Decepções
Capítulo 20
Decepções
O buquê de margaridas-do-campo que Hermione segurava caiu de sua mão, ela olhou para Rony e dele para a garota que estava sentada na cama dele, era Kate Bell; a única artilheira restante do time de Quadribol da Grifinória.
— Hermione...
Hermione não precisou pensar muito para constatar o que os dois estavam fazendo, pois a marca de batom na boca de Rony o denunciava sem esforço.
— Desculpe por atrapalhar você com minhas bobagens infantis. - disse a garota pegando o buquê do chão.
— Não é o que você está pensando Hermione, espera! - exclamou o garoto.
A garota se apressou em sair do lugar ignorando os chamados de Rony.
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Harry estava deitado em uma poltrona, já era tarde da noite, a detenção fora longa e irritante ao lado de Malfoy mais uma vez e Hermione ainda não voltara pra casa, concluira o garoto após perguntar a Parvati e Lilá que dividiam o quarto com a garota se ela já havia chegado, quando ele se decidiu levantar pra sair e procurar por ela o quadro do salão comunal se abriu e por ele entrou alguém, mas ele não conseguiu ver quem era.
— Tem alguém aí? - perguntou ele receoso, o salão comunal já estava vazio.
Uma voz embargada tentou chamar pelo nome do garoto, mas não conseguiu pronuncia-lo com sucesso.
— Hermione, é você? - disse Harry ao reconhecer a voz da garota.
Ela tirou a capa da invisibilidade e ele a viu, ela estava levemente despenteada, pois devia ter corrido, mas seu penteado e sua roupa não haviam de forma alguma ofuscado a beleza que estava a garota naquela noite mesmo que seus cabelos estivessem bagunçados, ela correu até Harry e o abraçou.
— Hei, o que aconteceu? Onde você estava? Pra que você pegou a capa? Eu já ia te procurar, já é tarde. - disse Harry confuso.
A garota desatou a chorar nos braços do garoto, inconsolável.
— Por favor, não me faça perguntas agora, eu passei por uma experiência horrível, apenas me abraça, por favor, fica aqui comigo, não vá embora. - disse a garota chorando mais.
— Calma Mione - disse Harry alisando a cabeça dela que estava em seu ombro - eu não vou a lugar nenhum.
Ele sentou-se e colocou a garota ao seu lado em uma larga poltrona, ela deitou no peito dele continuando a chorar enquanto ele a acalmava abraçando-a sentindo seu maravilhoso perfume.
— Você pode me contar o que aconteceu depois, mas precisa se acalmar. - disse ele e ela o abraçou mais forte.
O tempo foi passando e ela se acalmou deitada sobre o colo do garoto enquanto ele alisava os cabelos dela.
— Eu fiz algo decididamente insensato. - disse ela após o silêncio tomar conta do aposento ouvindo-se apenas o crepitar da madeira no fogo da lareira.
— Quer me contar o que houve? - perguntou Harry.
Ela o largou e se aprumou.
— Eu me declarei para o Rony. - disse ela.
O garoto se calou por um instante.
— Ah entendo. - respondeu ele sentindo uma pontada de ciúmes no peito.
— Eu não sei o que deu em mim - disse ela voltando a chorar - eu me vesti como no baile de inverno, tentei voltar no tempo de certa forma e concertar as coisas...
— Não precisa falar mais nada. - respondeu Harry, mas ela não parou.
—... E aí quando cheguei e me declarei pensando que as coisas fossem finalmente se acertar, eu encontrei ele com uma garota, Harry, encontrei ele com Kate Bell.
— O quê? Mas Hermione, o Rony...
— Não diga nada - disse ela atropelando as palavras de Harry - eu sei que eu sou uma burra em acreditar que podia o fazer gostar de mim.
— Mas... - tentou argumentar Harry.
—... Porque ele não gosta de mim, ele provou isso, por isso a demora para se declarar e aquela palhaçada no baile por causa do Vítor foi apenas inveja, inveja porque ele não tinha ninguém decente pra ir ao baile com ele. - ela tampou o rosto com as mãos chorando desconsolada.
— Ele não podia ter feito isso comigo, ele não podia.
— Eu sei Hermione, mas tenha calma talvez fosse só um mal entendido.
— Mal entendido? Ele estava antes de eu chegar provavelmente aos amassos com ela e isso é um mal entendido? Eu sou a culpada disso tudo, a culpa é minha não enxerguei quem ele era na verdade, toda essa enrolação era porque ele não gostava realmente de mim.
— Você não é a culpada Hermione, você apenas seguiu seus sentimentos. - disse Harry falando de algo que ele mesmo não entendia.
— Eu sou culpada sim - disse a garota se levantando - sou culpada, porque fui tonta demais por ter feito a escolha errada, escolhido a pessoa errada quando a pessoa certa sempre esteve ao meu lado.
Harry sentiu uma pontada no estômago e se perguntou automaticamente se ele seria uma das pessoas entre as que ela escolheu, a resposta era óbvia.
— Eu vou subir - disse a garota enxugando os olhos - daqui a pouco Gina vai chegar e não quero que ela me veja assim, boa noite. - se despediu ela indo à direção à escada do dormitório das garotas deixando Harry sentado confuso.
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— Na minha escala de encontros esse foi razoável. - brincou a garota de cabelos ruivos enquanto ela e seu acompanhante atravessavam uma tapeçaria.
— Razoável! Escala de encontros! Você tem uma lista? Decididamente você não é a pessoa perfeita que pensei que fosse. - ironizou Godric - mas falando sério, isso não foi um encontro.
— É. Não foi mesmo - sorriu Gina - pedir para me mostrar os arredores do castelo de Hogwarts em plena às dez horas da noite após andar pelo castelo todo se escondendo de Filch e Pirraça decididamente não é um encontro - acrescentou ela rindo - principalmente na parte em que você disse que gostaria de me conhecer melhor quando antes me convidou alegando não ter essa intenção pessoal.
— É eu menti em dizer que não se tratava de um assunto pessoal - disse Godric extremamente ruborizado e sem graça - mas isso não foi um encontro de verdade Gina, você fez questão de me falar a cada dez minutos que tem um namorado.
A garota arregalou os olhos.
— Fiz isso? Desculpe-me Godric, caminhar a noite com você foi ótimo. - deixou escapar ela quando chegaram na entrada da casa Grifinória - quer dizer mostrar os arredores do castelo. - tentou concertar a garota ruborizada.
— Boa noite, Gina. - disse o garoto dando um beijo no rosto dela que durou um pouco mais que o normal.
— Boa noite, Godric. - respondeu ela e após o garoto virar em um corredor ela suspirou leve e longamente sem que a própria notasse isso e entrou pelo quadro enquanto a mulher gorda reclamava por ela ter acordado-a.
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Harry estava dormindo na poltrona quando Gina chegou, na verdade ele acordou com a discussão que ela estava tendo com o namorado, Dino Thomas.
— Lilá me disse que você ainda não havia voltado e eu fiquei louco, onde você estava a essa hora da noite? - bradou o garoto tentando se controlar.
— Lilá te disse, ora essa! Desde quando eu tenho que relatar a você cada passo que eu dou Dino? E com que autoridade você vem me pedir satisfações quando eu nunca fiz isso com você.
— Desde que você aceitou ser minha namorada, me responde Gina, onde você estava? - perguntou o garoto em um tom de voz mais ameno.
A garota viu que Harry acabara de acordar e se fez a luz na cabeça da garota.
— Eu estava na biblioteca estudando, Harry estava cumprindo detenção e como ele estava com a chave da biblioteca eu pedi pra ele que me deixasse ficar um pouco mais por lá, não é Harry? - pediu ajuda ao amigo a garota.
O garoto se assustou, não estava entendendo nada, mas não podia negar ajuda a Gina.
— Sim foi isso.
A garota se aliviou e Dino calou-se baixando os olhos.
— Desculpe. - sussurrou ele.
— Não foi nada, apenas não desconfie de mim, pois eu não te dou razão pra isso. - e subiu a escada para o dormitório das garotas não sabendo se ficava triste por causa de Dino ou alegre por ter tido a sorte de conhecer Godric Gryffindor, mas a primeira opção conseguiu ofuscar a segunda por alguns minutos, só alguns bons minutos.
Harry deixou Dino que parecia atordoado subir primeiro para o quarto e depois de algum tempo ele subiu também.
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A sexta-feira chegou dando esperanças a todos de que o final de semana durasse bastante e não havia ninguém que quisesse mais isso do que Harry Potter que pela segunda ou terceira vez deixara de ser a fofoca mais quente da escola dando lugar ao sumiço do Professor Snape; o professor sumira após a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas e não aparecera desde então sendo um alívio para Harry que não teve sua aula de Oclumência e pode ir à reunião dos jogadores do time da Grifinória que aconteceria na enfermaria devido à condição de Rony.
— Eu chamei todos vocês aqui, pois amanhã será feita a seleção para os novos jogadores do time da Grifinória já que as jogadoras Spinett e Angelina Johnson se formaram e não é menos esperado a escolha do novo capitão do time que conduzirá e escolhera os novos jogadores na seleção de amanhã. – disse a oradora da reunião Minerva Mcgonagall.
— Todos os jogadores que foram escalados para jogar no time – disse a professora apontando para Gina e os dois rebatedores que jogavam no time anteriormente - quando o episódio deplorável do ano passado aconteceu – acrescentou sutilmente a professora – irão passar para o time de reserva, mas poderão concorrer as vagas disponíveis do time na seleção de amanhã. – disse ela quando viu a cara de desgosto de Gina.
— Professora quem será o capitão do time? – perguntou Fred.
— Bom a princípio eu pensei no Sr. Fred Weasley – o garoto sorriu surpreso – mas tanto você quanto seu irmão são suficientemente capacitado para dirigir o time mesmo sendo brincalhões como são – disse ela a George quando viu a cara chateada do garoto - mas mudei de idéia quando soube da loja de vocês e seria difícil escolher um de vocês quando os dois merecem a vaga, pensei na Srta. Bell, mas ela recusou a vaga por estar ocupada com as novas matérias – disse a professora e Kate confirmou - por isso pensei no Sr. Potter, mas vendo o quanto ele anda ocupado e inapto para exercer essa função principalmente por haver jogadores com mais tempo no time decidi por escolher os dois gêmeos para comandantes do time.
Os irmãos comemoraram radiantes de felicidade e Harry percebeu o quanto à vaga era importante para eles.
— Obrigado professora, tenho certeza de que não irá se arrepender. – agradeceu George.
— Só espero que a loja não atrapalhe o andamento dos treinos e não se esqueçam que a opinião dos outros jogadores do time também é importante na hora da escolha dos jogadores. – disse a professora – agora tenho que ir boa noite a todos.
— Não. Não irá atrapalhar com certeza, obrigado professora. – respondeu Fred.
— E nós vamos escutar todos os nossos companheiros de time. – disse George fazendo uma reverência engraçada.
E assim todos deixaram o aposento sobrando apenas Harry e Rony, por um momento os garotos apenas se olharam quando Rony fez menção de falar algo, Harry disse:
— Eu sei o que aconteceu, ela me contou.
— A culpa não foi minha, Harry.
— Como assim, Rony, ela viu você com a Kate, a culpa é sua.
Rony se explicou:
— Foi um mal entendido – Harry ficou confuso, mas ouviu atento - a Kate veio me visitar ontem e conversar um pouco sobre Quadribol e de repente ela me agarrou... – ele calou-se.
Harry analisou a situação e perguntou:
— Mas você não impediu que ela fizesse isso, nem mandou ela embora, não é?
Rony balançou a cabeça negativamente.
— Foi tão diferente, eu nunca havia beijado uma garota e quando aconteceu eu fiquei tão pasmo que não fiz nada pra impedir – disse o garoto triste – e eu não sei mais se a Hermione gosta de mim, quer dizer eu nunca soube na verdade, eu cheguei a pensar que ela gostava de mim, mas não sabia.
— Como assim, Rony, está na cara que ela gosta de você, você não via como ela ficava quando você estava com a Fleur Delacour no quarto ano.
— É isso é verdade, eu estraguei tudo, Harry.
— Não você não estragou, explica pra ela, ela vai entender diz pra ela o que você sente.
Harry não sabia o porquê ele estava dizendo aquilo sendo ele que devia dizer que amava Hermione a garota, mas ele não conseguia ver Rony triste daquele jeito, ele queria ajudá-lo.
— Harry – disse Rony hesitante – eu também deixei que a Kate fizesse o que fez ontem por que...
— Por que... – disse Harry esperando o garoto falar.
— Por que eu acho que a Hermione está gostando de você, eu vi como ela te abraçou quando você voltou da enfermaria na terça-feira.
— Então você está dizendo – respondeu Harry sentindo como se borboletas abusadas rodopiassem dentro do estômago dele – que deixou a Kate te beijar porque acha que a Mione gosta de mim, você está me culpando?
Rony arregalou os olhos.
— Não cara, não é isso, a culpa não é sua, nem dela, a culpa é minha, mas Harry, você não gosta dela. Gosta?
— Não, eu gosto da Mione como amigo, Rony, eu gosto de outra pessoa. – mentiu Harry mais rápido do que um raio.
— Quem? – indagou Rony.
Harry pensou na primeira pessoa que lhe veio a cabeça.
— Cho.
— Você ainda gosta dela, você não tinha desencanado da garota? – perguntou Rony curioso.
Harry não queria mentir, mas era preciso, ele não contaria seus sentimentos por Hermione a Rony mesmo por que ele não tinha certeza de que gostava dela realmente e não fora propriamente nela que ele pensara quando disse “eu gosto de outra pessoa”, aliás, fora alguém bem diferente de Hermione.
— Se quiser eu posso conversar com ela e contar a verdade, por que ela também está mal, devia ver ela na aula hoje errou três perguntas que a Minerva fez a ela, ela não está nada bem.
— Não, obrigado Harry, acho que eu mesmo preciso fazer isso, Madame Promfey disse que saio daqui na começo da semana e a Hermione precisa de um tempo e eu também.
Depois de receber essa resposta inesperada Harry achou melhor subir e descansar, pois mesmo sendo sábado na manhã seguinte o dia não deixaria de ser cheio por que ele ainda tinha uma seleção de jogadores do time da Grifinória para acompanhar e ajudar na escolha dos jogadores.
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Ao entrar no salão comunal Harry se viu em frente a uma cena decididamente estranha, Hermione estava sentada sobre uma poltrona escrevendo, mas o que tornava a cena estranha não era isso, era que em vez de escrever em um pergaminho a garota estava digitando palavras em um laptop, um micro computador portátil.
— O que foi Harry? – perguntou a garota quando o viu, o salão comunal já estava vazio. Mas Harry deixara de reparar no laptop e viu como a garota estava bonita esta noite, ela estava vestida com um short um pouco curto e uma camiseta regata muito bonita, os cabelos dela estavam presos em uma presilha e destacava o sorriso da garota, Harry praticamente perdeu a voz.
A garota percebeu que ele a olhava e sorriu.
— Perdeu a língua foi?
O garoto se tocando mudou de assunto para não dar mais bandeira do que já estava dando.
— Hermione, como você consegue usar um laptop aqui em Hogwarts?
A garota fez um gesto para que ele se aproximasse.
— Pedi a minha mãe que me desse de presente de aniversário antecipado, pois não dá pra usar computadores a base de eletricidade aqui e a fonte de energia mais próxima daqui é só em Londres então ela me mandou esse laptop que se usa a bateria e eu mando a bateria pra ela e ela recarga pra mim. – respondeu a garota enquanto navegava por algumas páginas na internet.
— Mas Hermione pra que você quer um computador se aqui em Hogwarts a informação é tão mais simples e de fácil acesso. – Harry percebeu que se julgaria um pequeno louco se recusasse um computador quando não sabia do mundo dos bruxos há alguns anos atrás.
— Harry nós podemos ter acesso as noticias do mundo dos bruxos e raramente as noticias trouxas, mas acesso total as noticias dos trouxas só mesmo usando isso e acho que principalmente agora precisamos de informações do lado de lá.
— Mas como você consegue usar isso em Hogwarts? Os aparelhos eletrônicos não funcionam aqui. – perguntou o garoto intrigado.
— Descobri um feitiço útil de isolamento de magia, na verdade é um feitiço que poucas pessoas sabem então, por favor, não fala pra ninguém tá, o computador só conseguiu ser entregue sem nenhum estrago por que pedi a minha mãe que isolasse ele em uma capa isolante magnética, olha só o que o feitiço faz. – disse a garota pegando na mão de Harry e fazendo-o tocar no teclado, Harry sentiu sua mão ultrapassar um campo de isolamento mágico.
— Uau! Isso é muito útil, onde achou esse feitiço?
— Ah eu consegui o feitiço em um livro antigo da biblioteca, acho que os professores não passam esse feitiço aos alunos por que eles não querem a escola cheia de utensílios trouxas, atrapalharia o andamento da escola, aliás, se não me engano é proibido usar aparelhos eletrônicos aqui.
— Sei, mas como você consegue usar a Internet aqui, por que eu sei que para usar isso precisa ter uma linha telefônica eu vi o Duda entrando nos sites.
— O laptop que minha mãe me deu tem tecnologia que vem com uma peça que permite o recebimento de dados via satélite e fica conectada a internet sempre, mas mesmo assim como eu já disse aqui nós temos magia demais então é difícil até de receber essas informações.
— O que você está pesquisando? – perguntou Harry observando a página policial de um jornal de Londres na tela.
— Harry eu estou pesquisando como anda a vida dos trouxas desde que Voldemort voltou.
— E aí? – perguntou o garoto apreensivo.
A garota balançou a cabeça negativamente.
— Muitos desaparecimentos, muitos Harry, os comensais estão à solta pela cidade e são chamados de “os inomináveis” entre os policiais que estão de cabelo em pé de tantos casos para resolver, ironia não? Eles serem chamados assim.
— É horrível. – disse Harry analisando o caso que estava em pauta na página policial.
— Mas isso não é o pior, e é por isso que eu pedi a minha mãe este laptop.
— O quê? – perguntou Harry.
— Tem um caso muito estranho e suspeito na página do grupo de casos inexplicáveis.
— Mas Mione o grupo de casos inexplicáveis são aqueles que mostram aberrações e coisas do tipo, eu vi uma vez no jornal na casa dos Dursley é um grupo muito duvidoso ninguém se importa com eles é um grupo com invenções iguais as do Pasquim.
— Está ai a chave da questão, não é sempre que o Pasquim publica coisas de origem falsas, então decidi procurar por algo e encontrei uma coisa realmente curiosa.
— Por que você está procurando por essas coisas com tanta vontade? Parece-me que você sabe de algo a mais, você quer virar uma jornalista investigativa é isso? – perguntou Harry.
— Não, sabe o que é eu ouvi essa manhã a Tonks conversando com o pai do Rony sobre algo do tipo sumiço dos Dementadores, que eles não haviam se associado à Voldemort e haviam desaparecido e em lugar nenhum se encontra vestígios deles, eu fiquei muito curiosa e o laptop veio a calhar, veja o que descobri.
A garota clicou em um documento do Word e mostrou a Harry uma matéria que ela mesma havia montado com fotos e fatos.
“Jornal Times de Nova York”
“Morte e doença misteriosa no Egito”
O aeroporto internacional do Egito está totalmente em caos, está declarado estado de emergência no país e todos os visitantes estão evacuando o lugar. Várias pessoas estão desaparecidas tanto moradores residentes no país quanto turistas, há vários registros de corpos encontrados, mas nenhum boletim foi passado à imprensa e julgasse que uma doença contagiosa está matando metade dos moradores do país, com exclusividade o jornal conseguiu uma foto supostamente referente a um dos corpos encontrados:
Embaixo da matéria havia uma foto: havia um corpo que estava deitado sobre uma maca e a foto mostrava uma resolução fortíssima de alguém com uma expressão de total terror na face, era um homem, a boca dele estava escancarada e eram visíveis as marcas de muitas mandíbulas.
— Hermione eu nunca vi como fica o rosto de alguém, mas... Eu acho que foi um...
— Isso mesmo – disse Hermione – olha essa foto, eu a retirei de “Monstros Malignos por nossas Terras” lá da biblioteca, Harry observa as marcas no homem é igualzinha a que o Dementador faz nas suas vitimas.
— Hermione, as pessoas que têm as suas almas sugadas pelos Dementadores ficam sem suas almas, mas permanecem vivos, mas aqui o homem está visivelmente morto.
— Eu também pensei nisso, eu acho deve estar acontecendo algo de estranho com os Dementadores para eles estarem tão longe daqui e é por isso que em vez de eles apenas sugarem as almas eles estão matando por que o deserto onde eles estão deve ser bem longe da população e quando aparece alguém eles sugam o máximo que podem.
— É talvez seja isso.
— Veja a matéria do grupo de casos inexplicáveis está aí à chave da questão.
Harry leu:
“Criaturas Malignas invadem o Egito e matam pessoas”
A suposta doença que foi declarada no Egito é um fato duvidoso que não mostra as verdadeiras evidências e vem enganando muitos jornais de vários países, a nossa equipe fez uma matéria especial com evidências muito mais esclarecedoras do que as apresentadas as populações de todos os países e principalmente dos países vizinhos ao Egito que estão alarmados com medo da doença.
Em declaração exclusiva a nossa equipe o rapaz que usa o pseudônimo de “Armando” para preservar sua identidade e que foi o responsável pela apresentação da foto onde mostra um homem totalmente desfigurado (única evidência considerada verdadeira por nossa equipe)...
— É claro, uma foto dessas, é claro que eles iriam achar verdade.
— Leva a sério Harry, o que você vai ler agora vai mostrar o quanto eles sabem do que está acontecendo e o quanto eles estão perto de nós bruxos sem saber.
Harry voltou a ler:
... Ele nos dá uma entrevista exclusiva nos contando a verdade sobre a suposta doença.
GCI: Conte-nos Sr. Armando o que o país fez para prevenir a suposta doença e o que o senhor tem conhecimento.
A: O Governo está mentindo a população dizendo que é uma doença contagiosa e desconhecida e pedem aos moradores do país que fiquem em estado de reclusão por enquanto, mas na verdade eu descobri que não se trata de uma doença e nem o governo sabe explicar do que se trata, eu sou um fotografo e jornalista que estava fazendo uma expedição pelo Cairo e pelos desertos encontrei uma senhora habitante do lugar que me relatou um lugar onde pessoas estavam desaparecendo misteriosamente e onde nem ela mesma não tinha coragem de ir, eu curioso achei que essa história poderia render uma boa matéria e pedi que ela me indicasse como chegar ao lugar, após isso peguei meus instrumentos de trabalho e fui fazer a matéria, o problema é que quando cheguei lá vi algo que seria impossível de relatar em uma matéria sem que fosse considerado algo duvidoso mesmo por que eu não tinha provas o suficiente para mostrar, pois minha câmera de vídeo e maquina fotográfica além de todos os aparelhos eletrônicos pararam de funcionar.
Harry começou a ficar preocupado.
GCI: Como assim Sr. Armando conte-nos o que aconteceu.
A: Eu cheguei a uma depressão nos barrancos de areia no deserto onde havia nuvens escuras cobrindo um ponto fixo há uma boa distância e quando cheguei lá vi vários, vários monstros cobertos com capas escuras que estavam flutuando sobre os barrancos aos montes, mas o mais estranho não é o fato de não haver provas, mas o que aconteceu comigo ao ver aquelas horríveis criaturas eu me senti mal, senti um frio intenso e o mais estranho é que em pleno deserto havia gelo, muito gelo por onde estava às criaturas e depois disso me senti como se tivesse perdido toda a felicidade dentro de mim e como se nunca mais fosse ser feliz, acho que um deles conseguiu me detectar no lugar e quando ele veio até a mim um raio branco perolado voou em cima dele, era uma ave não consegui distinguir direito qual e aí eu pude fugir e me salvar.
— Não há dúvidas Hermione, os Dementadores estão no Egito sem a proteção de Voldemort, pois acho que eu já saberia se eles estivessem sobre o domínio de Voldemort.
Hermione fez cara de quem perguntava: “Você não está praticando Oclumência?” o garoto se defendeu:
— É difícil se defender dos ataques a minha mente que Voldemort faz sem eu ter aulas de Oclumência e eu sei o que ele sente mesmo praticando a matéria todas as noites.
Hermione consentiu entendendo.
— Mas o mais importante – continuou Harry – é que esse homem não está mentindo e foi salvo por alguém que executou o Patrono.
— Mas Quem? – indagou Hermione...
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