mais uma perda



Dois dias se passaram após o natal, Harry tentava, sem muito sucesso, dormir, eram mais ou menos duas horas e quinze da madrugada, virava-se de um lado para o outro, revirava-se. Finalmente, o sono foi mais forte, Harry mergulhou no mar profundo dos donos, não saberia nem onde nem em que iria cair.
Infelizmente, caiu em seu pior pesadelo, ah! Não conseguia nem ao menos reconhecer a casa em que estava! Era mais uma prisão, bastante parecida, na verdade, mas, poderia mesmo? Os corredores escuros e gelados revelaram algo a ele, realmente, não era uma casa.
- “Por favor, Milorde!”.
Harry voltou ao seu ponto de partida e olho pela fresta da porta a sala ao lado, onde se encontravam Voldemort, Régulos e outro homem, que de Harry chegar até ele, Gritou para Voldemort:
- “Milorde?...”.
- “Fique quieto, Alastor!”. – Gritou Voldemort de volta, antes que pudesse terminar sua frase.
Era Moody, Harry tinha certeza. Mas como fora preso por Voldemort? Por que Voldemort o mantinha ali? Antes que Harry pudesse chegar a uma conclusão, como sempre, acordou, ainda assustado, deu de cara com Rony.
- Você esta bem? – perguntou Rony ainda com cara de sono.
Antes mesmo que Harry pudesse responder sua cicatriz ferveu na testa, e junto veio à dor de perder alguém próximo, alguém que sempre o ajudou. Harry não poderia dizer que estava bem, a dor da cicatriz não o deixava falar nada, e mesmo que conseguisse, seria a maior mentira que contaria dizer que estava ‘bem’.
Sabia que a dor vinha daquele pesadelo, daquela visão horrível que tinha presenciado. Passara a mão em cima de sua cicatriz, que agora, já aliviara sua dor.
- Preciso falar com você. – disse Harry, finalmente, a Rony.
Harry reviveu a mesma cena, ao contar exatamente tudo a Rony, que ficou meio chocado.
- Você tem certeza? Quero dizer, tem mesmo certeza disso?
- Sim! Como eu poderia não ter certeza, eu vi...
- Sei disso, mas, Harry, e se for igual ao Sirius? Se realmente Moody não estiver preso junto com Régulos?
- Ele esta, eu sei! Sinto como se ele estivesse, mais até do que senti com Sirius!
- Você precisa falar isso para a Mione...
- Sim, tem razão.
Ele não falou muito mais naquele dia, nem com Gina, que tentava, sem muito sucesso descobrir o que ele tinha. Rony, que ficara quieto na poltrona, também achou melhor não revelar nada, mesmo Harry dizendo para si mesmo que não conseguiria falar tudo de novo para Hermione e Gina.
A tarde chegou, como Harry queria descobrir tudo, como queria...A casa dos Grangers, que por alguns dias foi o local para pesadelos, para ‘pequenas’ brigas, para reconciliações, agora era lugar perfeito para o mistério, que Hermione e Gina não conseguiam desvendar, que Harry tentava dizer que não era verdade para si mesmo e para Rony, que ainda não acreditara totalmente no que o amigo dissera e não sabia como ele poderia ter toda a certeza disso.
- Nós precisamos ajuda-lo. – disse Harry pela primeira vez após ver Hermione e Gina de manha.
- O que? – perguntou Hermione, ainda confusa com o que ele queria dizer.
- Acho melhor eu contar dessa vez. – falou Rony a Harry, que saiu, subindo as escadas.
Harry percebeu os olhares de Hermione e Gina quando ele subia e Rony não continuara. Quando chegou ao ultimo degrau, parou, quando ouviu Rony falar:
- “Harry teve um pesadelo... Nele, Moody está aprisionado, e pelo que ele me descreveu, esta em Azkaban...”.
- “O que? Você tem certeza?” – perguntou Gina, meio inquieta.
- “Sim, mesmo não querendo, acredito nele, quero dizer, ele consegue fazer a oclumência, não consegue? Então por que não conseguiria agora? Sei por que ele esta assim, por que ele pode encontrar Régulos, ele pode descobrir a verdade...” – explicou Rony.
- “Ele pode trazer Sirius de volta, Gina, e você sabe tanto quanto nós que esse é o maior desejo dele nesse momento” – concluiu Hermione para Gina.
- “Acha que nós podemos tentar?” – perguntou Gina.
Harry sentiu o impulso de falar, assim que Gina perguntou aquilo, descendo cada degrau da escada, falou:
- Sim, podemos.
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Estava tudo planeja, bem, quase tudo. Dessa vez, não poderia deixa, Gina teria que voltar com Dobby para a Toca. Harry arrumava algumas coisas em sua mochila, como a Capa de Invisibilidade, sua varinha, a Espada de Griffindor e o colar de sua mãe no pescoço. Pouco antes do pôr-do-sol, quando Hermione, Rony e Gina arrumavam suas coisas no andar de cima, Harry escrevia uma carta para o Sr. Weasley:

“Sr. Weasley
Há alguns dias, conseguimos a Espada de Griffindor e destruímos a Horcrux, que no caso, era o medalhão. Hoje, tive mais um pesadelo, agora tenho certeza que irei conseguir respostas mais concretas, mas existe um porem. Não quero que Gina fique tão exposta ao perigo, ela já enfrentou muito e isso eu não posso negar, mas não conseguiria coloca-la nessa faixa de perigo.
Espero sua resposta até o Pôr-do-sol.
Onde mandarei Gina com Dobby para a Toca.
Harry J. Potter”.

A carta foi mandado por Dobby, e, minutos depois, chegou com sua resposta:

“Harry,
Fico feliz que tenha conseguido, também acredito que Gina é uma ótima bruxa, mas, como você mesmo disse, ela não pode ficar tão exposta ao perigo.
Só espero que ela entenda que é para o próprio bem dela,
Molly estará esperando-os na Toca.
Arthur Weasley”.

Harry olhou para Dobby e o explicou exatamente tudo, mas antes, precisava conversar com Gina. Subiu a escada em direção ao quarto de Hermione, onde Gina, Hermione e Rony estavam:
- Posso falar com você? – perguntou a Gina.
- Claro, algo importante?
- Sim...
- Bem, melhor nós deixarmos vocês...Vamos Rony. – disse Hermione puxando Rony pelos braços e levando-o para o andar de baixo.
Harry viu a cara de impaciência de Gina quando Rony e Hermione saíram, ele não queria ficar longe dela, mas isso era a coisa mais certa a fazer.
- Gina, bem...Você sabe que isso vai ser perigoso... – disse Harry, tentando explicar ela.
- Harry; sinto muito, mas não me venha com essa historia de ‘que vai ser muito perigo’, eu posso ajudar!
- Sei disso, mas agora nós não podemos mais...
- Como assim? – perguntou ela, já não entendendo mais nada e com a voz meio fraca.
- Você ira voltar com Dobby para a Toca.
- Como assim? Não sabia que você já havia comunicado a todos... – disse com os olhos lacrimejando.
- Não Gina, eu enviei uma carta ao seu pai, ele também acha melhor você voltar...
- Eu vou te esperar...Mas me promete uma coisa? – perguntou já chorando e abraçando-o.
- Claro, o que?
- Na verdade são duas...Que não vai nunca mais me deixar...E que não vai deixar Rony e Hermione brigarem de novo...
- Eu prometo, e se eles brigarem d novo, não vai demorar nenhum minuto para voltarem a se beijar.
Eles abraçaram-se durante uns cinco minutos, cinco minutos que Harry tentou tirar seu maior proveito, abraçando ela.
Harry pegou a mochila de Gina e enlaçando sua cintura com o braço, os dois desceram. Rony e Hermione já deveriam achar que isso iria acontecer em algum momento, Hermione abraçou a amiga, quando ela e Harry desceram, Rony, fez o mesmo, e, falou algo no ouvido que nem Hermione nem Harry conseguiram ouvir, mas que fez a garota dar um leve sorriso ao irmão. Harry não sabia como se despedir dela, era mais forte que ele, queria abraça-la e beija-la, mas não podia, tinha que ser alguma coisa que fizesse ele se recordar dos bons dias que tivera com a garota, e não algo triste que se ele pensasse choraria até reencontra-la.
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Harry estava com Rony e Hermione, prontos para aparatar, ele colocou a capa de invisibilidade acima deles três, apesar de estarem bem crescidos, a capa ainda dava eles. Harry viu a grande torre, no Norte da ilha, poderia não seguir o plano, mas, sabia que precisava achar Moody e Régulos.
Olhou bem para Rony e Hermione, sabia que, desta vez, não poderia evitar, ficaria novamente, frente a frente com Voldemort, e não sabia se sairia de lá vivo ou morto, mas se morresse, Voldemort morreria junto.
Buscaria respostas, buscaria o que fosse preciso, destruiria todas as horcruxes, e, se fosse preciso, buscaria as Relíquias da Morte.
Rony e Hermione olhavam, para ele, esperando um mero sinal, que Harry Dara balançando a cabeça, indicando um ‘sim’. Eles andaram levemente estuporando, sempre silenciosamente, os quatro comensais que esperavam de guarda, na porta da Azkaban.
Longas escadas, vários degraus, ele continuavam a andar, até que, no terceiro andar, encontraram alguém.
- Ora, ora, Potter. Parece que sempre terei uma oportunidade de tortura-los, não?! – disse Bellatrix aproximando-se e rindo com um maléfico sorriso
Harry, Rony e Hermione ergueram as varinhas, apontando-a para Bellatrix.
- Parece que recebeu nosso recado, o Lorde das Trevas está os esperando, você principalmente. – continuou ela, referindo-se a Harry. – Avada Ke...
Não houve tempo o suficiente, nem mesmo de Bellatrix completar seu feitiço, quando Harry gritou:
- Estupefaça!
Bellatrix, como da vez anterior, foi lançada no ar, ela logo iria levantar-se, quando Harry, Rony e Hermione passavam por ela, Rony puxou a varinha e gritou:
- Petrificus totalus!
Harry viu os olhos de Bellatrix sentirem o choque, ela, novamente, caiu no chão, agora petrificada. Mais e mais degraus, eram apenas o que viam, tirando as celas vazias, Harry viu luzes do alto da torre, onde, com certeza, Voldemort estaria junto a Moody e Régulos.
Não foi muito fácil subir todos os degraus, e os três ainda encontraram vários comensais, um deles, ainda tentou ferir Hermione, mas foi paralisado e petrificado por Harry e Rony.
Finalmente, o ultimo degrau. Eles conseguiram ouvir vozes de Régulos e Voldemort, perto a discutir, Harry sentir a dor em sua cicatriz, o arder das chamas e o ódio de Voldemort juntos.
- Harry! – gritou Hermione o mais baixo que pode.
- Eu estou bem, temos que continuar vamos!
Não era possível, a dor foi tão forte quanto às detenções de Umbridge, até um pouco mais. Sentia Voldemort dentro de si mesmo, sentiu vontade até de apunhalar seu próprio peito, com a esperança que a dor passasse, por sorte, se controlou.
A fumaça negra foi até eles, cercando-os, apareceram sete Comensais, incluindo Bellatrix, Lucio, Bartô, e o comensal que havia atacado Hermione.
OS três ergueram as varinhas, prontos para atacar, ouviram vários feitiços jogados pelos comensais e gritaram:
- Impedimenta!
- Expelliarmus!
- Sectusempra!
O primeiro feitiço lançado por Hermione jogou Lucio no ar, e parte do feitiço dele [Crucio] fez ela cair no chão, perto de Rony. O segundo feitiço, que havia sido lançado por Rony mesmo, não chegou a desarmar Bartô, por que Rony errara a mira, mas bateu em um outro comensal, Rony logo jogou um petrificus totalus nele. O terceiro feitiço, agora, lançado por Harry, quase não bateu em Bellatrix, alem dela, outros dois comensais foram atingidos, deixando um longo corte em seus ombros e braços.
Harry olhou para os lados, só restava um comensal agora, não havia notado no inicio, mas, esse comensal fora bastante cruel por anos. Não usava mascara, como os outros, nem um capuz acompanhado de uma capa negra, usava as mesmas vestes negras e longas que Harry sempre o vira em Hogwarts.
Era Snape.
Não poderia negar, sentiu algo quando o viu, um aperto no peito, sentiu falta de alguém. Sim, era de Dumbledore, pensara por que tinha de morrer? Por que Snape tinha de mata-lo, agora, a hora que mais precisava, ele não estava ali.
Ouviu Snape falar algo, que Harry, ainda em estado de choque, não conseguiu descobrir o que era. Repentinamente, sua cabeça e tudo que via girou, estava em outro lugar, caído no chão, ouviu alguém cutucar e chamar:
- Filho, você esta bem?
Era Moody, ele não poderia acreditar, era Moody. Mas, onde estavam Rony e Hermione? Olhou de volta, estava em uma cela de Azkaban, sabia que estava, nela, só estavam ele, Moody e um homem, que nunca havia visto pessoalmente, apenas em sonhos, seus cabelos e os olhos, lembravam muito Sirius.
- Como está Harry? – perguntou Régulos, estendendo a mão para ajuda-lo a se levantar.
‘Poderia mesmo aceitar?’ Pensou Harry, ainda sentado. Régulos, que olhava para ele, voltou seu olhar para o chão, sem graça, voltou sua mão ao bolso das velhas e sujas vestes.
Régulos parecia bem mais velho que Sirius, talvez, seja porque não estava bem cuidado, e isso parecia a anos. Seu cabelo longo, ondulado e extremamente preto, como o de Sirius fazia Harry lembrar ainda mais do padrinho.
Moody, que também estava bastante sujo, murmurou para régulos, antes de estender a mão para Harry:
- Melhor eu fazer isso.
Harry ainda se sentia mal por causa do feitiço de Snape e também por causa da dor na cicatriz, que agora já aliviara, porem permanecia doendo.
- Harry acho que agora, é a hora de você saber a verdade sobre Régulos. – disse Moody.
- Eu sei a verdade sobre ele, sei mais do que pensam, mas...
- Você conseguiu não? Aaron o entregou a espada! – exclamou Régulos, interrompendo Harry, que virou para ele, e antes que pudesse dizer algo, ele continuou: - não sabe como estou feliz por isso...!
- Como sabe que conheci o Sr. Grinswald?
- Aaron, Aaron Grinswald! Só pode estar louco! Como não saberia se eu mesmo o pedi para entregar-lhe a espada, a espada de Griffindor! A mesma espada que VOCE usou para destruir o basilisco! Como não saberia se eu mesmo repeti a mesma frase sete, talvez oito vezes para que ele lhe desse o recado certo? – disse Régulos num tom meio ‘desafiante’ – como não saberia se eu, ou uma pequena parte de mim, está ligada ao medalhão!?
Régulos puxou a manga de sua veste, sua mão, como a de Rabicho, era feita inteiramente de prata, ele mexia a mão normalmente.
- Então...Era VOCE! Foi você quem esteve na casa do Sr. Grinswald, você deixou a espada! – afirmou Harry, Régulos apenas indicou sim com a cabeça. – mas por que? Por que queria tanto destruir a horcrux se já foi aliado de Voldemort?
- Agora você vai me ouvir Harry?
Ele não poderia negar, o fato de saber a historia completa de Régulos com certeza ajudaria.
- Sei, que você sabe muito sobre mim Harry, alias, quase tudo, pelo que eu consegui perceber, Monstro me jurou que não contaria, mas, é claro, ele tinha que revelar tudo a você, eu mesmo dei essa ordem...
- Monstro me disse que você foi um dos melhores mestres, e pediu para falar que sempre foi fiel ao seu segredo...
- Ah! Sei disso, ele sempre foi um elfo obediente, por mais que minha mãe o mal tratava, ele sempre a amou, amava seu jeito, não sei realmente como, minha mãe muitas vezes dava chiliques, fazia escânda-los. Quando Sirius resolveu sair de casa, ela queria mata-lo, não acredito que fosse capaz realmente, mas parecia. Quando ele finalmente não agüentou mais, ela o queimou da tapeçaria, nunca vou esquecer aquele dia, acho que Sirius ficou até feliz, por não fazer mais parte daquela família...- Régulos parou, percebeu que Harry havia ficado pouco triste por ele ter relembrado os tempos em que Sirius ainda vivera, então, continuou. – Você o ama não? Sei que ama...Harry, não se envergonhe de seu sentimento, nunca, jamais! Eu me envergonhei muito, tratava Sirius como um verme, um vagabundo; acho que ele sempre achou que eu era assim por que resolvi seguir o caminho de meus pais e havia me aliado a Voldemort, mas sempre, sempre o achei corajoso e valente, por desafiar nossos pais...
Harry não sabia o que falar sentia que Régulos estava sendo mais que verdadeiro, estava falando com o coração aberto. Não pensou muito, mas falou:
- Sirius se orgulharia de você...Pelo que esta fazendo...
Régulos soltou um breve sorriso antes de Harry perguntar:
- O que fez você mudar de idéia, sobre Voldemort?
- Não sei bem, talvez...Sirius, talvez, Andrômeda, talvez, o tempo, talvez, por que eu percebi que poderia me libertar de tudo aquilo, fazendo um pequeno gesto de amor...Mas já era tarde demais...Voldemort já havia mandado os comensais procurarem a profecia e matar qualquer um que tentasse impedi-los, não tive escolha...Fingi ser um bom comensal e seguir as ordens do mestre, mas eles descobriram, por que eu mesmo estava ligado as horcruxes, dei parte de mim por elas...
Harry sabia que, com certeza, estaria falando de seu braço.
“Dei parte de mim a elas, por que antes, de eu enxergar a verdade, era um dos servos mais dispostos e fieis a Voldemort, prometi esconder as horcruxes, deixando-as seguras, onde ninguém mais, nem mesmo Voldemort, saberia onde estariam, alem de mim”.
“Estava responsável por duas, realmente preciosas. O medalhão, e um outro objeto que, sinto estar muito perto. Eu havia escondido o medalhão na caverna, onde você e Dumbledore estavam, pouco depois, eu fiz uma copia exata dele, e troquei-o, fazendo Voldemort achar que seu precioso medalhão, e sua vida estavam seguros... bem, realmente estavam, até o meu encontro com Dumbledore e Moody”. Régulos olhou para o homem que estava de pé, atrás deles, mas ouvindo a conversa. “Eu perdi, sim, perdi o medalhão para o tolo ministro... após a saída de Dumbledore e Moody, eu estava perdido... Voldemort, assim que descobrisse meu plano, me mataria, isso, se eu conseguisse sobreviver, por que já havia sido atacado pelos comensais por estar ‘... conspirando contra Voldemort’, sim, foi essa, exatamente a palavra que Bellatrix me falou. Eles voltaram, agora com a ordem de me matar, pelo próprio Voldemort, não seria uma honra? Não, por que eu fui tolo! Por que acreditei, que mesmo que morresse, levar o medalhão comigo seria o plano perfeito! Seria recompensador matar uma das seis partes de Voldemort...”.
“Mal sabia eu, que aquilo não seria o bastante... Como alguns simples feitiços poderiam destruir uma horcrux? Eu não fui bem informado sobre elas, quando tinha a espada de Griffindor nas mãos, eu não o apunhalei...”.
- Régulos, obrigado...
- Por que Harry? Por ter fracassado...?
- Não, por ter tentado. Você é mais corajoso do que pensa ser...Você enfrentou comensais; enfrentou Voldemort; seus pais! Pode ter certeza, que assim que tudo acabar, você ira se sentir recompensado...
Mal Harry havia acabado de falar e ouviu gritos, de desespero, de dor, de ódio.
- “Vamos lá, fale agora tudo o que sabe sobre as horcruxes do Lorde das Trevas!” – gritou Bellatrix.
- “Na... não sabe... mos de... nada!” – Harry reconheceu rapidamente o grito, era Rony.
- “Não mesmo?! Talvez isso refresque sua memória, Crucio!” – gritou Bellatrix novamente.
Harry ouviu os gritou, mais que isso, sentiu-os. Os gritos de Rony, por causa da Maldição que Bellatrix havia jogado nele, e os de Hermione que implorava, gritando: “Não, Pare, por favor, pare!” E sentiu a mesma chorar.
- Como saímos daqui?! – gritou Harry para Moody e Régulos.
- Se você estiver com sorte, sua varinha está no seu bolso, certo? – perguntou Moody.
Harry vasculhou os dois bolsos da calça, por sorte, como Moody disse, ela estava lá. Pegou a varinha e, apontando-a para as grades da cela, e gritou:
- Bombarda Máxima!
As grades da cela que estavam explodiram rapidamente junto com o feitiço, e ainda saíram faíscas e um pequeno jato de fogo. Moody e Régulos saíram bem atrás de Harry, que corria pelo corredor imenso.
- Harry pare! – gritou Moody atrás do garoto. – você esta correndo para uma armadilha!
- Não! Eu tenho que ajuda-los! – Gritou Harry de volta. Seus olhos mostravam a dor, o medo de perder Rony e Hermione, não podia, tinha que ajuda-los, estava revivendo o momento em que pedia para Gina partir, voltar para a Toca. Queria mais do que nunca protege-la, mas não era nem capaz de proteger Rony e Hermione. Quando mais precisava, Moody o pedira para parar, não, não poderia, tinha que salva-los, nem que tivesse que se sacrificar.
- Deixe-me guia-lo, você não pode fazer isso, está indefeso, deixe-me chamar a Ordem...
- Não! Não posso perde-los!
Harry voltou a correr, seus olhos, como os de Hermione, estavam praticamente cheios de lagrimas; continuou a correr, não poderia deixar que algo de mal acontecesse com os dois. A varinha, que segurava fortemente a mão estava preparada, na verdade, ele estava mais do que preparado, estava disposto. Ouviu Moody gritar por ele umas três vezes, antes de correr em sua direção também, Régulos, Harry não havia se preocupado, não agora, ele estaria bem, e logo o reaveria.
- Tem certeza que vai se arriscar assim? – perguntou Moody, ao seu lado, pouco sem fôlego.
- Rony e Hermione já se arriscaram demais por mim, agora é a hora de eu fazer o mesmo por eles, não? – respondeu Harry, determinado.
Moody fez um pequeno gesto, indicando ‘vamos lá’. Os dois foram até uma pedra que conseguia cobrir os dois, para que não fossem vistos, de lá, podiam ver Bellatrix, com certeza, não conseguiriam atingi-la, por que estava se mexendo inquietamente, nem conseguiriam lançar um Expelliarmus, por que estava pouco longe naquele momento, então, Harry decidiu por si mesmo fazer as maneira mais difícil.
Bartô, que assistia tudo foi arremessado no ar com um estupefaça, Rodolfo, que estava bem mais preparado para qualquer ataque, duelava com Moody, assim que ele e Harry entraram. Conseguiu ouvir muito bem o grito que Bellatrix deu para ele, antes de desviar sua varinha, retirando a maldição sobre Rony.
- Desta vez você não vai me atrapalhar! Crucio!
- Impedimenta!
Não foi possível, a maldição de Bellatrix foi mais forte do que o feitiço de Harry. Ele caiu no chão, com a dor da cicatriz, que agora era mais intensa, ele viu tudo ficar escuro, não estava desmaiando, tudo lá estava escuro, harry gritava pela dor, Hermione corria até Rony, que continuara caído no chão, não conseguindo se mexer. Sabia que aquilo não seria boa coisa, algo estava para acontecer...
Viu Snape aparecer da nevoa escura que cobria azkaban, ele não estava sozinho, parecia que os Dementadores haviam voltado para Azkaban, ‘mas não para vigiar os preso’, pensou Harry. Muitos deles avançaram em Harry, ele continuara no chão, sua varinha havia caído no chão, quando Bellatrix jogou a maldição contra ele.
Tudo o que tinha de boas lembranças, foram apagadas, os dementadores sugavam tudo o que ele tinha de bom, seus momentos com Gina, seus maiores sonhos, seus risos, tudo, parecia estar acabando, logo fecharia os olhos, e daria a vitória a Voldemort.
‘Não!’, pensou ele, não poderia desistir assim, poderia? Lutaria até o fim. Mal dava para falar algo, mas parecia que Snape lia os pensamentos dele, deus três ou quatro passos e pegou a varinha de Harry. Moody, que presenciava tudo, não conseguia dizer nem fazer nada, estava sendo ameaçado por Rodolfo e Bartô.
Parecia que aquele momento era o mais esperado, principalmente pelos comensais, Voldemort aparatou, e da nevoa dava passos em direção a ele.
- Parem! Eu quero mata-lo! – ordenou Voldemort.
Os dementadores recuaram, dando espaço para Voldemort. Harry ainda estava indefeso, como poderia duelar com Voldemort? Como poderia ter alguma chance? Voldemort aproximava-se tão rápido, não teria tempo de fazer nada.
- Harry! Há quanto tempo! – Voldemort levantava a varinha, apontando para Harry. – Avada keda...!
Voldemort não chegou a completar sua frase, ouviu-se um estremecer em toda a torre, atrás dele, estava Régulos, a taça da Lufa-Lufa estava em suas mão, não como harry a conhecia, estava perfurada, e completamente arranhada; Régulos estava mais sujo do que antes, tinha arranhões pelo rosto e em suas vestes também. Ele deixou cair à taça, e falou:
- Finalmente algo que me orgulhe.
Voldemort virou a varinha para Régulos, com os olhos de raiva, ele voltou a gritar:
- Avada Kedavra!
Os olhos de Régulos pararam, acabara de receber o jato de luz verde. Ele caiu no chão, nunca mais acordaria novamente. Voldemort voltou seus olhos para Harry, que agora, gritara:
- Accio varinha!
Sua varinha veio rapidamente das mãos de Snape, para Harry, e ele voltou a gritar:
- Uediuósi!
Pedras que estavam próximas e mais alguns objetos foram arremessados rapidamente, descontroladamente, alguns comensais puxaram as varinhas, apontado-as para as pedras.
- Estupefaça! Expelliarmus! – continuou a gritar Harry.
Bartô e Rodolfo foram lançados para as paredes, Voldemort tentou ataca-lo, mas ele gritou:
- Expeliarmus!
- Avada kedavra! – gritou Voldemort junto com ele.
Um raio de Luz verde saiu da ponta da varinha de Voldemort, e um raio vermelho da varinha da Harry, como no cemitério, as duas varinhas criavam novamente aquele laço. Porem, Harry não poderia ver tudo aquilo de novo, não queria, já estava mal o suficiente, desviou sua varinha, levando seu corpo junto, caiu no chão. O feitiço de Voldemort atingiu outra pessoa, porem não foi forte o suficiente, Bellatrix foi até ele e gritou:
- Avada kedavra!
Seu olho ficou duro, feito pedra antes de se fechar, seu olho tonto virava de um lado para o outro inquieto, Rony e Hermione, que duelavam com Barto e Rodolfo não poderiam acreditar. Alastor Moody estava morto. ‘Por minha culpa’, pensou Harry ‘por minha culpa!’.
- Harry! – gritou Hermione enquanto Voldemort olhava para o corpo do Auror morto.
Hermione, por um segundo fez um sinal e aparatou junto com Rony que continuara fraco, Harry havia entendido o Sinal, passaram-se dois segundos que Moody havia morrido e Harry aparatou. Quando Voldemort iria ataca-lo, quando ele estava mais indefeso, Harry aparatou, fazendo Voldemort dar um grito de fúria, de raiva, de ódio.
Harry caiu no gramado dos Grangers, sua aparatação havia sido perfeita, mas, sentira que parte dele ficara em cada morto, em cada corpo que Voldemort havia matado, ou havia sido a causa de mortes.
Ele não conseguira fazer mais nada, apenas ajudara Hermione a trazer Rony para seu quarto. Ela também pedia a Harry que dormisse no quarto que Gina ocupava anteriormente, ele foi forçado a aceitar, não conseguiria voltar, estava muito cansado, Hermione dormiria no sofá, mesmo ele não querendo que a amiga fizesse aquilo.
Harry praticamente desmaiou na cama macia e quente, la, mergulhara em seus sonhos, sabia que não conseguiria esquecer, mas disse para si mesmo ‘Sirius se orgulharia deles, morreram sendo homens corajosos, e isso é o que mais importa’, agora ele dormiria, e faria silencio, Por Moody e por Régulos.

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