Quem ele sempre quis proteger.



Ele não acreditava bem o que estava acontecendo, mas sabia que estava na hora de achar as respostas para tudo aquilo. Harry jogou a capa por cima de si, ele subiu as escadas sozinho e andou até a estatua da gárgula.
- Não seria ‘Ordem da Fênix’, seria? – Perguntou Harry calmamente.
A gárgula não se mexeu, não formou escadas. Ao invés disso parou por alguns segundos e falou:
- Você não precisa de senha alguma Sr. Potter.
- Obrigado...
A gárgula girava e formava escadas que Harry subia lentamente, até chegar a porta da sala. Ele empurrou-a com cuidado, olhou para a sala; tudo estava como da ultima vez. Desde a primeira pena e pergaminho até o ultimo retrato de diretor.
- Olá Harry.
Ele olhou ao redor e avistou um quadro, chegou mais perto passando a mão na madeira empoeirada, onde estava escrito ‘Alvo Dumbledore’.
- Olá professor – respondeu Harry.
- Então...Os comensais estão lutando com a Ordem, não?
- Sim. Os alunos maiores de idade e os professores ficaram também.
- Por quanto tempo eu esperei essa conversa, Harry...Por quanto tempo. Está mais do que na hora de você saber tudo sobre as Relíquias, as horcruxes e sobre tudo que eu não tive coragem de contar-lhe em sete anos.
Harry não falou nada, não queria...O fato de logo descobrir o que faria, ou não, para acabar com tudo isso seria talvez uma das partes mais difíceis.
- Você sabe muito bem sobre as relíquias, disso eu tenho certeza. A primeira, uma varinha incapaz de perder um duelo; com certeza a mais importante delas...Antes que você me pergunte: sim, ela era a minha varinha.
- O que o senhor fez com ela?
- Eu dei a Severo Snape. Mas isso falaremos daqui um instante. A segunda relíquia: A capa de invisibilidade. Realmente elas são raras, e eu a busquei incessantemente até chegar aos meus ouvidos que um garoto, filho dos Potter tinha uma. James Potter, para ser mais preciso.
- “Os Potter mal sabiam sobre seu imenso poder, eu realmente tive vontade de ficar com ela eternamente, quando a pedi emprestada para ‘encaminhar’, mas quando vi que realmente se tratava da segunda relíquia, pedi a James um tempo com ela”.
- Então foi por isso que o senhor estava com ela no 1° ano...
- Correto novamente, Harry. Eu pedi a capa para seu pai, dias antes dele morrer.
- “A terceira relíquia: A espada de Griffindor. Feita pela magia dos duendes. E como dizem: só um verdadeiro grifinório conseguiria a espada. Régulos A. Black era um sonserino, mas antes de duelar com ele, roubou a espada. Eu poderia ter impedido, mas ele falou: ‘para o bem dos Potter!’”.
- “Mas só depois daquela luta eu percebi, o garoto estava tentando destruir o medalhão. E pelo que sei, ele destruiu a taça da Lufa-Lufa.
A quarta relíquia: a poção. Para que servia uma simples poção dada como uma relíquia? Perguntei-me isso por anos e anos, observando e lendo claramente a historia das cinco. Por que ela levou o garoto à morte? Por quê?”.
- Hermione disse que ela mudou-se na formula.
- Sim! Mas por que? Por que a poção é a única que pode controlar seu verdadeiro dono, ela sabe se ele é merecedor ou não. Demorei anos para perceber o que a Senhorita Granger descobriu em segundos! Percebi que a poção conhece quem a procura, sabe se a pessoa quer tê-la ou não.
- Então...
- Você acha que o tal Johnny era merecedor da poção da vida? Depois de ter deixado com que os objetos o enfeitiçassem?
Harry indicou ‘não’ com a cabeça, mas ficara pensativo e se lembrava de um fato.
- Sirius bebeu a poção.
- Sim. A vida de Sirius foi retirada injustamente por Bellatrix. A poção apareceu dentro do véu a anos, mas ninguém teve coragem de usa-la.O senhor que possuía viu Sirius chegar e já sabia de sua historia e sabia que você tentaria traze-los de volta, por isso, deu a poção a Sirius, para que ele pudesse agüentar e sair de lá, vivo.
- E o escudo?
- Como a lenda diz, ele foi destruído. Não se sabe quando, nem que conseguiu, mas isso torna só mais verdadeira a historia e provável a destruição das outras três.
- “Voldemort não procura a Capa, por que ele não ataca escondido. Ele não quer a espada, por que se a tocasse firmemente, poderia destruí-lo de deixa-lo ou deixa-lo mais fraco, como você fez com as horcruxes. Ele não quer o escuro por que ele possui armas o suficiente para proteger a si mesmo. Não quer a poção, por que agora, ele não vive mais no corpo de servos, tem corpo próprio. Ele quer a varinha, por que acha que com ela, ele poderá destruir você”.
- Onde esta a varinha?
- Eu já lhe respondi isso Harry. Mas que quiser mais respostas...Sabe como encontra-las.
Dumbledore esticou a mão, Harry virou-se e viu onde ele apontava. Olhou de novo para o diretor, que por baixo dos óculos meia-lua apontava para ele ir.
Harry pegou a varinha e mexeu a penseira.


Harry abriu os olhos, estava estendido no chão, caído. Mesmo com a visão ruim, pois seus óculos caíram no chão, ele conseguia reconhecer. Estava no Expresso de Hogwarts, e, pelo que reconhecera, o trem havia acabado de partir da plataforma 9 ¾.
A cabine, no momento em que ele havia caído estava vazia, mas logo que se levantou e pegou os óculos, viu um garoto chegar.
Ele era quase pálido, cabelos negros que vinham quase até o pescoço. Vestia uma capa tão negra quanto seus cabeços, uma calça social e um colete por cima da camisa, os dois, também, negros. Pela sua altura, Harry pode perceber que ele deveria estar em seu 1º ano em Hogwarts.
O garoto ficou sentado por alguns minutos, até que Harry ouviu passos vindo para a cabine:
- Desculpe, o trem está cheio, eu poderia me sentar com você? – perguntou uma voz conhecida.
O garoto, que olhava para o chão, assustou-se tanto quanto Harry ao ver a garota ruiva, já com roupas de Hogwarts.
- Ah! Bem...Er...Er...Claro.
- Obrigada. Qual é o seu nome? – perguntou ela sentando-se ao lado dele.
- Er...Severo...Snape.
- Prazer, Severo. Eu sou Lily Evans.
- Er...Prazer.
Lily sorriu para Snape, ele voltou a olhar para o chão, pouco encabulado.
- Olha! Finalmente uma cabine! – disse um garoto que se aproximava.
- Então vamos ficar nela! – disse um segundo garoto de cabelos negros.
Havia três garotos, que pareciam nem perceber a presença de Lily e Snape na cabine. Harry os reconheceu no mesmo momento que os viu pela primeira vez. O primeiro deles, tinha cabelos castanhos-claros e aparentava ter cicatrizes nas mãos e no rosto. O segundo, tinha cabelos negros e ondulados. Já o terceiro, que chegara próximo da porta da cabine sem falar nada, parecia ser o único que notara a presença de Lily e Snape, Lily em especial. Usava óculos redondos, tinha cabelos escuros, olhos castanhos um tanto esverdeados e não era muito alto.
- Desculpe?! – disse lily antes que os garotos pudessem falar mais alguma coisa.
- Ah! Como minha cabeça anda ruim! Ando esquecendo muito das coisas! – disse o primeiro garoto batendo na própria testa. – Desculpem, mas o trem está cheio...
- Você quis dizer extremamente, não é Lupim? – pronunciou-se o terceiro garoto, interrompendo o amigo.
- Sim, sim, extremamente cheio. – corrigiu-se ele.
- E as únicas cabines restantes são as dos sonserinos. – falou o segundo garoto.
- Achei que a seleção fosse apenas no castelo...- disse Lily.
- Bem, é sim. Mas aposto que eles vão para a sonserina, são malignos! – falou novamente o terceiro garoto.
- Bem, eu não me importo que vocês fiquem aqui, você se importa Severo?
- Er...Bem...Não...Acho que não...
Os três tornaram a se sentar.
- Qual é o seu nome? – perguntou o terceiro garoto a Snape.
- Snape…Severo Snape.
- Uh, você tem cara de… ”Ranhoso”.Sou James Potter.
- Sirius Black. Essa é boa James, gostei!
- Remo Lupim.
- Lily Evans.
James acenou junto com Sirius para Lily e Sirius tornou a dizer:
- Bonito nome...
- Obrigada.


A cena se distorceu, agora, Harry estava parado no salão principal, na mesma noite. Ele conseguia ver seus pais, tais separados, Lily e Snape andavam juntos e James ao lado de Sirius, Lupim e um outro garoto baixo.
- Espero que fiquemos na mesma casa, Severo. – disse Lily – qual casa você gostaria de ficar?
- Sonserina.
- Bem, eu já ouvi dizer que os bruxos que ficaram na sonserina foram e ainda são bruxos das trevas.
- E é pura verdade!
Lily e Snape viraram-se para trás, James, Sirius e Lupim estavam lá e por trás o mesmo garoto baixo e gordinho.
- Sem querer ofender Sirius. – Continuou James.
- Não ofende. Estou cansado de todos falarem tão bem da minha família e ao mesmo tempo eu acha-los tão malignos...São todos da Sonserina, se quer saber, mas eu ficaria muito mais do que contente na Grifinória. – disse Sirius – e você, James, qual casa você prefere?
- Grifinória é claro! A casa dos valentes e corajosos. E para falar a verdade, Ranhoso, todo mundo sabe que na sonserina a maioria se torna um comensal da morte.
- Sim, pegue minha família como exemplo! Desde as primeiras gerações...
- Acho que a grifinória deixaria todos mais do que satisfeitos, mas e você Lily? – perguntou Lupim.
- Bem, eu ainda não decidi...
A professora chamara a atenção de todos para a chegada e a canção do chapéu seletor. Foi quando James, sem ninguém perceber, apenas Harry, chegou perto de Lily e sussurrou:
- Se decidir até lá, é só pedir para o chapéu...
Ela olhou para trás e viu James dar dois passos para trás dando um leve sorriso para ela.
- Severo Snape. – disse a professora depois que o chapéu já terminara sua canção.
Snape deu poucos passos até lá, sentou-se no banco e o chapéu, que mal havia sido colocado em sua cabeça disse:
- Sonserina.
Tudo, agora, parecia acontecer em flashs, Snape andou levemente a mesa indicada da Sonserina, e voltou a olhar para Lily que agora desviava seu olhar para o chão.
Após mais alguns nomes, a professora chamou o próximo deles.
- Sirius Black.
Sirius dirigiu-se para o mesmo banco, Harry fez questão de acompanha-lo.
- Ah, um novo Black! Eu sei muito bem onde colocar você...
- Não sou igual aos meus pais!
- Ah, o jovem é um pouco irritado, não? Então...Vejamos...Grifinoria!
Sirius retirou o chapéu, agradecendo, e colocou-o nas mãos da professora, correndo até a mesa da Grifinoria, com alegria os outros o cumprimentaram.
- James Potter.
James parecia andar até harry, que continuaram no mesmo lugar, perto do chapéu. James sentou-se no banco e recebeu em sua cabeça o chapéu.
- Potter! Qual casa você escolheria mesmo?
Ele não respondeu, fechou os olhos firmemente, e poucos segundos depois, o Chapéu anunciou:
- Grifinoria!
Ele abriu os olhos, correu também em direção a mesa da Grifinoria. Poucos nomes depois, a professora continuou:
- Remo Lupim.
Lupim deu um longo suspiro e andou em direção ao banco.
- Então...Grifinoria!
- Lily Evans.
Harry viu Lily caminhar até ele, Sirius, Lupim e James pareciam bastante ansiosos na mesa da Grifinoria, do outro lado do salão, Snape sentia o mesmo.
- Qual casa você escolheria, Lily?
- Se eu lhe pedir Grifinoria, você me colocaria lá?
- Bem, você pode pedir, eu só preciso ter certeza de que é isso que tem que ser feito...Grifinoria!
No ultimo flash, Harry viu Lily olhar para Snape e dirigir-se com um simples sorriso para Sirius, Lupim e James.
- Pedro Pettigrew.
Foi a ultima coisa que Harry ouviu a professora dizer, antes de um relâmpago.


A cena mudara novamente, agora, Harry via sua mãe pouco mais velha, aparentemente com treze anos, num corredor, à tarde em Hogwarts.
- Lily, você queria falar comigo? – perguntou Snape se aproximando.
- Sim, Snape.
- Achei que você não me chamasse assim.
- Não chamava por que achava que era meu amigo.
- Mas eu sou.
- Você tem usado feitiços das trevas para atacar outros estudantes!
- Aquele Potter, você tem ficado muito tempo com ele, não é?
- Potter não tem nada a ver com essa historia. Eu vi você azarando o garoto da Lufa-Lufa!
- Eu não estava muito bem, eles me pressionaram...
- Que feitiços eram aqueles? Eu nunca os vi antes, não há em livros, nem...
- Eu inventei aquele. Lily você não deveria andar muito com Potter e aqueles amigos estranhos dele...
- Pare de falar no Potter, ele não tem nada com isso!
- Tenho visto eles nas noites de Lua cheia, o tal Lupim anda estranho...
- Eu tenho que ir. Não quero ouvir sua teoria para a doença de Lupim mais uma vez...
Lily andou e virou o corredor, deixando Snape sozinho.


Lily estava agora no jardim de Hogwarts, esperava alguém, até que viu Snape andar até ela.
- Eu soube o que aconteceu.
Harry pode perceber algum ar de esperança em snape, após ter ouvido aquelas palavras de Lily.
- O que estava fazendo no Salgueiro Lutador, Severo? Estava espiando Potter, não estava?
Ele não respondeu, apenas olhou para o chão.
- Quando vai parar com essa obsessão pelo Potter? Por que quer tanto saber o que...?
- Aquele Lupim, ele é o grande problema! Potter e os amiguinhos estavam lá. Mas eu...
- Ele te salvou!
- Salvou? Ele só não quis que os amigos fossem pegos! Salvou o próprio pescoço e agora todos o idolatram só por que ele decidiu dar uma de herói!
- Herói? É isso que você acha que ele fez? Bancou o herói para a escola? Esta sendo ingrato!
- Potter só fez aquilo para lhe impressionar Lily! Você não viu ainda como ele é realmente! Ele fez isso para lhe impressionar por que gosta de você!
- James Potter é um arrogante sim, mas você não poderia ter...Severo, eu não irei perdoar todas as vezes que você faz algo contra algum estudante...
Os olhos de Lily estavam lacrimejando, agora, Snape saíra e a deixara.


Agora, a cena estava pouco mais escura. Snape corria pelo castelo, parecia estar procurando alguém.
- Lily? O que você esta fazendo aqui? – perguntou uma voz conhecida baixinho. – você esta chorando?
Snape parecia conhecer a voz melhor do que Harry, e resolveu esconder-se. Lily estava de roupão sentada no chão e chorando.
- James?
- Sim, por que esta chorando?
Mais anos pareciam ter passado, pelo que Harry pode perceber, deveria ter sido depois que James pendurou Snape no ar.
- Snape...Ele me chamou de...- ela quase não conseguia falar. – Sangue-Ruim.
- Achei que vocês fossem amigos...
- Eu também.
- Chamar alguém de...- ele fez uma pausa -...É cruel!
Lily continuou a chorar rapidamente e James a abraçou.
- Vamos, eu irei te levar para a sala comunal, você não pode ficar aqui, pode pegar uma detenção.
- Obrigada...
Harry pode ver James dar um simples sorriso enquanto ajudava Lily a se levantar, coisa que deixara Snape mais furioso, ele deu dois passos e parou na frente dos dois.
- Lily...
- O que faz aqui, Ranhoso? – perguntou James.
- Por favor, Lily, eu não quis...
James retirava a varinha das vestes enquanto Snape tentava se aproximar de Lily que estava ao lado de James.
- Saia, por favor, saia Severo. – disse Lily.
- Não! Eu preciso falar com você!
- Saia! Ela já disse! – gritou James.
- Eu falei Lily, avisei para não se juntar a ele! Não me restou outra alternativa...
- A não ser chamar-la de sangue-ruim! – voltou a gritar James.
- Não se meta Potter! Lily, por favor, eu não quis...
- Chamar-me de sangue ruim? É isso, Severo? Eu acho que está enganado. Insultar aqueles que não são puro sangue já se tornou um hábito para você e seus amigos sonserinos. Não sei por que perdoei tudo o que você fez, há anos você tem feito isso e outras coisas piores e eu desculpo-as! Isso só é uma das coisas que os seus amigos Comensais da Morte fazem, e diga, diga a verdade, Severo, você esta planejando se alistar também!
- Eu não quis falar aquilo!
- Por que comigo seria diferente, Severo? Desde o inicio, ninguém sabe por que eu falo com você ainda! Depois de tudo o que você fez, chega a um ponto em que não desculpas não resolvem mais...Eu já decidi meu caminho, Severo, e você...Tenho certeza que já decidiu o seu...
Lily caiu no choro lá mesmo, e dois segundos depois, James segurou a mão dela e a conduziu para outro corredor, dando para a sala comunal.


A cena se desmanchou, mas para Harry ele ainda estava nela. Distorcendo-se, a cena mudara totalmente. Harry se via perto do Salgueiro Lutador, numa noite chuvosa, viu Snape no chão e Dumbledore de pe em sua frente.
- Por favor!
- O que? O que Voldemort mandou você tramar para mim?
Snape não respondeu, ficou apenas quieto, deixando Dumbledore continuar:
- Qual é a mensagem de Voldemort para mim?
- Ele não me mandou! Vim por que preciso de ajuda!
- Ajuda? O que poderia eu fazer por um Comensal da Morte?
- A Profecia! Tudo aquilo que...
- Ah, sim, tudo aquilo que você informou a Voldemort sobre a profecia.
- Os Potters, o Lorde das Trevas...Ele...Vai...
- Potters? O que Voldemort planeja Severo?
- Lily Evans!
- A profecia falava sobre o menino que nasceu no fim de Julho…
- É o filho dela! O filho dela com o Potter.
- O que você sentia, Severo? O que sentia por Lily Evans?!
- Eu...Eu...
- Você a amava, admita! Você a amava e por isso e outras barbaridades que você cometeu só a fez se afastar mais e mais.
- Amava! Eu a amava tanto que não suportava vê-la com o Potter, ela nunca viu quem ele realmente era que...
- Casou-se com ele. Há um ano ela teve um filho com James Potter. Harry James Potter.
Harry podia ver os olhos lacrimejando e vermelhos de Snape quando Dumbledore falava seu nome. A Chuva, que já deixara Snape e Dumbledore encharcados, não batia em Harry, mas ele podia sentir ela, em direção ao vento, ele via poucas luzes acesas no castelo.
- O Lorde das Trevas vai mata-los...
- Se você a amava, Voldemort poderia poupa-la, talvez.
- Eu pedi a ele...
- Sim, era de se esperar que você fizesse isso Severo. – Dumbledore olhou para os olhos de Snape, penetrando nele, falou: - Um comensal nojento, é o que você é! Pediu pela vida dela, mas não se importa com o que ira acontecer com o marido e com o filho dela!
- Proteja-a! Proteja ela e a família. É tudo o que peço...
- Eu farei o possível. Mas você terá que fazer algumas coisas, Severo.
- Tudo o que quiser, apenas...Prometa que ela e os Potters vão ficar a salvo.
- Farei o possível.
- O que quer de mim?
- Venha a Hogwarts daqui a dois dias, Severo. Na madrugada, não deixe ninguém vê-lo, lá, eu lhe explicarei tudo...


A cena se distorceu mais uma vez. Agora, ele via Snape na frente de Dumbledore, era madrugada.
- Prometeu que a protegeria!
- Eu fiz o possível. Lily e James confiaram na pessoa errada. Rabicho. Tenho certeza que o conhece.
- Quando o vi pela ultima vez, ele fugia do Lorde das Trevas...
- Não. Ele acabava de contar a Voldemort sobre o esconderijo de Lily. Ele os entregou...
- Não! Ela não pode ter...
- Aconteceu algo a mais, Severo.
- O que?
- O filho dela, Harry. Ele foi o único...
- Único? Único a que, Dumbledore?!
- A sobreviver. Lily e James deram suas vidas por ele, Voldemort não foi capaz de penetrar sua maldição no garoto por que Lily colocou uma magia antiga de proteção nele.
- Então...Ele sobreviveu...?
- Sim, esta em segurança agora. Eu o vi...Tem os olhos dela, você se lembra não é, Severo?
Ele não respondeu, olhava para o chão, deixando as lagrimas caírem.E Dumbledore continuou:
- Você disse que faria qualquer coisa, pela vida dela, não é Severo?
- Você não a protegeu!
- Sim, a protegi. Disse para eles confiarem o segredo para alguém. Sirius Black, talvez, o melhor amigo de James. Mas eles decidiram colocar Pedro como o Fiel do Segredo, depois que Sirius recusou.
- Ele...
- Pedro era um comensal da morte. Um espião de Voldemort que o informara tudo sobre Lily e James.
- Não pode ser! Eles não podem...
- Severo, faça com que o sacrifício de Lily e James não tenha sido em vão...
- O que quer dizer com isso?
- Eu disse que protegeria ela e a família, eu continuarei fazendo isso. Harry terá toda a proteção necessária. Agora, você terá que se sacrificar também.
- Explique melhor, Dumbledore.
- Seja meu espião. Do lado de Voldemort você deixara ‘escapar’ algumas coisas e aqui...Contará-me tudo, os planos dos comensais e de Voldemort quando...
- Voldemort se foi. Você mesmo disse...
- Disse? Não. Eu disse que ele não foi capaz de penetrar no feitiço de proteção de Lily. Por hora, sim, ele se foi. Mas isso não significa que ele não possa voltar.
- E em relação ao garoto?
- Até ele completar seus onze anos, ficara na casa de seus únicos parentes. Petúnia Dursley. Creio que já ouviu falar dela, não? A irmã de Lily.
- A conheci como Petúnia Evans, receio.
- Ela se casou com Valter Dursley, tem um filho. Harry ficara com eles durante onze anos e todas as férias de Hogwarts...
- Férias de Hogwarts? Não creio que...
- Você acha mesmo que nós o isolaríamos de seu próprio mundo? Harry tem uma vaga em Hogwarts desde que nasceu e você...
- Eu?
- Sim. Você ira falar com os Comensais. Creio que eles serão rapidamente enganados.
- Enganados?
- Você sempre foi o melhor aluno em poções Severo, mesmo achando que você seja extremamente bom em Artes das Trevas...
- Quer que...
- Quero que lecione aqui, fingindo, ou não, que será um espião dos comensais. Quando Voldemort voltar, ele achará que você foi o único comensal que realmente foi fiel por todo o tempo...
- Ele não pode saber... O garoto... Potter, não pode saber o que estou fazendo...
- Sim, como quiser.
A cena se distorceu novamente, Harry fechou os olhos e viu Snape entrar novamente no escritório de Dumbledore, anos depois.


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