Surpresas



O Grande Salão estava como costumavam se lembrar: o feitiço ainda encantava o teto, tornando-o idêntico ao manto que se estendia no céu da noite; as quatro mesas das casas ainda estavam cheias de rostos jovens e assustados, alunos recém-admitidos e selecionados; e a mesa dos professores ainda continha aquelas mesmas figuras que os havia ensinado e ensinariam muitas gerações por vir.

O som de um talher em contato com o cristal de um cálice fez com que todas as cabeças se virassem em direção à cadeira do diretor, ocupada por Minerva McGonnagal desde a morte de Dumbledore. Um sorriso terno pairava em seus lábios enquanto ela buscava apoio dos professores ao seu redor para começar.

- É com muita satisfação que damos início ao ano letivo, depois das tantas batalhas vencidas pelo Mundo Mágico. Aos que já estavam conosco antes, bem-vindos de volta. E aos que estão iniciando o primeiro ano, muitas felicidades. – Ela se curvou graciosamente, sendo brindada por palmas de todo o Salão. Da distância que estavam, no entanto, muitos alunos não puderam ver que seus pequenos olhos estavam rasos d’água.

Na mesa da Grifinória, Ginny assistia o discurso da professora, agora também diretora, com a cabeça apoiada sobre a mão. Os olhos turquesa passeavam pelos grifinórios ao seu redor, sem prestar a devida atenção a nenhum deles em especial. Apenas percorria os colegas com o olhar, num ato automático. Um novo ruído de prata contra o cristal fez com que a atenção de todos fosse novamente capturada, e Ginny fixou os olhos em McGonnagal, atenciosamente.

- Agora gostaria de fazer alguns comunicados a todos! – O silêncio atingiu todas as mesas, assim como a palpável expectativa dissolvida no ar. – Para comemorar nossa vitória, é com muito orgulho que dou início ao Primeiro Concurso de Dança de Hogwarts! – Pouco a pouco, a expressão de surpresa nos rostos dos alunos transformou-se em descrença. Alguns cochichavam sem se preocupar com o tom de voz com o qual o faziam, outros apenas deixaram que seus queixos pendessem para baixo. Todos, no entanto, imaginavam se seus ouvidos lhes estavam pregando uma peça.

Harry deixou que seus olhos assustados se encontrassem com os dos amigos, percebendo que suas expressões estavam no mínimo semelhantes. Ron segurava firmemente um cálice com o que parecia ser suco de abóbora, mas seus dedos estavam tão apertados que Hermione precisou intervir, tirando o recipiente de suas mãos antes que aquilo pudesse causar um acidente. Ela tentava sorrir, fazendo um esforço descomunal para compreender a diretora nas profundezas de sua mente.

- Veja bem...isso vai ser divertido! – Hermione cochichou rapidamente para os dois, tentando mais do que tudo acreditar naquilo também. – quer dizer, nós não vamos participar, mas imaginem o quanto será relaxante e divertido para quem sabe dançar, e também para quem vai assistir e...

- Sinceramente, será que ALGUÉM vai se inscrever? – Ginny interrompeu, fazendo com que os três pares de olhos se voltassem para ela. No mesmo instante, a professora pigarreou, contrariada, pedindo permissão para continuar a explicar.

- É claro que não estaremos de forma alguma estimulando a competitividade entre vocês, nem estamos dizendo que o melhor dançarino receberá um prêmio. De forma alguma! Esse é um concurso que irá apenas estimular o bom-humor de vocês, a amizade e a cooperação! – Após alguns instantes, uma pequena quantidade de alunos já parecia considerar as palavras de McGonnagal, sem, no entanto, concordar totalmente com a idéia. Por fim, ela comunicou apenas que as inscrições estariam sendo feitas nos intervalos das refeições, e que esperava o maior número possível de casais inscritos para a apresentação que aconteceria na noite de Natal. E embora muitos tivessem exclamado, indignados, à menção da palavra ‘casais’, não havia mais nada a ser feito.

Tão logo o banquete apareceu, apetitoso, preenchendo as centenas de pratos no Salão, foi vorazmente devorado em apenas alguns minutos. O burburinho era constante, e não seria necessário nenhum animago em forma de besouro espionando para que se soubesse com certeza o assunto de tanta agitação.

- Eu até vou dar umas boas risadas assistindo isso, mas participar? NUNCA! – Uma voz arrastada e desdenhosa se vez ouvir, na quarta mesa. Seu tom pastoso demonstrava puro desprezo, enquanto meia dúzia de alunos concordava, sem emoção. Bufou. Estava cheio dos fantoches que o rodeavam, sem opinião nem personalidade. Se passasse os olhos por ali, perceberia que até mesmo os rostos eram parecidos. Inexpressivos. Apáticos.

Sua atenção se dissipou da própria mesa, e Draco Malfoy apenas soube o que havia acontecido quando os próprios olhos pousaram sobre a mesa da Grifinória. Por incrível que pudesse parecer, havia algo ali que capturava sua atenção além do falatório copioso de Pansy, e tinha a forma de uma jovem mulher. Os cabelos caramelo caíam em delicados cachos pelas costas estreitas, chegando até pouco antes da cintura fina e delgada. Sua pele era branca, levemente rosada num tom pêssego, e das pontas dos graciosos dedos saíam unhas caprichosamente pintadas com um esmalte róseo. A jovem não parecia se mover, entretida, talvez, em alguma conversa tediosa com aquele garoto.

Ele lhe sorria, enquanto dizia coisas que Draco não conseguia decifrar, nem sequer tentaria. Não seria muito saudável para sua atual imagem, afinal, que fosse visto observando Harry Potter com tanta atenção. Poderiam não ser mais inimigos e rivais da forma como o eram até o ano anterior, mas de forma alguma eram próximos. O fato de Harry tê-lo ajudado quando Voldemort se voltara contra ele, ao invés de deixar que morresse, não justificava qualquer tipo de amizade. Seria agradecido, com certeza, pois mesmo seu orgulho sonserino permitia agradecer a quem lhe salvara a vida. Seu único pensamento no momento, porém, era a identidade daquela jovem que tanto lhe capturara a atenção.





- Não sei não... Acho pouco provável que esse concurso seja ‘um sucesso’ se todos ficarem apreensivos dessa forma.. – Ginny começou, enterrando os longos dedos nas mechas vermelhas e douradas de seu cabelo. Já havia dito, e diria novamente a qualquer oportunidade, que não participaria desse concurso de jeito nenhum. Gostaria, no entanto, que a nova diretora não ficasse decepcionada com o comportamento dos outros alunos a esse respeito.

- McGonnagal deve ter pensado em alguma coisa para incentivar os alunos, afinal ela é competente o bastante para estar no lugar de Dumbledore. – todos assentiram, tendo os pensamentos momentaneamente levados até as lembranças de dois anos atrás. Percebendo o clima nostálgico, Hermione logo complementou. – Mas acho que ela entrará com um elemento surpresa para atrair as atenções.

De alguma forma, aquele pensamento fez com que ela mesma tivesse calafrios na espinha. O termo ‘elemento surpresa’ não soou tão bem quanto a jovem gostaria que o tivesse, fazendo com que os três permanecessem fitando-a, apreensivos.

- Bem...acho que nenhum de nós quatro tem a intenção de participar, certo? – Harry perguntou, revirando os olhos de forma que pudesse visualizar, por um curto instante, o céu encantado do Grande Salão. A noite não tinha uma nuvem sequer, permitindo que todos pudessem contemplar um escuro e límpido manto de veludo salpicado de milhares de pequenos diamantes. Aquela idéia fez com que ele sorrisse timidamente.

- Não mesmo! – Ron respondeu, abanando as mãos como indicativa do seu desagrado. – Não chego perto de um Salão de Baile nunca mais depois daquele Baile de Inverno no quarto ano.

Hermione bufou com o comentário, fazendo menção de se levantar e ir na direção da grande entrada do Salão. Ninguém soube dizer se ela havia esquecido mesmo de desejar boa noite.





Os pulmões de Draco repentinamente pararam de sorver o ar, paralisando-o. Estivera observando a garota grifinória por pelo menos dez minutos, imaginando se era nova na escola. Não havia, no entanto, visto seu rosto, o que impossibilitou uma identificação. Mas algo o havia irritado no fato de ela estar sentada ao lado de Ron Weasley, e de frente a Harry Potter. Ela parecia, ainda por cima, estar conversando com eles e a caçula Weasley. Draco não conseguia perceber, por mais que tentasse, o que não estava se encaixando.

Depois de franzir as sobrancelhas, observando-a atentamente, notou que aquilo não se parecia exatamente com uma conversa. Ela virou-se para Ron logo após um comentário do mesmo, levantando-se em seguida. Quando passou ao lado da mesa da Sonserina, pronta para seguir até a torre da Grifinória, Draco precisou se controlar para não deixar que seus pensamentos se verbalizassem.

Eu estive todo esse tempo observando a sangue-ruim?





Hermione Granger subiu o primeiro lance de escadas em disparada, não se importando com o fato de que era Monitora-chefe e precisava cumprir obrigações levando os alunos do primeiro ano aos respectivos dormitórios. Eles sequer passaram por seus pensamentos, enquanto os pés apressados chegavam ao segundo andar.

Seus olhos cor-de-mel estavam fixos ora nos degraus, ora nos próprios sapatos negros de boneca, ignorando as inúmeras pinturas caçoando de si.

Aonde vai a chorona? Ouviu uma delas resmungar, ácida. Levou uma das mãos até a bochecha e percebeu, para seu desespero, que estava chorando.

Logo, mais lágrimas lhe escorreram pelo rosto, e ela apertou os olhos na tentativa de fazê-los parar. Arrancou violentamente o distintivo de monitora das vestes, enfiando-o no bolso de qualquer jeito. Os dedos passearam pelo alfinete do broche, apertando-o, esfregando o metal, e uma dor aguda avisou-a que havia se ferido.

No último lance de escadas, os passos já haviam diminuído para uma velocidade lenta, intercalando-os com os soluços que já escapavam pelos lábios vermelhos. Onde está sua coragem agora?! Perguntou a si mesma em pensamentos, arrastando derrotadamente os pés até alcançar o conhecido quadro da mulher gorda, no sétimo andar.

- O que houve, querida? – a imagem lhe perguntou, com um falso tom de preocupação. Hermione limitou-se a tirar um pedaço mínimo de pergaminho de um dos bolsos, onde Minerva havia escrito a nova senha.

- Dragão adormecido.. – Ela disse, tentando manter a voz firme. Sem sucesso, no entanto.

- Se é assim que prefere.... – a imagem desapareceu atrás de uma coluna na pintura, e em seguida a mesma se afastou, revelando a passagem na parede. A jovem adentrou o Salão Comunal da Grifinória e caminhou até uma das poltronas vermelhas.

Tirou a capa negra que fazia parte do uniforme e deixou-a cair no chão. Largou-se sobre a superfície macia e confortável, e trouxe os joelhos para perto, abraçando-os. Os olhos perderam-se nas chamas quase apagadas da lareira por apenas alguns mínimos instantes. Sem que percebesse, o sono a venceu.





Ginny lançou um olhar de reprovação ao irmão, enquanto ele não mostrava sinais de ter entendido sua falha. Harry apenas se deixou observar a cena, esgotado. Durante os meses que convivera com os amigos, na situação de guerra, não havia visto uma briga, uma discussão sequer. Chegara até mesmo a acreditar, algumas vezes, que os amigos mantinham um romance secreto às suas costas. Mas no momento em que puseram os pés em Hogwarts, pareceram ter voltado aos anos de incertezas.

- Eu não sei o que deu nela, Ginny, não adianta me olhar com essa cara! – Ron levantou as mãos como se dissesse que nelas não havia nenhuma pista escondida. Ginny bufou, balançando a cabeça de um lado para o outro. Até mesmo ela, tão Weasley quanto o irmão, conseguia pensar racionalmente sobre seus sentimentos.

- Nem eu, Ron – ela respondeu, derrotada. – mas acho que você devia subir até a torre e ver se está tudo bem.

- Hmm...é. Melhor eu fazer isso.. – Ron levantou-se, seguindo rapidamente com os olhos o trajeto realizado por Hermione alguns instantes antes. Sem demorar-se mais, caminhou decidido até o fim do corredor formado pelas mesas, e desapareceu pela porta do Grande Salão.

Harry observou-o, e direcionou o olhar para Ginny em seguida. Ela ergueu os ombros e sorriu, como se dissesse que o que fizera era o mais óbvio para promover um diálogo entre os dois amigos cabeça-dura.

Pouco a pouco, os alunos terminaram suas refeições, e monitores de cada casa os orientaram sobre senhas e horários. Harry, no entanto, ainda mantinha-se no mesmo lugar, assim como Ginny.

- Será que já deu tempo para eles conversarem? – Ela perguntou, desenhando tediosamente qualquer coisa com o garfo no fundo do prato vazio. Sabia em seu íntimo, porém, que não houve conversa alguma. Conhecia o irmão muito bem, e sabia que mesmo mais amadurecido pela Guerra, ele continuava tão teimoso quanto uma porta emperrada.

- Duvido um pouco, mas acho que podemos ir para a torre. – Harry completou, erguendo os ombros despreocupadamente. Ele se levantou e esperou que a amiga fizesse o mesmo, mas ela permaneceu apenas fitando-o com um sorriso diferente brincando nos lábios avermelhados.

Ele olhou de um lado para o outro, confuso, e voltou a fitar os olhos turquesa. Ginny piscou para ele e se levantou, reprimindo um risinho quando percebeu que o amigo havia corado. Por mais que tivesse certeza de seus sentimentos ainda presentes por ele, e provavelmente dos dele por ela, a situação tal qual estava não a desagradava totalmente. Eram amigos, conversavam, estavam próximos. Por anos ela foi capaz de sobreviver daquela maneira, agora não seria diferente.

Perdida em conclusões, não percebeu que Harry havia dado a volta na mesa e estava agora ao seu lado, dando-lhe o braço para que seguissem até a Torre da Grifinória. Por sorte Ron entregou a ela um pequeno pedaço de pergaminho contendo a senha, antes do jantar, ou então teriam que passar a noite fora de seus dormitórios. O Grande Salão estava agora completamente vazio a não ser pelos professores, que também já se preparavam para retirar-se.

Sem dizer uma palavra sequer, Ginny imitou uma reverência de brincadeira, e enlaçou o próprio braço no de Harry. Os passos seguintes até o primeiro lance de escadas foram feitos em silêncio, sem que qualquer um deles tivesse a pretensão de quebrá-lo, afinal.

Nenhuma palavra havia sido dita ainda, quando os dois pararam em frente ao retrato da mulher-gorda, no sétimo andar. Entreolharam-se, perguntando-se qual dos dois acordaria a pintura adormecida, para que pudessem entrar.

- E agora? Da última vez que alguém tentou acordar esse quadro, ela começou a gritar e o castelo inteiro veio ver o que estava acontecendo.. – Ginny sussurrou, ficando na ponta dos pés para alcançar uma proximidade do ouvido de Harry. Ele apenas suspirou, e o cansaço se tornou visível em seu rosto. Tudo o que não precisava agora era de um quadro com chiliques.

- Vamos esperar e ver o que acontece – ele sussurrou de volta, e puxou a amiga para que se sentassem ao lado da pintura, encostados na parede de pedra. Sem separar os braços, sentaram-se, e permaneceram observando o nada da parede em frente.

Harry não soube dizer quanto tempo se passou desde que haviam se colocado naquela posição, e quando se deu conta, uma cascata de fios de fogo cobria seu ombro. Ginny provavelmente fora vencida pelo cansaço e desabara sobre o ombro do amigo, entregando-se aos braços de Morfeu. Um sorriso nasceu em seus lábios, e ele os aproximou do topo da cabeça ruiva de Ginny, plantando ali um beijo carinhoso. Ela se moveu levemente, aconchegando-se aos braços dele.

- Pssst! O que estão fazendo aqui fora numa hora dessas?! – a vozinha afetada da mulher-gorda soou no corredor, fazendo com que Harry tivesse um sobressalto. Ao menos aquilo significava que a pintura havia despertado. Ele levantou-se devagar, e ergueu a jovem adormecida nos braços.

- Dragão adormecido. – Harry sussurrou, evitando a todo custo olhar nos olhos da pintura. Soltando risinhos nada discretos, o quadro se afastou, revelando a passagem para o Salão Comunal.





Não é justo! Ginny Weasley quis gritar ao bater os olhos pelo horário do dia. Aquela manhã não estava se mostrando nada convincente para a garota.

- Primeiro eu acordo atrasada.. – ela começou, fazendo com que Harry, Ron e Hermione lhe dirigissem seus olhares. – e agora descubro que as duas primeiras aulas são de Poções!

Ron bebeu um pouco de seu café, e colocou novamente a xícara sobre a mesa. Sequer havia prestado atenção no papel que havia recebido com seus horários. Pelo menos a primeira aula não é Poções.. concluiu em pensamentos.

- Nossa primeira aula é Transfiguração – Harry apontou para o papel em suas mãos, tentando não rir da expressão zangada no rosto de Ginny. Ele sabia que ela trocaria sem pestanejar qualquer aula pela de Poções.

- Então acho melhor nos apressarmos! – disse Hermione, terminando o conteúdo de sua xícara num gole só. Em apenas alguns instantes, os quatro já haviam terminado o café da manhã e atravessavam o Grande Salão para as respectivas aulas.

Ginny se separou do grupo perto das escadas, quando ela, muito a contragosto, rumou na direção das masmorras. Harry observou-a desaparecer atrás de uma pesada porta de madeira, e acompanhou os dois amigos em direção ao segundo andar.

A sala de aula ocupada por McGonnagal continuava sendo a mesma, no entanto algo havia acontecido aquela manhã. A porta do aposento estava fechada, e todos os setimanistas da Grifinória mantinham-se aglomerados em frente a mesma.

- Harry, você sabe o que aconteceu? – Dean Thomas aproximou-se, como se tivesse qualquer grau de intimidade. Ron e Hermione entreolharam-se receosos, esperando pela resposta.

- Não faço idéia, Thomas. Acabei de chegar. – Ele disse, com um tom de contido azedume na voz. Não soube dizer se o colega havia reparado que o incomodava, talvez desde o dia em que caminhava com Ron pelos corredores e o encontrara aos beijos com Ginny. A criatura revirou em seu estômago com a lembrança desagradável.

Dean apenas balançou a cabeça, desorientado, e voltou na direção da qual viera. Harry bufou demoradamente, franzindo de leve as sobrancelhas.

- Lá vem a McGonnagal! – Hermione apontou alegremente para o lance de escadas que vinha do terceiro andar, dando pequenos saltinhos. Ron balançou a cabeça de um lado para o outro, divertido, enviando a Harry um olhar que claramente dizia que não importava quanto tempo se passasse, algumas coisas sempre continuariam iguais.





Só mais cinco minutos.. O pensamento passou pela mente de Ron rápido como uma bala, ao sentir que estava sendo chacoalhado. Levou as mãos aos olhos, esfregando-os, e espreguiçou longamente antes de abri-los.

- Ron! Está maluco? Você dormiu no meio da aula! – Hermione cochichou perto de seu ouvido, assim que ele notou que não havia mais ninguém na sala. McGonnagal observava-o com uma fina linha de irritação desenhada na testa.

- Queiram vir até a minha mesa, por favor. – Ron viu Harry levantar-se e ir na direção da professora, assim como Hermione, e então fez o mesmo.

- Aconteceu alguma coisa? – Harry perguntou, temeroso. Ela lhe sorriu, fazendo com que a preocupação se dissipasse.

- De forma alguma. Eu só precisava comunicar que, como fazem parte do nosso grupo de professores de Defesa Contra as Artes das Trevas, seria um estímulo a mais para os outros alunos que vocês participassem do Concurso. – Os olhos dos três arregalaram-se momentaneamente em surpresa. – Seria ótimo que vocês arrumassem pares e os inscrevessem até o fim da semana.













Continua...

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