Comensal?



CAPÍTULO VII. COMENSAL?

Uma Comensal! Como ela poderia ser uma Comensal! E, se sim, porque nunca tinha contado nada a ele? Será que todas as noites em que conversaram, em que a franqueza dela tinha sido colocada em prova não tinham contado nada! Será que a amizade que ele pensava ter com ela não valia de nada...

Tantas vezes que eles tinham tocado nesse assunto... A guerra. Ela tivera, sim, muitas oportunidades de contar a ele a verdade... Será que era a verdade mesmo? Quer dizer, não se podia confiar em Malfoy, ele tinha plena consciência disso.

Mas Lúcio raramente mentia para ele.

Recriminou-se. Como pudera confiar naquela mulher!

- Severo?

Lúcio o olhava insistentemente. E ele quase não se importava. Mas tinha que falar... Tinha que investigar. Tinha que saber absolutamente de tudo. Tinha que descobrir qual era o propósito dela infiltrada na vida dele.

- Desculpe, Lúcio. O que você estava dizendo?

O loiro riu.

- Ela te enfeitiçou, foi?

Foi.’

Ele deixou o rosto ainda mais sério, deixando claro que não aceitaria que ninguém tentasse meter o bedelho em sua vida pessoal. Os olhos ficaram gelados.

- Ninguém me enfeitiça.

- Sim, certo... – ele rolou os olhos – Mas quer dizer que você não sabia?

- Não, Lúcio, eu não fazia a menor idéia. Aliás, eu pensei que ela tivesse vivido junto com os trouxas por um bom tempo...

Lúcio fez uma cara de profundo desgosto.

- Sim, foram ordens do Mestre.

Mas Katrina, se ele bem lembrava da carta de Quim Shacklebolt, tinha passado os últimos dois anos com os trouxas... Tinha apenas vinte anos na época... Isso foi logo quando o Lorde retornara... E ele não aceitara ninguém novo naquela época... A única explicação lógica era se Katrina conhecesse o Lorde das Trevas desde antes da sua primeira queda... O que era bem difícil, considerando que ela era apenas uma criança.

Mas ele não podia deixar transparecer essas dúvidas. Ele tinha apenas que fazer Lúcio falar tudo o que sabia.

Nesse momento, um garçom passou. Ele se serviu de uma dose de Whisky... A noite seria longa. Pedia uma bebida.

- Ordens do Mestre? – ele mascarou a sua curiosidade – Porque o
Mestre mandaria alguém viver junto com aqueles imundos? Principalmente um servo de sangue puro?

O ar de superioridade que Lúcio Malfoy deixou revelar o irritou profundamente... Se, por apenas um momento, ele se esquecesse que estava numa missão, acabaria azarando aquele narcisista.

- Ah, Severo, você é muito ingênuo – crispou involuntariamente os lábios – O Lorde queria que ela mostrasse exatamente o contrário do que é entendeu? Queria que ela se misturasse com os trouxas para que ninguém, especialmente aquele velho diretor de Hogwarts, jamais desconfiasse dela, entendeu?

Ele assentiu lentamente... Então, tudo nela era falso. As suas crenças, a sua humanidade... Provavelmente todos os sorrisos, todos os gestos... As conversas que eles tinham. As idéias dela... Tudo um monte de mentiras.

A Katrina que ele conhecia não existia. A sua Katrina era apenas uma farsa.

Bebeu um grande gole da bebida.

Tinha que esquecer. Aquele era um assunto encerrado na vida dele. Uma parte dele tinha se quebrado... Mas ninguém podia saber disso. Principalmente agora. Ele estava no meio de uma missão. Ele tinha importantes informações para colher.

Uma guerra acontecia lá fora. Ele não podia se dar ao luxo
de se desconcentrar por causa de uma paixão à toa. Ele não era importante. A Ordem da Fênix era importante, e era nela que ele tinha que se concentrar agora.

Depois, quando tivesse tempo, remoeria as suas mágoas, lembraria das outras duas vezes que amou e não deu certo e daria um jeito de fechar o seu coração para sempre. Depois entregaria Katrina a Dumbledore e à justiça, e acabaria esquecendo dela, como aconteceu com as outras... Agora, tinha apenas que descobrir uma coisa.

Tirou os olhos da mulher e colocou-os em Malfoy. Ele também observava Katrina. Isso o deixou raivoso. Com ciúmes, por mais que não quisesse admitir.

- Lúcio?

Ele olhou de novo para o amigo. O mesmo sorriso irritante no rosto... Um sorriso que não atingia os seus olhos.

- Sim, meu amigo?

- Será que eu posso indagar como você conseguiu fugir da prisão?

O loiro deu uma gargalhada discreta e falsa.

- Ah, meu amigo, o nosso Mestre anda escondendo muitas coisas de você! – O olhou, penetrante – Eu imagino se ele tem motivos para isso?

O sorriso sarcástico apareceu no canto dos lábios dele, foi inevitável. Aquele aguado confiava nele... Falou aquela última frase quase num tom de brincadeira... Se ele soubesse da missa a metade...

- Não imagine. Acho que é simplesmente porque não posso comparecer a todas as reuniões... Perco muito.

- Mas eu acabei de voltar e já estou a par de tudo.

O olhar maldoso e o sorriso sarcástico se alargando.

- Isso, meu amigo, é porque você é um desocupado. – As feições do loiro se contraíram em protesto. Ele tratou de voltar ao assunto logo. – Mas você vai me contar ou não, como conseguiu fugir?

Malfoy suspirou.

- Estamos no meio de uma festa, Severo. Depois eu te conto... Como já disse, caso você precise.

Narcissa Malfoy, nesse momento, estava se aproximando dos dois. Estava, como sempre, deslumbrante, com um longo e rico vestido cetim, cuja calda se arrastava no salão. Porém, as feições dela eras as de sempre: parecia que o sapato estava apertado.

- Boa noite. Severo, você chegou e nem cumprimentou os nossos amigos.

Se ela soubesse o quanto aquele sorriso tão visivelmente falso não era acolhedor...

- Narcissa. – Ele cumprimentou. Tomou a mão da mulher para beijar-lhe a palma – Bela, como sempre.

- É sempre bom receber você, Severo.

Ele soltou a mão da mulher. Nem um segundo depois, essa já estava amarrada na do marido. Ele não tinha certeza, mas achava que Lúcio tinha ciúmes dele com Narcissa... O que era uma pena, já que nada entre eles seria possível. Jamais. Ela era muito superficial.

- Eu vou deixar vocês dois e cumprimentar o resto dos convidados.

Mas só tinha uma convidada a quem ele queria cumprimentar...

XxXxXxX

Ela tomou o último gole de vinho que tinha na sua taça.

Isso sim. Era para isso que ela tinha nascido. Grandes, glamourosas, festas... Só faltava ela brilhar mais que todo mundo, essa era a sua meta. Sabia que o vestido tinha ficado bem, atraía muitos olhares... Mas, mesmo assim, o centro das atenções ainda era Lúcio.

Talvez, se ela fizesse algo grande, como dar o tal do Potter para o Mestre, ela acabasse ganhando a própria festa...

Mas ela com certeza seria o centro das atenções no dia em que se casasse com Snape, assim que ficasse provado que ele era leal ao Mestre.

Ela se assustou com o pensamento. E desde quando ela queria se casar com Snape? Nunca! Estava apenas cumprindo o papel que o Lorde tinha lhe designado. Era isso!

Tomou um susto ainda maior quando o dono dos seus pensamentos parou bem ao lado dela e tocou o seu ombro nu.

- Severo! – Ela se apressou em sorrir. – Eu não sabia que você vinha para essa festa! Você... Você conhece a família Malfoy?

Ele ergueu uma sobrancelha.

- É difícil que alguém com puro-sangue não conheça uma família... Principalmente uma tão prestigiada como a Malfoy. Mas eu não sabia que você conhecia... Você é uma das White de puro-sangue? Eu nunca te perguntei isso.

Ela sorriu. Se ele estava perguntando sobre o sangue dela, era porque queria saber se ela era uma candidata potencial à mãe dos filhos dele. Ele queria saber se ela tinha puro-sangue de modo que não acabaria formando mais uma das famílias mestiças. Ela estava progredindo.

- Sim, de fato. Eu sou sobrinha de Rodolphus Lestrange, marido da irmã de Narcissa. Conhece?

- Sim, ele é um grande amigo meu. Não sabia que ele tem uma irmã.

Um grande amigo... Se ele era tão amigo de um Comensal, era quase impossível que não fosse fiel ao Lorde! Por que seu mestre não conseguia ver isso? Mas tudo bem. Ela continuaria até provar o que ela já tinha certeza.

Tinha que continuar com a farsa. Fez com que lágrimas enchessem seus olhos, e então fingiu lutar contra elas.

- Ele tinha, na verdade.

Ele ergueu a sobrancelha... E então relaxou as feições e tocou carinhosamente o ombro dela. Ela sentiu uma corrente elétrica passar por todo o seu corpo. Arrepiou-se.

Não! É uma missão! Lembre disso! Até provar, é só uma missão!’

- Eu não sabia, sinto muito.

Ela nada podia fazer senão continuar o teatro. Baixou a cabeça e deixou uma lágrima cair. A enxugou, com as mãos trêmulas... Mas isso não era fingimento... Tinha sido efeito do gentil toque de Severo. Mordeu o lábio.

- Está tudo bem. – ela fingiu um sorriso triste. – Ela já se foi há muito tempo, mesmo. Eu era muito pequena. Quase não me lembro dela...

Fingiu voltar a lutar contra as lágrimas. Murmurou.

- Me desculpe.

E começou a correr, para os jardins da mansão Malfoy. Sentou-se num dos banquinhos... Longe das pessoas. E riu.

Como tinha sido fácil... Com certeza Snape tinha engolido todo aquele sentimentalismo sobre os pais dela... E ela fez bem não contando que eles tinham sido mortos num ataque de comensais. Se ela fizesse isso, não teria nada para chantageá-lo, para persuadi-lo a dizer a verdade para ela.

E, além disso, Lúcio era um Comensal conhecido, assim como Rodolphus. Ele poderia questionar como ela vivia rodeada das pessoas que tinha matado seus pais, e ela ficaria sem saída. Ele tinha que esquecer que ela estivera nessa festa.

E ela também tinha muito que esquecer... Tinha que esquecer o jeito carinhoso que ele pousou a mão sobre o seu ombro, só para lhe dar força... E tinha que esquecer a maneira que ele falou... Tão preocupado com ela...

Mas, afinal, o que tinha de errado com ela? Será que não sabia que estava no meio de uma missão? A única coisa que ela não podia fazer era se apaixonar! Ele era que tinha que se apaixonar por ela!

Mas isso eu já consegui... e eu, definitivamente, não estou me apaixonando por ele!’

Ou será que estava?

XxXxXxX

Ele suspirou. Ótimo! Era isso mesmo! Aquela diaba era apenas uma falsa!

Se ela se preocupasse tanto com a morte dos pais, não conviveria com comensais! E jamais viria para uma festa em comemoração à fuga de um!

Mas ela fazia tudo parecer tão natural...

Mas ele fazia tudo parecer natural, também! Ela, ao que parecia, não desconfiara por um segundo sequer de que ele já sabia de absolutamente tudo. E também deve ter acreditado na comoção dele pelos pais dela...

Mas ele tinha que ir com calma. Não podia fazer tudo de uma vez.

Ela já tinha noção dos sentimentos dele... Sabia que ele estava confuso, um tanto apaixonado. Ele não poderia mudar bruscamente... E, além disso, tinha que descobrir por que o Lorde não tinha deixado que ela se revelasse a ele, fazendo um teatrinho tão barato.

Mas que ela era linda, ah, isso era!

Deixou o salão, seguindo Katrina até o jardim... Espiou ela por um momento. Ela ria, divertida, sozinha... E então voltava a ficar séria... Apenas confirmando que tudo não tinha se passado de um teatrinho.

Ele sentiu o rosto ficar quente. A vontade dele era de esganá-la. Mas não. Sempre soube muito bem como controlar as suas emoções... Não seria agora que vacilaria. Sim, ele era apaixonado por ela... Mas já fora mais apaixonado pelas anteriores... E ela estava dando um jeito de matar rapidamente o sentimento.

Respirou fundo. Foi até ela, com um único pensamento na cabeça...

Você vai desejar nunca ter nascido... Katrina White, você vai desejar nunca ter mexido com Severo Snape.’

XxXxXxX

GEEEEEENTE, LI O LIVRO!

O q quer dz q essa minha fic jah ficou altamente ultrapassada, q eu vou ter q fz outras! E q provavelmente serah mais difícil...

Quem não leu, LEIA! Vale a pena ficar horas na frente do pc!

Revisem a minha pobre fic ultrapassada, por favor! D

Dark-Bride: Pois eh, coitado... Decepção, hein? Heheheheh! Bjus!

Sheyla Snape: Maravilhoso, sim... E continua maravilhoso! Bjus!

Nicolle Snape: A pequenina mancha, diga-se d passagem! HuHAUAHuhauAH! Bjus!

Lara: Concordo plenamente q o Sevvie naum merece sofrer por ng... Mas naum xinga o pobre do Lúcio, naum... Coitado, um dos meus amantes! Huhauhhuhauah! Bjus!

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