Pagando Impostos - Parte II
Eu dividi em partes o cap 1 porque estava muito grande e para nao ficar cansativo para voces.
Bom, a fic vai ficar mais interessante depois do capitulo 1 rsrs, espero que tenham paciencia. Abraço
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Um garoto de cabelos loiros e olhos prateados estava sentado com os braços cruzados enfatigado vendo um monte de mulheres correndo pra lá e pra cá com preparativos, adornos e bandejas de alimentos, tudo isso para a festa real que iria ter a noite. Uma mulher alta e carrancuda se aproximou dele apressada:
- Salazar, meu filho, você ainda não se trocou?
- Ainda não mãe.
- Venha, vamos, compramos um ótimo conjunto para você, é cravado com esmeraldas.
- Odeio a roupa que vocês usam... – disse ele se levantando a contra-gosto.
- Como se atreve Salazar Slytherin? Por acaso queria usar roupas de servos? – disse ela empurrando uma serva para o lado que por azar estava passando bem ao seu lado.
- Também não sei por que homenagear esse tal de Litor Ravenclaw...
- Filho! Ele é um dos mais nobres de Midgard e ele tem uma filha, Rowena, dizem que é uma pitanga!
- Ah mãe, não me queiram casar com um Ravenclaw por favor!
- E não queira desobedecer a seu pai!
Ele ia abrir a boca, mas reconsiderou...
“Melhor obedecer meu pai...” pensou ele decidido.
O castelo dos Slytherin´s era muito luxuoso para aquela época, aliás, era o mais entre todos os castelos de Midgard e alguns diziam que era do mundo inteiro. Ninguém sabia detalhes sobre a vida deles e sempre que algo se espalhava, sumia rapidamente do nada e todos que diziam boatos como terem os visto conversando com cobras ou fazerem objetos levitarem, por exemplo, logo diziam que de nada sabiam e não se lembravam de terem dito tal calúnia.
O que todos sabiam é que eles tinham vindo para aquela cidade há vinte anos atrás e então permaneceram naquele mesmo lugar, apesar de alguns jurarem que o castelo havia recuado há alguns anos atrás.
Sua família era composta por Elmon, o senhor feudal, Acris, sua mulher, e seus filhos Salazar, Siltres e Belga, que iria casar dali um mês, claro, com o herdeiro da segunda família mais rica de Midgard, Nitril Malfoy.
Salazar e sua mãe passaram por um grande corredor no qual havia muitas entradas a esquerda e direita e que davam para diversos quartos. A cada canto da mansão era possível enxergar um painel com os seguintes dizeres:
“Há verdades sobre seu senhor,
Não comente nada a ninguém
Daqui nada entra, daqui nada escapa,
E caso isso ocorra, o erro será pago pela dor”
Esse era o maior mistério daquela família: todos tinham poderes sobrenaturais, eram bruxos! E quando qualquer informação vazava da mansão para as ruas, a memória de todos era imediatamente apagada... se a Igreja soubesse que eram bruxos... talvez por isso que todos os empregados vivessem tão assustados, talvez fosse por isso que evitassem tanto a Igreja, talvez fosse por isso que muitas salas eram evitadas, talvez fosse por isso que...
“Não... melhor não...” pensou Salazar.
Virou a esquerda e depois a direita, a mansão era cheia de seus corredores e dezenas de aposentos e qualquer um que não conhecesse a casa se perderia. Entrou em um quarto maior que os outros. Tinha uma grande cama no centro, alguns quadros que se mexiam com fotos de cavaleiros andantes, uma estante cheia de ampolas e líquidos das mais variadas cores, tapeçarias finas, feita de fios de ouro e algumas poltronas perto da lareira que crepitava.
Sua mãe estava em cima da cama onde havia várias roupas em cima. Ela segurava um conjunto verde-oliva com ombreiras e bordados na manga.
- Filho, tome, acho que essa é a mais bonita que compramos até hoje. – disse ela empolgada.
Salazar olhou aquilo com uma cara de nojo... era horrível...
“E esses bordados nas mangas... que horror...”
- Mãe, tem certeza que eu devo usar...isso?!
- Oras meu filho, isso é roupa de nobre! As roupas mais caras que encontramos! Classe, meu filho! Classe! Essa é uma das maiores qualidades dos Slytherin`s! – disse ela ajeitando o busto.
- Hum....- disse ele pensando por um momento – tudo bem, então me dê licença para eu me trocar...
- Como se você precisasse de licença pra isso – disse ela num muxoxo saindo do quarto – sou sua mãe esqueceu?
Salazar olhou bem para o conjunto. Num instante ele passou a flutuar no ar. Sua mão segurava uma varinha de madeira.
- Bem, talvez se eu tirar isto – disse ele num movimento com as mãos, fazendo os bordos da manga desaparecerem – e acrescentar isso – disse enquanto um símbolo de uma cobra apareceu na “camisa” – mais isso...isso....e...pronto, acho que não parece mais um vestido. – terminou ele segurando o conjunto. – Minha mãe não vai gostar nada disso...
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Cinco servas estavam em volta de uma menina na poltrona. Duas faziam-lhe suas unhas dos pés e mãos, uma tirava suas medidas e as outras duas tentavam colocar o cabelo da menina em ordem, pois estava todo espantado para cima e todo embaraçado.
- Um espanto! – disse uma delas.
A menina sorria marotamente e as servas não sabiam o motivo, e nem ousavam perguntar. Ela era a menina mais bonita da região. Seus olhos azuis-Paris eram circulados por um negro forte, seus cabelos (em estado normal) desciam em caracóis até o seio, quem a via, logo reconhecia que ela era puro-sangue, com um nariz pontudo, mas pequeno e delicado, pele branca e macia.
- Melhor vocês ajeitarem meus cabelos logo se não minha mãe não vai gostar nada NADA – disse ela enfatizando bem o último nada.
- Calma Princesa Rowena! – disse uma serva que já começava a suar frio.
O cabelo de Rowena continuava espantado para cima como se tivesse levado um choque.
- Mas que cabelo Virgem Nossa! Como a senhorita conseguiu essa proeza?
- Ah, devo ter dormido com o cabelo molhado...- disse vagamente ainda sorrindo.
Passou meia hora, suas unhas das mãos e dos pés já estavam feitas, o vestido já estava arrumado, mas o cabelo continuava de pé. As servas o forçavam para baixo, mas aos poucos ele ia subindo devagar, até voltar à posição “natural”. A tarefa estava cada vez mais difícil e chegou um momento que ninguém conseguia mais botar o cabelo dela para baixo.
- Meus Deus, virou pedra! – disse outra dando um leve soco no cabelo que estava duro que nem cimento.
- Ai, ai, não sei mesmo o que fizeram com meu cabelo...
- Não Princesa, arrumaremos em um instante! – disse outra quase tropeçando em uma bacia no ímpeto de querer ajustar os cabelos espetados.
- Não, não, acho que não, melhor vocês irem terminar os preparativos, talvez eu dê um jeito nisso...- mas elas continuaram a tentar arrumar seu cabelo – È uma ordem!
Todas correram a se apressar e sair do quarto. Rowena começou a rir sozinha no quarto.
- Sou realmente inteligente... – disse ela para si mesma.
Levantou-se da cadeira e foi até uma prateleira onde pegou uma pequena pena. Tirou um frasco do bolso com um líquido negro e borbulhante. Pegou a pena e depositou no frasco, que automaticamente mudou para um azul cristal. Ela retirou uma varinha do bolso de suas vestes e disse:
- Pétreos Reversus!
O líquido parou de borbulhar, levantou o frasco na altura de seu rosto e tomou um pouco do líquido. Quase no mesmo instante seus cabelos negros se desenrolaram de forma harmoniosa e coreografada sobre seu corpo.
- Bem, vamos à festa dos Slytherin`s! – disse ela se vestindo o seu novo vestido, mexendo levemente sua cabeça, fazendo seus finos fios de cabelos negros esvoaçarem.
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Um garoto de cabelos arrepiados e negros e de olhos da mesma cor cavalgava velozmente por uma trilha escura, deveria chegar o mais rápido possível, seria o garoto mais jovem a ganhar o campeonato, claro se conseguisse...
Estava ofegando, já estava quase na fase final também. Havia passado por quase todas as provas sem muita dificuldade, o que pareceu não acontecer aos seus adversários.
Os servos dos feudos tinham o costume de fazer campeonatos como forma de diversão e só aceitavam homens adultos, com exceção dele, que era ainda uma criança de dez anos e isso certamente enchia seu orgulho.
Já estava quase de noite e a prova havia começado ao meio-dia, realmente queria sua cama e um pouco de sopa bem quente...Talvez se parasse um pouco para descansar, sentar e deixar seus adversários chegarem um pouco mais perto seria uma ótima idéia.
- Owwwa! – disse puxando as rédeas.
O cavalo parou e ele desceu, prendendo suas rédeas em um dos galhos ali do lado. Deitou-se em um tronco caído por ali, na trilha, e ficou olhando o céu. Seu pai sempre falava que as estrelas prediziam o futuro e explicavam muita coisa do passado e do presente. Ele não acreditava muito nisso, aliás, achava que por eles não terem muito o que fazer na época, o povo ficava olhando para o céu a noite toda...
Ursa Menor pontuava o céu como o centro das atenções. Ele fixou bem os olhos na constelação tentando achar alguma coisa de especial. Veja, Kochab, Thuban e a estrela Polar brilhavam intensamente e na mesma intensidade, lembrava que seu pai havia dito que de tempos em tempos elas trocavam de posição e o lugar de estrela mais brilhante passava de uma a outra.
Quatro estrelas e um brilho. Quatro estrelas ‘iguais’. Quatro caminhos...semelhantes...
Mas não conseguiu terminar seu raciocínio, um dos seus adversários passou com seu cavalo dizendo:
- Boa corrida Godric, da próxima vez cuide melhor de seu cavalo.
Godric olhou para trás: haviam soltado seu cavalo e ele fugira.
- Trapaçeiro! – gritou ao homem que se afastava ao longe em seu cavalo.
Já não era a primeira vez que o tentavam atrapalhar, mas não nunca conseguiam de fato. Misteriosamente ele não caía nos buracos escavados, os dardos pareciam se esquivar dele e quando roubavam sua lanterna em alguma competição noturna parecia que ele conseguia outra quase que imediatamente.
Olhou em volta, nada...teria que ir a pé. Virou para frente e começou a andar em direção ao ponto final, eram mais quatro quilômetros, mas talvez pegasse carona com outro competidor.
“Que raiva!”
Godric não gostava de perder, muito menos agora que seria o campeão mais novo em um campeonato onde só participava homens adultos.
Olhou para o céu por uma última vez...
“Quatro....” pensou ele franzindo o cenho “..pessoas?”
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