Tudo Pelo Dinheiro
- Vamos... Onde mesmo você pretende arranjar uma lareira? – disse Bela, voltando a andar e tentando olhar por cima dos ombros das pessoas.
- Bem, eu... – disse Julie pensativa. – Talvez devêssemos ir até a Casa dos Gritos, embora eu ache difícil ter uma lareira lá, afinal, porque um lobisomem precisaria dela?
- De quem você esta falando? – pediu, se abaixando e arrumando o cadarço do tênis. – Ahhh... Lobisomem? Eu achei que a casa era mal assombrada! - exclamou, levantando-se e puxando Julie, fazendo-a entrar em uma loja.
- De quem estou falando? Ora Bela, a casa dos gritos era o lar de um lobisomem. Ele era um aluno de Hogwarts... – começou a explicar, entrando na loja com a irmã – Quando era lua cheia, ele se transformava e não lembrava quem era, por isso o diretor criou a casa dos gritos, para mantê-lo preso durante este período. Este é o motivo de muitas pessoas, inclusive você, acharem que a casa é mal assombrada... Eram apenas os gritos do aluno se transformando em lobisomem. – concluiu Julie.
- Ah... Como você sabe tudo isso? – interrogou, estranhando. – OLHA QUE COLAR LINDO! - gritou, entusiasmada.
- Er... É... Bem, eu me informo. – disse Julie.
- Julie, você é um lobisomem? – interrogou, enquanto olhava minuciosamente o colar. – Por isso que você tem bigode... – continuou levando um tapa na cabeça. – AI! – resmungou, passando a mão na cabeça.
- Bela, você pode comprar o colar, assim que o papai trouxer o dinheiro, por isso vamos para a casa dos gritos! – ela puxou a irmã da loja e quase tropeçou em Louis, que as seguiam.
- Sei... Você esta sabendo demais pro meu gosto... Até porque nós não conhecemos nenhum lobisomem... – disse, olhando-a de canto. – Como você deixou esse gato vir junto? JULIE, ELE PODE SE PERDER! – gritou estupefata pegando o gato no colo e sendo arrastada pela irmã.
- Você que pensa... – murmurou, mas não deixando Bela ouvir e lembrando-se do amigo da família. – Quem se importa? – disse dando de ombros, olhando de esguelha para o gato.
- A mamãe se importaria... E você se lembra do que ela disse sobre o gato... – lembrou-a. – "Vocês vão cuidar muito bem do Louis, eu ganhei ele da minha mãe quando me casei e agora não tenho tempo para cuidar dele. Vocês são responsáveis por ele, entenderam?" – disse imitando uma voz finíssima e chata.
Julie torceu o nariz.
– OK, OK, mamãe nos mataria! – disse Julie se aproximando da Casa dos Gritos.
- Mamãe te mataria! A Sonserina assassina aqui é você! – disse dando de ombros.
Julie piscou para a irmã e tentou abrir a porta, mas esta estava trancada. Retirou sua varinha das vestes e exclamou – Alohomora! – a porta se abriu num estalo. – Como eles são estúpidos! Proteger um local com este feitiço é a mesma coisa que nada! – exclamou indignada tirando Louis do colo da irmã.
- Como se alguém estivesse louco o suficiente pra entrar aqui, Ju. O QUE VOCÊ PENSA QUE VAI FAZER COM ESSE GATO? – esbravejou, colocando as mãos na cintura.
Julie encarou a irmã e atirou o gato para dentro da casa. – Creio que existam outros tipos de feitiços protegendo a casa. Bem, o Louis irá testar se realmente eles existem, se é que você me entende... – disse Julie, sorrindo travessa.
- Julie... Se esse bicho morrer, nós seremos deserdadas! E dessa vez não terá papai algum para nos defender... Você lembra que ele deixou claro que "eu não gosto do gato, mas se vocês o perderem ou o matarem, terão que agüentar as conseqüências". – disse imitando uma voz grave. – É melhor você entrar primeiro! – disse.
- Nem pensar, antes ele do que nós! – disse Julie chutando o gato pra frente. Ele miou assustado. – Tudo bem, nenhum feitiço. Vamos entrar! – avisou com a varinha empunhada.
- Que lugar sujo! Vamos logo achar uma lareira. – resmungou, enquanto espiava o lugar.
Ela examinou o lugar com os olhos e disse – Bom, se realmente tiver uma lareira aqui, ela está no segundo andar. – deduziu puxando a irmã e subindo as escadas.
Ao subirem alguns degraus a madeira rangeu. – Eu torço pra este lugar estar completamente vazio... – resmungou, subindo devagar. – AAAAH! - Bela gritou correndo para cima ao avistar um inseto.
Julie fitou a irmã incrédula. Apontou a varinha para a aranha e a estuporou. – Francamente Bela, você é uma bruxa! Poderia acabar com quantos insetos desejasse! – disse a garota entrando em um quarto empoeirado e mal iluminado.
- Francamente Bela, você é bruxa! – disse imitando a voz da irmã e depois fazendo uma careta. – Só porque você é Sonserina e esta acostumada a conviver com esses bichos! – disse seguindo Julie e entrando no quarto. – Aquilo parece uma lareira? – indagou confusa.
Julie a fuzilou com o olhar. – O que quer dizer com isso? – disse soando ameaçadora.
- Isso o que?! – perguntou, aproximando-se. Parou e coçou a sobrancelha. – Acho que isso é uma lareira... – começou a abrir algumas gavetas, achando um pó verde. De repente empurrou a irmã para o chão e enfiou a cabeça dela na lareira tacando o pó de flu. – ESCRITÓRIO MALFOY! – bradou altamente, fazendo a casa tremer.
Julie olhou para seu pai sentado em uma confortável poltrona de couro. Ele saltou imediatamente ao ver a cabeça da filha na lareira.
- Julie! O que...? – ele indagou incerto, se aproximando.
- Papai, nós precisamos de sua ajuda. – disse direta.
- Julie, o que você invadiu para usar esta lareira, mocinha? – disse o homem loiro se abaixando na frente da lareira.
- Papai! Bem, isso não importa... – falou encabulada. – A questão é que precisamos de sua ajuda!
- Você está sozinha aí? Precisam de minha ajuda pra que? – perguntou Draco preocupado.
- Não papai. A sua outra filha está aqui do lado. – informou com raiva. Draco a encarou – Pai... Será que o senhor poderia aparatar aqui em Hogsmead por um minutinho e levar uma quantia de galeões? – disse Julie.
- O que vocês fizeram? Onde estão? – perguntou perdendo a paciência. – Julie Malfoy, sua mãe vai...
Julie o olhou, irritada e ergueu uma sobrancelha – OK, o senhor quer a verdade? – Draco esbugalhou os olhos – Estamos presas.
- O-o que? – O homem perguntou aturdido.
- Isso mesmo papai, fomos presas por roubar a bengala do ministro da magia e quebrar o bar da Madame Rosmerta. – informou Julie fingindo falso pesar. – Você precisa pagar a fiança!
- Você... Só pode estar brincando comigo... – Falou Draco atônito, empalidecendo.
- Não mesmo, aparate aqui na casa dos gritos o mais rápido possível. O bem estar de suas filhas depende disso! – disse dramaticamente, tirando o rosto da lareira e dando de cara com a irmã surpresa.
- Ele vai te matar! – cantarolou Bela, depois rindo sem parar, mas deu um pulo para o lado ao ver o pai aparatar do seu outro lado. Colocou a mão no coração – VOCÊ QUASE ME ENFARTOU! – gritou ofegante. Tinha aquela mania irritante de ficar gritando, talvez herdada da própria mãe.
Julie sorriu sem graça ao notar a cara de poucos amigos do pai. – Olá papai! – disse animada. – Estávamos te esperando! Gostaria de um chá? – Perguntou sorrindo falsamente.
- Claro, Julie! Nós poderíamos pegar uns biscoitos empoeirados para ele... Seria ótimo... – disse colocando as mãos na cintura. – PAPAI! – bradou antes de pular do pescoço dele e beijar-lhe o rosto.
- Você já ouviu falar em conjurar alimentos, Bela? – disse irônica, Julie se voltou para o pai que abraçava Bela fortemente. – Papai, eu... Er... Desculpe-me. – ela disse se aproximando do homem. – Mas nós precisávamos de sua ajuda urgentemente, e só alguma coisa deste gênero o faria vir até aqui. – explicou-se encabulada.
Draco olhou autoritário e sorriu logo em seguida. – Prometa-me que não fará mais isso, querida. Quase morri do coração! – Ele disse. Julie sorriu e o abraçou.
- Estava com saudades! – ela disse mudando de assunto. Não podia prometer alguma coisa que não poderia cumprir.
- Indo direto ao assunto. – começou Bela, olhando de esguelha para a irmã. – Eu quero que o senhor vá comigo comprar meu vestido para o baile! – dizia rapidamente enquanto saia do quarto. Colocou a cabeça para dentro – O que vocês estão esperando?
- Querida, eu lamento, mas larguei o escritório às pressas... – disse olhando de canto para Julie, que sorriu abertamente. – Vocês duas – o homem disse apontando para as filhas. – mostrem-me os vestidos outra hora, além de eu ser terrível para escolher roupas! A mãe de vocês deveria estar aqui, ela sim saberia como... - Julie olhou para a irmã cansada. O pai nunca se cansava de falar como Gina era maravilhosa e perfeita, e as duas realmente não tinham tempo pra isso, não agora.
- Está bem papai, está bem. – Julie disse, abraçando o pai e lhe beijando a face, Bela fez o mesmo, o pai entregou uma quantia de galeões para as duas.
- Até logo, cuidem-se meninas. E tomem conta do Louis! – recomendou antes de aparatar.
- Ouviu bem, Julie? – disse Bela, fazendo uma cara extremamente cínica. – Vamos logo, já que eu vou ter que escolher o meu vestido e o seu, porque o seu gosto para roupas... Francamente... – resmungou, puxando o braço da irmã e saindo correndo.
Julie mostrou a língua para irmã antes de segui-la. – Eu sempre pensei que você gostasse das minhas roupas! – exclamou enquanto as duas saiam da Casa dos Gritos, seguidas por Louis.
Bela parou e olhou para Julie. – Você se lembra da roupa que usou na festa de casamento de Harry e Hermione e o piti que a mamãe deu? – disse, enquanto revirava os olhos e voltava a andar. – Aonde nós vamos primeiro? Sapatos ou vestidos? Que cor você vai querer? Rosa? – dizia, enquanto enumerava nos dedos.
- Eu realmente gostava daquele vestido, o contraste do vermelho com o branco era lindo! – Defendeu-se Julie. – Vamos ver os vestidos primeiro, depois escolhemos os sapatos. – ela disse entrando com a irmã em uma loja de roupas.
- Gostava, é? – repentinamente virou-se. – OLHA QUE LINDO! FICARIA ÓTIMO EM VOCÊ, JU! – gritou, assustando a irmã e algumas vendedoras, pegou no vestido e depois olhando para Julie. – Ah, não melhor não... – seu olhar seguiu para a porta da loja, onde uma coreana entrava.
- Porque não? – indagou Julie confusa. Seu olhar estancou ao ver Catherine Chang passar pela porta da loja.
N.A.: Capitulo novo! ^____^
Espero que vocês gostem e comentem! Senão NÃO tem capitulo novo ¬¬’
Que decepção! Ninguém comentou :~
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=19038 (Ação e Reação)
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=19035 (Insinuação)
Beijos,
Luna Black
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