a 1º reliquia / a espada de Gr



Harry continuara a olhar para o velho homem, ainda no cemitério, coberto pela neve que caia, não sabia o que fazer, nem se podia realmente confiar nele.
- Quem é você? – perguntou Harry.
- Bem, sou Aaron Grinswald, conheci seus pais e morei ao lado deles há 18 anos, e sei, exatamente, o que aconteceu com eles no dia 31 de agosto. – respondeu ele com a voz fraca.
- Como assim?
- Não vi, necessariamente, seus pais morrerem, mas ouvi, tudo o que gritavam e o que Voldemort falava para eles...- Aaron parou por um minuto, Harry observou Rony, que ainda não se acostumara com pessoas falando o nome “Voldemort” o tempo todo. – não, Harry, não tenho medo de dizer nome dele, por que sei, que o medo de um nome, só aumenta o medo que temos sobre ele. Agora, não quer ir até minha casa? Estou congelando aqui fora, minha mulher, Helena, pode fazer um chá, ou algo para esquenta-los.
Harry olhou para Rony, Hermione e Gina, o que poderia fazer? Eles não ajudavam, Hermione não parecia concordar muito, Rony fazia cara de ‘você quem sabe’ e Gina, Harry não sabia distinguir bem sua expressão.
- Sem querer interromper, estou realmente congelando aqui, se decidirem vir, sigam-me, se não...
Ele começou a andar, Harry não sabia o que fazer ainda, então decidiu arriscar. Quando já haviam andado duas quadras, Aaron, finalmente resolver falar algo:
- Sabe, eu esperava encontrar-lhes antes, falar com Dumbledore, mas depois que Aberforth morreu...
- Desculpe, mas, o Sr sabe algo sobre Aberforth? – interrompeu Harry.
- Aberforth? É claro, poucos, sabiam sobre a vida dos Dumbledores como eu, Aberforth sempre foi bastante ligado a Alvo, mas quando morreu, Alvo e ele já estavam um pouco, digamos que, distantes. Mas mesmo assim, em uma de suas viagens, ano passado, antes de setembro, Alvo veio ver o tumulo de Aberforth. – Explicou.
- Quando Aberforth morreu?
- Ah, essa é uma pergunta que todos fizeram a si mesmos, bem inteligente Harry. Mas, por ter sido vizinho dos Dumbledores, junto com os Potters, sei bem o que houve com Aberforth. Ele morreu no inicio de agosto, foi assassinado, junto com todos de sua família.
- E quem o matou?
- Ninguém sabe, Harry, ninguém, nem mesmo eu. Não se sabe quem nem porque faria isso, Sinceramente, nunca entendi muito bem, Aberforth não era uma pessoa muito boa, às vezes, brigava com muitos da região, mas nunca foi capaz de fazer nada contra, então, podemos concluir que não foi por vingança.
- Como ele morreu?
- Uma faca, no peito, cheguei na casa e ele jorrava sangue, enquanto estava estendido no chão.
- E o senhor pensou na possibilidade dele ter se matado? – perguntou Hermione, agora, já concordando com a situação.
- Se matado? Por que Aberforth faria isso, ele tinha amigos, uma família. De onde tirou isso?
- Se você diz que ele é tão amado, por que alguém aqui o mataria? E uma faca? Se existisse um assassino, com certeza, não usaria uma faca.
- Todos ainda têm suas duvidas aqui, mas não seria bom, ficar pensando nisso. Agora, venham, só falta um quarteirão.
Aaron encerrou aquele assunto na mesma hora, Harry percebeu que ele era muito amigo de Aberforth, então, ele e Hermione resolverão encerra-lo também. Mal dava para ver a casa, estava cheia de neve, Aaron os guiou até a porta e a abriu. A casa era simples, mas bem arrumada Harry percebeu que a mulher de Aaron, Helena, estava vinda até eles.
- Aaron! Finalmente, achei que havia congelado no meio do caminho. – exclamou ela entrando na sala.
Helena era uma mulher pouco baixa, cabelos loiros, e vestia roupas parecidas com as da Sra. Weasley.
- Desculpem, mas demorei um pouco para acha-los, são bem silenciosos, e deslocam-se facilmente.
- Ah, certo, por que não se sentam, vou preparar um chá e chamarei a Maggie, ela ficaria entusiasmada em conhece-los. – indicou Helena.
- Ok.
Eles se sentaram, Harry viu quando Aaron retirou o casaco, colocou no armário e sentou-se na poltrona a frete deles.
- Bem, por onde começar? – disse Aaron para si mesmo, continuando a seguir. – talvez, seja melhor, de quando Lily e James vieram para Godric’s Hollows, não? Bem, eram tempos difíceis, quando os conheci, disseram que queriam protege-lo, mas não revelaram muito sobre suas vidas, eu apenas sentia que, Voldemort iria procura-los.
“James e Lily chegaram um pouco misteriosos, mas consegui entender bem, poucas pessoas os visitavam, geralmente, à noite. Pouco antes de 31 de agosto, os vi, pareciam mais preocupados que o normal, as janelas sempre fechadas, cortinas em todas as janelas, não saiam mais de casa e evitavam acender lareiras altas. Definitivamente, eles não eram mais os mesmos. Um dia, tomei coragem e fui até a casa, perguntar se precisavam de ajuda, acho, que eles confiavam um pouco em mim, se não, não me deixariam entrar.”
Ele parou por um momento, quando Helena estava andando com uma bandeja em direção a eles.
“Perguntei o que estava acontecendo, por que tanto medo, por que eles estavam tão nervosos, então, eles me disseram uma coisa, que eu nunca irei esquecer: ‘Os Longbotton, há dois dias foram torturados, ficaram loucos, não sabem quem são, e o filho deles, ficara com a avó, eu tenho certeza que algo muito ruim ira acontecer’”.
“Como foi difícil distinguir cada palavra, aquela frase ecoava na minha cabeça, até que recebi uma visita de um velho amigo”.
- Velho amigo? – perguntou Harry.
- Sim, mas quem, vocês terão que descobrir.
“Ele disse que estava arrependido, sim, ele havia sido um comensal da morte, mas, pela família, eu não acreditaria, porem, quando ele chegou, estava completamente machucado, tinha enfrentado muito, mas estava disposto, disse que eu era o único que ele podia confiar, havia duelado com os outros comensais, uma das suas primeiras palavras foram Bellatrix e medalhão”.
“Foi embora no meio de uma noite, pelo que sei, ele chegou perto, mas foi morto. E antes de ir, repetiu uma frase sete vezes para mim: ‘Não importa que lado você foi, você sempre pode seguir em outra direção, e fazer o certo’, era para eu falar a você, e deixou isso também – ele retirou um objeto do armário, estava enrolado em um pano velho e escuro. – disse que você saberia o que fazer”.
Aaron desenrolou o objeto, Harry o reconheceu, por que já havia a usado, era a espada da Grifinoria.
- Como? Eu usei a espada há cinco anos, em Hogwarts... – perguntou Harry confuso.
- Sim, usou, por isso também que Dumbledore fez uma visita a Godric’s hollows, veio devolver a espada, que havia pegado, emprestada. Agora, como ele mesmo disse, você deve leva-la e, assim que a guerra acabar, devolve-la a Hogwarts.
- Obrigado, por ter nos contado o que sabia, e por ter guardado a espada.
Quando Aaron ia responder, eles ouviram um barulho, era alguém descendo as escadas. De lá, saiu uma bonita menina, de cabelos loiros, como Helena, aparentemente, tinha a mesma idade de Gina.
- Ah, querida! Esta é Maggie, minha filha – disse Aaron.
- Ah, por Merlin! Você é mesmo Harry Potter! Não o via a dois anos.
- Dois anos?
- Sim, não vou a Hogwarts há dois anos, quando minha mãe descobriu que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado voltou, não me deixou voltar. – disse ela se aproximando – sempre tive curiosidade de saber como é sua cicatriz. – agora, Maggie já colocava a mão na cicatriz.
Harry percebeu que Gina quase retirara a varinha do bolso, porem, foi impedida por Rony e Hermione, que a levaram para fora. Ele voltou a olhar para Maggie, que agora, por um impulso que ele havia dado para trás, estava um pouco mais afastada.
- Sua amiga não parece ter gostado muito de mim, Weasley, se estou certa, não?
- Bem, eu acho melhor eu ir falar com ela.
- Por que? Ela ficara bem?
- Não, eu tenho que ir, e... Sem querer ser grosso, ela não é apenas minha amiga, é minha namorada. Obrigado. – disse Harry batendo a porta após sair.
Ele percebeu a cara assustada de Maggie quando ele disse que Gina era sua namorada, mas não se preocupou, Gina, Rony, Hermione e Dobby estavam sentados em um banco na frente da casa dos Grinswalds.
Gina parecia chorar, Hermione, consolava-a falando alguma coisa baixa, que, de onde Harry estava não conseguia ouvir. Rony e Dobby estavam sentados no mesmo banco, observando Hermione e Gina. Harry correu até eles, quando chegou próximo a Gina, deixou a espada cair no chão.
- Gina...
No inicio ela não respondeu, ele não sabia o que falar, então ouviu ela falar:
- Harry, eu te amo, e acho que isso eu nunca senti por ninguém, mas...
- Gina, por que tudo isso, eu te amo, e alias, eu nem conheço ela... É de você que eu gosto, e sempre vou gostar.
Gina, num impulso, abraçou Harry. Ele retribuiu com carinho e amor, até que seus lábios se tocaram novamente, num longo beijo.

Anos e anos se passaram, foi isso que Harry pensou, assim que ele e Gina se separaram, infelizmente, estava errado, continuara na frente da casa do Sr. Grinswald. Gina limpava as lagrimas escorrida no rosto.
- Harry, você não quer ir até a casa dos seus pais? – perguntou Gina com a voz ainda um pouco fraca.
- É exatamente o que eu quero fazer. – respondeu.
Harry sabia que a casa não era longe dali, afinal, o Sr Grinswald disse que foi vizinho dos Potters. Passaram-se duas casas para a direita e Harry sentia que não acharia fazendo aquele caminho. Passaram na frente da casa dele novamente, agora, Harry conseguia ver. A casa dos Potters havia sido abandonada, pelo menos, seu estado mostrava isso. Era uma casa velha, alem disso, mostrava que ninguém, nem mesmo o Sr Grinswald havia cuidado do gramado, nem da fachada da casa após a morte de Lily e James.
Era escura também, Harry deu poucos passos pelo gramado comprido e velho, até chegar a porta. Rodou a maçaneta da porta da sala, tinha quadros, dois sofás, uma mesa de centro, nada fora do comum para uma família bruxa, os quadros, mesmo velhos e alguns, caídos no chão ainda se mexiam, havia um em especial, que estava no chão, que Harry o segurou, sua imagem estava pouco apagada, mas ainda sim era visível, era Lily, James, harry, ainda bebe, e Sirius, todos ainda jovens, felizes. Harry o colocou na parede perto de outro que era como a foto que Sirius tinha dado a ele no quinto ano, era uma foto da Ordem da Fênix.
Percebeu, vagamente, que lagrimas escorriam pelo seu rosto, como poderia ter acontecido isso? Por que? Por que a profecia falara dele? E por que Neville? Ah, por que? Era apenas o que Harry pensava naquela hora. Rony, Hermione, Gina e Dobby entraram pouco depois dele, não falaram nada, não queriam estragar aquele momento, mas também não queriam que Harry sentisse como se estivesse sendo triste o momento.
As escadas rangiam quando Harry pisou no primeiro degrau e o pó cobria os passos escuros de Voldemort. A primeira porta, uma cama de casal, e paredes azuladas, como seria lindo se nada daquilo tivesse acontecido, como seria..., Pensava Harry, em um de seus delírios enquanto andava pelo quarto. A segunda porta, ainda dava para ver marcas de passos, de brigas, ou era a imaginação de Harry, que naqueles momentos via a cena com seus próprios olhos.
- Harry...Não acha melhor, não pensar nas lembranças tristes? Acho que essa casa deveria fazer você lembrar de seus pais e não como eles morreram. – disse Rony, andando até o amigo.
- Você está certo, Rony, mas...Não da para não pensar, que há 16 anos atrás, Voldemort veio até aqui e os matou. – concordou Harry. – agora, melhor irmos.
As lagrimas, ainda tomavam conta dos olhos de Harry quando ele desceu o ultimo degrau e saiu da casa, mas isso, ele não se preocupava, o que ecoava em sua mente era o porque, mas sabia que não iria conseguiria a resposta tão cedo. Dobby o olhava como se lamentasse muito, Rony e Hermione, que andavam lentamente, segurando a mão um o outro, não falavam nada e por instantes que Harry percebia que eles estavam observando-o, viravam e olhavam para o chão. Gina, que não tirava os olhos do chão, olhou para ele por alguns segundo e tentou manter um leve sorriso.
Harry aparatou com Gina até a casa dos Grangers; Rony, como Harry mesmo havia dito, antes de voltarem, achou melhor aparatar junto com Hermione, e Dobby chegou a seguir. Não foram muitas palavras antes das meninas irem deitar-se.
- Você esta bem? – perguntou Rony, sentando no sofá.
- Não sei bem, às vezes, penso que foi bom, por que isso me trouxe lembranças boas, mas, ao mesmo tempo ruins. – disse Harry. Ele fez uma pequena pausa, deu um suspiro lentamente, e continuou – Você deve me entender...Sabe o que é ficar feliz por ter boas lembranças, mas não poder controlar as más?
- Acho que sim, não exatamente, mas me senti assim quando os Dementadores estavam perto. Não sei se é o que você esta sentindo, mas acho pode ser parecido. – disse Rony bem pensativo.
- Estou preocupado, quero dizer, como podemos destruir a horcrux? Nem sei como posso seguir achar as outras.
- Mas nós podemos destruir o medalhão.
Sim, o medalhão. Harry pensava, não em como poderia destruí-lo, mas como reuniria forças para fazer isso. Por que não Rony? Por que não ele não poderia destruir a horcrux? Ah, Harry não agüentava tantas perguntas ecoando em sua mente, queria se livrar de mais um problema. Não sabia qual seria a reação de Rony, mas quando ele ia falar, Rony perguntou:
- Você acha que a Mione ainda se corresponde com o Krum?
- O que? – perguntou Harry não sabendo o que responder para o amigo.
- Acha que a Mio...- disse Rony novamente antes de ser interrompido por Harry.
- Não, eu entendi a pergunta, mas por que acha isso?- o interrompeu.
- Sei que não deveria, mas, de manha, eu achei uma carta dele na escrivaninha – disse apontando para a mesma que estava atrás do sofá que Harry estava. -, faz mais ou menos um mês que ele a escreveu. – ele parou por alguns momentos, Harry percebeu que ele estava prestes a derramar uma lagrima.
- Por que você não fala com a Mione, ela vai entender seus motivos.
- Eu não sei, é que, quando estou perto dela, eu não tenho mais a mesma coragem para perguntar isso. Acho que tenho medo da resposta, medo de perde-la.
- Rony, não vá começar a brigar com ela, por que ela te ama! E se não ficou claro nesses quatro meses, você esta virando um tapado.
- Ta bom, eu entendo e confio nela...
- Então por que a duvida?
- Por que eu não cofio no Krum, e se ele voltar?
- Ele vai continuar sendo um amigo para ela e nada mais que isso.
- Acha mesmo que eu devo perguntar para ela, sobre a carta?
- Se você ainda tem alguma duvida sobre o relacionamento dela com o Krum, sim.
- Ok, e...Falando sobre relacionamentos, pode ter certeza, que a Gina te ama.
- Sei disso.
A conversa de Harry e Rony parou por ai, Harry sabia que ele conseguiria resolver o assunto com Hermione, mas ainda nao entendia por que ele ainda tinha aquele ciúme do Krum. De manha, Harry sentiu alguém cutuca-lo, e Gina chama-lo:
- Harry, Harry, acorda!
- Gina? O que houve? – disse acordando e pagando os óculos.
- Um desastre, por que falou para o Rony perguntar a Mione sobre o Krum?
- O que ele perguntou a ela?
- Vamos, Levante, você vai falar com a Mione comigo.
Harry levantou-se, Gina, indicou o caminho até o quarto de Hermione. A garota, sem perceber que eles estavam do outro lado da porta, chorava sem parar, olhando para a janela. Harry e Gina bateram na porta, duas vezes, por que, na primeira, Hermione não os atendeu; deveria, pensou Harry, estar distraída.
- Hermione...Ahh...Harry quer falar com você. – disse Gina, num impulso, não sabendo direito o que falava.
Hermione virou-se para os dois, seus olhos estavam vermelhos e as lagrimas que escorriam em seu rosto não paravam. Harry caminhou até ela, sem saber direito o que falar, ele perguntou:
- O que ele falou para você?
- Ah Harry, foi terrível, ele perguntou sobre o Victor, não parava de perguntar, perguntava por que eu ainda me comunicava com ele. Então eu falei que ele não poderia mudar os meus sentimentos e...Ele acha que eu gosto do Victor, mais do que deveria. – quando Hermione finalizou a frase, ela voltou a olhar para a janela, Harry percebeu, que a janela dava para o jardim da casa, onde Rony sentara em cima de uma pedra.
- Hermione, então, por que não fala para ele?
- Ele não me escutaria, você sabe como ele é. Não entende que...Por mais que pareça, Victor não significa nada para mim, e por mais que ele seja cabeça dura, é ele que eu amo.
- Por isso mesmo, você sabe como ele é tão bem como nós dois. Não se convence facilmente. Por que você não coloca isso na cabeça dele, por mais que ele não queira ouvir?
- Ah é tão difícil, nunca achei que, no dia que realmente fossemos felizes, ele faria uma coisa dessas. Por causa desse ciúme, e por alguém que só é um amigo.
- Sabe, acho que, com você, já fiz minha parte, posso falar com ele, mas duvido que mude totalmente a mente dele. – finalizou Harry, levantando-se e saindo.
Harry deixou Hermione e Gina no quarto, Gina, acabara de abraçar a amiga, quando Harry saiu. Sabia que seria arriscado, mas foi em direção ao jardim.
- Não deveria estar aqui. – disse Rony quando Harry se aproximava.
- Sei que não, mas acha mesmo que eu não me arriscaria por dois amigos que precisam de ajuda? – perguntou ele.
- Infelizmente...
- Ela esta com os olhos vermelhos, de tanto chorar. Achei que você tivesse entendido o que eu falei.
- Como assim?
- Falei para perguntar a ela, sabe, gentilmente, se ela ainda se comunicava com o Krum, e não fazer tudo isso.
- Falando assim até parece que eu a azarei.
- Parece, sabe...
- O que você quer que eu faça? Só fiz uma pergunta a ela, fiz como você falou.
- Tem razão, deveria ter dado detalhes como: ande levemente até ela, seja carinhoso, segure firme na mão dela, e pergunte ‘você tem se correspondido com o Krum nesses últimos meses?’, era assim que você queria que eu falasse para você fazer?
- Não, mas...Sei lá!
- Ela te ama, você sabe disso, mas tenta enganar a si mesmo com essa historia de Krum. Não poderia ser um pouco mais criativo quando briga com ela? – Rony não respondeu, nem mexeu a cabeça, então, Harry voltou a perguntar: - Outra coisa, por acaso você chegou a abrir a carta?
- Não.
- Rony, você esta ficando louco! Como pergunta sobre uma carta se nem sabe o que ela diz? Acho melhor você pensar um pouco, talvez, saiba o que realmente fazer.
Harry saiu deixando Rony sentado na mesma pedra; esperaria até a noite, e lá, arranjaria um jeito de Rony e Hermione se entenderem de uma vez por todas, por mais que fosse difícil, prometeu a si mesmo que faria.
Apesar das lagrimas, de Rony e Hermione não se falarem a tarde toda e de Hermione chorar toda vez que cruzava com Rony, aquela tarde foi calma, e a noite, exatamente a meia noite, comemorariam o natal, sem Sirius, sem o Sr e a Sra Weasley e todos os outros, ficariam ali, apenas os cinco.
Era sete horas quando Harry avistou Rony no sofá, Harry havia acabado de voltar da cozinha, onde ajudava Hermione e Dobby e se agarrava com Gina.
- Eu te vejo mais tarde. – disse Harry a Gina, indo em direção a Rony.
Ao chegar lá, sentou-se ao lado do triste e solitário garoto.
- Podemos conversar lá fora?
Rony apenas concordou com a cabeça, os dois foram para o jardim, na mesma pedra que Harry deixara Rony há poucas horas.
- Sobre o que você quer falar? – perguntou Rony.
- Sobre o medalhão, você disse que tínhamos que destruí-lo – Disse Harry dando bastante ênfase em ‘tínhamos’. -, mas acho que não consigo fazer isso...
- Como assim Harry? – perguntou Rony confuso.
- Eu quero que você destrua. – respondeu Harry após um longo suspiro.
- Voc...Vo - você tem certeza?
- Sim, mas, Rony, saiba que você não é obrigado, não estou te obrigando...
- Não, eu vou fazer isso!
Harry estava confiante, pegou o medalhão que escondera em seu bolso, pegou a varinha e gritou ‘Accio Espada’, que veio rapidamente até ele.
- Rony, eu irei abrir o medalhão, e você ira apunhala-lo, ok?
Rony apenas fez um sinal com a cabeça, mas harry sabia que o amigo estava pronto.
Harry sussurrou algumas palavras na língua de cobra, achou, que por o medalhão ser da Sonserina, seria a forma mais fácil de abri-lo. Olhou para Rony assim que o medalhão se abriu, seus olhos o focavam parecia ver algo, quando Harry viu algo, uma luz forte, praticamente cegante atingiu a casa toda. Agora, com certeza, Hermione e Gina veriam, apesar de Harry não querer que isso acontecesse.
Harry olhou de volta para Rony, ele segurava a espada, pronto para apunhalar o medalhão, quando Harry viu algo joga-lo para trás. Repentinamente, apareceu uma imagem na sua frente, não achou que fosse real, mas, pelo menos, para Rony, era. Victor Krum estava como da ultima vez que eles o viram, após isso, foi o mais surpreendente, apareceu Hermione ao lado de Krum.
Rony largou a espada no chão, Harry sabia que ele estava meio chocado, então, gritou:
- Rony! Não acredite nisso, são apenas ilusões!
Rony nada vez, continuou vendo a cena que surgia na sua frente. Krum e Hermione [ilusão] estavam tão próximos, os olhos de Rony não o deixavam mentir, estavam vermelhos e ele derrubava lagrimas e mais lagrimas. Harry viu quando Hermione e Gina abriram a porta que dava para o jardim, as duas viram as cenas, que o medalhão propunha para Rony. Harry percebeu que o mesmo acontecia com Hermione, à garota agora estava com os olhos cheios de lagrimas.
Krum e Hermione [ilusão] aproximavam mais e mais a cada segundo, estavam próximos a se beijarem, seus lábios estavam quase se tocando, quando Hermione, que ainda permanecera na frente da porta com Gina, gritou:
- Rony!
O ruivo finalmente conseguiu olhar para ela, os dois ainda com os olhos e o rosto cobertos de lagrimas, ela disse:
- Eu te amo!
A cena toda se desmanchou num raio de luz prateada e forte, como a anterior. Rony abaixou-se e pegou a espada do chão, enquanto o medalhão tentava mostrar outra cena, que não foi possível, por que Rony o apunhalou antes que tentasse iludi-lo novamente. Rony caiu no chão, Harry largou o medalhão que estava perfurado com a espada no meio. Hermione correu até Rony e Gina até Harry. Rony continuava no chão, porem acordado, Hermione o abraçou quando ele tentava se levantar.
- Mione desculpe, eu não queria... – disse Rony, antes de ser interrompido.
- Não, eu deveria ter falado a você sobre as cartas do Victor. – interrompeu Hermione, ainda o abraçando.
- Eu te amo tanto.
- Eu também te amo.
Harry beijou Gina no mesmo momento que Rony beijou Hermione, não era bem assim que ele queria que eles se entendessem, mas daquela forma foi melhor, pensou ele, agora, aproveitaria o natal com seus amigos, e tentaria ficar feliz, por que sabia que nem Victor Krum nem Voldemort poderiam estragar seu natal, nem muito menos o amor que sentia por Gina, em Rony por Hermione.

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