Toque Mágico



Capítulo V





Enquanto esperava ser atendida pelo senhor Evans, o avô de seu noivo, Fleur Delacourt pensava em sua vida, e em quando conhecera Harry. Ela pertencia à sociedade da mais alta classe da França, filha de nobres muito ricos. Também era bela e elegante com seus longos cabelos loiros e olhos azuis, característica marcante de toda a família.

Durante toda sua vida, ouviu seus pais lhe falarem sobre o lugar da mulher na sociedade. Que pertencia ao pai, e futuramente ao marido, como se fosse um objeto qualquer. Um marido rico e nobre que lhe foi arranjado desde bebê, sem que ela pudesse sequer escolher. Um marido que nunca poderia amar, pois segundo seus pais o amor não existia.

Ela sempre contestou os ensinos dos pais. Para ela, mulheres poderiam ser tão capazes quanto os homens. Mulheres como ela não deveriam ser tratadas como objetos. E ela acreditava no amor, mesmo que não amasse ninguém. Ainda.

Tentando ser dona do próprio nariz, começou a quebrar as regras dos pais, mesmo que secretamente. Mentindo que fazia aulas de balé, uma Fleur de treze anos freqüentava aulas de esgrima e equitação em um clube longe da sua casa. Poderia não ser tão forte quanto os garotos, mas era esperta e corajosa. Desafiava e vencia todos os garotos da turma, e era a melhor.

Dois anos depois conheceu Harry Potter, em um encontro de nobres da França e da Inglaterra. Ele era três anos mais novo, mas ela o achou encantador. Pois apesar de rico e nobre, ele respeitava as mulheres, e as tratava como iguais. Ele e os amigos conversaram com ela, e em nenhum momento ele a discriminou. Cada vez que Harry demonstrava que tinha um coração bom, sua admiração por ele crescia. Será que isso é amor? Ela se perguntava. E quis acreditar que sim.

Ficou anos sem vê-lo novamente, mas não o esqueceu. Pouco antes de chegar na melhor idade para se casar, o noivo que ela não conhecia morreu, doente. Seu pai fez o que pôde para lhe arranjar um novo noivo o quanto antes. Nunca passou pela sua cabeça que poderia ficar feliz com o novo noivado. Qual não foi sua surpresa ao descobrir que se casaria com Harry! Apesar de ter um pai desconhecido, o senhor Delacourt disse que o sobrenome da mãe valia pelos dois, e que foi o melhor partido livre que ele encontrou. Depois disso, aceitou sem contestar seu noivado. Antes com Harry do que com qualquer outro.

Assim que soube que o padrinho de Harry tinha morrido, foi o mais depressa que pôde para a Inglaterra. Infelizmente, quando chegou, ele tinha viajado. Sem saber o que fazer, foi visitar o avô dele, à procura de notícias.




Naquele dia, o senhor Evans tinha a visita da noiva de seu neto. Os dois conversavam no escritório de Nicolau, em sua casa. Estavam sentados em poltronas diferentes, e bebiam chá.

-Enton foi porr causa disso que Arrrry viajou? –Fleur perguntou, com seu sotaque carregado. –Ele foi tentarr vingarr sua padrrrinho?

-Sim. –Bebeu um gole do chá. –Temo que ele não volte com vida. Disseram-me que o ataque ao Bella Dama foi um massacre total. Esses homens que Harry procura devem ser assassinos impiedosos.

Fleur suspirou, triste. –Eu querrria terr vindo antes que ele parrrtisse, e quem sabe terr ido com ele. Deve ser terrrivel ficarr sozinho em um momento como essa.

-Você realmente gosta dele, correto? –O velho perguntou, dando um pequeno sorriso.

-Sim, eu gostarr demais dele. Ele é o único homem que eu conhecerrr com quem eu gostarrria de casar. Ele tem carrráter, non é igual aos outrrros.

Nicolau deu um sorriso de canto. –Deve ser de família. A mãe dele também tinha um grande coração, e um grande senso de justiça. –Respirou pesadamente. -Eu jamais superarei a morte de minha única filha.

-Imagino que tenha sido uma grrande mulherrr. –Ela disse, olhando pro lado. –Eu gostarrria de serr parrrecida com ela. –Suspirou novamente. –De qualquer maneirrra, apenas esperrro encontrrrarr Arrry novamente.

-Gostaria de ficar até que ele retorne?

-Se não forr nenhum incômoda, senhorrr, eu gostarrria muito. –Respondeu, com um sorriso esperançoso.




Hermione foi levada de volta ao cômodo onde estavam Harry e Ron por duas piratas que Gina chamou. Ela podia ter feito uma pequena amizade com a capitã, mas ainda assim era uma prisioneira. Estava usando um vestido, e o cabelo estava preso num coque que a capitã fez. Sentiu-se envergonhada com o olhar que os amigos direcionavam para ela. Principalmente Ron, que parecia devorá-la com os olhos. Ou ele estava tentando matá-la com um olhar?

-Err... Oi. –Ela disse, timidamente. Ron pareceu perceber o que fazia, já que virou a cabeça pro lado, emburrado.

-Oi, hum, Heracles? –Harry perguntou, embora tivesse certeza que esse não era o nome verdadeiro do amigo, digo, amiga.

-É Her-mi-o-ne. Hermione. Não é tão difícil assim. –Ela respondeu. Sentou-se no chão perto dos dois, que estavam afastados da pirata que os vigiava.

-Certo. Herminione, você descobriu alguma coisa com a capitã? –Ele disse baixinho, para que Luna não escutasse.

-Não muito. E é Her-mi-o-ne. –Ela explicou pacientemente. –O que descobri foi que Dumbledore é padrinho da capitã, e que ela não deixa ninguém se aproximar dele. Ela é bastante superprotetora, então mesmo que ela estivesse do outro lado do mundo nós não conseguiríamos chegar lá.

-Mas nós precisamos chegar lá de qualquer jeito. –Harry disse.

-E como nós vamos fazer isso? –Ron perguntou, embora estivesse ignorando Hermione ligeiramente. Ela pareceu ofendida com o gesto dele.

-Nós podemos convencê-la de que não somos perigosos, e que não vamos atacar eles, Ronald. –Ela disse, com a voz áspera.

-Eu duvido que aquela maluca vá acreditar em nós! –Ron retrucou.

-Como você é pessimista! Ela também não é um monstro, sabia?

-Viu, Harry? Já está até mesmo defendendo a nova amiguinha! –As orelhas de Ron começaram a ficarem rubras. –Mulheres sempre acreditam nas outras, e a gente sempre se ferra!

Harry suspirou. Ele não ia se meter na briga dessa vez.

Enquanto esperava os dois amigos pararem de brigar, se estapeando ou não, viu Gina entrar de novo no cômodo, e dispensar Luna. Ela andou até Harry.

-Eles são sempre assim? –Perguntou, assistindo a briga.

-O tempo todo. Acho que agora eu sei o porque.

-Está na escrito na testa deles, e apenas eles não enxergam. –Ela puxou uma cadeira e sentou-se, já desviando a atenção da briga para o moreno. -Percebi no momento em que entrei aqui. –Explicou-se.

Ele deu de ombros, virando-se de costas para ela, fingindo prestar atenção nos amigos. Ela não gostou de ser ignorada.

-Olhe para mim quando eu estiver falando com você. –Ela ordenou, e ele ignorou-a novamente. –Você é sempre mal educado assim com os outros? –Ela perguntou quase gritando, irritada. Ele virou-se para ela com uma expressão de raiva.

-Eu não vejo motivos pra ser educado com alguém que me prende sem nem saber o porquê! –Ele gritou, chamando a atenção dos amigos. –Se quer que eu seja um cavalheiro, então me solte! Eu preciso fazer algo, e você está me atrapalhando!

Ela fechou o rosto, aborrecida. -O que diabos você precisa fazer que tem tanta pressa?

-Não é da sua conta! –Ele disse, virando a cara novamente. –Apenas me solte e eu farei o possível para nunca mais vê-la novamente!

Ela levantou-se irritada, mas não desamarrou as mãos dele, que continuavam atadas, assim como as de Ron. Ela foi até o ruivo, desamarrou-o e voltou até Harry. Antes que ele pudesse falar “idiota” ela o jogou no chão e amarrou seus pés novamente. Também colocou um pedaço de pano da boca dele, impedindo-o de falar.

-Isso é para você aprender a não implicar comigo! –Ela gritou, sem reparar nas expressões assustadas de Ron e Hermione. –Vai ser o único amarrado até que saia do meu navio!

-Você não está exagerando, Gina? –Hermione perguntou. Mas a capitã já estava saindo do cômodo, batendo a porta com força.

-Até já está chamando a desconhecida pelo nome! –Ron apontou, ignorando o amigo que gemia, tentando falar. –Daqui a pouco me prende também só porque eu sou homem!

-O único preconceituoso aqui é você! –Ela gritou. –Que não aceita que eu seja uma mulher mais inteligente que você!

-Você não pode dizer as coisas por mim! Homem ou não, você é uma mentirosa! -Gritou. –Nós éramos seus amigos! Por que não contou pra gente?

-Viu o que você disse? “Éramos seus amigos!” Eu sabia que você nunca aceitaria. –Ela disse baixo, saindo do cômodo em seguida. Ron podia jurar que escutou um soluço.

-HMMMMMMM! –Harry gemeu, tentando chamar a atenção de Ron. Dessa vez ele conseguiu.

-Desculpa amigão. –Ele disse, quando chegou perto. Deu dois tapinhas nas costas de Harry. –Mas eu não vou te desamarrar não. Imagina se aquela doida cisma comigo também! –Harry lançou a ele um olhar fulminante, mas Ron fingiu não ver e saiu do cômodo, deixando Harry sozinho. “Mas que merda!” Pensou.




Depois de sair do cômodo, Hermione subiu no cesto de gávea, no alto do mastro principal¹. Passou pela capitã, e como ela não fez menção de impedi-la, seguiu o caminho rapidamente. Sentou-se lá em cima, olhando o horizonte e pensando. Porque Ron não podia aceitá-la do jeito que ela era? Fungou, e limpou as lágrimas, tentando parar de chorar. Viu quando ele saiu do cômodo, procurando-a, e se escondeu para que ele não a achasse. Também não percebeu que no cesto já tinha uma pirata.

-Ei garota, não chora não! Chorar faz mal, sabia? –Hermione pulou de susto, virando-se rapidamente. Assustou-se novamente quando viu os cabelos curtos e rosa da mulher. Ela vestia uma calça um pouco larga, uma blusa sem mangas e uma bota de cano curto e sem salto.

-Des- Desculpe. Eu não percebi que você estava aqui.

-Geralmente as pessoas reparam em mim mais rápido. –Ela sorriu, amigavelmente. –Talvez eu deva mudar a cor dos meus cabelos. O que você acha de verde-limão?

-Verde-limão? Como você vai pintar... –Parou de falar quando viu a mulher fechar os olhos em concentração, e em seguida, os cabelos mudarem de cor e ficarem compridos. –AHHH! –Gritou, e a pirata fez bico, se sentando ao lado de uma assustada Hermione.

-Porque todo mundo grita quando me vê fazendo isso pela primeira vez? –Reclamou em tom de brincadeira. –Eu não mordo não, tá? –Sorriu de novo, estendendo a mão. –Eu sou Ninphadora Tonks, mas se não quiser ter os cabelos roxos por uma semana, é melhor me chamar apenas de Tonks.

-Hermione Granger. –Respondeu ao cumprimento, apertando hesitantemente a mão da mulher. –Como você fez isso?

-Como mudei a cor dos meus cabelos? –A garota acenou com a cabeça, afirmando. –Bem, é magia. É um dom de família, embora nem todos o tenham.

-Meu Deus. –Hermione murmurou. –Depois de hoje, nunca mais vou duvidar de nada. –Tonks riu.

-Bem, magia também não faz milagres. Além disso, muitas pessoas têm magia, mas poucas sabem usá-la. –Cutucou Hermione nas costelas. –Até mesmo você tem magia, embora não saiba.

-Eu? –Arregalou os olhos. –Mas eu não vejo o futuro, nem mudo a cor dos meus cabelos.

-Isso é porque sua magia ainda não foi modelada. Quando você souber usá-la, vai ser de grande ajuda. Além disso, não existe só esse tipo de magia.

-Então você faz mais alguma coisa interessante? –Perguntou curiosa, sentindo falta de um pedaço de pergaminho.

-Bem, eu posso mudar qualquer parte do meu corpo que eu quiser. –Disse, ficando idêntica a Hermione, que olhava boquiaberta.

-Isso é realmente legal! –As duas sorriram, como num espelho.

-Eu também posso transformar outras pessoas e objetos, mas para isso eu preciso de uma varinha. –Tirou um pedaço de madeira do bolso, mostrando para a jovem. –Se quiser, eu posso mudar a cor do seu cabelo também, mas só por algum tempo.

Hermione pegou a varinha nas mãos. –Eu gosto dos meus cabelos. Como isso funciona? –Perguntou, referindo-se à varinha, e a sacudiu. Faíscas douradas saíram dela, e ela jogou o pedaço de madeira de volta para Tonks, com os olhos arregalados. –O que foi isso?

-Eu não disse que você tinha magia também? –A mulher falou, rindo da reação de Hermione. –Uma varinha sozinha não é capaz de fazer magia. Ela apenas canaliza os poderes de uma pessoa, para os encantamentos serem mais fáceis de realizar.

-Onde eu consigo uma dessas, Tonks? Onde posso aprender a usar magia? Que tipo de magia eu tenho? O que...

-Vai com calma, Hermione! -Tonks exclamou, interrompendo-a. –Infelizmente, só quem pode te responder é a capitã. –Hermione fez uma cara decepcionada, e Tonks se explicou. –Foram ordens dela, nós não podemos dizer a ninguém onde se aprende essas coisas.

-Tudo bem. –Hermione deu de ombros, decepcionada. –Vou falar com ela depois.

-HERMINE! –Ron gritou, quando finalmente a avistou. Subiu até o cesto, onde a viu. –HERMINE, ME DESCULPE! EU... –Parou de falar quando viu Hermione e Tonks, que ainda estava idêntica a ela. –AHHH! SÃO GÊMEAS! SÃO GÊMEAS! –Gritou, quase caindo da escada de corda.

-Pare de fazer escândalo, Ronald! –Hermione sibilou. Tonks gargalhava, e voltava ao normal, com os cabelos curtos e cor-de-rosa. Ron ficou esverdeado.

-QUE DIABOS FOI ISSO, AGORA? –Gritou chocado, depois falou desesperadamente. -Eu estou tendo alucinações? Eu estou muito novo pra morrer!

Hermione foi até ele, puxando-o para que ele se sentasse, e depois deu um tapa no rosto dele, fazendo-o voltar para a realidade. –Pare de fazer escândalos!

-O qu-quê foi isso, ag-agora? –Ele perguntou, gaguejando. Ela girou os olhos, acenando com a mão para Tonks, que estava descendo.

-Ela é uma bruxa, também, assim como Luna. –Explicou, o resto de sua paciência se esgotando. -Tonks pode mudar a forma das coisas.

Ele arregalou os olhos. –Caramba! E eu achei que estava ficando louco! –Sacudiu a cabeça, virando-se pra Hermione. –Eu vim pedir desculpas, Hermine. Eu não devia ter falado aquelas coisas.

Ela ficou ligeiramente emocionada. –Só o desculpo de me chamar pelo meu nome certo.

-Mas seu nome não é Hermine? –Ele perguntou, confuso.

-Repete comigo, Ron. Her-mi-O-ne. Hermione. Com um “o” no meio, entendeu? –Ela bufou. –Pelo menos você não me chamou de Herminione, como o Harry.

-Falando nele, ele continua amarrado lá. –Ela arregalou os olhos, preocupada.

-Porque você não o desamarrou?

-Você acha que eu quero que aquela mulher cisme comigo? –Ele perguntou, parecendo ofendido. –Imagina se ela inventa de me amarrar também!

-Só se você merecer. –A capitã, que tinha acabado de subir, se pronunciou, fazendo com que Ron pulasse pelo susto. –Vá desamarrar seu amigo, mas não conte a ele que fui eu quem mandou. Ou então... –Olhou ameaçadoramente para ele, que saiu dali rapidamente, sem falar nada.

-Você realmente gosta de assustar as pessoas. –Hermione tinha um olhar repreendedor. Gina deu de ombros.

-O que vou fazer se eles me acham assustadora? –Sorriu, maliciosamente. Depois, mudou de assunto. –Você viu algo no horizonte hoje?

-Não. Não que eu tenha percebi... –Se interrompeu quando viu, não muito longe, um navio com velas negras. Não dava para ver a bandeira, mas Hermione imaginou que fosse outro navio pirata. –Oh Meu Deus! Vamos ser atacadas!

Gina olhou na direção em que a outra olhava, e depois sorriu feliz. –Não se preocupe. –Colocou a mão no ombro da outra. –São aliados.

-Mais piratas? –Ela murmurou, aflita. A capitã levantou uma das sobrancelhas.

-Algo contra? –Sibilou a ruiva.

-Não, não. –respondeu, sem graça. –É só que, hm, vocês geralmente não tem uma boa reputação. Ainda estou me acostumando com o fato de que sou uma prisioneira, e que apesar disso não estão me fazendo mal nenhum.

-Que seja. –Deu de ombros, enquanto olhava para um pontinho voador que vinha em sua direção. Quando chegou mais perto, Hermione pôde ver a bela ave. Era um falcão preto com os olhos azuis, extremamente bonito e raro. Parou voando em frente a Gina.

-Olá Aquiles. –Ela disse, enquanto pegava um pedaço de pergaminho na pata estendida do pássaro. –Recados de Bill, hm? –A ave voou para o alto, fez alguns círculos no ar e em seguida voltou para o outro navio.

-Quem é Bill? –Hermione perguntou, curiosa.

-É meu irmão. –Respondeu, depois de ler o pergaminho. –Na verdade, o nome dele é Guilherme, ou Gui, mas alguns anos atrás ele bateu a cabeça e perdeu parte da memória, e cismou que se chama Bill.-Cruzou os braços, mostrando irritação. -Ninguém conseguiu tirar isso daquela cabeça dura, então ficou assim mesmo.

-Ah. E o que ele esqueceu?

-Além do nome? Esqueceu da nossa família. –Disse, com uma pontinha de tristeza. –Meu padrinho não pode nos contar quem eles são, e eu saberia mais deles através de Bill. Eu era muito nova para me lembrar, mas ele é dez anos mais velho que eu. A única coisa que ele se lembra, é que nossa mãe mandou ele cuidar de mim. –Nessa parte ela bufou. –E agora, ele vem de mês em mês atrás de mim, pra ver se eu não estou metida em confusão. Eu sei cuidar de mim mesma!

Hermione riu. –Deve ser bom ter um irmão para cuidar da gente. Eu nunca tive irmãos, então nunca tive esse tipo de sentimento. –Gina a olhou confusa.

-Aquele moleque irritante não é seu irmão, não?

-Quem? –Franziu as sobrancelhas. –Ron?

-Não o ruivo. –Abanou uma das mãos como se espantasse uma mosca. –Eu falei do irritante, não do seu namorado.

-Do que você está falando? –Hermione guinchou, assustada. –Eu nem gosto dele!

-Imagina. –Rolou os olhos, mas não insistiu. –De qualquer jeito, me enganei. Ele saberia que você era uma menina, se fosse o caso.

-Sim. –Respondeu simplesmente, encerrando a conversa. As duas sentaram no cesto, e ficaram olhando o pôr-do-sol enquanto esperavam o outro navio se aproximar.




¹Sabe aquele lugar em cima onde os piratas olham o horizonte? É esse o nome, segundo um livrinho que eu tenho em casa. E ele fica mesmo em cima do mastro principal.

N/B: A TONKS! De longe, a mais perfeita! Até que a Gina ta subindo nos meus conceitos, o Harry vai mostrar pra ela! YES! Ahueoiahueoaie. Adorei essa Fleur, sério mesmo, Amy! Bom trabalho, viu?! Amei. ;**
Depois que eu li a parte da Fleur, com todos aqueles r, etc, eu saí lendo o resto da fic desse jeito, tudo eu colocava mais r, ou imaginava como ficaria afrancesado. Meu deus, completamente retardada. Ahueoiaheuoai.

N/A: Desculpem a demora! Era pra eu ter postado no final de semana passado, o capítulo já estava betado e tudo, mas não fui pra casa da minha mãe [E aqui no meu pai ainda não tem net. Que desgraça!]. Já aviso de antemão que o capítulo 6 vai demorar algum tempo, pois eu ainda não consegui escrever nem a primeira cena. Não é falta de idéia, porque eu já tenho noção no que vou fazer nesse capítulo, mas é que não estou com vontade de escrever. Escrever sem vontade é muito, muito ruim. Mas espero não demorar muito, porque eu também fico ansiosa, querendo postá-los logo.

Alguém aqui gosta de animes e mangás? Eu tenho uma oneshot de bleach, e outra a caminho. Para quem se interessar, está postada no fanfiction ponto net, é só procurar por “Amy Aine” ou “Dia Chuvoso”. Não é de um shipper Cannon, porque eu detesto a personagem principal feminina, mas está legal. É Romance/Humor.

A título de curiosidade, mangá é quadrinho japonês, e anime são os desenhos, também japoneses. Geralmente a história original é do mangá, que é feito antes do anime, e muitas vezes existem enormes diferenças entre os dois. A causa disso é que o anime corre mais rápido que o mangá, e muitas vezes eles mudam a história, ou fazem fases extras, pra dar tempo do mangá se distanciar. Ou então eles terminam a história de um jeito completamente diferente, porque não esperaram o mangá. Um exemplo é FullMetal Alchemist. E certa parte, o anime fica completamente diferente do mangá. Eu, particularmente, prefiro o mangá [nem vi o anime ainda, mas já não gostei da história. xD].

Eu também leio/vejo muitos mangás/animes. Sakura Card Captors, FullMetal Alchemist, Inuyasha [pelamordedeus, a dublagem ficou horrorosa. Assistam legendado!], Bleach, Tsubasa Chronicles, xxxHolic, Rayearth, Gravitation, Death Note, D. Gray Man, e talvez outros que não lembro no momento. Recomendo todos, são muito legais. Deu pra ver que meu gosto varia bastante, né? Tem de todo tipo [risos]. Esse final de semana, eu assisti duas séries de animes inteiras. Eram poucos episódios, então não foi muita coisa. Vi FullMetal Panic e Fruits Basket.

O FMPanic é bem legal, embora o título sempre me faça lembrar de FullMetal Alchemist, que é completamente diferente. Panic é bem legal, embora tenha algumas cenas chatas e idiotas, como todo anime, mas em exagero. Não gostei taaaanto da história, mas tem uns trecos legais. São 13 episódios, e tinha um extra, eu acho, mas estava incompleto. Começa com um sargento militar [bem jovem] que tem que proteger uma estudante de colegial [ou seria do ginásio? A minha mente insana só consegue diferenciar 1° e 2° grau, ou médio e fundamental, sabe como é...]. O melhor, nos primeiros episódios, é o cara que acha que todo mundo quer seqüestrar a garota, e paga muitos micos.

Fruits Basket eu já tinha lido alguns mangás, e embora seja bobo demais, tem umas partes que a gente se mata de rir. É uma história com uma garota [boba até dizer chega, mas ela é boazinha. Demais pro meu gosto, aliás.] que vai morar com uns garotos, porque perdeu a casa. Os garotos possuem uma maldição na família, e se transformam em um dos doze animais do calendário chinês. É meio dramalhão também, mas é gostoso de se ver. Os meus personagens preferidos são a Hana-chan [amiga da principal] e o Aya-chan [ele se transforma em cobra, e as cenas dele são as melhores!].

Mas quanta coisa eu já falei! Acho que já chega de falar de anime, né? Aí vão os extras sobre piratas, o código comum entre eles, embora nem todos o sigam. Essa foi uma das várias versões sobre códigos dos piratas que eu achei. Em qualquer um deles, pode-se observar que piratas não eram bons. Mas como na ficção vale de tudo, na minha história existem (muitos) piratas bons. xD


~ Extras II ~


A Moral do Pirata
- Roubar, pilhar e saquear! Pegue tudo o que puder, não devolva nada!
- Não há heróis entre ladrões.
O pirata nunca desperdiça algo que poderá usar depois.
O pirata NUNCA DEIXA O RUM ACABAR.
O pirata nunca fica em desvantagem com si mesmo por causa de outra pessoa;
O pirata é a coisa mais importante e única realmente necessária em sua vida.
O pirata não se apega a nada.
O pirata não volta atrás de sua palavra. (erros de interpretação à parte)
O pirata não mente, apenas omite a verdade.
O pirata não se vinga, apenas devolve o troco.
O pirata deve lealdade à sua tripulação


As Ações do Pirata

CARGOS
- Todo navio deve ter, para um bom funcionamento, no mínimo: o capitão, o auxiliar do capitão, o cozinheiro, os lavadores de convés, os canhoneiros, o responsável por assuntos comerciais e o coordenador geral.
- O Capitão coordena o navio, mas as decisões importantes devem ser tomadas por votação.
BATALHAS
- Quem fica para trás é deixado para trás.
Um capitão deve afundar junto com seu navio.
- O capitão tem direito a uma parte e meia de todos os prêmios; e o resto divide-se igualmente para a tripulação.
TRAIÇÕES
- Se alguém trair o resto da tripulação ou por algum outro motivo for expulso, ele deve ser abandonado numa ilha deserta com as roupas do corpo, sua espada, uma arma e uma bala.
- Em casos menos graves, o castigo é decidido pela tripulação
OUTRAS PESSOAS
- Toda pessoa em parlamentação deve ser levada a tão sem ser machucada.
- Em vista de outra pessoa e sua tripulação, deve-se sempre proteger a tripulação.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.