De volta ao Largo Grimmauld



Capítulo 15: De volta ao Largo Grimmauld

Era uma tarde fria de inverno. Harry, Rony, Hermione e Gina se encontravam na sala do Largo Grimmauld, como já era de costume, desde que chegaram lá para o Natal.

O quadro da Sra. Black fora estrategicamente coberto, de forma a ela não ver a agitação na casa, durante o feriado do Natal.

- Isso não está dando em nada! – resmungava Rony, vasculhando um dos armários da sala pela enésima vez.

- Pare de resmungar, Rony! Estamos todos cansados! – Gina ralhava com Rony, enquanto procurava qualquer sinal de magia nas paredes.

- Gina está certa! Não podemos desistir! Combinamos com Dumbledore revistar a casa, e é o que faremos! – disse Hermione.

Harry permanecia calado. Ele queria ter a determinação de Gina e Hermione, mas também achava aquela busca inútil.

Fazia uma semana que chegaram ao Largo Grimmauld e todas as buscas, até aquele momento, não tinham dado em nada.

- Acho que por hoje chega – disse Harry. – Já está anoitecendo, e é melhor descansarmos um pouco.

- Tudo bem – respondeu Hermione. – Mas continuaremos amanhã.

- Tudo bem – respondeu Harry, jogando seu corpo sobre o sofá puído da sala, na antiga casa dos Black.

Rony sentou-se, e Hermione foi a seu encontro, sentando no braço da poltrona em que o garoto estava, deixando-se abraçar pelo namorado. Gina até pensou em se sentar ao lado de Harry, mas a cara de poucos amigos do garoto a fez se sentar na poltrona do outro lado da sala, que estava vazia.

- Será que estamos fazendo a coisa certa? – Harry parecia pensativo. – Acho que estamos perdendo tempo aqui!

- Por quê, Harry? – questionou Hermione. – Não acha que Dumbledore está certo? Deve haver alguma coisa aqui que nos leve ao medalhão.

- Não sei. – Harry passava preocupação aos colegas. – Temo que o nosso tempo seja curto. Temo que não encontremos as outras Horcruxes. Temo que não seja capaz de derrotar Voldemort. Mas principalmente... Temo perder as pessoas de quem gosto.

Gina notou que os olhos de Harry se enchiam de lágrimas, e fez sinal para que Rony e Mione saíssem da sala.

- Calma, Harry – Gina se sentou ao lado do garoto, tentando olhar em seus olhos. – Estamos aqui. Você não está sozinho.

- Mas será que não seria melhor não estarem? – Harry encarou Gina com os olhos cheios de lágrimas. – Pelo menos não colocaria vocês em perigo. Comigo, você, Rony, Hermione e toda a sua família podem morrer a qualquer momento. Não agüento mais levar essa preocupação!

- Harry, não diga isso! – Gina começava a se preocupar. Nunca tinha visto Harry tão consternado.

- Você não entende! Se eu não existisse, talvez vocês não estivessem em perigo! – Harry agora estava desesperado e chorava como uma criança. – Talvez fosse melhor que eu estivesse morto!

Gina segurou o rosto de Harry e o beijou desesperadamente. As lágrimas começaram a cair dos olhos de Gina, se misturando com as de Harry, enquanto o beijo se aprofundava.

Após alguns segundos, Harry se acalmou. Quando finalmente os lábios se separaram, foi a vez de Gina falar:

- Nunca mais diga isso! Se você estivesse morto, Voldemort estaria no poder e o mundo bruxo estaria perdido. Eu, Rony e minha família já estaríamos mortos, pois sempre fomos traidores do sangue. Hermione então, sendo trouxa, nem começaria a estudar em Hogwarts. Espero que entenda que você é a razão de termos esperança, e não a causa das coisas ruins que aconteceram! Essas coisas aconteceriam com ou sem você!

Gina parou por um instante e encarou o garoto em silêncio.

- Sem você eu nunca saberia o que é o amor, e provavelmente viveria uma vida sem cor – continuou Gina. – Espero que você entenda, de uma vez por todas, que sem você eu não existo!

Harry olhou para Gina e disse a única coisa que tinha sentido naquele momento:

- Eu te amo! E não quero ficar mais longe de você! Eu não agüento!

Harry se atirou nos braços daquela ruivinha, que embora estivesse do seu lado todo o tempo, de dois anos pra cá era a coisa mais importante de sua vida.

Pela fresta da porta da sala, Rony e Hermione, que olhavam o casal, davam vivas de maneira silenciosa. Seu amigo tinha se permitido ser feliz, e independente do que acontecesse, eles estavam prontos para ajudá-lo.




Nos dias seguintes, Harry e Gina tentavam não demonstrar a alegria que estavam sentindo. Harry combinou com a ruiva que eles ficariam juntos, mas em segredo. Harry continuava a não querer arriscar a segurança da menina. Ele não suportaria ser responsável por qualquer coisa que acabasse machucando-a.

Gina concordou com o pedido do garoto, somente para deixá-lo tranqüilo, mas o fato de não contar para Rony e Hermione a incomodava.

- Vamos contar logo pra eles! – dizia Gina, altas horas da noite na sala da mansão do Largo Grimmauld. – Além do mais, acho que eles já sabem. Eles podem achar que não confiamos neles.

- Não sei – Harry parecia confuso. – Gostaria muito de contar, mas quanto menos pessoas souberem, melhor!

- Por favor! Eu agüento esconder de todos os outros, mas Rony e Mione estão nessa com a gente – Gina fazia cara de choro, fazendo chantagem com o garoto.

- Ok! – Harry sorriu, como vinha fazendo mais vezes, desde que reatara com Gina. – Estou ficando mole demais! Você consegue tudo que quer, poxa!

Gina abraçou Harry sorrindo. Com certeza aquele era um período feliz para eles.

A noite de véspera de Natal foi ótima. Todos os Weasleys, Lupin e Tonks, e vários membros da ordem se reuniram no Largo Grimmauld. A ceia foi esplêndida, como de costume, e depois dela todos conversavam animadamente na sala.

Harry se sentia extremamente feliz, mesmo não podendo ficar próximo de Gina, limitando-se a lançar olhares a garota. Gina, por sua vez, brincava de longe com Harry, fazendo charme, seguidas de caretas ou imitações de Fleur, que mesmo após a lua de mel não abandonara aquele olhar meloso para Gui.

Rony e Mione eram a felicidade em pessoa. Quem os olhasse não veria nem de longe as preocupações que haviam tido nos últimos meses. E o fato de Harry e Gina terem contado que estavam juntos, embora eles já soubessem, os alegrou ainda mais.

Durante a noite toda a casa recebeu visitas, o que garantiu a alegria e a agitação na mansão do Largo Grimmauld. Contudo, pela primeira vez, Harry gostaria que todos fossem embora logo. Harry tinha combinado se encontrar com Gina após todos dormirem, na sala, onde poderiam ficar um pouco juntos e passar o Natal que imaginavam.

Já de madrugada, após todos os convidados terem ido embora, Harry e Gina estavam na sala, abraçados no sofá. Harry gostava daqueles momentos a sós que tinham e lutava contra o sono que chegava.

- Foi um bom Natal, não foi? – perguntava Gina.

- O melhor da minha vida! Até agora – respondeu Harry sorrindo.

- Verdade? E o que tem de tão especial pra você? – Gina tinha uma expressão marota, pois sabia o que Harry ia falar, afinal era o mesmo motivo pelo qual tinha sido o melhor Natal da vida dela também.

- Pelo simples fato de ser o nosso primeiro Natal juntos, sua tonta! Eu sei que você pensa a mesma coisa! Boba! – Harry era só sorrisos e fazia cócegas na namorada.

- Pára Harry... Vamos acordar os outros... Não tô agüentando! – Gina ria e tentava segurar as mãos do garoto.

- Adoro te ver assim, sorrindo! – O olhar do garoto para a ruiva era profundo. – Enche meu coração de felicidade.

- Espera um pouco! – Gina corria para seu quarto, deixando o moreno na sala.

Harry ficou imaginando o que Gina estaria fazendo, e quando a ruiva chegou trazendo um pacote, seu coração gelou. Harry não tinha comprado nada, e sentia-se triste por não ter um presente para dar a ruiva.

- Pra você! Feliz Natal! Vamos, abra logo! – disse Gina com um enorme sorriso nos lábios.

- Mas Gina, não comprei nada pra você! – Harry parecia envergonhado.

- Pára de ser bobo! Eu sei que você não comprou nada pra ninguém. Aliás, ninguém comprou nada pra ninguém – disse Gina com um sorriso maroto. – Isso é uma coisa que venho guardando pra você há algum tempo.

Harry abriu o pacote rapidamente. Harry olhou para Gina, e abriu um sorriso sincero ao ver o conteúdo do pacote. Harry tirava um porta-retrato com várias fotos de Gina, inclusive com ele, escrito nas bordas, “para meu único e eterno amor”.

- Adorei Gina! – Harry correu para a ruiva e lhe deu um longo beijo.

Após o beijo, Gina olhou para o garoto e disse em seguida, com aquele olhar zombeteiro e aquele sorriso aberto que Harry tanto gostava:

- Mas pode ter certeza de que o melhor presente foi o meu! Ganhei o que mais queria desde os meus dez anos! – Harry riu e o casal ficou ali por várias horas antes de irem se deitar.




O dia de Natal foi alegre como a véspera. O almoço foi divino, como só a Sra. Weasley sabia fazer, e contou com a presença de quase todos membros da Ordem e da família Weasley.

Harry pode ter a sensação de família, mais uma vez, que aquele grupo injetava nele, e o desespero que teve dias atrás sumiu. Ele sabia que aquela luta era por eles, e ele não estava sozinho, eles estavam com ele.

Harry já sabia que amava Gina, mas aqueles dias com ela, mesmo que às escondidas, eram um dos mais felizes que já tivera em sua vida.

Após o almoço, ele, Gina, Rony e Hermione resolveram ir para a beira do lago, onde treinavam antes do início das aulas.

- Boa a sua idéia, Harry! – dizia um Rony, animado. – Finalmente um tempo só pra nós.

- É verdade! – continuou Gina.

Harry e Hermione olharam surpresos para os dois.

- Nem vem! Adoramos nossa família, mas às vezes um pouco de espaço é bom! – Gina ralhou com os dois, gerando risos de todos.

A tarde foi linda para os casais. Aqueles momento que passaram na beira do lago, sendo apenas namorados, foram uma injeção de ânimo.

Quando voltavam do lago, Harry voltou à realidade. O feriado de Natal estava terminando, e até agora não tinham achado nada. Harry e os outros sabiam que não podiam perder mais tempo, e resolveram se reunir no quarto do garoto, no dia seguinte.

No dia 26, Harry se reuniu em seu quarto com Rony, Hermione, e Gina, para combinarem como seria a busca por pistas nos últimos dias.

- Não vejo sentido em fazer buscas na sala, nos quartos ou na cozinha. Já os revistamos várias vezes e não achamos nada – concluiu Harry.

- O que você sugere, então? – perguntou Hermione.

- Procurar nos lugares onde ainda não tentamos. Como por exemplo, o sótão! – respondeu Harry.

- É verdade! – comentou Rony. – Ainda não olhamos lá!

- Certo! Então revistaremos o sótão essa semana – definiu Harry. – É melhor começarmos logo!

O grupo subiu até o sótão.

Ao abrirem o alçapão que dava acesso ao sótão, e puxarem a escada, um arrepio subiu pelas costas de todos. O que houvesse ali, coisa boa não era.

- Lumus! – disse Harry, iluminando a ponta de sua varinha, subindo as escadas na frente de todos.

Quando todos já haviam subido ao sótão, Harry se dirigiu ao grupo dizendo:

- É melhor não ficarmos sozinhos. Gina, você vem comigo, e revistaremos mais a frente. Rony e Mione procuram do outro lado.

Harry e Gina se dirigiram ao fundo do sótão, enquanto Rony e Hermione seguiam para o lado oposto.

O sótão estava com um aspecto de meter medo. Escuro e com aquele cheiro de mofo, que Harry só sentira na primeira vez que chegara a mansão do Largo Grimmauld, em seu quinto ano de estudo.

Haviam vários baús empoeirados, vasos quebrados, móveis puídos pelo tempo e alguns espelhos.

Harry e Gina resolveram começar abrindo os baús. Enquanto Gina iluminava a região em que estavam, Harry abria os baús, olhando todas as coisas que havia dentro deles.

Alguns dos baús estavam fechados por magia, e Harry demorava para descobrir qual o feitiço para abri-los.

Após abrirem alguns dos baús, onde encontraram apenas fotos antigas, roupas velhas e livros, Harry notou um pequeno baú dourado, escondido dentro de uma gaveta, numa cômoda que estava em um dos cantos do sótão.

Harry tentou todos os feitiços que conhecia para abri-lo, mas nada funcionava. Gina tentou ajudar, mas os feitiços que ela lembrou também não funcionaram.

Harry decidiu levá-lo para baixo, quando terminassem de procurar.

Harry e Gina continuaram a examinar o sótão, quando foram surpreendidos por um grito horrendo, que vinha do outro lado da sala.

- NÃOOOOOOOOO! SOCORROOOOO!

Eles correram na direção em que Rony e Mione estavam.

Quando chegaram, ele e a ruiva não puderam não rir da situação. Hermione olhava para Rony, com uma cara brava, e gritava com o ruivo:

- Caramba, Rony! Nem era de verdade! Era só uma bolinha felpuda negra e não uma aranha!

Rony estava em cima de um armário, com uma expressão de horror. Quando viu Harry e Gina rindo, seu rosto foi ficando vermelho, e ele disse para Hermione, com um ar envergonhado:

- Mas que droga! Você sabe que não suporto aranhas! Não imaginou que eu pudesse me assustar? Agora tô aqui, pagando o maior mico!

Hermione tentou segurar o riso, mas não conseguiu. Rony olhando a situação, se conformou e riu com os amigos.

- Eu ainda mato o Fred e o Jorge! Desde que eles fizeram o meu ursinho virar uma aranha enorme, quando era criança, não consigo me controlar com relação a elas – disse Rony.

Após o susto, eles resolveram continuar a busca no sótão.

Harry continuava intrigado com o baú que ele e Gina tinham achado, mas resolveu que só o mostraria a Rony e Hermione lá embaixo, para não atrapalhar a busca.

Durante o dia todo, Harry e os outros revistaram o sótão. Ele encontraram vários objetos de família, mas nada do medalhão.

No fim da tarde, os quatro se reuniram novamente no quarto de Harry, e finalmente ele resolveu mostrar o baú a Rony e Hermione.

- A única coisa diferente que eu e Gina encontramos foi esse baú!

Hermione pegou o pequeno baú dourado e disse para Harry:

- Vocês tentaram abri-lo?

- Lógico... Dãh! Mas tudo que tentamos não deu resultado – respondeu Gina de modo irônico.

- Então o que faremos? – perguntou Rony.

- Não sei. Tinha esperança de que vocês tivessem uma idéia – disse Harry – Acho perigoso levá-lo para Hogwarts sem saber o que tem dentro.

Todos se entreolharam, pensando no que podiam fazer.

Após alguns momentos, Hermione pareceu ter uma idéia. Com os olhos brilhando e um meio sorriso na boca, a menina se virou para o garoto e disse:

- Tem alguém que pode nos ajudar, Harry!

- Quem? – perguntaram todos os outros ao mesmo tempo.

- Quem conhecemos que viveu aqui a vida inteira nessa mansão e que não pode se negar a contar qualquer coisa a Harry? – disse Hermione, querendo fazer seus amigos verem o que ela imaginara.

- Monstro!!! – responderam todos ao mesmo tempo.

- Isso! – disse Hermione – Então é só chamá-lo, Harry! E perguntar sobre esse baú.

- Monstro, venha até aqui! – disse Harry.

A figura do elfo doméstico dos Black aparatou no quarto onde estava o grupo.
- Meu amo chamou, Monstro vem! – disse o elfo fazendo uma profunda reverência – Embora Monstro não goste nem um pouco de seu amo. Nem de seus amigos traidores do sangue e sangues-ruins – Monstro praticamente sussurrou o fim da frase.

- Me poupe de sua opinião! – gritou Harry – Quero saber o que é isso! – Harry agora mostrava o baú para o elfo doméstico.

Mostro parecia lutar internamente para não dizer o que era o baú, mas seu elo de servidão o impedia. Finalmente, a obrigação de Monstro falou mais alto, e a contragosto disse a Harry:

- Isso é um dos tesouros da Família Black. E como o senhor sabe, pertence ao senhor.

- E o que tem aqui dentro? – perguntou Harry.

- Monstro não sabe, mestre – Monstro pareceu satisfeito em não ter a resposta.

- E como se abre isso? – Harry parecia irritado.

- Monstro sabe. Mas Monstro não pode abri-la – Monstro tinha um ar de desprezo para o garoto.

- Como assim? – perguntou Harry.

- Só um Black pode abrir o baú! – Monstro parecia explicar o óbvio.

- E como um Black faz para abrir ele? – perguntou Harry a monstro, enquanto os outros se limitavam a escutar.

- Um Black tem que pegar a chave atrás do quadro da antiga senhora de Monstro e abrir o baú – explicou Monstro.

- Mas como eu faço pra pegá-lo? – Harry agora parecia fora de si.

- Você não pode! Você não é um Black! – Monstro agora parecia indignado – Só um Black pode pegar a chave sem correr perigo.

Isso pegou Harry de surpresa. Tinha esquecido que não era um Black de verdade. Apegara-se tanto ao padrinho que não se lembrava que o sangue dos dois era diferente.

- E agora? – perguntou Harry aos outros – O que faremos? Eu não posso abrir a caixa!

- Mas eu sei quem pode! – Hermione novamente parecia ser a salvação do grupo.

Harry não se acostumava com aquilo. Hermione os surpreendia sempre, e mesmo que isso acontecesse repetidamente, ele não conseguia entender como a morena podia ser tão brilhante.

- Tonks! Ela é uma Black! Embora a família não gostasse dela – finalizou Hermione.

- Mas como faremos para que ela pegue a chave sem fazer perguntas? – perguntou Rony.

- Tenho certeza que só temos que pedir a ela, dizendo que não podemos contar mais nada – respondeu Gina – Ela confia tanto na gente, como nós nela!

- Tem razão, Gina – Harry parecia contente com a solução – É melhor pedirmos pra ela vir amanhã. Vou falar com a Sra. Weasley e solicitar que Tonks venha.

Harry olhou para o elfo e disse:

- Pode voltar a Hogwarts, Monstro!

- Sim senhor! – disse o elfo fazendo a sua reverência e sumindo em seguida.

No dia seguinte, a pedido de Harry, Tonks se encontrava no quarto, junto com Gina, Rony e Hermione.

Harry explicou a ela a conversa que teve com Monstro, e pediu se ela podia tentar pegar a chave. Disse que não sabia se seria perigoso, mas como Monstro não podia mentir pra ele, não deveria ter perigo a ela.

Tonks, como era de se esperar, concordou na mesma hora, e junto com os outros se dirigiu ao quadro da Sra. Black.

Tonks afastou o véu que cobria o quadro e se colocou entre os dois. De repente os insultos da Sra. Black irromperam na mansão:

- Traidora! Amiga de sangues-ruins! Suma daqui!

Alguns segundos depois, uma luz surgiu de trás do véu, seguido de um barulho que parecia um cofre se abrindo.

Quando a luz se apagou, Tonks saiu de trás do véu e os gritos da Sra. Black cessaram.

- É isso que vocês queriam? – perguntou Tonks aos amigos, mostrando uma pequena chave, que parecia ser de ouro.

- Isso mesmo, Tonks! Muito obrigado! – disse Harry pegando a chave.

- Vocês não vão me contar para que querem ela, não é? – perguntou Tonks.

- Infelizmente não podemos, Tonks – disse Hermione – Espero que confie em nós.

- Não se preocupem – Tonks sorria para o grupo – É claro que confio em vocês. E se dizem que não podem falar, não tem problema.

Todos se despediram da garota de cabelos cor de chiclete. Ela usava muito essa cor, depois de começar a namorar Lupin, pois era a cor que mostrava o quanto estava feliz.

Já de volta ao quarto, o grupo se reuniu em torno do baú dourado.

- Será que é seguro o abrirmos todos juntos? Pode ser perigoso – disse Harry.

- Nem vem! – ralhou Gina – Agora estamos todos juntos nessa!

Rony e Hermione assentiram com a cabeça em sinal de aprovação. Harry viu que não tinha opção. Pegou a pequena chave e a colocou na fechadura do baú.

Harry tomou coragem, virou a chave e sentiu o baú destrancar.

Quando finalmente Harry abriu o pequeno baú, seus olhos se arregalaram. Ele enfiou a mão dentro do baú e puxou um pequeno cordão de ouro, com um medalhão na ponta.

Todos ficaram boquiabertos, quando Rony perguntou a Harry:

- É ele, Harry?

- É! – respondeu Harry – Agora só falta sabermos uma coisa! E peço que não digam nada até eu terminar.

Os colegas concordaram silenciosamente, pois não sabiam o que dizer.

- Monstro, venha aqui! - disse Harry.

Novamente o elfo doméstico apareceu em sua frente, fazendo uma reverência e dizendo:

- O senhor de Monstro deseja mais alguma coisa?

- Sim, Monstro! – disse Harry ríspido – Quem trouxe essa caixa para cá?

- Essa caixa sempre esteve aqui, desde que Monstro trabalha para os Black – respondeu Monstro.

- Então quem colocou o medalhão dentro dela? – perguntou Harry ao elfo doméstico.

- Foi o Sr. Sirius, quando o recebeu de seu irmão, o Sr. Régulus – disse Monstro.

- E quando foi isso? – continuou perguntando Harry.

- Um pouco antes do Sr. Régulus morrer – finalizou o elfo.

- Certo, Monstro! Pode ir! – disse Harry.

Harry se virou para os amigos que continuavam boquiabertos com tudo que haviam ouvido e disse:

- Estávamos enganados! Foi Régulus que pegou o medalhão!

- Mas como ele descobriu sobre elas? – perguntou Hermione.

- Isso não sei, mas teremos que descobrir! – respondeu Harry. – E não vejo ninguém melhor pra nos ajudar que Dumbledore!

Todos concordaram. Sabiam que sua missão no Largo Grimmauld havia acabado. Só restava a eles voltarem a Hogwarts e ver se Dumbledore tinha alguma idéia.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.