A batalha e o destino...




A neve caía incessantemente, o frio era cortante. Mal a tarde havia começado e Dumbledore (futuro), pôde ver através da pequena janela de sua sala diversas figuras negras avançando velozmente em vassouras em meio à neve que caía. Os comensais quebraram as defesas mágicas ao redor do castelo e estavam prestes a pousar próximos à entrada da floresta negra.


-Está quase na hora. – disse o diretor virando-se para seu Eu passado.


– É melhor nos prepararmos.


- Fawkes já levou a mensagem e já preparei a chave de portal. A ordem deve estar a caminho – disse Dumbledore (passado).


- Muito bem – começou Dumbledore dando mais uma olhada pelas vidraças – É melhor eu me retirar antes que eles venham, pois não podem ver dois Dumbledores nesta sala. Irei falar com Hagrid e tomar meu lugar nesta batalha como combinamos. Boa sorte.


Dumbledore (futuro) então se retirou e, nesse mesmo instante, surgiram no meio da sala Tonks e Lupim agitados.


- Olá Alvo. O que está havendo?- Perguntou Lupim


- Há comensais entrando nos terrenos do castelo Remo, precisamos de ajuda para expulsá-los. Só vocês puderam vir? – disse o diretor visivelmente preocupado.


- Infelizmente sim, os outros aurores estão cumprindo missões para o ministério. Mas como eles entraram professor?


- Tonks perguntou indo em direção à janela e vendo vultos negros ao longe agora agrupados na neve.


- Não sei como quebraram as defesas ao redor do castelo, mas agora cabe a nós proteger os alunos. – Dumbledore a encarou preocupado – Ninfadora, por favor, vá até a professora Minerva e peça que ela reúna os outros professores. Diga para que ela e os diretores das outras casas assegurem-se que seus alunos estejam protegidos e que depois sigam até os portões de entrada de Hogwarts. Depressa, eles estão cada vez mais próximos.


- Sim senhor. – disse Tonks se retirando.


- Quanto a nós Remo, vamos nos encontrar com nossos visitantes...


...x...


Passado o choque, Harry saiu de perto das vidraças e aproximou-se sorrateiramente de seu Eu passado, ainda precisava ser cauteloso, o salão comunal estava cheio e ele não podia ser visto, principalmente por Hermione


. - Eles chegaram – murmurou próximo ao ouvido de seu Eu passado. – Disfarce e venha até a janela.


Harry (passado) aproveitou-se da distração de Hermione com seu livro levantou e foi em direção a vidraça. Começou a observar a paisagem branca do lado de fora enquanto esperava alguma manifestação de seu Eu futuro quando de repente viu uma massa de capas pretas paradas próximo à floresta negra.


- Você os viu? – Murmurou Harry tirando o outro de seus devaneios.


- Sim. O que você fez quando eles vieram? - Os dois Dumbledores já devem tê-los visto, e provavelmente já começaram a agir como combinamos. Apenas Tonks e Lupim poderão ajudar.


- Só os dois? – Harry (passado) ao saber da pouca ajuda que teriam quase gritou, mas conteve-se.


– Temos que fazer alguma coisa agora.


- Você já sabe o que vai acontecer e com certeza deve ter idéia de como agir. Não posso interferir em mais nada, infelizmente. – disse Harry sentindo-se traído por suas próprias palavras. – Irei tomar meu lugar na briga e na hora certa poderei ajudá-lo.


" Vou me retirar agora. Até mais tarde."


- Boa sorte! – disse Harry (passado) olhando através das vidraças.


- Boa sorte. – respondeu o outro. Enquanto saía, ainda sob a capa sentiu seus olhos queimarem ao encontrar sentada próxima a lareira Hermione, que permanecia com sua leitura. Totalmente inconsciente de seu destino nebuloso. "Nós vamos salvá-la minha princesa" pensou.


...x...


- Chegou a hora Lúcio! – disse a bruxa que se protegia sob sua capa negra do frio cortante, sem esconder a euforia na voz. – Vamos acabar com o bebê Potter e nos divertir torturando todos esses idiotas de Hogwarts!


- Acalme-se Bela, não vai ser tão simples assim. – disse Lúcio Malfoy tentando esfriar os ânimos da bruxa – Dumbledore e muitos professores estão dentro do castelo.


- E a missão de vocês é distraí-los enquanto acho o bebezinho Potter e me divirto com ele antes de matá-lo. – A visão da dificuldade só fez a ansiedade da mulher aumentar e dirigindo-se aos outros comensais disse – vamos logo imbecis.


- Antes de mais nada minha cara Bela vamos anunciar nossa chegada. – falou Lúcio enquanto esboçava um sorriso triunfante pela idéia que teve.


– "Morismorde" – gritou Malfoy apontando a Varinha para o alto do castelo.




.............



Um enorme estrondo, como um trovão se fez ouvir no salão da Grifinória e em toda a escola. Primeiro fez-se silêncio entre os alunos, a seguir alguns curiosos se dirigiram às janelas, buscando saber de onde o barulho viera. Então, um aluno tomado pelo medo ao ver as capas negras na neve grita:


- Vejam! Comensais da morte em Hogwarts!


O silêncio foi então substituído por murmúrios, e a seguir por gritos de medo, Hogwarts estava sendo invadida e não havia sinal de professores por perto. Harry saiu rapidamente de perto da janela e foi até Hermione e Rony que também havia se juntado a ela.


- Harry, o que faremos? Eles estão entrando! – Disse a garota visivelmente assustada.


- Venham! – disse o rapaz a Hermione e Rony - vamos chamar os membros da AD que queiram nos ajudar.


Luna, Neville, Gina, Simas e Dino, mesmo temerosos com a visão dos comensais diante do castelo, aceitaram na hora prestar ajuda a seus amigos.


- Certo – disse Harry enquanto todos se dirigiam à saída do salão comunal – vamos até os portões de entrada, é onde os professores e o diretor estarão.


- Como você sabe Harry? – perguntou Hermione desconfiada.


- Ora Hermione – interpôs Gina antes que Harry respondesse – é de se deduzir que os professores fossem direto para lá para proteger o castelo, não acha?


- É sim Mione – disse Neville – e é melhor nós também irmos até lá para prestar ajuda.


- Parem aí mesmo! – disse a professora McGonagal surgindo de repente na porta de entrada do salão comunal. – Onde vocês pensam que vão Sr. Potter?


- Vamos ajudá-los! – disse Harry simplesmente.


A professora ficou sem reação diante da resposta seca porém corajosa do rapaz, mas mesmo assim decidiu que para o bem dele e de seus colegas, ninguém sairia do salão, então prosseguiu:


- Não é necessário Sr. Potter, os professores e alguns aurores estão indo agora mesmo até a entrada do castelo. Não é prudente que vocês se arrisquem.


- Mas professora... – disse Harry.


- Sem mas! – disse McGonagal em tom áspero – é minha última palavra. Senhorita Granger como monitora chefe você deve...


Mas a professora não terminou o que pretendia dizer, pois um novo estrondo foi ouvido e dessa vez bem próximo ao castelo. A professora então entrou mais para dentro do salão a fim de acalmar os alunos, nesse momento Harry aproveitou para chamar seus colegas.


- Vamos todos! - disse.


- Mas Harry, a prof... – quis dizer Simas, mas foi logo interrompido.


- Temos que ajudar! – Harry começava a ficar nervoso – se vocês quiserem, podem ficar, mas eu vou!


- Não! Iremos todos com você! – interpôs Hermione.


E antes que a professora percebesse, todos saíram às pressas do salão e correram para fora do castelo. O vento estava mais ameno mas a neve ainda caía. Os professores já deviam estar diante dos comensais pois agora era possível ouvir novos estrondos ecoando nas paredes de pedra. Harry, Rony, Hermione, Gina, Simas Neville e Luna começaram a correr com dificuldade pela neve com suas varinhas em punho.


- Esperem! – gritou Harry – não podemos chegar lá de repente, pode ser arriscado demais! Todos então pararam.


...x...


Mal a marca negra havia sido conjurada e os comensais tiveram a visão de Dumbledore, Lupim, Tonks, Snape e outros professores se aproximando com dificuldade pela neve. Hagrid também saíra de sua cabana e vinha em direção a eles.


- Prestem atenção – disse Lúcio – nosso objetivo é distraí-los o máximo de tempo para que Bela possa chegar até o Potter mas se vocês conseguirem matar alguém nesse tempo, melhor ainda.


Ao ouvir as instruções de Lúcio seguida de um sorriso quase maníaco Bellatriz empunhou sua varinha e tomou a frente.


- Vamos agora! – disse a bruxa.


Os comensais chegaram muito próximos ao castelo, mas foram barrados pelos primeiros feitiços lançados pelos professores e por Dumbledore.


- É melhor se retirarem Lúcio. – disse o diretor antes qualquer outro feitiço fosse lançado. – não queremos feridos aqui e não esqueça que seu filho também está dentro destas paredes.


- Meu filho morreu no momento em que se uniu à sua plebe Dumbledore! – vociferou Lúcio – Estupefaça! O diretor bloqueou o feitiço de Malfoy com facilidade.


Feitiços escapavam por todos os lados. Todos os comensais estavam mais do que preparados para a batalha e derrubá-los estava sendo mais difícil do que Dumbledore havia previsto. Lupim fora atingido de raspão no braço, e isso só ajudou para que ele atacasse com mais ferocidade.


Foi ao fugir de um feitiço que Tonks olhou em direção ao castelo e viu alguns alunos se aproximando, ainda lançando feitiços para todos os lados a auror foi se retirando e indo em direção a eles. Hagrid também entrara na luta e graças à sua meia descendência de gigante, resistia com facilidade a certos feitiços atacando os comensais com as próprias mãos.


...x...


- Vamos nos dividir – disse Harry – Rony, você Hermione e Simas vão juntos, eu irei com Neville, Gina e Luna.


- Harry – disse Hermione se aproximando – eu vou com você!


- Não Mione, vá com Rony e Simas, a qualquer sinal de risco irei ajudá-los. - Então ele a beijou rapidamente e antes de correr em direção aos comensais continuou – por favor, tome cuidado.


Enquanto corria com seu grupo em direção aos comensais, Harry sentia o coração apertado. Ele sabia, pelo que Dumbledore e seu eu futuro haviam contado que Hermione, apesar de estar no meio da batalha, só correria riscos verdadeiros em um unico momento, quando ela e Harry, ambos estivessem diante de Belatriz. Mas mesmo sabendo de tudo com antecedencia, ele não podia simplesmente ignorar a preocupação e o receio por estar longe dela em meio ao perigo.


Varios tipos de feitiços eram lançados ao mesmo tempo. Mesmo preocupados com a segurança, os professores ao verem seus alunos se aproximando continuaram a duelar e os comensais, diante da visão de um grupo de defesa aumentado recuaram um pouco.


- Vamos idiotas, são apenas garotos – bradou Lúcio


– Bela! Olhe quem apareceu!


Nesse momento Bellatriz que duelava ansiosamente contra todos teve a visão de seu alvo se aproximando. Agora cumpriria a missão que seu lorde a havia incumbido. Era o momento que ela esperava. Harry (passado) lembrando-se do que seu Eu futuro havia dito sobre Gina e vendo quando que esta quase fora atingida, gritou:


- Rony, leve Gina daqui! É perigoso demais.


- Certo, mas e você?- Rony estava prestes a desmaiar de nervosismo- Você está sangrando!


-Vou atrás de Belatriz, ela não pode fugir. – disse o rapaz vendo a comensal se afastar encarando-o


- Vão para o castelo e tomem cuidado!


...x...


Harry (futuro) estava escondido sob uma árvore onde tinha uma boa visão de tudo o que acontecia a sua volta, embora suas mãos coçasse por querer fazer algo ele permanecia apenas esperando. Estava sendo extremamente difícil se manter escondido, já que podia ver seus amigos e professores lutarem e ainda assim ser obrigado a apenas ouvir os gritos, e sons estridentes causados por feitiços. Ele não deveria sair de sua posição, não poderia, mas foi então que ouviu uma voz que o fez , sem pensar, largar sua capa e sair correndo em direção à batalha. Ele não se deu conta de que nesse mesmo instante Bellatriz atraía seu Eu passado para a orla da floresta negra distante dos outros.


- Luna, cuidado! – gritou Hermione.


Harry (futuro) aproximou-se o quanto pôde observando os movimentos de Hermione e derrubou alguns comensais pelo caminho. Foi então que encontrou Neville com o nariz sangrando.


- Hei! você não tinha ido atrás de Bellatriz? – perguntou Neville tentando estancar seu sangramento.


- Cubra-se com a capa Harry, seu Eu passado foi atrás de Belatriz!!! – Gritou Dumbledore (passado) enquanto apontava sua varinha a um comensal que se aproximava ameaçador.


Harry ignorando a pergunta de Neville olhou em volta tentando ver Hermione, mas ela havia sumido. "Por favor Mione, não vá agora até meu Eu passado. Preciso chegar antes de você!" pensou enquanto ia até seu posto, vestia a capa e novamente corria até o local onde seu futuro seria decidido.


...x...


 


Harry (passado) empunhava firmemente a varinha. A sua frente encontrava-se ninguém menos que Belatriz Lestrange. Estavam muito próximos da Floresta Negra e a batalha estava quase no fim. Os comensais haviam falhado, pois apesar de pegos de surpresa, os professores alguns corajosos alunos, antigos membros da AD, conseguiram se unir e enfrentar os invasores. Harry (passado) estava preparado para tudo o que aconteceria dali por diante. Perto dali,protegido sob a capa, o outro Harry aguardava seu momento de agir.


Muitos comensais já haviam batido em retirada, mas Belatriz não iria deixar o castelo sem cumprir as ordens de seu mestre.


- Vamos Bebê Potter! Mostre o que você é capaz. Ou já está cansado?- Debochava a bruxa com voz infantil.


Ele já mostrava marcas da batalha, mas permanecia forte para enfrentar a assassina de seu padrinho e impedir que ela tirasse mais uma vida, a de sua Hermione.


- Guardei um pouco de minha energia para você Lestrange. – Respondeu o rapaz – Está com medo do que seu "Lordezinho" vai fazer caso você não cumpra as ordens?


- Você é muito atrevido Bebê Potter. – Então apontou sua varinha


– "Crucio"


Harry se contorcia sentindo a dor maldição em todos os ossos de seu corpo, era como mil facas sendo espetadas juntas.


... Próximo dali, sob a capa, o outro Harry sem entender o motivo, sentia novamente nas entranhas a maldição da tortura. "Vai acabar logo! É doloroso demais!" pensava. Ajoelhou-se e cerrou os punhos evitando gritar pelo dor do feitiço.


- Chega... pare, sua maldita! – murmurava ele.


A dor o cegava, mas o rapaz ergueu os olhos e viu, ao longe que o diretor que viera com ele do futuro se aproximava por entre as árvores, ele também aguardava sua hora de agir...


- "Crucio" – Belatriz gargalhava deliciada diante dos gritos do rapaz – Sabe Bebê Potter, posso ficar me divertindo assim o dia todo.


Nesse instante Harry (futuro) tremeu ao ver Hermione aproximando-se sorrateiramente de Belatriz, e sem perder tempo tratou de desarmar a bruxa.


- "Expelliarmus!" – Gritou Hermione.


Ao ser atingida a comensal foi atirada contra uma árvore próxima. Harry (passado) se reergueu com dificuldade tentando desviar a atenção da comesal de Hermione.


- HERMIONE, SAIA DAQUI. – Gritou. – Ela é perigosa.


- Não Harry – disse a garota – Vim ajudá-lo,vou ficar.


Belatriz recobrou-se rapidamente do golpe e foi em direção a Hermione apontando sua varinha, mas antes que pudesse fazer ou dizer qualquer coisa, sentiu seus pés se enroscarem em algo invisível. A bruxa perdeu o equilíbrio e caiu de cara no meio da neve. Harry percebeu o golpe baixo de seu Eu futuro agradecendo mentalmente por isso. Ele reuniu foças e correu parando a frente de Hermione para protegê-la, mas n nenhum momento tirou os olhos da bruxa que se levantava furiosa pela queda absolutamente estúpida.


..."Pronto, agora é com você! Não devo mais interferir ou estaria arriscando tudo!" pensou Harry, enquanto observava a coragem de seu Eu passado, sua própria coragem...


- Ah... que lindo! – rosnou Bellatriz – O bebê Potter protegendo sua namorada! Receio que isso não vá adiantar bebezinho. Vou acabar com você e com ela ao mesmo tempo, irão juntinhos pro inferno!


- Você irá para o inferno primeiro Bellatriz, assim prepara o terreno para seu "lordezinho" para quando eu também mandá-lo para lá! – provocou o rapaz sentindo Hermione agarrar-se à sua cintura apreensiva.


- Atrevido! – disse Bellatriz apontando a varinha na direção de Harry.


- Mione, quando eu disser, se afaste.


- Não, vou ficar aqui! – disse a garota com a voz trêmula – Não vou deixá-lo.


- Por favor, afaste-se – disse ele soltando as mãos dela de sua cintura – não quero que se machuque, Mione.


A garota se soltou um pouco, mas permaneceu atrás dele. A comensal aproximou-se rindo ameaçadora. Harry apontava-lhe a varinha com uma das mãos pensando no melhor feitiço para usar contra Bellatriz. A tensão entre os três era evidente e o silêncio que pairava era medonho. Harry tinha consciência da presença de seu Eu futuro ali, e sabia que ele não poderia mais interferir, talvez Dumbledore (futuro) também estivesse por perto. Mesmo assim, a vida de Hermione agora dependeria apenas dele, e ele com certeza não deixaria de cumprir sua parte. O problema é que ela insistia não afastar-se dele para sua propria segurança.


Antes porém que qualquer feitiço fosse lançado, Harry sentiu um sussurrar em seu ouvido, seu Eu futuro estava intervindo mais uma vez, ao mesmo tempo que puxava Hermione, fazendo a garota cair no sentada no chão atrás dele onde estaria de alguma forma mais segura.


...x...


- Agora! – sussurrou Harry ao ouvido de seu Eu passado ao mesmo tempo que puxava Hermione de encontro ao chão.


Bellatriz pensando que a queda da garota distrairia Harry aproveitou para lançar seu feitiço final, mas ele estava preparado e no mesmo instante em que ela proferia o feitiço ele corria na direção dela para receber e revidar o golpe.


- SECTUMSEMPRA!! – gritou Bellatriz


- ESTUPORE! – gritou Harry


...X...


A comensal sentiu seu corpo bater pela segunda vez contra uma árvore próxima caindo longe de sua varinha, Belatriz sentia seus membros doloridos e talvez alguns ossos quebrados. Quase não tinha forças para se movimentar, tal havia sido a força do feitiço que a havia atingido. Ela precisava sair dali antes que a pegassem. Aproveitando-se da cena que se passava à sua frente e ainda no lugar onde havia caído ela invocou sua varinha, levantando-se com dificuldade e apesar da dor que sentia sorriu ao ver o desespero que instalou em seus inimigos, praticamente cumprira sua missão. A seguir a bruxa então rodopiou e com uma nuvem negra ganhou o céu sumindo rapidamente.



...Uma dor lacerante surgiu do lado direito do peito de ambos, passado e futuro, um pouco abaixo do ombro, tornando o ato de respirar quase impossível.


Harry percebeu que estava desaparecendo, o futuro como ele conhecia ja não mais existia, tornando-se apenas um grande mistério à frente. Mesmo com dor ele sorriu, sua missão estava cumprida ...



- Não!! – gritou Hermione levantando-se e correndo até Harry.


Ele fora atingido. Seus joelhos cederam e lágrimas queimavam seus olhos. À sua frente estava uma Bellatriz que se preparava para fugir sorrindo triunfante, embora visivelmente ferida, porém não tanto quanto ele estava. Ele olhou por entre as árvores e viu a si próprio ferido desaparecendo lentamente. Talvez estivesse morrendo. Colocou a mão sobre o corte em seu peito e percebeu que sangrava assustadoramente. Estava se sentindo fraco . O frio do inverno repentinamente aumentara.


Então, um rosto angelical se colocou a sua frente, e ele pode ver que esse anjo chorava enquanto segurava seu rosto.


- Mione...


- Não diga nada! Por favor – disse a garota, seu desespero aumentando a cada minuto.


Sua visão aos poucos ficava mais e mais turva, mas ele pôde ver outros rostos aparecerem. Tonks, Lupim, Gina, McGonagal, Rony, todos estavam se aproximando e da floresta, Dumbledore (futuro) também surgia. Harry olhou novamente o anjo que segurava seu rosto e que ao mesmo tempo chorava. E se deu conta de que seu anjo sobrevivera. E mesmo apesar da dor que sentia, ele conseguiu esboçar um sorriso.


- Você está viva... e bem. – ele disse sorrindo enquanto a imagem dela escurecia diante de seus olhos – Eu consegui... eu mudei o nosso destino.


Então tudo se apagou...



 

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