A Mansão Leopold
- Porquê que tivemos que trazer a cavalaria inteira? – perguntou Draco a Phillipa quando se materializaram para Moscovo.
- Porque eles ficaram preocupados com a Karina, assim como tu. – respondeu Phillipa.
- ‘Tá bem ‘tá. – riu-se Draco sarcasticamente.
Dirigiram-se para a casa de Clarice. Aquilo não era uma casa vulgar, era um palácio enorme palácio!
- Bem, cá estamos. – murmurou Draco, olhando em volta.
- Uaauu! – exclamou Phillipa olhando para a sua frente estupefacta. – É grande...
Draco sorriu arrogantemente, como só ele sabia fazer, e foi tocar à campainha. Ao fim de alguns segundos um mordomo veio abrir.
- O que desejam? – perguntou educadamente.
- Nós desejamos falar com Mrs. Leopold. – informou Draco.
O mordomo fez um gesto para que eles entrassem em casa e levou-os para a sala de espera.
- Só um segundo, vou informar vossa senhoria da vossa presença. – disse o mordomo com uma vénia.
- Bela barraquinha. – murmurou Ron olhando à volta.
- Isto é demasiado para ti, Weasley. – disse Draco sarcasticamente, já há alguns minutos que não implicava com ninguém.
- Desculpa? Disseste alguma coisa Malfoy? – perguntou Ron friamente.
- Calem-se os dois. – ordenou Ian.
- Cala-te tu. – ordenou Draco lançando-lhe um olhar irado. – Se tivesses feito o teu trabalho ela estava bem.
- Se não tivesses discutido com ela, ela não tinha desaparecido. – mandou-lhe Ian à cara.
- Vocês estavam aos beijos! – acusou Draco furioso.
- Correcção, eu beijei-a, o que é muito diferente. – gritou-lhe Ian. – Ela não quer nem nunca quis nada comigo, compreendes cabeça dura?
- Como se eu acreditasse! – gritou-lhe Draco por sua vez.
- Calem-se os dois!!!! – gritou Hermione. – A anfitriã chegou.
- Olá a todos. – cumprimentou Clarice olhando em volta espantada e olhando depois para Draco e Ian. – Passasse alguma coisa?
Clarice era uma jovem mulher loira, alta, de olhos muito azuis e bastante bonita. Que tinha uma antiga história com Karina... tinham sido inimigas.
- Olá Clarice. – cumprimentou Draco levantando-se e tentando aparentar um ar calmo. – Como está tudo por aqui?
- Está tudo como sempre. – respondeu Clarice. – A que devo a vossa visita?
- O Leopold está? – perguntou Draco.
- Não, não está. Porquê? Queriam falar com ele? – perguntou Clarice desconfiada.
- Nem por sombras, para maluco já me basta este. – disse Draco fazendo sinal para Ian. – Queremos mesmo é falar contigo e o assunto é a Karina.
- O que se passou? – perguntou Clarice sentando-se numa poltrona e olhando-os de forma preocupada.
- Sabes quem são os Black Dragons? – perguntou Draco.
- Quem é que, aqui na Rússia, não sabe quem são os Black Dragons? – inquiriu Clarice. – Eu própria conheço o chefe.
- A Karina está lá presa. – afirmou Ian rapidamente.
Clarice olhou Ian atentamente e só falou algum tempo depois.
- Acho melhor falarmos com o Nelson. – murmurou levantando-se. – Ele é amigo íntimo do chefe, são como irmãos.
- Eu preferia não meter o Leopold nisto. – avisou Draco.
- Mas precisamos de ajudar a Karina! – protestou Phillipa.
- Sim, também acho! – disse Ian.
- Vocês não conhecem o Leopold. – murmurou Harry.
- Detesto dizer isto, mas concordo com o Potter a 100%. – informou Draco cruzando as pernas. – Ninguém esquece que o Leopold já tentou matar a Karina, assim como as razões que o levaram a fazê-lo.
- Ele está muito mudado, já não é o que era! – defendeu Clarice.
- Amiga, tu és casada com ele, não tens direito a voto. – disse Draco.
- Mas há uma hipótese melhor? – perguntou Phillipa ironicamente.
- Ela tem razão. – defendeu Ian. – Temos que arriscar.
- Arriscar a vida da minha Karina? É isso que vocês vão fazer? – perguntou Draco levantando-se furioso.
- Neste preciso momento a vida dela já está arriscada, podem estar a torturá-la. – murmurou Ian. – O que preferirá ela? A morte ou a tortura seguida da morte?
- Se estão com tantos problemas dêem-me um mapa que eu chego lá sozinho. – rosnou Draco.
- Isso era suicídio. – declarou Clarice.
- Eu sei quem é que pode resolver isto num instante. – disse Ron.
- E quem, esperteza? – perguntou Draco.
- O pai da Karina. – respondeu Ron.
- Que magnifica ideia, Weasley! Como não me lembrei disso antes? – inquiriu Malfoy sarcasticamente.
- Talvez porque... – começou Hermione.
- Fosse a mesma coisa que começar uma 3ª Guerra Mundial. – completou Harry.
- Mas quem é o pai da Karina? O George W. Bush? – perguntou Ian. – Ou o Bin Laden?
- Nem uma coisa nem outra. – respondeu Draco.
- É o Voldemort. – informou Harry.
- O quê?! – inquiriu Ian abrindo imenso os olhos, nunca nada parecido lhe passara pela cabeça.
- O “Q” é uma letra. – disse Draco.
- Nunca pensei... – murmurou Ian.
- Alguma vez o fizeste? – perguntou Draco friamente.
- Tu já estás a abusar! – gritou-lhe Ian levantando-se. – Daqui a nada estás a levar uma...
- Estou com um medo de ti... – murmurou Draco sorrindo ironicamente.
- Não sei como é que a Karina gosta de ti! És antipático, frio, convencido... tu deste-lhe alguma poção de amor? – perguntou Ian.
- Eu não preciso de nenhuma poção para que ela goste de mim. – gritou-lhe Draco agarrando-o pela camisola. – Ela gosta de mim pelo que sou!
- O que é que se passa aqui? – inquiriu uma voz gélida.
Clarice levantou-se e sorriu a Nelson Leopold, o seu marido. Era um rapaz alto, moreno, de olhos castanhos-claros e bastante bonito.
- Hoje temos visitas. – disse-lhe a mulher da forma mais alegre possível.
- Já reparei. – afirmou Leopold olhando para Ian e Draco. – Importam-se? Se querem discutir vão lá para fora, aqui não.
Draco largou Ian e voltou a sentar-se furioso. Ian imitou-o. Não se sabia qual deles estava com mais raiva.
- Assim está melhor. – aprovou Leopold. – Posso saber o que fazem por aqui?
- Na... – começou Draco, mas foi Harry que o interrompeu.
- Viemos aqui por causa da Karina.
- A Karina? – inquiriu Leopold franzindo as sobrancelhas, não estava mesmo nada à espera que eles aparecessem por ali, muito menos para falar da Karina. – O que se passa?
- Ela está cativa dos Black Dragons. – informou Clarice.
- Mas porquê? – quis saber Leopold sentando-se num braço da poltrona e olhando unicamente para Harry e Hermione, ele detestava o Draco Malfoy, e não sentia nenhuma simpatia nem por Ian, nem por Phillipa, que eram desconhecidos para ele, e muito menos por Ron.
- Eles querem um colar que a Karina tem. – respondeu Ian. – Colar esse que ela não tem.
Leopold olhou para Ian atentamente.
- O símbolo dos Black Dragons? – inquiriu.
- Exactamente. – confirmou Ian.
- Humhum. – acentiu Leopold. – Mas vocês têm a certeza que ela está lá? Não terá ido passar férias a... Las Vegas?
- Tenho a certeza que não. Ela teria dito a alguém se isso tivesse acontecido. A Karina não gosta de preocupar os outros. – disse Harry.
- Bem visto, Potter. – murmurou Leopold.
- Então onde ficamos? – perguntou Draco cruzando os braços.
- Eu vou lá, para ver se consigo obter mais informações. – declarou Leopold.
- Eu vou contigo. – voluntariou-se Draco.
- Não, eu vou sozinho. – disse Leopold categoricamente.
- Para quê? Para a tentares matar outra vez? – inquiriu Draco não se contendo mais, não ia permitir que aquele troglodita tocasse na sua amada.
Leopold olhou-o espantado, ficou sem palavras durante alguns segundos.
- Eu não estou com ideias de matar a Karina. – disse por fim.
- Eu não confio minimamente em ti. – gritou Draco.
- Isso não me diz respeito absolutamente nenhum, percebes? – perguntou Leopold erguendo-se. – E eu vou imediatamente.
- Obrigada querido! – sorriu-lhe Clarice.
- De nada, temos que ajudar os outros, não é assim? – riu-se Leopold dando um beijo a Clarice. – Bem, até logo.
Pegou no casaco que tinha deixado à entrada, assim como as chaves que pôs no bolso e saiu.
Olharam-se todos durante um pouco de tempo sem dizerem nada.
- Neps... eu não fico aqui parado sem fazer nada. – declarou Draco descruzando os braços e as pernas e levantando-se. – Se queremos alguma coisa bem feita temos que fazer por nós próprios. O Leopold não vai ajudar muito, ele é só um.
- Então o que tencionas fazer? – inquiriu Phillipa. – Ir atrás dele? Mas tu não sabes onde é a base desses tipos que têm a Karina prisioneira.
- Mas há aqui uma pessoa que sabe. – declarou Draco. – Clarice, vais levar-nos até lá, agora.
- Eu?! – inquiriu a jovem abrindo muitos os olhos. – O Nelson mata-me!
- Não mata nada. – disse Draco. – Deves uma à Karina, ou esqueceste disso? Se não fosse ela, tu não tinhas o Leopold, nunca estariam juntos e ele já se tinha suicidado à muito tempo.
- Draco! – censurou Phillipa.
- É verdade. – disse Draco. – E tu sabe-lo, não sabes Clarice?
Clarice mordeu o lábio, não tinha saída possível.
- Vais ajudar-nos ou não? – inquiriu Draco.
- Claro que vou, mas mesmo assim acho que vai ser arriscado. Nós somos muitos, podem ver-nos. E depois há lobos na Sibéria, mesmo muitos. E são muito perigosos, têm alcateias enormes. – explicou Clarice preocupada.
- Nós temos a famoso Harry Potter connosco, não temos? Se ele conseguiu derrotar o Senhor das Trevas, sem mesmo o matar, também consegue lidar com uns cãezinhos. – disse Draco.
Clarice suspirou, não tinha saída possível, estava encurralada.
- Quando querem que eu vos leve? – perguntou passando a mão pelo cabelo loiro.
- Agora, neste momento, já! – disse Draco.
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Autora: Bem, espero que tenham gostado e COMENTEM! bjx***
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