Godric’s Hollows
As gotas de chuva corriam pelos vidros da janela, Harry via cada gota que seguia por seus olhos. A cena de Lucio atacando Narcisa, seu corpo estendido no chão, Draco chorando na frente de seu corpo repetiu-se varias vezes em sua cabeça. Naquela manha nublada, Harry demorou a se levantar, pensativo, ele não tirava a mente daquelas cenas. Pegou na bolsa de Hermione, que ficara em uma poltrona, o medalhão. Era escuro, com pedras de esmeralda marcando um “S”. Sabia que seria difícil destruí-lo, mas a raiva reinava em sua cabeça, como a esperança de destruir tudo aquilo.
Ao menos, conseguira ver o Sr. Weasley, quando iria sem atacado, mas, onde estava Voldemort? Por que ele mandara atacar o ministério e não estava lá? Perguntas, ainda sem respostas, era tudo o que Harry tinha na cabeça.
- Harry. – disse Gina descendo as escadas.
- Gina...
- Você esta bem?
Ele não respondeu, ela então, tornou a dizer:
- Ainda esta pensando na Narcisa? Sei que ontem você ficou pensando nisso.
- Mas, Gina, por que Lucio falou aquilo?
- Eu não sei, talvez...Harry você já pensou na possibilidade de Lucio querer colocar você contra Narcisa? Se ele quiser destruir o Draco, ele pode ser o filho, mas...
- Se ele foi capaz de fazer isso com Narcisa, pode fazer com Draco também. Gina, o Draco corre perigo, precisamos ajuda-lo. – concluiu Harry a Gina.
- Acha que Lucio seria capaz de matar o próprio filho? – perguntou Gina.
- Talvez, ou outro comensal. Eles não têm pena de ninguém, se forem mata-lo, farão isso o mais rápido possível.
- Como você conseguiu fazer a oclumência?
- Eu nem sei, apenas me concentrei, naquilo que queria ver e sentir acho que se tivesse aula com outro professor, menos nervoso, eu teria conseguido desde o quinto ano.
- Isso você tem razão. E...Acho que você quer saber como eu aprendi aquele feitiço.
- Não. Acredite, estamos melhores sem saber aquele feitiço, apesar dele ter ajudado.
- Desculpe. Sinto muito, eu não sabia como seria, foi num impulso, e-eu não sabia o que fazer foi o primeiro que veio na minha mente...
- Tudo, não precisa culpar a você mesma, eu também não sabia o que aconteceria com Draco quando o conjurei, e acredite, eu fiquei mais surpreso.
Gina derrubava algumas lagrimas, Harry sabia que ela se sentia culpada, mas não sabia realmente como reanima-la, então, a abraçou, ela retribuía.
- Não fique assim, triste. Vai tudo acabar bem, você vai ver. – disse ele tentando reanima-la.
- Promete?
- Sim, prometo, nunca vou deixar você se machucar. – agora ele direcionava seu rosto em direção ao dela, antes de beija-la, ele sussurrou: - Eu te amo.
Os dois se beijaram eternamente, nem notaram quando Rony e Hermione saíram da cozinha, que logo perceberam o beijo dos dois e voltaram para onde estavam.
Harry sabia que a melhor coisa que lhe acontecera fora conhecer os Weasleys, principalmente Rony e Gina, desde seu primeiro ano em Hogwarts.
Hogwarts era uma coisa que o preocupava muito, como os alunos estariam naquele momento? McGonagall? E os professores? Hagrid, seu grande amigo. Era difícil imaginar Hogwarts precisando de ajuda, sendo atacada, sem ele estar lá, para ajuda-los, para protege-los. E ainda havia os trouxas, se bem conhecesse Voldemort e os Comensais da Morte, eles não deixariam nenhum trouxa que cruzasse seu caminho vivo, e conhece-los era bem fácil, principalmente para quem já os enfrentou tantas vezes.
O que acontecera ao ministério? Quantos bruxos morreram? Alguém da Ordem da Fênix? Ou conhecido? Onde estaria Scrimgeour? Nunca mais tivera noticias dele, estaria morto, machucado, doente? Por que tantas perguntas viram em sua cabeça agora? Ele sabia bem a resposta, queria proteger Gina, Rony e Hermione, queria proteger todos a sua volta que merecessem.
O abraço apertado e apaixonado de Gina, seu perfume doce, seu amor. A mente de Harry voltou para o verdadeiro momento que passava. Por momentos, ou talvez minutos ou segundos, pensou que poderia ser um sonho, que acordaria na Toca, no dia do casamento de Gui e Fleur, ou talvez na manha que estivesse em Hogwarts, que sonhara com Régulos. Não, com certeza, não era um sonho, era mais que a realidade na mente e por aquele abraço, ele pode distinguir bem seus sentimentos. O que sentia por Gina, por Rony, por Hermione. E ainda mesmo por Draco, Snape e Voldemort.
Gina, com certeza era o maior amor que ele poderia encontrar, o que não conseguira achar em Cho, quando ela chorava pela morte de Ceddrico. Rony, sempre fora seu melhor amigo, mesmo com as brigas e desentendimentos, ele nunca conseguiu mudar esse sentimento, desde seu primeiro ano. Hermione, a mais inteligente e certa, sua primeira melhor amiga, ele sempre pode contar com ela, agora sabia, seu amor por Hermione era nada mais, nada menos que um grande amor fraternal, ela era como uma irmã, que ele nunca teve. Draco foi uma coisa mais estranha, no inicio sentiu raiva, ódio, mas agora, após a conversa com Narcisa, ele pode ver quem Draco realmente foi e é. Snape, naquele momento, foi o ódio, e durante todas as aulas de poções, defesa contra as artes das trevas e oclumência também; raiva e ódio eram duas palavras que definiam bem Snape para Harry, e tinha a imensa certeza que esse sentimento continuaria para sempre. Finalmente Voldemort. Não sabia definir bem, era como se todos os piores sentimentos tomassem conta dele ao mesmo tempo, após todas as mortes, tinha certeza, alguém teria que morrer, não importando se morresse junto, queria que esse alguém fosse Voldemort.
- Eu também te amo. – ouviu Gina sussurrar, coisa que o fez voltar definitivamente para onde estava.
- Harry!Harry!Harry!
Não era Gina que havia gritado, era Rony e Hermione, eles pararam, em frente aos dois, pareciam estar escondendo algo, ou alguém atrás.
- Harry tem alguém que veio te ver. – disse Hermione.
- O que? Quem? – perguntou Harry.
Rony e Hermione abriram espaço, a criatura deu dois passos à frente. Tinha duas orelhas grandes, olhos esbugalhados e verdes. Dobby mexia nas vestes e olhava timidamente.
- Dobby! – gritou Harry, surpreso porem feliz.
- Ah, mestre Harry, Dobby estava ansioso para reencontrar Harry Potter, mas digo que foi bem difícil achar a casa dos Grangers. Mas o Sr. Weasley ensinou o caminho, por sorte, Dobby conseguiu chegar a tempo. - explicou Dobby a ele.
- Dobby, você tem noticias do ministério, do que aconteceu após o ataque? – Perguntou Harry a ele.
- Ah foi horrível, em Hogwarts, não se fala em outra coisa, a não ser para onde vocês foram, ninguém conseguiu localizar a casa. Mas fora isso, só soube que McGonagall esta tendo muitos problemas.
- Dobby, você aceitaria fazer uma missão, para mim?
- Claro, Dobby adoraria voltar a participar de missões, principalmente para o bem de Harry potter.
- Ótimo, preciso que volte para Hogwarts, fale pessoalmente com McGonagall, com Neville e com Luna, preciso de noticias de todos, e o mais importante: tudo o que aconteceu em Hogwarts após a nossa saída.
- Certo, Dobby fará isso com imenso prazer e voltara o mais rápido possível com todas as informações.
O elfo não demorou a fazer um aceno com a mão e aparatou. Harry sabia que ele faria o serviço como ele mesmo falou, e viria o mais rápido o possível.
O resto da tarde foi calma, mesmo não falando quase nada, harry passou seus melhores momentos com Gina.À noite, quando Harry deitou-se sentiu sua cicatriz doer, porem, o sono foi mais forte, e o pesadelo também.
Nele, Harry não estava naquela mesma casa, mas estava em Hogwarts, em seu sexto ano, via a guerra, o ataque a Hogwarts, exatamente, no dia em que Dumbledore morreu.
Sentia uma dor ainda em sua cicatriz, era como se Voldemort quisesse controla-lo, de repente, tudo mudou, agora estava no Ministério, via o que acontecera, antes de sua volta, quando estava junto com Rony e Hermione na câmara.
Estava escuro, mal podia enxergar, mas via quando Bellatrix, Lucio e Barto chegaram.
- “Ora, não esperava encontra-los tão rápido e nem tão indefesos, parece que estamos com sorte hoje Bella” – disse Lucio entrando na sala.
- “Com toda a certeza, Lucio. Agora, por que perguntamos onde esta Potter acho que eles irão cooperar dessa vez, não?” – Concordou Bellatrix.
- “Ah, seria fascinante, Bella, por que não começa pela pequena Weasleysinha? Você teria o gosto de mata-la com suas próprias mãos”.
Bellatrix soltou um pequeno sorriso antes de se aproximar de Gina.
- “Nom! Nom faça isso!” – gritou Fleur.
- “Ah, à francesa esta querendo proteger a pobre Weasley? O que você faria contra mim?” – perguntou Bellatrix com um tom de superioridade para Fleur.
Harry percebeu que Gui ficara nervoso do modo que Bellatrix falava e referia-se a Fleur e Gina, que agora estava sendo puxada pelos longos cabelos ruivos por Bellatrix. Harry queria fazer algo, mas sabia que seria em vão, aquilo era um sonho, mas ainda era uma visão real.
Gui estava sendo ameaçado por Lucio e Barto, que tinham as varinhas firmemente apontada para Gui, Fleur e Percy.
- “Agora, como Lucio mesmo havia falado, terei o gosto de tortura-la e se tiverem sorte Weasleys, não veram sua irmã ficar louca, por que vou mata-la. Crucio!”. – gritou Bellatrix, com a varinha para Gina.
- “Não!” – Gritaram os três Weasley.
Gina gritava, enquanto Bellatrix gargalhava e segurava seus cabelos; Gui, Fleur e Percy gritavam para Bellatrix parar, chorando e vendo a Comensal torturar a irmã.
- “Não! Não façam nada a ela!”. – Gritou Percy.
- “Por que não faria Weasley? Seria até bom para que meu bom-humor volte, matar sua irmãzinha, seria ótimo” – Respondeu Bellatrix em uma de suas gargalhadas.
Harry agora reconhecia a cena, sua mente girou, sentia vontade de gritar; por que Gina não falara nada a ele?Por que tivera que descobrir da pior forma? Harry estava prestes a gritar, quando ouviu algo estremecer na sala. Acordou assustado, sentiu alguém bem leve, pisar em seus pés. O impulso por causa do pesadelo foi forte, ele então, se levantou, sentando no sofá, quase gritando.
- Dobby! – gritou Harry, cobrindo a boca para não acordar Rony.
Quem pisara em seus pés e pernas era Dobby, ele carregava umas seis cartas em uma das mãos e sua aparência não mudara nada.
- Dobby sente muito senhor, não queria assusta-lo. Mas precisava trazer as noticias o mais rápido o possível, e acredite senhor, elas não são nada boas para Harry Potter.
- O que como assim? – perguntou Harry pegando os óculos que estava na mesinha ao lado do sofá que dormia.
- Se descobrirem o esconderijo de Harry Potter, correra grande risco.
- Dobby, sem querer ser grosso, poderia falar mais baixo, não quero acordar o Rony, e sente-se.
- Ah, claro! E Harry Potter não é nada grosso com Dobby, obrigado. – agradeceu Dobby. – Mas, agora, Dobby trás boas e más noticias a Harry Potter.
- Boas e más? Quais são?
- Bem, Dobby queria que Harry Potter visse com os próprios olhos. – disse Dobby pegando uma das cartas. – Veja. – e lhe entregou a carta de McGonagall.
Harry abriu a carta rapidamente, que dizia:
“Harry,
Estou feliz por ter mandado o Elfo-Domestico Dobby para nos comunicarmos, as coisas não vão nada bem aqui em Hogwarts, pois, se ainda não sabe, coisa que tenho quase certeza, o Ministério da Magia foi tomado por Voldemort; e Hogwarts recebeu novos funcionários do Ministério.
Mas isso não tem sido pior, Scrimgeour esta desaparecido, não que no importássemos com ele, mas tenho certeza que ele esta prestando serviços a Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, - em outras palavras, Voldemort.
Antes do ataque ao Ministério, estive procurando mais coisas que Dumbledore havia deixado, suponho que saiba o tanto que eu sei sobre as Relíquias da Morte, em um pergaminho, Dumbledore dizia que, após sua morte, deixaria metade de seus bens materiais para você, e a outra metade, dividir-se-ia para o Sr. Ronald Weasley e Srta. Hermione Granger, como uma casa em um vilarejo Trouxa perto do Largo Grimmauld 12, porem, o que mais me chamou a atenção, e fez-me lembrar das Relíquias da Morte, foi que no testamento de Dumbledore, ele da bastante importância a espada de Griffindor, que deixara para você.
Espero que pense bem e chegue a um a conclusão de o porque Dumbledore teria deixado a espada para você e a casa para o Sr. Weasley e a Srta Granger.
Atenciosamente,
Minerva McGonagall “.
Harry olhou para a carta após lê-la completamente, ao final, teve vontade de rir, Dumbledore já avia descoberto o amor e a amizade eterna de Rony e Hermione antes mesmo deles próprios, e Harry possuindo a espada, seria mais fácil, poderia destruir o medalhao mais rapidamente. Por outro lado, ao inicio, tinha raiva, como Voldemort pôde controlar o Ministério? Agora, o mundo bruxo, harry tinha certeza, nunca mais seria o mesmo.
-Ah, Aqui esta outra carta, agora da Srta. Lovergood.
Harry pegou a outra carta, deixando a primeira em cima do lençol.
"Caro Harry,
Espero que esteja bem, tanta coisa aconteceu desde que você foi embora, que nem sei por onde começar.
Talvez, seja melhor, da noite que você saiu.
McGonagall mandou chamar todos da AD para uma pequena reunião, no meio da noite. Ela estava meio nervosa por vocês terem ido embora assim, tão depressa, mas todos já sabíamos que isso iria acontecer, de uma forma ou de outra, Mas explicou que tínhamos que estar atentos, principalmente por que podíamos duelar com comensais em algum ataque, e também, por que a guerra estava no seu auge.
A tal Lilá Brown não aceitou muito bem e os pais das gêmeas Patil praticamente as levaram arrastadas, basicamente, sobrou apenas cinco ou seis integrantes. Neville esta sendo um ótimo professor, ele aprendeu, muito com você e consegui convence-lo de passar isso adiante.
Após isso teve a saída de Lupim, ele era um ótimo professor, nos ajudou bastante com as aulas da AD., algumas era dadas por ele mesmo.
Hoje pela manha, quando recebi o Pasquim, junto com uma carta do meu pai, soube o que houve no Ministério, gostaria de estar ai e ajudar, mas Neville me convenceu que seria mais prudente ficar e lutar quando formos preciso aqui mesmo, nesses últimos dias nós temos ficado bem amigos.
Papai me contou que o Profeta Diário esta com muita influencia do Ministério, o Pasquim e todos os outros jornais e revistar foram retirados e milhares de bruxos estão fugindo.
Espero que tudo isso acabe logo.
Com carinho,
Luna Lovergood.
P.S.: Diga a Gina que estou com saudades.“.
- A Srta Lovergood mandou isso, - disse Dobby mostrando o Pasquim a Harry. – e aqui a carta do Sr Longbottom.
Harry olhou a capa do Pasquim, era uma foto do ministério e na manchete havia escrito: “Ataque ao ministério, aquele-que-não-deve-ser-nomeado volta ao controle”.Colocou o Pasquim em cima da carta de Luna e de McGonagall e abriu a carta de Neville.
“Harry,
Espero que você e os outros estejam bem depois de tudo o que aconteceu no Ministério.
Eu, a Luna e todos os outros alunos estamos sofrendo pequenos ataques dos novos professores, mas nada que não podemos controlar e cumprir detenções.
Mas, o que realmente esta acontecendo?
Entendo a situação, mas por que Voldemort quer controlar o Ministério? E o que Scrimgeour teria em troca de ajuda-lo?
Tenho pensado nisso o dia inteiro, mas não consigo chegar a nenhuma resposta concreta.
Obrigado por enviar noticias, isso me deixou mais calmo, apesar das duvidas.
Boa Sorte espero que nós nos encontremos logo.
Neville Longbottom”.
Sim, foi o que Harry pensou ao ler a ultima frase com clareza, ele esperava ver Neville, Luna e todos os outros logo. Ouviu Rony se mexer, murmurar alguma coisa que não conseguiu ouvir direito, voltou a olhar para Dobby e o Pasquim.
- Dobby, obrigado, mas poderia fazer mais um favor?
- Claro Mestre Dobby faria qualquer coisa.
- Você conseguiria levar nós quatro até Godric’s Hollows? - perguntou Harry claramente.
- Bem, Dobby nunca foi até o vilarejo antes, mas, seria um prazer. – Afirmou Dobby entusiasmado. – Mas, quando Mestre?
- À noite, quero fazer isso o mais rápido o possível.
- Certo.
Harry viu Rony abrir os olhos sonolentamente e ouviu passos descendo as escadas em seguida.
- Harry? Rony? Estão acordados? – perguntou Gina, descendo as escadas a frente de Hermione.
- Gina, Hermione.
Harry lembrou-se de seu pesadelo no mesmo momento em que viu Gina, em sua mente, ela estava sofrendo, gritando. Por alguns momentos, queria pergunta-la por que não havia dito nada para ele, mas perdeu as forças na hora, Gina estava na sua frente, alem disso, não queria preocupar Rony e Hermione.
- Ola Dobby, como vai? – perguntou Hermione sentando-se no sofá ao lado de Rony, que já havia se sentado assim que acordou, com os cabelos bagunçados pelo rosto.
- Ola, Srta Granger estou bem. – respondeu Dobby brevemente.
- Eu posso perguntar uma coisa? – perguntou Harry num impulso.
Todos viraram para Harry, até que Gina respondeu:
- Claro Harry, o que é?
- Não seria Godric’s Hollows, seria? – perguntou Rony já por cima de Gina. – Desculpe, não pude deixar de ouvir a conversa de vocês. – explicou-se timidamente.
- Tudo bem, mas, é por esse motivo mesmo. Queria saber se vocês estão dispostos a ir comigo mesmo. Hoje?
- Você está louco? – perguntou Rony.
Por alguns momentos, Harry achou que a resposta seria não, até rony terminar sua frase:
- É claro que nós vamos com você, nós dissemos, no ano passado e nesse também, nós nunca iremos te abandonar. – disse decididamente.
Aquilo foi o bastante para Hermione e Gina pirarem, Hermione andava de um lado para o outro pegando coisas e mais coisas, Gina, já tentava acalma-la, coisa que parecia impossível para ela, por sorte Rony conseguiu faze-la.
Sete, oito, nove; Harry contava os minutos até os segundos, estava inquieto, sentado perto de janela via os flocos de neve caírem, Logo, seria natal, pensou, mais quatro dias e por incrível que pareça não passaria seu natal na Toca, nem em Hogwarts, ficaria ali mesmo. Ao menos, tinha Rony, Hermione e Gina.
Nove, dez onze, estava quase na hora, mais um pouco, mais um pouco, pensava.
Onze, meia noite, meia noite e meia. Era a hora. Varinhas nas mãos, pouco de atenção e cuidado. Dobby aparatou primeiro com Harry e Rony, achava difícil aparatar com todos, em seguida, voltara com Hermione e Gina.
Godric’s Hollows, em uma colina, podia ver todo o vilarejo, as luzes acesas das casas, os postes de luzes, mal iluminavam o caminho de algumas ruas. Viu, perto de uma praça, que estava coberta de neve, uma placa, antes de um grande portão, estava escrito “Cemitério”.
O coração de Harry bateu mais forte, estava, a duas quadras do cemitério em que seus pais foram enterrados, e com certeza um pouco mais de onde eles foram mortos.
Hermione logo percebeu para onde Harry estava olhando e chamou a atenção de Gina e Rony.
- você quer mesmo fazer isso? – perguntou Rony, ao lado do amigo.
- Acho que sim, talvez, meus pais ficariam felizes, se eu fosse visitar seus túmulos, não ficariam? –respondeu Harry com poucas duvidas.
- Você ficaria feliz com isso?
- Eu não sei, talvez, sim ou não, mas...
- Seria a melhor coisa a fazer,não?! – interrompeu Hermione.
- Vamos. – disse Gina, indicando um caminho para descerem a colina.
OS cinco saíram em direção ao ministério, Godric’s Hollows deveria ser um local bonito ao dia, ou, talvez, quando Lily e James moraram ali. Era pouco difícil de andar com todas aquela neve, ele conseguia ver alguns enfeites de natal nas janelas das casas trouxas e bruxas também.
Viu alguns túmulos desconhecidos, na verdade, muitos, não conhecera ninguém que vivera em Godric’s Hollows. Durante a procura, viu, ao menos, pensou ele, um nome, pouco porem conhecido.
“Aberforth Dumbledore”
Harry conhecera aquele nome, era o irmão de Dumbledore, sabia, tinha certeza. Foi em segundos, não teve tempo nem ao menos de comentar quando ouviu Dobby gritar:
- Mestre, Dobby encontrou! Dobby encontrou!
Ele correu até o elfo, até ver os túmulos.
“Lily e James Potter”
- Ora, finalmente Sr. Potter.
Harry olhou para os lados, não havia ninguém la. Não era uma voz conhecida, ele olhara para os lados procurando alguém, até que viu, um homem aparentemente velho, a capa, qua cobria seu rosto, era escura, mas ainda sim, Harry pode perceber que seus cabelos eram totalmente brancos.
- Estava perdendo as esperanças, mas fico feliz que tenha vindo antes que acontecesse algo mais serio. Agora, deixe-me leva-los ate minha casa, eu lhes explicarei tudo.
Não sabia o que fazer, olhou para o homem, ele usava uma muleta para andar. Ma, por que ele estava ali bem na hora que Harry havia chegado? Por que ele os esperava? O que ele sabia? Olhou firmemente para os olhos dele, não parecia ser um comensal, nem querer ataca-los.
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