Bônus



Gte!!! Um bônus pequenininho ok? Aproveitem! Bônus pra Diany... ;* e continue comentando :D



Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket



Bônus - Veneza


Olivier terminava de se secar enquanto Meg estava hipnotizada pelo seu seriado preferido de passava àquela hora. Dizer que ela era obcecada não era de jeito nenhum uma hipérbole. Ele estava realmente satisfeito pelas noites de Veneza não serem tão frias como as inglesas, senão Meg realmente estaria encrencada. “Pode deixar que eu te conserto, Meg.”

- Amor – ele sentou a seu lado no sofá. – Acho que você me deve desculpas.

- Eu? Claro que não... Por quê? – ela fez cara de inocente.

- Tem certeza de que não sabe? – ele pegou de mansinho o controle remoto.

- Sim. – Meg nem sequer desgrudava os olhos da televisão.

Ele desligou a TV. Meg piscou várias vezes. A reação foi a esperada. Ela olhou-o assustadoramente e pulou em cima dele.

- ME DÁ ESSE CONTROLE, AGORA! – ela lutava como uma desesperada pelo controle da TV – EU NÃO TÔ BRINCANDO ÔLI! – estava com uma crescente raiva, as maçãs do rosto inflamadas denunciavam isso.

Após quase um minuto ela descobriu que sua luta com Antiga estava sendo inútil, ela não teria o controle e pronto. Recompôs-se e respirou fundo.

- Desculpa. – ela sussurrou. Ele riu.

- Desculpas aceitas. – Ele apertou o botão para ligar, mas nada aconteceu.

- Olivier eu já pedi desculpas!

- Eu sei, mas não tá ligando – ele apertou o botão mais duas vezes. – Meg... Parece que faltou energia. – ele falou realmente receoso de que a esposa surtasse.

- Mas o Ryan... – ela se levantou abruptamente. - o Ryan – Ela foi até o interruptor e tentou acender a lâmpada, porém sem sucesso. Desanimou geral, jogando-se no sofá.

Ele a abraçou forte.

- Sabe, tem muitas coisas pra se fazer que não precisam de energia, não elétrica, pelo menos. – Sorriu muito marotamente. E levou-a até a varanda.

- É verdade! – Meg olhou para as estrelas e viu Olivier concentrado na mesma coisa. – Eu nunca casei com um cara três semanas depois de conhecê-lo. – Ela arrancou risadas de Olivier. – talvez eu nem saiba com quem eu casei. Você pode ser um...

- Meg, abandone seus contos de James Bond... – ele cortou. Ela deu um pequeno tapa e o abraçou, acariciando seus cabelos de leve.

- Vai dizer que eu fui sua primeira namorada. – ela brincou.

- Linda, eu já fui casado... AI!

Meu puxava os cabelos de sua nuca com força. Empurrou-o.

- HEIN?

- É, eu tinha vinte e cinco anos, tinha acabado de entrar no Semanário. Era uma jornalista interessante, loura e alta. Impecável, talvez até demais. Reclamava de tudo, até que um dia parou de reclamar.

- Por quê? Ameaçou-a de morte foi?

Ela riu baixinho.

- Quem dera... não, ela arranjou outro. O cara da coluna social. Tinha a minha idade e ganhava três vezes menos que eu. Descobri por acaso quando meu chefe mandou que eu recolhesse as matérias da edição. Às vezes me pergunto se Mark pediu isso por acaso mesmo, ou ele queria que eu soubesse com quem eu estava lidando.

- O que você fez?

- Eu era assistente de Mark. Poderia fazê-lo sair de lá, mas isso seria admitir que ele me afetou. Não, eu me separei dela sob a desculpa de não gostar mais dela. Deixei bem claro que eu não seria o tipo de pessoa que trairia um vínculo matrimonial porque não me interessava mais pela relação. Foi um dos melhores momentos da minha vida. Talvez eu seja orgulhoso ou vingativo, mas esse foi um erro alheio que eu adorei “passar na cara”, mesmo que indiretamente.

Meg ficou em silêncio.

- O resto dos meus relacionamentos não durava muito. Eu gostava de uma menina aos quinze, gosto de falar disso porque eu gostava muito dela e ela não fazia idéia disso. Namorou um amigo meu e eles brigavam muito. Aquele sentimento de “Eu sabia que ela não ia dar certo com ele” se apoderou de mim e eu tentei falar com ela. Dentro de alguns meses estávamos namorando. Duas semanas depois eu descobri que ela ainda não tinha se esquecido dele e que eu não era capaz de fazê-la feliz... Perdemos tempo gostando de pessoas que sabemos que não podem ser felizes a nosso lado. Isso é estranho.
.
- Não é. Se eu tivesse percebido isso antes não levaria um casamento de onze anos.

- Ou então me conheceria antes de casar comigo e não depois, como está fazendo agora...

- Ah então você acha que eu não seria capaz de te fazer feliz? - Ela riu.

- Você me faz feliz... – ele falou rouco.

- É bom mesmo que eu faça... – Meg assumiu uma voz de mandona. Ele mordiscava de leve seus lábios, estremecendo-a.

- Quando vou saber mais sobre você? – ele é quem perguntava agora.

- Qualquer dia você vai descobrir meu segredinho que eu nunca contei pra ninguém... – ela ria soturnamente.

Ouviram um pequeno silvo e a televisão retornava.

- Ainda não terminou meu seriado... – ela olhou para a TV com um sorrisinho.

- Dane-se o seriado. – Olivier empurrou-a contra a parede. Meg fingiu resistência, mas mesmo que não quisesse logo cedeu aos carinhos de Olivier... Talvez o seriado pudesse esperar.


***********************


- O que quer para o café? – Olivier abria as cortinas ativo, enquanto Meg muito demoradamente abria os olhos.

- Traz ovos, torrada, bacon, leite, café forte, geléia, queijo, suco de laranja, rosquinhas, um sonho, dois pães e um pedaço de bolo bem grande. – ela enfiava a cabeça sob o travesseiro.

- Só isso? Que dizer, aproveita que sobrou espaço pra Coca Diet, pro chocolate... – Antiga deixava a ironia fluir.

- Cala a boca Olivier.

- Bom dia pra você também meu anjo. – ele saía de bom humor.


- O que acha de darmos uma passadinha no estádio de Ravenna, pra pegar as semifinais da copa? Tem chave de portal em todo canto...

Em menos de quinze minutos estavam numa fila enorme.

- É Olivier, você não considerou a fila de ingressos de última hora...

- Vá comer alguma coisa, eu fico na fila.

- Eu volto já. – ela deu um beijo apaixonado no marido, deixando o velhinho que vinha logo atrás totalmente sem jeito.

Meg vinha com dois enormes sorvetes e com alguma coisa presa entre os lábios. Ela entregou o sorvete a ele.

- Vamos lá, sai dessa fila, vamos pra entrada. – ele foi puxado de qualquer jeito. Viu então que o que Meg segurava com força era um par de ingressos.

- Onde arranjou?

- O dono da sorveteria gostou de mim... – ela piscou o olho. Olivier lançou o olhar mais desconfiado que podia, erguendo a sobrancelha.

- Gostou foi? E onde está o sujeito?

- Nem sonhe que eu vou te contar – ela continuou puxando-o – só pra você devolver os ingressos e a gente assistir o jogo da fila mesmo? Ele disse que me venderia os ingressos com desconto caso eu comprasse o sundae. E eu comprei dois. – ela explicava pausando às vezes para comer o sorvete. – Ah corre!

Eles chegaram bem a tempo de ver o lançamento da goles. França x Rússia. Olivier vibrava feito uma criança a cada ponto francês. Quase três horas depois ele não estava tão empolgado assim... uma chuvinha fina começou a cair e ouve uma agitação de bruxos conjurando de qualquer jeito guarda-chuvas. Olivier virou-se pra Meg com um largo sorriso.

- Pra que guarda-chuva se a gente pode beijar na chuva? – ele arrancou risadas e beijos dela.

Nem sequer viram quando Neveu capturava o pomo, ouviram apenas o estádio irrompendo em vivas. Mas isso também não era importante, pelo menos não pra eles...


**********************


Olivier colocava o telefone no gancho.

- Harry recuperou a memória. Quer dizer, segundo a Hermione ele nem sequer tinha perdido.

- Era armação? – Meg saía do banho de duas horas e meia, para a alegria de um enlameado Olivier. – Um dia ele ainda vai fazê-la surtar.

- Ele é incurável... mas me ensinou bastante coisa...

- Como o quê?

- Coisas como: “Tome um banho rápido Meg, a reserva é para as oito”. Aí você passa duas horas e meia no banheiro... Agora são exatamente nove horas e eu ainda não tomei banho, mas quando eu terminar você não vai poder me culpar pelo atraso porque a reserva é só para as dez.

- Estraga prazer...

- Só o seu querida. – ele soltou um beijo fingido antes de entrar no chuveiro. Meg sorrateiramente tirou a chave da porta. Olivier ouviu a porta batendo, mas continuou seu banho normalmente. Estava indo para quarto vestir um terno quando...

- Meg, querida, abra a porta... – ele pediu baixinho.

Ninguém respondeu. Revirou os olhos.

- Sra. Antiga, isso não é sequer justo, eu estou sem a varinha, abra essa porta...

- A noite é uma criança meu bem, vou dar uma saidinha, depois eu volto pra te tirar daí...

- MEG! MEG! Não faça isso – ele agora batia na porta, dando pequenos socos. – Não pode deixar seu noivo trancado a noite inteira na nossa lua-de-mel!

- Eu posso sim! Tô saindo amor!

Olivier virou-se e reparou na janelinha que havia acima da pia. Era realmente pequena, mas com esforço ele conseguiria... Enrolou-se na toalha e passou os braços pela abertura, deslizando com mais facilidade do que imaginara. Havia passado para a varanda do apartamento onde estavam. Uma garotinha olhava horrorizada para a cena do homem de toalha no apartamento da frente. Olivier deu um tchauzinho e deslizou sala adentro.

“Por que eu não aparatei?” Aparatar sem varinha não era seguro, mas isso não fazia da tarefa impossível. Revistou.

Não havia ninguém no apartamento.


***********************


- Achou mesmo que eu ficaria lá a noite inteira? – alguém sussurrava no ouvido da morena. Sentando-se a sua frente à mesa do restaurante onde haviam marcado.

- Estraga prazer mesmo, só porque eu queria me divertir um pouquinho...

- Agora quem vai sou eu, meu bem.

Ele percorreu os olhos pelo salão e baixou-os sob uma loura que olhava esperançosa para os casais mais atrevidos que dançavam.

- Nem sonhe.

- Já fiz. – ele caminhou decidido. Meg ficou observando. Cinco minutos depois e Olivier dançava uma musiquinha lenta com a tal loira. Sabia que suas pequenas vinganças nunca duravam muito, mas era bastante divertido...

Um rapaz pediu uma dança com a loura. E Olivier cedeu todas. Procurava por Meg, que parecia ter evaporado. Nenhum garçom soube informar aonde ela havia ido. “Será que eu peguei pesado? Não, claro que não, a Meg não se abala por nada”. Vagou pelas calçadas estreitas por algum tempo. Não lembrava de estar sendo tão feliz. Parou um instante. Tinha a impressão de estar sendo seguido.

- Tem horas? – uma morena se aproximou.

- Dez e vinte...

A luz finalmente clareou seu rosto e ele pôde observar uma das mulheres mais fascinantemente belas que já vira na vida.

- Como se chama? – ela puxou conversa.

- Antiga, Olivier.

- O que um homem tão belo faz perdido por Veneza há essa hora?

- Procurando minha esposa...

- Ela te abandonou foi? – ela se aproximou perigosamente. Olivier se afastou, se continuasse estaria à borda do canal.

- Bem, eu não sei.

Ela eliminou grande parte da distância que havia entre eles. Iria provavelmente beijá-lo.

- Eu tenho que ir. – ele a evitou de qualquer jeito. – Preciso achar a Meg. Pra pedir desculpas – ele arranjou a oportunidade de cortá-la – Preciso achar minha mulher.

- Eu sou sua mulher.

Meg reapareceu bem aos olhos do marido.

- Meu segredinho, Olivier, sou metamorfomaga...

- Isso explica muita coisa... Testar a fidelidade de seu marido deve ser bem interessante não é? – ele estava frio.

- Eu não estava testando. Quer dizer, estava, mas eu sabia que você passaria.

Ele a abraçou e desaparataram. Continuava em silêncio.

- Desculpa tá. Não tava duvidando de você nem nada, era só que...

- Você queria passar à minha frente de novo, pra que eu revidasse depois e continuássemos o nosso joguinho? – ele escovou os dentes, contrariado.

- Eu não sabia que você tinha odiado tudo isso – Meg estava bastante controlada, mas sua voz falhou.

Ele secou o rosto na toalha.

- Eu adorei...

- O quê?

Ele riu, puxando-a.

- Será que você não pode voltar àquela forma? Você tava tão linda.

Meg fez uma careta.

- É brincadeira. Eu te amo mesmo com esse cabelo tingido, o silicone e essa gordurinha a mais.

- Silicone? Gordurinha a mais??? – ele fugia de Meg que atirava almofadas em todas as direções. Ele tropeçou em uma e ela se pôs em cima dele, imobilizando-o.

- Te peguei.

- Só descobriu isso agora, amor da minha vida?

- Acho que sim...




N/A: espero q tenham gostado ;) autora implorando por comentz... *-*



Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.