O Banco Mobiliatário
Capítulo 10 - O Banco Mobiliatário
Até que o banho não havia sido de todo ruim. Os Weasleys tinham uma banheira ligeiramente confortável, não com aquela imensa variedade de torneiras mágicas que haviam ao redor da banheira dos monitores em Hogwarts, que esguichavam espuma de cores diversas, óleos relaxantes e até mesmo camadas densas de nuvens sob a superfície da água, mas ao menos era bem limpa e um tanto quanto aconchegante.
Draco deixou-se relaxar enquanto sentia a água quente de encontro ao corpo. Fechou os olhos e tentou apagar da memória sua “conversa” com Harry no quintal. Não que isso fosse uma tarefa muito fácil, já que os arranhões ao longo de suas pernas e braços ardiam irritantemente, fazendo-o se lembrar de que levara muitos golpes durante a briga.
Procurou não pensar no que aconteceria quando a sra Weasley descobrisse o que havia acontecido. Provavelmente tomaria as dores de Harry e se amaldiçoaria por tê-lo acolhido em sua casa e deixa-lo usufruir de sua hospitalidade. Saberia o que responder quando chegasse a hora, diria à ela que qualquer buraco cheio de minhocas teria melhor aparência e cheiro que a Toca.
Ao sair da banheira, depois de passado algum tempo, Draco notou um espelho de tamanho razoável ao lado da porta. Ainda despido, examinou seu corpo em frente à ele e constatou, horrorizado, que haviam manchas roxas desde a cabeça até os pés. Era a primeira vez que se olhava no espelho em semanas e o que viu o assustou consideravelmente.
- Minha nossa, você está um trapo! – criticou uma voz feminina e muito aguda vinda do espelho, sobressaltando o loiro e fazendo-o levar automaticamente as mãos à frente de suas partes íntimas, cobrindo-as. – Andou brigando com trasgos, menino? Ou foi atropelado por hipogrifos?
A voz continuou a despejar seus comentários grosseiros e Draco, sentindo a irritação crescer, fingiu não escutar. “Como se fosse necessário ser alertado para o quanto eu estou acabado...”
Marcas da luta em Hogwarts ainda estavam em sua pele, assim como as deixadas por Voldemort, que o torturara por intermináveis minutos. Linhas roxas ao redor de sua barriga, pulsos e canelas indicavam com precisão os locais mais apertados pelas cordas conjuradas por Olho-Tonto. Os hematomas que Harry havia lhe deixado quase não eram visíveis em meio aos outros. Isso sem contar com o fato de que parecia ter perdido uns quatro ou cinco quilos.
Vestiu a troca de roupa que a sra Weasley lhe arrumou, soltando um suspiro aliviado por ter escondido grande parte de seus machucados, forçando-se a não reparar no fato de que a calça dificilmente chegava até os seus tornozelos e o suéter vermelho com um grande F desenhado no meio do peito estivesse ligeiramente curto nas mangas. “Vermelho.” Draco praguejou, rolando os olhos. “Acalme-se... é apenas por um tempo.” Prometeu a si mesmo ao deixar o banheiro.
Ficou algum tempo escondido no corredor, ouvindo a conversa animada que se seguia na sala de estar. A sra Weasley tentava a todo custo convencer sua nora Fleur de que os lírios brancos combinavam perfeitamente com a decoração que haviam escolhido para o casamento, mas ela argumentava dizendo que preferia arranjos mais grandiosos, ao que Gina deixou escapar um maldoso “para combinar com o seu ego...” ou algo do tipo.
Arriscou espiar a cena e viu Harry – que parecia ainda mais patético com uma mancha roxa logo abaixo dos olhos –, Hermione e todos os jovens Weasleys sentados em círculo, à exceção de Gui e sua namorada, que riam abraçados no sofá. Ao centro havia um grande tabuleiro, abarrotado de mini casinhas, com apetrechos mágicos pousados sobre quadrados coloridos.
Espichou um pouco mais o pescoço e pôde vislumbrar de relance uma perfeita miniatura do Banco de Gringotes ao lado do tabuleiro. Haviam algumas moedas largadas à frente do banco junto a um pequeno duende sentado em uma escrivaninha, que parecia estar vigiando-as. Olhava para todos com cara de poucos amigos e vira e mexe escrevia algo em minúsculos pergaminhos.
- Bem melhor assim, não é mesmo? – a sra Weasley percebeu sua presença e Draco fitou-a irritado. Não tivera intenção alguma de chamar a atenção e agora todos olhavam em sua direção, com expressões no rosto que o loiro conhecia bem e não apreciava nem um pouco: nojo e pena. Estava muito mais acostumado a lidar com o ódio e o medo das pessoas e provavelmente não as reconheceria tão cedo no rosto de alguém. Exceto no de Rony. E bem, “medo” estava completamente fora de cogitação no momento. – Sente-se, querido, acredito que queira conhecer um jogo novo que Fred e Jorge inventaram, ou melhor, adaptaram para o mundo bruxo, sabe, é um jogo trouxa bastante famoso entre os adolescentes, estão todos se divertindo muito! Bem... como era mesmo o nome do jogo, meninos?
O ódio no rosto de Rony se intensificou e ele olhava para sua mãe escandalizado. Parecia não acreditar que a matriarca havia convidado Draco à se sentar e participar do jogo, como se ele fosse apenas um hóspede comum e não um ex-partidário do Lord das Trevas, que conduziu Comensais da Morte para dentro do castelo de Hogwarts a poucos dias atrás.
- Banco Mobiliatário. – a voz de Rony saiu seca, porém baixa. Não satisfeito, ele se empenhou em parecer mais rude, aumentando o tom. – E não há mais espaço para ninguém.
- Banco Imobiliário, Rony... – corrigiu Hermione, revirando os olhos e se esforçando para parecer indiferente à presença de Draco. – Vem de imóvel e não de mobília. Afinal, se trata de construir casas nos bairros representados no tabuleiro e não de mobiliar e decorar as casas.
Os gêmeos riram do comentário de Hermione, acompanhados de Harry e Gina, quebrando um pouco o clima constrangedor que dominava a sala. Harry não olhava para Draco, mas também não parecia dar mostras de que estava com raiva e isso o deixou alarmado. Ele não deveria estar querendo pular em seu pescoço depois de todas aquelas barbaridades que disse sobre a falecida mãe do grifinório? Mas ao contrário do moreno, as orelhas escarlates de Rony denunciavam toda a sua indignação com a presença de Draco.
- Que seja... o que interessa é que o jogo já está completo e não há espaço para mais um jogador. – disse o ruivo bruscamente, sem olhar na direção de Draco.
- Eu não estou com vontade de jogar, sra Weasley, prefiro subir e descansar mais um pouco. – Draco respondeu com a voz grave, tentando a todo custo não demonstrar o quanto estava ofendido. Não estava se sentindo ofendido por Rony não deixá-lo participar, mas sim pelo ruivo ter pensado que Draco poderia sequer cogitar a possibilidade de se sentar entre eles. Como se ele quisesse participar dessa brincadeira besta de pobres.
- Claro que há espaço, Rony deve ter se enganado, não é mesmo, Rony? – a mulher lançou-lhe um olhar mortal, carregado de ameaças. Draco não conseguia imaginar o que a sra Weasley havia feito para impedir seus filhos de o queimarem vivo em uma fogueira, mas agradecia internamente por isso. – Jorge, dê a Draco um desses... uma dessas coisas que vocês usam para se movimentar no tabuleiro.
- Não há necessidade, sra Weasley, eu realmente... – começou Draco, procurando ao máximo manter sua voz neutra, embora fosse uma tarefa quase impossível esconder sua irritação, mas foi logo interrompido.
- Deixe de bobagem, querido! – a senhora rechonchuda exclamou sorrindo e Draco amaldiçoou-a mentalmente. – Você precisa se enturmar, ficar trancado no quarto não lhe fará bem, afinal, deve manter a mente ocupada para não ficar relembrando esses acontecimentos tão terríveis. Jorge, por favor, entregue logo essa coisa para o menino Malfoy.
Se Draco pudesse expressar com palavras o quão grato ele se sentia por ela tê-lo feito se lembrar do ocorrido, certamente apodreceria em uma cela de Azkaban.
Os gêmeos se entreolharam e deixaram escapar um pequeno sorriso, como se tivessem captado a idéia um do outro. Entregaram ao loiro uma miniatura de centauro, de porte atlético e cabelos negros esvoaçantes, que estava esquecida ao lado do pequeno duende.
- Bem, nós achamos que a forma desse peão não condiz com a sua imagem... – disse Jorge parecendo muito sério.
- Então decidimos modificá-lo um pouco... – Fred apontou a varinha para o centauro, que batia as patas dianteiras em sinal de impaciência e transformou-o em uma mini-doninha, arrancando risos dos outros participantes ao colocá-la no tabuleiro.
- Ainda não está muito bom, não acha, Fred? – Jorge analisava a pequena doninha, que agora corria em círculos dentro de um dos quadrados, como se estivesse presa dentro dele.
- Sim, falta um toque de realismo. – disse Fred coçando o queixo pensativo e em seguida apontou novamente a varinha para o peão de Draco, fazendo a doninha começar a saltar com um feitiço não verbal.
- Perfeito. – disseram os gêmeos em uníssono, arrancando dessa vez gargalhadas ao invés de risos.
Draco sentiu suas bochechas enrubescerem enquanto observava a pequena doninha saltitante conjurada pelos dois. Agora era pessoal. Não deixaria os pobretões gozarem de sua cara dessa maneira sem dar o troco. Entraria no maldito jogo, suportaria – com muito esforço – a presença imunda dos pobretões e levaria a vitória consigo à qualquer custo. Draco Malfoy não entrava em um jogo para perder.
Passado algum tempo, o loiro constatou – pateticamente horrorizado - que seu dinheiro estava acabando. Não, ele não seria o primeiro a rodar. Não mesmo.
Sorrateiramente, esticou a mão certificando-se de que ninguém estava olhando em sua direção e alcançou algumas moedas ao lado do pequeno duende, que parecia estar tirando um cochilo. No instante seguinte uma miniatura de dragão surgiu de dentro da pequena Gringotes e soltou faíscas nas pontas de seus dedos, fazendo-o largar as moedas rapidamente. O duende, parecendo insultado, levantou-se de sua cadeira, abandonando o amontoado de pergaminhos e agarrou os galeões, empilhando-os e sentando por cima deles, sem desviar o olhar ameaçador que lançava a Draco.
- Gringotes está muito bem representada no jogo, não acha? – disse Fred, rindo compulsivamente, junto com todos os presentes na sala. Exceto Rony, que mantinha-se calado e carrancudo, fazendo apenas os movimentos necessários para continuar jogando. – Gui teve um trabalhão para conseguir autorização dos duendes para que pudéssemos utilizar seu nome, só aceitaram porque nós garantimos que o nosso pequeno Gringotes seria muito bem protegido contra furtos, tal como o original.
- E vocês acharam muito espirituoso colocar um dragão para queimar os dedos dos jogadores, não é mesmo? – Draco cuspiu, assoprando sua mão com os olhos quase lacrimejando. Malditos gêmeos que não tinham mais o que inventar, maldito jogo idiota que deveria ter ficado no mundo dos trouxas, maldita Weasley rechonchuda que só paria aberrações ruivas...
Gina levantou-se, ainda rindo muito e parou ao lado de Draco, estendendo sua mão para ele, que fitou-a com cara de nojo.
- Vamos, deixe-me ajudá-lo. – o loiro olhava para a mão da menina desconfiado. Sentiu um formigamento estranho no estômago, como se houvessem dúzias de insetos voadores dentro dele. Engoliu em seco, tentando ignorar essa sensação estranha e concluiu, pesarosamente, que tinha medo da caçula Weasley. Muito medo. Mas ela não precisava necessariamente saber disso e Draco continuou a manter seu semblante enojado. – Anda Malfoy, só vou fazer um feitiço para acalmar a queimadura, já vi mamãe fazendo isso diversas vezes aqui em casa. – a ruiva não parecia ter notado a náusea em seu rosto e ele decidiu entortar mais os lábios para que isso ficasse bem claro.
- Se você me fizer perder os dedos, Weasley, eu juro que...
- Pare de fazer manha, Malfoy! Não é nada tão grave assim, afinal era só um dragãozinho cuspindo faíscas, não seja tão fresco! – Gina agarrou sua mão machucada bruscamente e apontou a varinha para a queimadura, fazendo a ardência sumir no mesmo instante. Ainda sem soltar sua mão, analisou-a por um momento antes de encarar Draco. – Vejo que suas unhas pararam de crescer finalmente...
Draco sentiu o formigamento de volta ao estômago com mais intensidade e puxou sua mão sem nenhuma delicadeza, sem dizer uma palavra. Gina deu de ombros e sentou-se novamente ao lado de Fred, soltando um suspiro resignado.
- Você não esperou que ele fosse agradecer, não é? – Fred perguntou, rindo da cara de ofendida que Gina fez. Rony parecia ser o único ali realmente inconformado com a presença de Draco, pois rangia os dentes incessantemente. Gina, Hermione e Harry se mostravam apenas indiferentes, mas vez ou outra Draco sentia o olhar do moreno sobre si. Fred e Jorge tentavam trapacear e confundí-lo o tempo todo, mas ainda assim não haviam dado a entender que queriam vê-lo morto. Uma coisa era bem clara... eles estavam se divertindo às suas custas e não com ele.
O jogo continuou e alguns minutos depois, Draco pôde respirar mais aliviado. Não seria o primeiro a rodar, afinal de contas.
- Está faltando grana aqui... – disse Jorge ao terminar de contar as moedas que Rony havia acabado de lhe entregar.
- Mas o meu ouro acabou! – reclamou o irmão, revoltado, olhando pesaroso para sua miniatura de trasgo montanhês. Gina e Hermione se entreolharam, abafando uma risada.
- Então, fim de jogo pra você... – Jorge sentenciou, com a voz autoritária, fazendo os presentes rirem. Draco se manteve sério, embora a situação o agradasse e muito. De repente se sentiu muito tolo e infantil ao ver que desejava com todas as forças que o amiguinho de Harry Potter se desse mal em sua presença.
- Da próxima vez tente não afundar seu trasgo em dívidas. – Fred completou, zombando do irmão. Rony se virou para Hermione e sussurrou algo em seu ouvido, fazendo-a sorrir.
- Não vou te emprestar dinheiro, Rony. Não adianta. Além do mais, o que eu iria fazer com aquela luva velha de goleiro que você não usa mais? – a morena respondeu em voz alta e soltou uma gargalhada que fez seus cabelos revoltos se sacudirem sobre os ombros. Draco não escondeu uma careta de nojo ao vê-la se sacudindo tão pateticamente.
- Isso é injusto! – Rony suplica, olhando com expressão de cachorrinho sem dono para a amiga, que permaneceu firme e não se deixou enganar. Desistiu de tentar persuadí-la e virou-se para o irmão novamente. – Então me deixe jogar mais uma rodada que eu irei recuperar a grana!
- Não. – Jorge estava inflexível. – Família é família, negócios são negócios. Se não pode pagar pelo aluguel, está fora.
- Ah, qual é Jorge, você não confia em mim? – Rony o olhava incrédulo, seu rosto demonstrando um desespero desnecessário, afinal, aquilo era apenas um jogo.
- Eu bem que gostaria, mas você já passou por Azkaban três vezes. – dizendo isso a miniatura de trasgo montanhês foi jogada brutalmente para fora do tabuleiro pelo chapéu de mago de Jorge, caindo nas mãos de Rony.
Todos observavam quietos enquanto ele se levantava e apertava o pequeno trasgo em uma de suas mãos, parecendo meio abobalhado e tentando assimilar a idéia de que estava fora do jogo realmente.
- Eu... – começou Rony, incerto. Olhou para Draco, que exibia um meio-sorriso nos lábios e de repente tudo o que se via era um tomate muito maduro, com boca, olhos e nariz, espetado em cima de um corpo humano alto e esguio. – Eu não queria mesmo jogar esse jogo idiota, fiquem vocês e aproveitem bem a companhia desse... desse...
- Ronald Bilius Weasley! – sibilou a matriarca, que estacou na porta que dava para a cozinha, fitando Rony intensamente. Ele pareceu ler nos olhos da mãe o que ela queria dizer e bufou indignado, girando nos calcanhares e subindo a escada em direção ao seu quarto. – Vocês! – a sra Weasley encarou os gêmeos furiosa, apontando o dedo ameaçadoramente de um a outro. – Vocês não deveriam ter sido tão duros com Rony!
- Mas nós não fizemos nada, ele conseguiu perder sozinho! – disse Fred em socorro a Jorge, que havia realmente brincado um pouco demais com Rony.
Em meio a bufos e resmungos a sra Wealsey se retirou da sala e voltou para o que estivera fazendo na cozinha. Hermione pediu licença e disse ter que escrever uma carta a seus pais, subindo rapidamente, logo seguida por Harry. Draco sorriu consigo mesmo, daria um dedo seu se eles não estivessem agora no quarto de Rony, confortando-o de qualquer forma.
Rolou os olhos e assistiu os gêmeos guardarem todos os objetos dentro de uma caixa, com um rápido movimento de varinha.
- Gininha, nós vamos praticar um pouco de quadribol, quer ir com a gente? – disse um deles, sem nem ao menos olhar para Draco, quanto mais convidá-lo.
- Ah... não, eu estava pensando em dar uma passadinha no quarto de Rony e tentar reparar a maldade que vocês fizeram com ele. – disse Gina tentando parecer brava, mas seus lábios se entortavam levemente, entregando-a. Os gêmeos sorriram enviesado e se dirigiram para o quintal, animados em pegar a Firebolt de Harry para praticar.
No sofá, Gui e Fleur dormiam abraçados e somente agora Draco pôde reparar bem nas cicatrizes horrendas na face do ruivo. Um arrepio percorreu seu corpo ao tentar imaginar como deveria ser ter sua carne rasgada pelos dentes de um lobisomem.
- Ele era lindo... – a voz suave de Gina tirou-o de seus pensamentos. Draco arriscou olhar para ela e se arrependeu no mesmo instante. A ruiva contemplava o irmão com uma expressão de dor misturada com compaixão. Tudo o que pôde pensar é que ela o odiaria com todas as suas forças, por ser ele o causador do estado atual do ruivo. – Mas sabe, acho que essas marcas vão apenas deixá-lo com mais presença. Cicatrizes chamam a atenção das mulheres...
Não entendia se ela estava falando consigo mesma ou se estava de fato tentando conversar com ele. Draco não respondeu, mas sentiu uma vontade repentina de contar à ela que havia ficado uma fina linha em seu peito como lembrança do feitiço que Harry jogara nele em Hogwarts, no banheiro de Murta. Por muito pouco não agarrou o vaso de flores da sra Weasley e o quebrou em sua cabeça. O que havia de errado com ele, afinal?
- Não é como se eu estivesse me sentindo culpado por ele estar assim, portanto tente me poupar da sua pena. – sabia que estava sendo terrivelmente grosseiro e desalmado, mas desde quando se importava com isso? Draco resolveu ignorar completamente o olhar magoado que ela lhe lançara e continuou, seu tom ainda mais cruel. – Eu realmente não preciso dela e pode acreditar que consigo dormir tranquilamente ao invés de ficar me revirando na cama pensando que por minha causa um Weasley deixou de ser feio para ficar ainda mais feio.
Assim que acabou de dizer essas palavras, lembrou-se do que ouvira do sr Weasley quando este o encontrara no sótão. “Faria alguma diferença para você que seus planos de infiltrar comensais no castelo de Hogwarts poderia ter acabado definitivamente com a vida de meu filho?” Draco não saberia responder. Mas não perderia seu tempo tentando, apenas esqueceria e seguiria adiante.
Levantou e virou-se para subir novamente ao quarto onde estava acomodado, sentindo o peso do olhar chocado da ruiva em suas costas e torceu para que o irmão remendado não o tivesse escutado.
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N/A:O diálogo de Rony com o irmão durante o tal ‘Banco Mobiliatário’ eu acabei copiando de um episódio dos Simpsons que assisti e quase surtei de tanto rir. Tá, pode não ter ficado muito legal aqui na fic, mas eu ri muito assistindo!
Draco começa a se ‘enturmar’ com os Weasleys, bom, pelo menos no que ele julga ‘humanamente possível’ para uma convivência forçada e inevitável. Acho que ele não consegue algo mais do que isso, ao menos não tão cedo.
Espero que estejam curtindo e não se preocupem, a fic ainda terá ação e aventura, mas tudo no momento certo. Ela é meio longa, não se esqueçam... já devo ter o esboço de quase 20 capítulos e isso é longe de ser o final. E quanto aos actions D/G, bem, eu acredito que ainda não esteja na hora... mas eles virão! Enquanto isso, podemos apreciar os pequenos doces diálogos entre eles, rs...
Com carinho,
Mila Fawkes.
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