Novos Caminhos (Final Um)



Harry sabia que aquela poderia ser a ultima vez. Ele estava com a própria varinha nas mãos, que pegara do bolso. Achava que estava tudo perdido, Voldemort estava frente a frente com ele. Sua respiração ofegante que qualquer um poderia ouvir, muitos, ainda lutando, outros machucados e outros mortos no chão.
- Harry não, Por favor! – gritava Gina.
Ele não tinha como fazer nada olhou para Gina e em seguida para Rony e Hermione, que não eram diferentes da garota.
Voldemort não deixara tempo de ele fazer nada, ao ver que Harry virava o rosto, lançou um feitiço não verbal, fazendo-o cair no chão, sem tentar fazer muita coisa, ele se levantou.
- Avada Kedavra! – gritou Voldemort num tom impiedoso.
- Expelliarmus!
Não, disse Harry para si mesmo, ele não poderia tentar destruir Voldemort se ele mesmo não fosse destruído. Expelliarmus foi à única coisa que lhe ocorreu pela mente, ele sentia dentro de si, algo que conseguia destruí-lo, que logo, ele não poderia resistir.
A maldição de Voldemort girou, afetando seus olhos e seu corpo por completo, mas mesmo assim, viu Voldemort fraco, rodeado pela própria maldição, mas agora, era para sempre. O corpo de Voldemort não durou muito, parecia explodir no salão principal e virar cinzas, que, junto com um lampejo negro, rodeou o salão todo.
Harry caira no chão, seus olhos, ainda levemente abertos, só viam a destruição.
- Nããããoooo, Harry, não! - gritou Gina.
A ruiva ajoelhou-se perto dele junto com Rony e Hermione. Ele sentia as lagrimas que caiam dos rostos dos três amigos. Sentiu o toque da Mao de Gina na sua, o choro dos três ecoavam no salão silencioso, onde os Comensais restantes já aviam sido detidos pelos aurores. Antes de seus olhos se fecharem, Harry ouviu:
- nós te amamos...
Não conseguiu distinguir bem a voz, não sabia se era feminina, masculina, porem, a fraqueza tomou conta de seu corpo e ele percebeu que já não poderia fazer mais nada, por fim, seus olhos fechavam-se...
O salão caiu em choro, sobre o corpo do garoto já sem vida, Gina chorava e ao lado dela, Hermione e Rony choravam abraçados. A guerra havia acabado porem, a dor permanecia...
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-
Alguns meses se passaram, Hermione andava com Gina pelo corredor da Toca, indo a direção a cozinha, ela notara algo estranho. Os Weasleys andavam de um lado para o outro, inquietos.
- o que houve Sra. Weasley? – perguntou Hermione.
- é o Rony... - respondeu Fred atrás dela.
- nós não o achamos em lugar algum – continuou Jorge do outro lado. -, procuramos na Toca inteira e ainda assim, não o encontramos.
- não imaginamos nenhum lugar onde ele possa estar – concluiu a Sra. Weasley, olhando para ela. –, você tem alguma idéia, querida?
- Imagino que sim... - respondeu Hermione pensativa.
Ela saiu caminhando em direção ao quintal, nas margens do lago, ouvia alguns barulhos, continuou a andar e parou na frente de algumas pedras.
- você vai continuar a esconder-se? – perguntou ela.
- eu só precisava ficar um pouco sozinho. – disse Rony, segundos depois após Hermione retirar a capa de invisibilidade. – mas por que eu sabia que você me encontraria aqui?
- então é aqui que você vem quando esta triste, Ronald?
- Sim. Ninguém alem de você, sabe que eu fico aqui para pensar.
- Rony, todos estamos tristes. Você não precisa tentar se esconder...
- Por que tudo isso tinha que acontecer? Por que agora? Harry era meu melhor amigo...!
- e por ser seu melhor amigo ele fez o possível para que todo aquele sofrimento acabasse.
Rony virou-se totalmente para ela; como os dela, seus olhos se enchiam de lagrimas, ele a abraçou, como se ela fosse a única pessoa que poderia entendê-lo e ajudá-lo.
- por que tinha que ser assim? Por quê? – disse Rony ainda abraçando-a. – fica comigo, por favor...
- eu nunca conseguiria te deixar.
Rony deu um passo para trás, separando-se de Hermione, mas segurando-a ainda pelos braços. Por um momento, olhou bem no fundo dos olhos dela, as lagrimas, que ele tentava limpar de seu rosto, agora se continha. Ele olhou para o chão, por alguns segundos, sua cabeça voltara a se levantar, olhando para ela, voltou a falar:
- Casa comigo?
- o que? – perguntou ela confusa.
- você quer casar comigo? – repetiu ele.
- Rony, eu não sei o que dizer, isso foi tão... Repentino.
- você não quer?
- é claro que sim... – respondeu ela finalmente, antes dele voltar a beijá-la apaixonadamente.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-
A notícia que Harry Potter havia morrido logo chegou ao ministério e a toda a população bruxa. Os comensais, presos em Azkaban, não tinham a menor duvida de que o ‘Lorde das Trevas’, como muitos ainda o chamava, ou ‘Voldemort’, havia realmente morrido.
Lagrimas caída no chão, era tudo o que fazia uma garota, com os cabelos ruivos, soltos pelos ombros, era o que fazia todos reconhecê-la. Gina Weasley.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.