Teo Boot e Conversa com Luna
Capítulo 21
Teo Boot e a Conversa com Luna
Harry não conseguiu dormir bem mais uma noite, ele tivera um sonho esquisito com Alvo Dumbledore em um deserto, o velho homem parecia abatido e exausto quando de repente caíra no chão de areia desacordado o que fez Harry acordar assustado de madrugada.
Ele levantou-se e foi beber água da jarra na cabeceira de sua cama, foi até a janela e ficou observando a copa da floresta proibida, - chovia lá fora - se lembrou da madrugada há poucos dias onde ele e Neville foram pegos pela armação dos comensais da morte; era incrível como a semana parecia ter incrivelmente se prolongado e ter revelado tantas coisas ao garoto, ele descobrira que Draco Malfoy não odiava tanto ele assim, pois salvara sua vida e o visitara na ala hospitalar uma vez e descobrira que ele mesmo, Harry, já perdera boa parte do grande ódio que ele acumulara todos esses anos do garoto, mas boa parte dele mesmo ainda não sabia o porquê disso, por que Draco provara na escadaria de mármore no dia anterior que ele era o mesmo de sempre, talvez fosse isso – esses sonhos malditos estão confundindo minha cabeça droga! – pensou o garoto sentindo as pálpebras pesarem mal sabendo ele que isso era apenas o começo.
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Salão comunal da Sonserina...
— Esse arranhão no rosto ficou bem legal em você Draco. – riu Pansy Parkinson – O quê aconteceu?
O garoto loiro sentado na poltrona enquanto observava o nada em algum ponto fixo acordou:
— Um feitiço que deu errado. – respondeu o garoto disperso.
— Tem que tomar cuidado Draco, pode perder o rosto desse jeito. – caçou Goyle rindo grotescamente com Crabbe.
— Desde quando dei permissão para vocês falarem desse jeito de mim seus palermas? - disse Draco nervoso.
— Calma Draco, tô brincando é só isso. – respondeu Goyle sempre com medo de Draco.
Blás escrevendo em um pergaminho a um canto na mesa do salão riu alto.
— Ele está sempre assim agora desde que começou a detenção com Potter.
Draco se levantou e tentou não parecer nervoso.
— Blás passou a implicar que eu passei pro lado daquele sangue ruim imaginem. – riu desdenhando Draco.
— Mas a verdade é que você anda muito estranho desde que você começou a cumprir essa detenção eu mesma percebi. – disse Pansy.
Pansy Parkinson e Blás Zabini eram os únicos a enfrentar Draco Malfoy de igual pra igual na Sonserina, Pansy porque era mulher e Blás por que tinha um grande poder em suas mãos perante Draco.
— Quer saber de uma coisa, vou dormir.
— Boa noite Draco. – disse Pansy desconfiada.
Era verdade que Draco estava estranho desde que começara a cumprir detenção com Harry, mas havia mais coisas, além disso, havia sua mãe que não estava nada bem, havia ele e a missão que lhe fora confiada pelo ser das trevas, havia Harry.
O garoto chutou a mesa que havia na sacada da torre – poucos sabiam, mas a casa Sonserina começava abaixo em uma masmorra e terminava em uma alta torre da ala oposta a da Grifinória – por que Draco tinha esse garoto na cabeça por que não podia simplesmente mata-lo como lhe fora ordenado por que ele não conseguia, era a função dele deixar Harry sufocar com aquele veneno, mas ele fora fraco e não conseguira ser o forte o bastante para ver seu maior inimigo morrer o que lhe resultara uma grande marca no rosto, castigo de Voldemort que alertou que se ele não cumprisse novamente suas funções sua mãe morreria, o garoto deitou na cama sentindo sua vida toda ser uma grande mentira e todos os seus valores terem perdido o sentido.
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Harry acordou atrasado para a seleção dos jogadores que seria a uma da tarde, ele se vestiu correndo passou pelo salão principal tomou um pouco de leite com torradas e foi correndo para o campo de Quadribol.
— Desculpa o atraso George, Fred.
Os gêmeos sérios olharam dos pés a cabeça do garoto e sorriram:
— Não esquenta falta ainda duas pessoas que se candidataram chegar.
Harry olhou para os candidatos havia um garoto loiro da Grifinória segundanista, havia dois grandalhões do sétimo ano e havia Denis e Colin Creevey agora terceiranista e quintanista respectivamente, havia Lilá Brown mais envergonhada do que o normal, Dino e Simas e faltavam dois candidatos que Harry concluiu ser Gina e Neville e que ao olhar para trás Harry viu apenas a garota ruiva correndo até o grupo.
— Cadê o Neville, Gina? – perguntou Fred.
— Ele ficou doente desistiu da vaga e pediu para avisar a vocês. – mentiu a garota habilmente.
— Bom já que todos estão aqui não podemos mais perder tempo, eu quero que se forme uma fila com duplas e depois dois de cada vez tentem acertar a goles no gol exceto você Gina que fará par com alguém após as duplas terem jogado. Como nosso goleiro oficial está contundido eu farei a defesa, portanto ao meu apito quero que uma dupla suba no ar de cada vez e tente acertar o melhor de dez e depois suba a próxima dupla e assim respectivamente. – disse George.
Todos afirmaram positivamente e assim começou a seleção Harry, Fred e Kate abaixo observavam os candidatos enquanto jogavam na garoa fina que caia sobre o campo e George agarrava a goles, a primeira dupla foram os irmãos Creevey péssimos por sinal, sabiam voar bem em suas vassouras, mas eram péssimos atiradores, especialidade do cargo, foi o que disse George ao dispensar os garotos com educação. Após eles foram os grandalhões do sétimo ano que não conseguiam sequer uma estabilidade na vassoura devido ao peso e também foram desclassificados por isso. Depois foi a vez do garoto loiro junto a Lilá, o garoto loiro atirava a goles muito bem, mas foi acertado por um balaço que Fred jogou quando foi chamado por seu irmão para ajudar e o garotinho loiro não conseguia se desviar de nenhum – sendo desclassificado – já Lilá era boa jogadora se desviou de todos os balaços e conseguiu acertar ótimos gols sendo ela a acompanhante de Gina no último grupo, após eles foram Dino e Simas dois brincalhões que se ocuparam mais de brincar com George do que jogar sério sendo desclassificados e por último foi Gina e Lilá que obviamente ganhariam os cargos, Gina por sua vez derrotou Fred e George no balaço e goleiro respectivamente com facilidade e Lilá também foi uma ótima jogadora encerrando a seleção para o julgamento dos jogadores oficiais.
— Gina está dentro – disse Kate – ela acabou com vocês, ela é bem melhor artilheira do que apanhadora com certeza.
— Certo também achei. – disse Harry.
— Está bem – concordou George – mas foi pura sorte dela.
Todos riram.
— Quanto a Lilá...
Harry olhou para uma arquibancada e na lateral dela viu um garoto desconhecido, era loiro, alto e segurava uma vassoura parecia ser... Ele se escondeu quando Harry o olhou, o garoto saiu da seleção e foi ver quem era o rapaz coberto de curiosidade.
— Hei Harry aonde você vai? – perguntou Fred.
— Espera um minuto eu já volto. – disse o garoto chegando até o lugar onde antes estava o outro agora vazio.
Harry olhou para todos os lados, mas não viu ninguém e quando ia dar meia volta sentiu uma mão em seu ombro.
Ele virou-se e empunhou a varinha apontando para o peito do garoto que apareceu do nada.
— Calma, não vou te machucar.
— Quem é você? – perguntou Harry abaixando a varinha – Você me deu um baita susto.
Os garotos do time ainda conversavam sobre a escolha dos jogadores do outro lado do campo.
— Meu nome é Teo Boot.
— O que estava fazendo aqui, você queria participar da seleção? – perguntou Harry olhando a vassoura Nimbus 2000 do garoto.
— Na verdade, sim eu queria, mas eu cheguei mais cedo e conversei com os capitães do time e eles me disseram que eu não podia participar.
— Por quê? O Fred e o George são tão legais. – disse Harry.
O garoto loiro muito simpático reparou Harry mostrou a ele o distintivo de sua casa e Harry viu o brasão da casa Corvinal.
— É claro que você não pode concorrer você é de outra casa, isso não é permitido se eu não me engano, ou é?
O garoto baixou os olhos, triste e se virou para ir embora.
— É permitido, mas nunca vão me aceitar por que sou de outra casa deixa pra lá.
Harry se sentindo culpado pela grosseria disse:
— Calma aí, desculpa não quis ser grosseiro.
O garoto olhou para Harry.
— A culpa não é sua, é muito raro alguém aceitar um jogador de quadribol de outra casa não culpo você por isso.
— Mas então porque você não joga pela sua casa? – perguntou Harry.
— É uma história muito longa, na minha casa já fiz vários testes e ninguém me deixa jogar mesmo que eu faça dez gols em poucos minutos na verdade eles não querem um jogador bom, eles querem alguém que não seja...
— Dez gols em poucos minutos, uau! Calma aí eu vou conversar com eles.
— Não, deixa pra lá...
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— E aí Harry o que foi que aconteceu? – perguntou George – Nós queremos saber sua opinião sobre a Lilá.
— Esquece a Lilá, George, por que você não deixou o Teo fazer parte do teste?
— Ah é isso, então ele te chamou. – disse Fred.
— Não ele não me chamou, eu o vi ali na arquibancada e fui ver quem era, mas vocês não deram nem uma oportunidade pra ele.
— Cara ele é um traidor, está querendo jogar por outro time que não pertence à casa dele, sabe o que isso se chama?
— Não. – respondeu Harry.
— Traidor! Isso não acontece raramente o último que jogou no time de outra casa foi apedrejado.
— Mas Fred isso aconteceu há séculos. – disse Gina – podia dar uma chance pra ele mostrar o jogo dele.
— Não se mete Gina.
— Hei calma, aí Fred – disse Harry – ela só estava querendo ajudar.
— Deixa pra lá Harry, eles nunca vão me escutar. – disse a garota.
— Ele disse que os jogadores da casa dele nunca o deixam jogar, não é esquisito um jogador que se diz tão bom ser rejeitado tantas vezes, vamos ver o que ele pode fazer. – argumentou Harry.
— E você acreditou que ele faz dez gols em poucos minutos, Harry, esse garoto é encrenca.
— Se nós não vermos o jogo dele, não vamos saber. – disse Harry.
— É verdade, vamos dar uma chance. – disse Kate.
— Mas...
— Mas o que George? – perguntou Kate.
— Está bem, mas tenho certeza de que ele não é só um traidor, ele é uma farsa também e não joga nada.
Harry foi até o garoto e o chamou, Teo se aproximou do time.
— Bom estamos fazendo uma loucura em deixar você participar desse teste, mas tudo bem vai lá e mostra o que você sabe fazer. – disse Fred.
Após alguns minutos e ao mostrar o que ele sabia Fred já estava cansado de tanto tentar acertar balaços inutilmente e ele estava dando tudo de si. George já não agüentava comer tanta poeira das goles que entravam no gol sem que ele sequer pudesse fazer nada.
— Você é decididamente fantástico acertou vinte e oito bolas em cinco minutos! – disse Kate quando o garoto desceu.
— Sem dúvida. – disse Lilá paquerando o garoto, que não era nada feio com seu par de olhos azuis.
— Parabéns cara, você realmente tem muito talento. – disse Harry apertando a mão do garoto.
— É verdade, tenho certeza de que irão escolher você. – disse Gina.
Fred e George se reuniram há um canto e conversaram entre eles, após alguns minutos eles chegaram a uma conclusão.
— Gina você é a escolhida para a primeira vaga de artilheira – a garota pulou comemorando – quanto a vocês dois – disse George se referindo a Lilá e Teo - eu e Fred decidimos que iremos pensar sobre o assunto e conversar com o nosso goleiro oficial e na segunda-feira informaremos quem é o melhor para a vaga.
O garoto da Corvinal agradeceu a todos se despediu e foi embora com pressa.
Harry cansado voltou para Grifinória com o time para comemorar a escolha de Gina.
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— Eu avisei que não ia dar certo Hermione. – disse Neville no salão comunal conversando a um canto com a garota.
— Isso foi efeito da segunda parte da transformação, você sabia que poderia acontecer, mas não se preocupe logo isso desaparece é questão de horas.
A garota cobria com bandagens uma parte do braço do garoto onde residia uma pelugem dourada, brilhante e espessa.
— Eu perdi a vaga no time por causa disso – disse Neville ajudando-a cortar pedaços de bandagens – e isso coça pra caramba.
— Para de se mexer Neville senão não dá pra eu terminar de arrumar isso!
O quadro da mulher gorda se abriu e por ele entraram Harry, Fred, George, Kate Bell (dá qual Hermione procurou desviar o olhar), Gina e Lilá.
— E aí como foi? – perguntou Hermione quando Harry se sentou ao lado dela, que estava terminando de fazer o curativo em Neville – escolheram Gina como artilheira?
O garoto confirmou com a cabeça e perguntou:
— O que aconteceu com o braço de Neville?
— Ele se machucou, mas por que você está com essa cara, a seleção não foi legal?
— Foi – respondeu o garoto cabisbaixo – mas aconteceu algo diferente que nunca pensei que fosse acontecer.
— O quê? – perguntou Neville.
— Ah, um garoto da Corvinal se candidatou à vaga de artilheiro.
— O quê! Um garoto da Corvinal, os garotos não o deixaram participar, deixaram? – perguntou Neville enquanto coçava o braço incomodado.
— Tem alguma coisa de errado nisso? – indagou Hermione - Eu nem sabia que se pode participar da seleção jogadores de outra casa.
— Claro Mione isso é traição a casa, o ultimo jogador que fez isso foi apedrejado.
— Foi o que Fred disse por isso os capitães não quiseram deixar o garoto participar, mas aí eu e o time os convencemos e ele pode participar da seleção, você tinha que ver Neville ele conseguiu acertar vinte oito goles no gol em cinco minutos.
— Uau sério, mas acho que isso vai trazer problemas, eles não escolheram esse cara pra artilheiro, escolheram?
— Ainda não.
— Então por que você está com essa cara ainda tem esperança eu tenho certeza de que o George e o Fred não vão deixar esse cara jogar. – riu Neville.
— O problema não é o deixar jogar Neville – disse Harry – eu quero que ele jogue – Neville fez cara de espanto – o garoto foi tão injustiçado na Corvinal e ele joga bem pra caramba e mesmo Fred e George vendo isso, pela conversa que ouvi no corredor eles pretendem deixar a Lilá concorrente dele jogar no time mesmo que ela não jogue Quadribol nem perto de quanto o Teo joga.
— Teo? Teo Boot da Corvinal? – perguntou Neville rezando em pensamento pra que Harry respondesse que não.
— É ele mesmo, ele me disse que a Corvinal o reprovam sempre que ele participa das seleções e nem eu se fosse capitão ia desprezar um jogador tão fera que nem ele.
— Mas Harry, o Fred e o George não fazem isso só por que ele é da Corvinal, fazem isso por que colocar ele no time poderia sujar o nome da Grifinória.
— Por que sujaria Neville? – perguntou Hermione – Só por que estamos fazendo o que sempre Dumbledore nos pediu pra fazer, promover união entre as casas, ah eu acho é bom que George e Fred escolham esse garoto pra jogar senão eu é que vou ficar com raiva. – disse a garota indo cumprimentar Gina que se reunira ao grupo.
— Eu também acho isso, a Lilá joga muito bem, mas eu acho que nem de longe ela vai querer quebrar as unhas dela pra atirar goles no gol, ela mesma estava reclamando disso pra mim. – disse Gina.
— Gente vocês querem saber a verdade? – disse Neville – há uns anos atrás no nosso terceiro ano se não me engano toda a escola estava comentando que viram Teo Bott da Corvinal beijando um garoto da Sonserina e é por isso que Fred e George não devem ter gostado muito da idéia entende, esse tal de Teo é ignorado pelo time da Corvinal por que ele é gay.
— Sério? – perguntou Hermione um pouco pasma.
Gina também se sentiu assim.
Harry tentou analisar a situação, mas nada lhe veio na cabeça, não fazia sentido julgarem mal o garoto simplesmente por que ele era diferente dos outros e isso não afetaria nada no modo dele jogar em campo, aliás, foi preciso dizer a Harry isso para que ele percebesse que o garoto era gay, pois se não o dissessem ele nem perceberia.
— Bom isso não muda nada, não é justo julgarem ele por algo que nem interfere na posição de jogador de Quadribol e, aliás, o que ele faz da vida dele é um problema dele, se não acha Neville? – perguntou Hermione.
— Também concordo. – disse Gina.
— Eu também acho isso Hermione, mas infelizmente não são todos que pensam como nós. Vê a atitude da Corvinal ouvi falar que ele nem tem amigos lá por causa disso e por mim só espero que não aja briga entre a Corvinal e a Grifinória por que se isso acontecer à coisa vai ficar feia pro “coitado” que vive lá.
— Bom eu quero que ele seja escolhido. – disse Hermione.
— Vai dizer isso para o Fred e o George e o Rony também, nós passamos na enfermaria pra saber a opinião dele e ele quase faltou ter um sufocamento quando dissemos que um garoto da Corvinal quer entrar no time principalmente quando dissemos o nome do jogador, acho que ele sabia do Teo.
— O Rony é um “cabeça-dura” e um idiota, nem vale a pena escutar o que ele fala. – disse Hermione.
— Pega leve Hermione, tudo bem que meu irmão é um bobão, mas não precisa pegar tão pesado. – disse Gina.
— Vai dizer isso pra Kate Bell, Gina. – disse a garota se levantando e indo pra o dormitório das garotas trombando com a garota sem querer ao passar.
— Bom eu vou dormir um pouco, estou cansado depois eu converso isso com o Fred e o George. – disse Harry.
— O que a Mione tem? – perguntou Gina.
— Vai lá ver ela, ela não está bem. – disse Harry antes de subir.
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Harry se deitou na cama e apagou antes que sequer pensasse direito no que estava fazendo de tanto que era o sono, ele se sentia um pouco mais quente que o normal como se estivesse febril.
Por mais incrível que fosse o garoto acordou só no outro dia e sentiu-se muito mais cansado do que quando estava antes de dormir, ele tivera um sonho esquisito novamente com Malfoy a perturbar seus sonhos, o rapaz loiro estava na chuva sozinho e quando Harry se aproxima dele um buraco negro se abria aos pés de Draco e sugava o garoto que Harry tornava a procurar e quando o encontrava acontecia novamente a mesma coisa.
— Bom dia. – disse ele para Hermione no café da manhã.
— Bom dia, você dormiu bastante hein, se esqueceu que temos trabalho da Mcgonagall pra fazer.
— Ah eu já fiz o trabalho. – disse ele se sentando.
— Nossa você está com uma cara péssima. – disse Gina se sentando ao lado dele.
— Já foi visitar o Rony, Hermione? – perguntou Harry a garota que fingiu não escutar.
Gina sussurrou no ouvido dele.
— Ela me contou o que aconteceu, agora deu pra ignorar quem fala no nome dele, ela está de péssimo humor toma cuidado.
Hermione que escutou ia revidar quando alguém as costas deles.
— Olá! – disseram Fred e George.
— Harry – disse Fred – nós estávamos pensando e iremos escolher a Lilá para artilheira, afinal todas as artilheiras do time eram garotas e não queremos mudar isso, acho que nos traz sorte, e não queremos problemas com relação a nossa casa se escolhermos aquele cara da Corvinal.
O garoto já irritado com o assunto revidou:
— Neville me contou por que vocês não querem que o Teo faça parte do time.
— Não há nada demais, nós já dissemos por que não o queremos no time, é por causa da traição.
— Sei – disse Hermione - então o fato dele ser gay não implicou no caráter de escolha de vocês, não é Fred? – perguntou a garota azeda.
— Hermione não se mete! – retrucou o garoto – Tenho certeza de que Harry irá concordar com a gente.
— Ótimo, lá vem à pretensão Weasley que sabe de tudo. – disse a garota.
— Não falei que ela está de mau humor. – disse Gina a Harry.
— Hermione você nem faz parte do time, que coisa é essa de se meter agora quando você antes nunca opinou.
A garota se calou e baixou os olhos ofendida.
— Harry o que você acha? – perguntou o gêmeo.
— Quer saber o que eu acho – respondeu o garoto – eu acho toda essa história uma idiotice, não sei por que vocês insistem em desprezar um cara que joga tão bem só por que ele não é igual a nós ou sei lá o quê.
— Mas cara, o que vão falar do time se nós escolhermos um gay. – disse George tentando ponderar a situação sem sucesso.
— Dane-se o que vão falar do time! O cara é um jogador que poderia no trazer a taça e, além disso, não me importo se ele gosta de homens ou não, pessoal isso é uma injustiça vocês gostariam que fizessem isso a vocês se vocês fossem diferentes?
— É verdade, eu estou com o Harry. – disse Gina.
— Ele não é normal e nós não somos gays. – disse Fred batendo com a mão na mesa.
Foi o que faltava para Harry.
— E o que é normal pra você Fred, ficar saindo com várias garotas ao mesmo tempo e depois dizer mentiras a elas pra que elas não fiquem no seu pé, é isso, por que se for eu não entendo mais o que é ser normal. – disse o garoto elevando a voz.
— Harry ele beija caras, é nojento!
— Esquece, quer saber se vocês são tão auto-suficientes assim, que joguem sozinhos contra a Sonserina por que eu tô fora do time. – disse o garoto jogando o guardanapo na mesa e saindo do salão.
— O que foi que deu nele? – perguntou Fred.
— Pode deixar, eu converso com ele. – disse Hermione se levantando e indo atrás do garoto.
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Harry ao ver Hermione se levantar se apressou em se esconder atrás de uma armadura no saguão principal; a garota pensando que ele fora para a torre da Grifinória subiu batido e ele saiu de trás do artigo.
— Pensou mesmo que poderia se esconder dela Harry, uma hora ela vai te encontrar.
O garoto levou um susto ao ouvir a voz de alguém as suas costas.
— Luna é você. – disse o garoto com desânimo e raiva misturados em seu peito.
— É Harry sou eu, todo mundo está percebendo como você está estranho, você não acha que já não está na hora de contar a ela.
— Contar o quê? – disse o garoto se sobressaltando.
— Que você gosta dela oras. – respondeu a garota como se isso fosse à coisa mais trivial para se falar.
— Ah isso – disse o garoto que se sentia tão nervoso a ponto de sequer prestar atenção em Luna.
— Você quer conversar sobre o que está acontecendo? – perguntou a garota.
— Não, não quero. – respondeu ele com a cabeça baixa.
— Tá bom então a gente se vê, tchau. – disse ela se virando.
— Luna! – chamou o garoto – tudo bem.
Ela voltou e sentou ao lado dele.
— É a Hermione a causa do seu nervosismo, não é?
— Talvez, não sei. – respondeu ele.
— Bom é só dizer a ela que gosta dela e está pronto! Ela vai se decidir se quer ficar com você ou com o Ronald, mas creio que por agora você está levando vantagem nisso tudo.
— Você sabe? – perguntou Harry surpreso.
A garota confirmou com a cabeça.
— Talvez seja Hermione, mas na verdade tem algo me incomodando há uns dias e não sai da minha cabeça.
— O que é?
— Malfoy. – respondeu Harry corando.
— Draco Malfoy? – perguntou a garota levemente surpresa – O loiro malvado da Sonserina que faz detenção com você?
— Ele mesmo. – respondeu Harry rindo.
— Hermione me falou o quanto vocês se odeiam, mas você tem que pensar que logo a detenção vai acabar e você vai estar livre dele.
— Não, não é isso, é que ele salvou a minha vida esses dias.
— Ah entendo. – responde a garota.
Fez-se silêncio.
— Vamos sair daqui, daqui a pouco o café vai acabar e eu não queria ver o Fred e o George agora.
— Tudo bem. – respondeu Luna pegando sua mochila e acompanhando o garoto para fora do castelo.
Os dois foram caminhar perto do lago e observar a lula gigante nadar.
— Se não quiser me contar o que aconteceu eu entendo – disse ela observando o silêncio do garoto.
O garoto sorriu pra ela.
— Eu estava na detenção e comecei a passar mal por causa do pó dos livros acho que devo ter alergia sei lá, mas resumindo foi que eu estava prestes a morrer e ele salvou minha vida e também eu descobri que ele foi me visitar quando eu e o Neville estávamos na ala hospitalar.
— Você agradeceu a ele por isso? – perguntou Luna.
O garoto negou com a cabeça.
— Talvez ele esteja esperando por isso.
— Mas ele é meu inimigo desde que nos conhecemos e agora ele muda assim desse jeito, é estranho não acha?
— Harry mesmo que Malfoy seja um mau caráter ele não deixaria alguém morrer desse jeito.
— Mas ele me odeia e se salvar a vida de alguém por altruísmo é explicável mesmo que seja seu inimigo tudo bem, mas não entendo a visita. – respondeu Harry lembrando dos sonhos que o incomodava ultimamente.
— Talvez ele queira ser seu amigo, acho que deveria conversar com ele.
— Luna tantas vezes eu vi Malfoy e os capangas dele maltratando você por que agora você o defende? – perguntou o garoto intrigado.
— Harry, Draco malfoy já fez muitas coisas erradas e indesculpáveis, mas um dia meu pai me falou algo que não me esqueço até hoje, era uma tarde de natal e eu estava triste por que Draco havia rasgado as minhas anotações de poções e colocado à perna na frente no corredor para que eu caísse e não houve ninguém pra me ajudar e quando cheguei a minha casa meu pai me explicou algo que confesso achar estar acontecendo com Draco nesse momento.
— O quê? – disse o garoto sentindo o estômago revirar de raiva por o quanto Draco era maldoso.
— Ele me disse que nem todos os Sonserinos são de índole má, toda essa história de que as pessoas que vão pra casa Sonserina serão bruxos maus é apenas mistificação por que Salazar Sonserina um dos maiores bruxos das trevas, mas não menos brilhante por isso foi o criador da casa. Ele me disse que tudo depende de nossas escolhas e que as maiorias dos Sonserinos que viraram comensais da morte apenas fizeram a escolha errada e é claro que um filho de um comensal da morte não vai ter a educação da boa índole e dos bons comportamentos com certeza e Draco é apenas um desses filhos que não tiveram essa educação, mas meu pai também disse que os Sonserinos por volta do quinto ou sexto ano decidem a que lado vão seguir, pois é nessa época em que se forma o caráter pessoal do adulto e talvez Draco esteja mudando de lado agora.
— Uau! – exclamou Harry – talvez faça sentido, mas não para Draco, pois após me salvar ele fez questão de no outro dia me ignorar e me provocar como sempre faz.
— Harry, entenda que ele foi criado por partidários de Você-Sabe-Quem, ele não tem a mesma instrução que nossos familiares nos passaram.
— Eu não tive uma ótima instrução dos Dursley e nem por isso saio maltratando alunos e professores por isso.
— É, mas Draco só está percebendo isso agora e seria legal dar uma chance a ele.
O garoto gostou muito do lado otimista de Luna.
— É talvez você esteja certa.
— Meu pai já teve um amigo da Sonserina sabia e olha que ele foi escolhido para a Grifinória. – disse com orgulho a garota.
— É eu vou conversar com ele e ver no que vai dar, obrigado Luna por me escutar, eu não conversei com Hermione porque nossa situação não anda muito boa e aposto que ela detonaria o Draco se eu falasse sobre ele, obrigado.
— Não foi nada. – Agora tenho que ir, eu marquei de estudar com a Gina depois do café tchau. – disse a garota se despedindo.
— Tchau. – disse ele se sentando embaixo da árvore que seu pai e seus amigos sentavam para descansar antigamente.
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Harry passou parte do dia na enfermaria jogando xadrez de bruxo com Rony porque ele sabia que ali Hermione não apareceria e assim o sábado passou mais rápido do que ele esperava, o garoto notou pela milésima vez que quanto mais houvesse situações ruins a se resolver, no caso dele a detenção, mais o tempo corria.
Harry estava deitado tentando pegar no sono em seu quarto, mas ele dormira tanto na ultima noite que passou metade da madrugada acordado pensando na conversa que tivera com Luna, será que Draco estava mudando, seriam esses os sinais de bondade no garoto ou seria apenas a vontade de Harry maquiando tudo a sua volta e com esses pensamentos ele adormeceu.
Harry estava mais uma vez tendo um de seus sonhos esquisitos, ele andava por um longo deserto, o sol lhe castigava as costas cansadas quando ele avistou alguém a frente; era Dumbledore. O garoto correu o máximo que pode para chegar perto do bruxo, mas não conseguia alcança-lo e quanto mais corria mais Dumbledore se afastava, por fim ele chegou a uma depressão onde a escuridão tomou conta de tudo, ele gritou por Dumbledore, mas ninguém atendeu e Harry se sentiu como se estivesse sendo observado, ele gritou para que alguém aparecesse e para seu horror alguém apareceu, mas não era Dumbledore, era a pior das criaturas do mundo inteiro para o garoto era um Dementador, o Dementador se aproximou de Harry, mas o garoto não sentiu nenhum dos efeitos que a criatura lhe causava, ela se aproximou mais e para surpresa de Harry, ela falou:
“Você será o possuidor do poder das trevas, só você”.
E quando Harry olhou para o céu negro havia vários dementadores flutuando, na verdade eram milhares deles que lhe causaram um frio intenso e mortificante no garoto quando de repente uma mão forte puxou o braço dele, Harry se assustou ao ver o rosto cansado e machucado de Dumbledore o bruxo disse:
— Fuja Harry, fuja! Eu os atraso!
Harry acordou todo suado e respirando descontroladamente como se seu peito fosse pular pra fora da boca, ele não sabia o porquê, mas algo estava acontecendo a Dumbledore.
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