Onde? SIBÉRIA?!?!



- Calma aí Malfoy, como é que tu tens esse colar? – inquiriu Ian estupefacto.

- Como? A Karina ofereceu-me há uns anos. – murmurou Draco, metendo-o no bolso. – Bem, vamos indo.

- Para onde? – inquiriu Ian.

- Para a Sibéria, a base dos tais Black Dragons. – afirmou Malfoy como se fosse lógico, mas não era assim tão simples.

- Pois, mas eu não sei onde fica. – disse Ian.

- Tu não o quê?! – gritou-lhe Draco. – Mas como é possível?

- Nunca me disseram. – gritou-lhe Ian.

- Tu pensas que eu por acaso sou adivinho? – gritou-lhe Draco por sua vez.

- E eu sou?! – gritou Ian.

- Não sei! – gritou Draco. – Mas por causa de ti ela pode estar sabe-se lá como... – murmurou.

- Temos que descobrir. – declarou Ian. – E não foi por minha culpa...

- E posso saber como?

- Pensei que um tipo tão inteligente como tu soubesse – insinuou Ian.

- Eu não quero discutir mais, só quero encontrar a minha Karina. – disse Draco.

- A minha Karina... – riu-se Ian. – Sinceramente.

Draco olhou-o com um olhar demolidor e Ian preferiu mudar de assunto. Não lhe estava nada a apetecer travar um duelo com Draco.

- Vamos pedir ajuda ao Harry Potter. – declarou Ian.

- Nem sonhes! A ele nunca! – exclamou Draco.

- Tu queres que a Karina morra? Queres? Engole o orgulho Malfoy! – gritou-lhe Ian sem paciência.

- O Potter não nos vai ajudar em nada. É impossível ele saber de alguma coisa. – afirmou Draco tentando acalmar-se.

- Sim, deves ter razão. – murmurou Ian.

- E o que é que o Harry não sabe mesmo? – inquiriu uma voz feminina.

Os dois olharam para a porta do elevador e deram de caras com Phillipa.

- O que fazes aqui? – perguntou Draco curioso.

- Vim perguntar-te pela Karina, soube que tinhas regressado. – declarou Phillipa. – Assim como o Harry também soube.

Draco e Ian olharam-se embasbacados.

- Phillipa, a Karina ficou na Rússia, durante mais uns dias. – respondeu Draco. – Não é assim?

- É, é. – respondeu Ian.

- E vocês esperam que eu acredite? – inquiriu Phillipa sarcasticamente.

- A ideia era essa sem dúvida. – confessou Draco.

- Pois... nós não sabemos da Karina. – disse Ian corando. – Não fazemos mesmo a mínima ideia.

- Isso é mentira, sabemos que ela está algures na Sibéria, num sítio qualquer. – disse Draco.

- E vocês não estão preocupados?

- Lógico que estamos! – responderam os dois em coro.

- Então do que estão à espera para arranjarem uma solução? – perguntou Phillipa. – Não é do sinal divino, pois não?

- Calma, precisamos de encontrar alguém com influência na Rússia, alguém que conheça a Sibéria... – murmurou Ian.

- Não exageremos, basta-nos uma pessoa com influência na Rússia, alguém rico, alguém poderoso... a Clarice! – exclamou Draco estalando os dedos.

- Quem? – inquiriu Phillipa.

- Uma mulher que conheço. – respondeu Draco.

- Eu vou telefonar ao Harry. – declarou Phillipa tirando o telemóvel da mala.

- Posso saber para quê? – inquiriu Draco secamente.

- Ele é amigo da Karina, preocupa-se. – afirmou Phillipa.

- Faz o que quiseres, eu vou-me embora. – disse Draco de mau humor.

- Não vais a lado nenhum sem nós. – afirmou Ian segurando-o pelo braço.

- Quem disse isso? – perguntou Draco. – Estou com pressa.

- Nem penses em ir sem nós. – disse Phillipa olhando-o friamente. – ‘Tou, Harry, eu estou no prédio do Draco... não, ele não me fez nada...Aconteceu uma coisa qualquer à Karina e vamos para a Rússia... sim, o Draco vai ter com uma gaja chamada Clarice... vens já para aqui? OK, OK! Fico à espera.
- Mas que raios. – praguejou Draco.


*


Karina sentou-se na cama e olhou em volta.

- Este quarto tem que ter um ponto fraco. – murmurou Karina ajoelhando-se no chão. – E algum indicio disso.

Nesse momento a maçaneta da porta rodou e Karina levantou-se rapidamente.

- Tem aqui o seu almoço Miss Riddle. – declarou Alexander. – Pão e água.

- Muito obrigado mas não tenho fome. – murmurou Karina voltando-se a sentar e cruzando as pernas.

- Isto fica aqui se quiser... – murmurou Alexander poisando o tabuleiro na mesa-de-cabeceira, mas Karina deu um pontapé no tabuleiro e espalhou-se tudo pelo chão.

- Tu passaste-te?!

- Não é isso que eu quero comer. – murmurou Karina sorrindo-lhe insinuantemente.

Alexander olhou a auror, embasbacado.

- Ai não? Então o que é? – perguntou, aproximando-se de Karina.

- Não sei bem. Isto de passar o tempo sozinha é horrível. – murmurou Karina suspirando.

- E será que eu te posso ajudar nalguma coisa? Seria um enorme prazer. – murmurou-lhe Alexander tocando-lhe no cabelo.

- Ajudar? O que podes fazer? – inquiriu Karina olhando para o chão.

- Não sei, descontrair-te um bocado. – murmurou Alexander sentando-se a seu lado. – Quem sabe...

- Sabes jogar xadrez? – inquiriu Karina sorrindo-lhe.

- Xa... xadrez?

- Sim, eu adoro jogar xadrez! – respondeu Karina descaradamente.

- Peço desculpa mas não sei. – respondeu Alexander. – Mas se quiseres sei fazer outras coisas bem melhores.

- E que tipo de coisas?

- Isso agora... – murmurou Alexander agarrando-a pela cintura. – Mas garanto-te que são mesmo muitas coisas...

- Não, tu deves ser comprometido. – murmurou Karina empurrando-o. – Não ando com pessoas comprometidas.

- Mas... eu gosto mesmo muito de ti. – garantiu Alexander.

- Tu não gostas de mim, tu só queres prazer, tu como maior parte dos homens. – declarou Karina.

- Não é bem assim! – protestou Alexander. – Só te quero ver feliz.

- Correcção, tu só queres o colar, mais nada te interessa. E agora queres tratar-me como uma prostituta! – disse-lhe Karina levantando-se indignada.

- Não, não e não! – negou Alexander levantando-se também e agarrando-a pelos ombros. – Eu nunca pensei isso de ti, juro-te por tudo o que me é mais sagrado! Tu és uma jovem muito diferente das que eu já conheci...

- Larga-me. – pediu Karina.

- Eu amo-te! – disse o rapaz desesperado.

- Se me amasses não me mantinhas aqui fechada! – gritou-lhe Karina.

- Eu não te posso libertar. – disse Alexander largando-a. – Até logo.

Dirigiu-se para a porta e ainda olhou para trás.

- Queres que te traga alguma coisa?

- E se for uma pistola para eu me dar um tiro na cabeça? – inquiriu Karina sarcasticamente. – O suicídio tem um óptimo aspecto.

Alexander soltou um suspiro e saiu.

Foi para o seu escritório e sentou-se à secretária.

- Tenho que assentar as ideias... não posso matar a Karina... tenho que fazer alguma coisa... tirá-la daqui...

- Não me parece Alexander. – murmurou uma voz, a mesma vez que o atormentava todos os dias sucessivamente.

Gabriella surgiu de um quanto escuro e com um olhar muito sombrio.

“Como é que esta gaja surge de tudo o que é lado? Tenho a certeza que ela não estava cá quando entrei!” pensou Alexander meio assustado.

- Gabriella, o que fazes aqui?

- Estás a ser enfeitiçado por aquela magricela desnutrida. – disse Gabriella.

- Não estou nada! – negou Alexander erguendo-se furioso. Como podia ela dizer tal coisa?

- Prova-o. – ordenou Gabriella.

- E posso saber como é que tu queres que eu o prove? – perguntou

Alexander com os nervos à flor da pele. Ele ainda não tinha percebido como é que pudera gostar daquela mulher que às vezes... nem humana parecia.

- Mata-a. – declarou Gabriella.

- Tu sabes que eu não gosto de matar pessoas e não a vou matar, não quero. – afirmou Alexander. – Não me podes obrigar.

- Não és homem. – afirmou Gabriella. – Tenho vergonha de ti.

Alexander desviou o olhar e voltou a sentar-se.

- Cobarde. – disse Gabriella e saiu.

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N.A.: Já nem peço para comentarem... vale de alguma coisa? enfim... bjx***

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