entendendo coisa alguma.
Ainda na mesa, Ron colocou a última garfada de torta de carne na boca, e observou o lugar onde há alguns instantes a amiga havia estado. Apoiou o cotovelo sobre a superfície lisa da mesa, e uma voz distante se fez ouvir dentro de sua cabeça. Franziu as sobrancelhas e percebeu que era uma voz conhecida.
Escute aqui! Ron fechou os olhos, e no momento seguinte estava no Salão Comunal. Observava uma Hermione de 14 anos em trajes de baile azuis, e os cabelos impecavelmente presos em um coque já de certa forma bagunçados. Uma versão um pouco mais nova de si apareceu diante de Hermione, em vestes ridículas, e a discussão reiniciou.
O quê? Vai negar que está confraternizando com o inimigo?
Inimigo? Não seja ridículo, Ron! Esse Torneio tinha como propósito fazermos novos amigos!
E você acreditou nessa de amizade quando o ‘Vitinho’ te convidou, é? Ele só quer saber coisas sobre o Harry!
É? E por que então ele nunca nem mencionou o Harry?
Ele está só fazendo um jogo, ora! Quer te convencer que..
E por que isso te incomoda, Ron? Eu sei me cuidar!
Não, não sabe!
Então está bem. Vou te dizer o que fazer. Da próxima vez, me convide antes que alguém o faça! Então a figura de 14 anos de Hermione subiu apressadamente as escadas do dormitório feminino, e um som que Ron não havia percebido naquele momento se fez ouvir para o Ron de dezoito anos. Soluços.
Existem duas pessoas com esse problema, sabe, esse da dança...
Da próxima vez, me convide antes que alguém o faça!
Problema? Problema algum, Ron.
- Hermione!
Continua...
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