A Batalha No Castelo.
Harry continuara no corredor escuro, não sabia direito o que fazer, precisava encontrar a varinha de Dumbledore antes de Snape. Ele andou até Sirius, mas não teve muito tempo, sua cicatriz ardeu em chamas...Eles estavam chegando.
- Professora! Precisamos retirar os alunos o castelo, todos que forem menores de idade! – gritou Harry.
- Sim, irei tratar disso agora, Sirius, avise os professores que eles deverão juntar seus alunos, encontre-nos no salão principal. Potter, eu espero que saiba o que esta fazendo...
- Sim professora.
McGonagall e Sirius saíram. Harry não sabia mais o que fazer, precisava achar a varinha e o tal Diadema da Corvinal.
- Rony, Hermione, vocês precisam ir até a Sala Precisa, levem o Mapa do Maroto, avisem a todos, os Comensais estão vindo, se estou certo, quando vocês chegarem na sala, já terão chegado. – disse Harry rapidamente, depois de um suspiro, continuou: - esta na hora de lutar.
Rony e Hermione não falaram nada, quando Hermione ia falar algo, Rony a puxou pelo braço e os dois correram pelo corredor, até desaparecerem da vista de Harry.
- Vamos Harry – disse Luna indicando a porta já aberta da sala comunal.
Ele entrou, fechou levemente a porta decorada com um medalhão da Corvinal pintado atrás. A sala comunal parecia mais uma biblioteca, tinha algumas estantes e varias poltronas, destinadas a leitura, o aspecto da sala era um local aconchegante e silencioso.
- Aqui! – disse Luna indicando uma estatua.
Harry dirigiu-se a estatua indicada por Luna, era uma estatua de Rowena Ravenclaw, o mármore claro quase tocava o teto, mas Harry conseguiu ver a coroa reluzente em sua cabeça.
- Dizem que a coroa sumiu a séculos, antes mesmo de Ravenclaw morrer, e que nunca foi encontrada. Mas, se você a procura, significa que a lenda não esta totalmente certa, não é Harry?
- Sim, Voldemort a encontrou, quando estudava em Hogwarts.
- Você não quer nos dizer, para não nos preocupar...
- Ele a escondeu aqui, em Hogwarts...Eu preciso encontra-la.
- Bem, você tem que pensar como ele. Quero dizer, pense em um local onde ninguém a encontraria, ninguém que fosse capaz de...
- A Sala Precisa...
- O que? Achei que fossemos os únicos que soubéssemos...
- E Tom Riddle também. Ele foi tolo o bastante para achar que ninguém mais acharia a sala, mas nós a achamos, não é? Agora...
- Mas como você entraria lá sem saber como ele viu a sala?
- Ele pediu um lugar onde fosse, ou talvez quase impossível de se entrar ou encontrar.
- Há essa hora, Rony e Hermione já devem ter saído com os outros...Encontre-os e entre! – disse Luna.
Harry olhou para Luna novamente, ela deu um simples ‘vá’ e desapareceu lentamente da visão de Harry enquanto corria, ele deixou Luna na sala comunal, a ultima visão que teve dela, foi com a varinha na mão e andando em direção a porta para o salão principal.
Com varinha em sua mão Harry pode sentir o coração bater cada vez mais forte, passava pelos corredores rapidamente. Em segundos via Sirius e Dolohov duelando, até que:
- Avada kedavra! – gritou Sirius e Dolohov ao mesmo tempo.
Sirius desviou rapidamente da maldição de Dolohov, que foi lançado para a outra parte do corredor.
- Eu sei onde esta o Diadema! – disse Harry indo até Sirius.
- Então vá! – disse Sirius.
Harry continuou seu trajeto a Sala Precisa. Quanto mais corria, mais sentia que a guerra estava chegando ao fim, via algumas paredes rachadas, mas continuou, até que viu Draco.
- Potter! Onde estava? Existe uma guerra aqui, sabia? – disse Draco.
- Onde estão Rony e Hermione?
- Lutando é claro! E talvez, procurando por você, não sei bem, quando cheguei, eles falaram algo de evacuar o castelo, os Comensais.
- Sim, e para onde eles foram?
- O salão principal está cheio, McGonagall e os professores conseguiram mandar a maior parte dos alunos, mas então os comensais chegaram de vassouras, decidiram ir pela sala do Diretor...
- Draco precisa vir comigo.
- Para onde?
- A Sala Precisa. Se estiver disposto a ajudar a derrotar Voldemort...
- Estou, vamos!
Draco acompanhou Harry até o corredor da sala precisa, onde pararam em frente a uma parede.
- Eu quero uma sala, onde é possível obter todos os objetos escondidos durante toda sua existência. – disse Harry sem ar.
A parede não mudou imediatamente, mas, para a surpresa de Draco, que estava inseguro sobre o que Harry havia pedido, uma porta larga e detalhada começou a se formar. Ele passou a mão sobre a porta velha e começou a empurra-la, com a varinha ainda na mão, ele e Harry abriram a porta, onde a sala que se formara era tão velha quanto à mesma. O pó, que penetrava em todo o local, deixava os passos dos dois mais macios e silenciosos, muitas prateleiras, iluminadas apenas pelas varinhas e pequenas velas que ali havia.
- O que exatamente estamos procurando? – perguntou Draco baixo.
- Um Diadema. Pertenceu a Rowena Ravenclaw, está desaparecido há séculos, segundo Hermione.
- Certo, uma coroa velha não deve ser difícil de encontrar. Mas tem algum motivo especial?
- Sim. Você já ouviu falar em Horcruxes?
- Não estaria falando das Horcruxes de Voldemort, estaria?
- É exatamente o que eu estou falando. O que sabe sobre elas?
- Bem, o que qualquer comensal sabe. É a prioridade deles protege-las, pelo que sei, Snape estava guardando uma, mas como minha mãe disse: Voldemort não dá explicações muito convincentes, nem esclarecedoras. Ela dizia também que a única que deveria saber tudo sobre isso era Bellatrix, mas agora, acho que o único que sabe mais do que ‘são objetos que devem ser protegidos com suas vidas’, é Snape.
- E ele deveria guardar o Diadema, mas tenho certeza que Voldemort não lhe diria onde estava, nem qual forma tem.
- Por que não usamos feitiços? – perguntou Draco, ainda olhando para as prateleiras.
- Tente se quiser. – respondeu Harry já sabendo que não funcionaria.
- Accio Diadema!
Nada aconteceu, Draco voltou a olhar para as prateleiras, sem muita animação.
Um ruído fez Harry e Draco pararem, Harry olhou para o loiro para saber se o ruído vinha dele.
- Eu não fiz nada. – explicou-se Draco.
- Tem alguém aqui. – concluiu Harry levantando a varinha novamente.
A cicatriz ainda ardia, antes aliviara um pouco, mas a dor insuportável voltou, repentinamente.
- “Tragam-me o garoto e mate os amigos, incluindo o menino Malfoy e todos os outros” – disse Voldemort friamente.
- “Milorde, eu peço, deixe Draco. Eu posso dar um...” – disse Lucio.
- “Não! Draco nos traiu Lucio, eu não irei perdoar nenhum traidor, principalmente quando ele se junta ao inimigo. Eu sempre disse que ele sabia demais, agora, você deve aceitar as grandes conseqüências”.
- “Milorde!”.
- “Nada mais Lucio, agora, vão!”.
Harry voltara a si e olhava fixamente para Draco, que mantinha a expressão de confusão.
- O que você...?
Ele não chegou a terminar a frase, um feitiço fora lançado pela pessoa ou comensal que estava do outro lado da sala. A Sala Precisa levou um pequeno choque, o raio azul que fora lançado atingia o teto e se desviava para algumas prateleiras.
Harry e Draco começaram a correr. O Diadema era tudo o que Harry pensava e tornou ele sua obsessão por alguns segundos. Enquanto o feitiço fazia algumas coisas cair, ele e Draco separavam-se cada vez mais, escondido por algumas prateleiras, abaixando-se para esconder-se do comensal, que já era visível para ele e, sempre olhando para ver se o Diadema não estava lá. Por fim, conseguiu chegar a um corredor que era possível ver o comensal de perto, e ele também o via. Era Lucio.
- Espero que tenha conseguido a Horcrux, Potter, por que o Lorde das Trevas não ficaria nada satisfeito se alguma coisa acontecesse a ela. – disse Lucio.
- Estupefaça! – gritou Harry.
- Impedimenta!
- Sectusempra!
Foi como das ultimas vezes, o feitiço saiu da varinha de Harry e atingiu Lucio no braço, ele caiu ali mesmo no chão.
- Eu não me importo, ele matou minha mãe.
- Melhor tirarmos a varinha dele...Só por precaução. – disse Harry pegando a varinha da mão de Lucio. – Por acaso isso não seria...?
- Não, ainda não. – disse ele jogando a coroa que tinha nas mãos no chão. – é só uma copia, Voldemort deve ter tomado precauções, no caso de alguém conseguir entrar aqui.
- Sim. Vamos voltar a procurar.
Harry e Draco voltaram a olhar para as prateleiras. Sem muito sucesso, eles continuaram. Passaram-se mais cinco minutos, Draco parecia cansado de olhar prateleiras e mais prateleiras, seus olhos estavam pouco vermelhos.
- Você tem mesmo certeza de que esta aqui? – perguntou Draco.
- Sim, você poderia pensar em um local melhor para se esconder isso?
- Não. Mas, você nunca pensou na hipótese de Snape ter descoberto sobre o Diadema?
- Não.
- Por que? Snape poder não ser muito amigável, mas sabe quando escondem coisas dele, e pelo que sei, ele sabe oclumência...
- Mas Voldemort não admitiria um servo entrando na mente dele não?
- Quer saber...Você está certo. Se isso não é uma copia...- disse Draco pegando um outro objeto nas mãos.
Harry correu até Draco, deixando a varinha de Lucio cair no chão, pegou a coroa velha e empoeirada nas mãos.
- É uma horcrux. Só precisamos da espada de Griffindor.
Draco parecia não prestar atenção no que Harry falara, invés isso, ele estendeu o braço com a varinha nas mãos.
- Impedimenta!
Harry olhou para trás, Lucio estava com sua varinha, quase levantado do chão, ele foi impedido de lançar o feitiço em Harry.
- Draco. Eu pedi para que o Lorde das Trevas deixasse você...
- Eu não vou voltar!
- Ele disse que você é um traidor...
- Por que matou ela?! – gritou Draco.
- Por que foi ela quem te ensinou tudo isso, você ficou como ela, um traidor...
- Everte Statum!
Lucio foi lançado no ar, Draco, correu até Harry e disse:
- Você precisa ir.
- Não, você ira comigo.
- Destrua o Diadema! Eu vou tentar para-lo, mas você terá que correr; consegue achar a saída?
- Sim, mas...
- Então vamos.
Draco não deixou alternativas para Harry, ele não pode nem concordar nem discordar do plano, mas teria que tirar Draco dali.
- Estupefaça!
- Crucio!
O garoto caiu no chão, Harry o puxou para perto de si e gritou:
- Finite Incantatem! – ele virou a varinha para Lucio – Estupefaça.
A porta da Sala Precisa se abriu, Harry segurava Draco pelo braço. Lucio lançava feitiços compulsivamente neles, alguns, Harry conseguia reverter, outros, passavam pelo escudo que ele formara em volta de si e Draco.
A sala, por todos os feitiços, era a maior vitima, as prateleiras caiam e objetos s quebravam assim que tocavam e caiam no chão. Lucio, rapidamente, lançou um feitiço que produzia fogo, que logo dominaria tudo, e a sala, talvez, fosse destruída.
Harry puxara Draco, mas por mais que tentasse, ele não conseguia afastar Lucio por muito tempo.
- Reducto! – gritou Harry.
O feitiço não atingiu bem o alvo, invés disso, as prateleiras voltavam a cair mais e mais e Harry sentia uma presença ruim. Era frio e triste, o primeiro pensamento de Harry foi o mais obvio, os Dementadores estavam invadindo o castelo.
- Expecto Patronum!
Um veado prateado saiu da ponta da varinha de Harry. Draco, parecia estar acordando lentamente, mas Harry continuou a segura-lo.
- Crucio! – Gritou Lucio.
- Protego! – gritou Harry de volta.
- Imperius!
A maldição não bateu nos dois, Harry jogou Draco para trás de uma prateleira e lá mesmo se escondeu.
- Será que você poderia me explicar o que esta acontecendo? – perguntou Draco.
- Você desmaiou, Lucio esta atrás de nós. Agora fale baixo, a porta esta aberta, precisamos sair. – explicou Harry.
- Crucio! – gritou Lucio.
- Protego! – gritou Draco, para ele e Harry. – A capa!
Harry lembrou da capa imediatamente, correu até um outro corredor escuro, enquanto Draco o protegia e retirou a capa de invisibilidade.
- Aqui!
Ele puxou Draco para baixo e assim, seguiu atirando feitiços e segurando firmemente a varinha e na outra mão o Diadema.
- Crucio!
- Protego!
- Imperius!
- Everte Statum!
O fogo, que já cobria boa parte da sala, se apoderava da mesma cada vez mais. Faltava pouco mais de um metro para os dois conseguirem chegar a porta, não podiam aparatar, seria impossível chamar suas vassouras de tamanha distancia, a única opção era correr.
Lucio, depois do feitiço de Harry, foi jogado para longe, caído no chão, ele tentava, sem muito sucesso, se levantar. Os dois continuaram a correr, cada vez mais rápido, e com a capa, seria impossível Lucio descobrir onde eles estavam. Draco olhou para trás rapidamente, Harry o acompanhou, vendo Lucio erguer a varinha, Harry tentou jogar um feitiço, mas Draco foi mais rápido.
- Sectusempra!
Lucio recebeu mais um corte, jorrando sangue de seu peito, ele caiu e não se levantou mais. Harry viu a porta da Sala Precisa se fechar, e a imagem de Lucio desaparecer; estavam, ele e Draco, com marcas de sangue e fora da sala, retiraram a capa.
- Tudo bem, ele mereceu. – disse Draco, virando-se em direção ao salão principal – vamos, temos que lutar.
Harry não respondeu, apenas indicou ‘sim’ com a cabeça e voltou a colocar a capa e o Diadema na mochila vazia.
O salão principal estava destruído, ele podia ver alguns desesperados, lutando contra os Comensais, outros, tentavam conjurar patronos contra os dementadores que entravam por uma parede destruída, e outros, por fim machucados, ajudavam Madame Pomfrey com os outros, e Harry pode ver, alguns corpos no chão, reconheceu um em especial. O corpo de Dino Thomas estava atirado no chão com marcas de sangue.
Rony e Hermione não foram rapidamente achados, por que assim que Harry chegou no salão, estuporou um Comensal que tentava atacar Lilá Brown e as gêmeas Patil, mas conseguiu encontra-los, Hermione, lutava com um comensal que Harry já havia visto, no ministério, mas não sabia especificar o nome; já Rony lutava com Avery, que havia acabado de estuporar.
- Harry! Será que você poderia dar uma ajudinha?! – gritou Rony, enquanto Harry estuporava outro comensal.
- Estupefaça! – ele virou a varinha para perto de Rony. – Protego!
- Estupefaça! – gritou Rony para o comensal na sua frente.
O comensal caiu desacordado, mesmo sabendo que ele logo se levantaria, os dois saíram correndo para ajudar Hermione que tentava, sem sucesso, atingir o comensal.
- Expeliarmus! – Gritou Harry.
- Estupefaça! – Gritou Rony.
- Obrigada. – disse ela depois de se livrar do comensal.
- Onde você estava? Tivemos que ajudar todos sozinhos! Você sabe quantos alunos menores de idade estavam aqui?! – gritou Rony.
- Eu consegui o Diadema! Estava na Sala Precisa!
- E depois, os comensais chegaram, e dificultaram cada vez mais a saída dos estudantes. Mas por incrível que pareça, eu lembrei dos Elfos-Domesticos... – voltou a Gritar Rony parecendo não ter escutado nenhuma palavra de Harry.
- Draco me ajudou e...O que? Elfos-Domesticos? Estão lutando?
- É claro que são elfos-domesticos, e você acha mesmo que Hermione os deixaria lutar? Pedimos a eles que aparatassem com os últimos estudantes.
- Genial! Mas onde esta a Espada?!
- Na minha mochila, aqui. – disse Hermione dando-a para Harry.
Harry puxou a espada, mas não pensou em usa-la rapidamente, lembrou-se de Gina, precisava encontra-la. Jogou a espada perto de Rony, junto com o Diadema, sem explicar, saiu correndo.
Viu rapidamente, o Sr e a Sra Weasley duelando com mais comensais, ele poderia ajuda-los e tentar obter alguma informação de onde estaria Gina, mas continuou, estuporando alguns comensais que via em sua frente.
Finalmente, conseguiu ver a ruiva por perto, estava lutando com um comensal, ele lembrou de Rodolfo, o comensal era seu irmão.
- Reducto! – gritou Gina destruindo alguns objetos que os cercavam e que Rebastam usava contra ela.
- Incarcerous! – Gritou o Comensal.
- Protego! – gritou Harry.
O feitiço refletiu-se, Rebastam caiu no chão aprisionado por cordas que não deixava ele movimentar-se, Harry apertou a mão de Gina e os dois correram de volta, ainda lutando e ajudando os outros.
Harry viu Lilá Brown perto de Rony e Hermione, tentando estuporar um comensal, com pouco sucesso, ele caiu a mais ou menos dois metros. JÁ Rony e Hermione, lutavam contra um comensal, que Harry reconheceu sendo Bartô Crouch Jr.
- Crucio! – gritou Bartô.
- Protego! – gritou Hermione.
- Avada Ke...!
Bartô não chegou a completar seu feitiço, foi impedido por Lilá, que o atacou por trás, seguido de Harry e Gina.
- Avada kedavra! – gritou Bartô de novo.
Ele ainda apontava para Rony e Hermione, mas não os acertou, o lampejo, foi fatal, mas Rony e Hermione foram jogados para o chão. Lilá estava caída a pouco menos de meio metro, Harry e Gina atacaram Bartô, que caiu no chão, mas logo, levantou-se, com um sorriso para atacar outros.
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